Especialista em imigração internacional, a advogada Milena Mitraud orienta sobre os principais erros cometidos por brasileiros que tentam o Green Card por conta própria, explica as exigências dos vistos de investidor e detalha o passo a passo legal para quem deseja empreender nos Estados Unidos
A imigração de brasileiros para os Estados Unidos tem ganhado força nos últimos anos, impulsionada por fatores econômicos, políticos e pela busca por novas oportunidades de vida e negócios. Nesse cenário, crescem também os relatos de processos malsucedidos por falhas na documentação, escolha equivocada de vistos ou desconhecimento da legislação americana.
Segundo advogados que atuam no setor, muitos brasileiros ainda tentam conduzir a solicitação do Green Card por conta própria, sem o devido preparo técnico. Podendo ocasionar a negação ao pleito imigratório, RFE (solicitação de evidências adicionais), ou ate mesmos inconsistências e fraudes. Os Estados Unidos possuem um arcabouço jurídico imigratório complexo com procedimentos e exigências detalhadas e especificas. O não conhecimento pode gerar erros, como a solicitação de uma incorreta categoria de visto, perda de prazos, ausência de documentação necessária, dentre outros.
Outro tema que tem ganhado destaque é o interesse em vistos de investidor, como o EB-5 e o E-2, voltados a estrangeiros que desejam aportar capital nos EUA. Embora atrativos, esses vistos exigem critérios rigorosos — como valor mínimo de investimento, geração de empregos e comprovação da origem dos recursos. O EB-5 é um visto muito atrativo para investidores brasileiros porque permite ao estrangeiro residir permanentemente nos Estados Unidos e, futuramente, solicitar a cidadania americana. Inicialmente, concedido por um período provisório de 2 anos e, depois, se comprovada que as exigências foram devidamente atendidas o estrangeiro poderá obter o green card permanente. O estrangeiro deve ter muita atenção no tipo de projeto e na solidezdos empreendimentos aprovados para EB-5. O E2, por outro lado, é um visto temporário que permite cidadãos de países com os quais os Estados Unidos mantêm tratados válidos a solicitar um visto de investidor. Brasileiros que possuem uma segunda cidadania podem se beneficiar desta opção, como a cidadania italiana e portuguesa. Entretanto, existem exigências especificas para este pedido de visto, tais como: a apresentação de um plano de negocio consistente ou a aquisição de um negocio jáestabelecido em território americano. O investimento deve possuirorigem licita e não ser marginal.
Mais do que obter um visto, o sucesso do processo de imigração depende de um planejamento estratégico e jurídico. Questões como estruturação societária, tributação, contratos, registros de marca e adequação às leis estaduais são decisivas para que o brasileiro possa residir, empreender e prosperar legalmente nos EUA. Nesse sentido, aquele estrangeiro que pretende imigrar para os EUA, quer provisória ou permanentemente, deve buscar a ajuda de um profissional habilitado a fim de tratar das etapas do seu planejamento imigratório: desde a avaliação inicial do perfil e definição da estratégia migratória e tributaria até o suporte na instalação do negócio e sua adaptação ao ambiente norte-americano.
Diante da complexidade dos processos migratórios e das exigências legais para investir e empreender nos Estados Unidos, o planejamento adequado deixa de ser uma opção e se torna uma etapa essencial. Evitar soluções improvisadas e buscar suporte técnico qualificado são medidas decisivas para transformar o desejo de viver e prosperar no país em uma trajetória sólida, segura e sustentável.
Serviço: Milena Mitraud PA | Law Firm | 175 SW 7th St Suite1800, Miami, FL 33130, USA