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Dois desfiles revelam a superinteligência do Brasil e o seu desperdício

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∙ Por Anderson Belem (*)

Quis o destino que no dia 17 de fevereiro de 2024 os brasileiros tenham dois eventos totalmente independentes, porém com significados bastantes parecidos no sentido de revelar ao mesmo tempo o quanto este povo é inteligente e, por outro lado, o quanto desperdiça essa inteligência.

Nesta data, acontecerá o desfile das Escolas de Samba Campeãs do Carnaval do Rio de Janeiro, reconhecido como um dos maiores e melhores espetáculos da Terra. Na ocasião, as seis melhores agremiações do Grupo Especial voltarão ao Sambódromo para apresentar o que de melhor foi produzido no ano entre os melhores especialistas do assunto no mundo. Além de toda a beleza, alegria e diversão que proporcionam, as apresentações realizadas na Marquês de Sapucaí, são consideradas verdadeiras expressões da inteligência popular nacional, oferecidas em forma de uma perfeita harmonizam entre sons, luzes, cores e movimentos para contar histórias baseadas na cultura e nas relações desenvolvidas geralmente nas comunidades carentes.

Não por acaso, o Carnaval e seus desfiles de escola de samba são reconhecidos no mundo inteiro como uma das poucas marcas de excelência do Brasil.

Mas, no mesmo dia em que as campeãs do carnaval se apresentarão, o país estará vivenciando outro desfile que, apesar de também revelar a inteligência popular nacional, é quase que totalmente desconhecido não somente pelo restante do mundo, mas o que é pior, também pelos próprios brasileiros.

No primeiro sábado após o carnaval, a Associação Mensa Brasil, entidade que reúne pessoas com altas capacidades intelectuais no País e representante oficial da Mensa Internacional, principal organização de alto QI do mundo, realizará testes para identificar pessoas com inteligência muito acima da média, popularmente chamadas de “superinteligentes”.

As provas coletivas serão realizadas em Goiânia (GO), Salvador (BA), Florianópolis (SC), Belo Horizonte (MG) e Rio de Janeiro (RJ). Elas são destinadas às pessoas com 17 anos ou mais e que estejam cursando ou que tenham cursado o ensino superior. Teoricamente é possível considerar que este seja o desfile das pessoas mais inteligentes do país.

Mas se este é o caso, onde entra o desperdício?

O desperdício vem do fato de que no Brasil atualmente existem apenas 24 mil crianças identificadas como AH/SD (altas habilidades e superdotação) quando segundo dados da OMS deveria haver cerca de 10,65 milhões delas.

A defasagem indica que milhões de brasileiros AH/SD ingressam no mercado de trabalho sem o devido diagnóstico de forma que as empresas perdem produtividade com a individualização dos seus talentos por não conseguirem desenvolver melhor esses profissionais. A falta do diagnóstico é duplamente prejudicial, pois além de não possibilitar o autoconhecimento que leva ao melhor aproveitamento dos diversos tipos de inteligências e habilidades, contribui para o acometimento de problemas em decorrência da não adequação dessas mentes, pois mesmo que AH/SD não seja uma doença ou sequer uma desvantagem, esse tipo de mente requer estímulos e adequação que se não forem oferecidos levam as pessoas a frustrações, isolamentos, depressão e outros problemas.

Segundo declarações dadas pelo presidente da Mensa Brasil, Rodrigo Lopes Sauaia, apesar de ser uma potência intelectual, essa característica do país ainda está adormecida e subaproveitada.

Diante deste quadro, a organização recomenda aos governos brasileiros a adoção de um sistema nacional estruturado de avaliação da inteligência de crianças matriculadas nos ensinos infantil e fundamental, tanto nas instituições de ensino públicas quanto nas privadas. Esta medida já é aplicada em diversos países, com resultados importantes e positivos.

Na visão da entidade, este modelo serviria de base para a ampla identificação dos chamados superinteligentes, ainda nos primeiros anos de escolarização, contribuindo para um melhor direcionamento, desenvolvimento e aproveitamento dos potenciais intelectuais no Brasil, contribuindo para a evolução destes indivíduos e beneficiando a sociedade brasileira.

Mas enquanto isso não acontece, a iniciativa privada também deve fazer sua parte. Na condição de um empresário neurodivergente diagnosticado com TDAH e Altas Habilidades/SD Criativo Produtivo apenas aos 40 anos, sou testemunha dos riscos de uma caminhada escolar e profissional repleta de mal-entendidos e oportunidades perdidas pelos indivíduos com essas características que não sejam identificados o quanto antes.

Por outro lado, a experiência de ter fundado uma das startups de maior sucesso em seu segmento, justamente como fruto da visão diferente da maioria, proporcionada por esta condição, revela a quantidade de oportunidades que estão sendo desperdiçadas pelo país em termos de inovação e eficiência em todas as áreas da vida econômica da nação.

Por conta desse histórico e pela oportunidade que o cenário oferece, a Otimiza decidiu tomar a iniciativa de apoiar as empresas a identificar em seus quadros esse tipo de perfil através de ferramentas automatizadas que acompanharão o dia a dia de trabalho em telas e através de marcadores biológicos apontará para os RHs indícios que sugerem o diagnóstico de forma a criar um funil para encaminhamento aos especialistas para fechamento do diagnóstico em apoio as pessoas possibilitando ainda que as empresas aproveitem toda a capacidade desses talentos.

Enquanto isso, resta o desejo de que os dois desfiles deste início de ano se transformem em marcos da virada de página para um tempo no qual haja maior atenção com a inteligência do país para que ele possa experimentar finalmente a apoteose de suas possibilidades.

*Anderson Belem é CEO da Otimiza

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Negócios

Novos casos de vazamentos de dados provocam alerta sobre a eficiência da cybersegurança

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Rodrigo Gazola (*)

O mundo corporativo e, principalmente, o ecossistema de tecnologia já está acostumado com esse fenômeno. Sempre que um conceito inovador consegue ganhar protagonismo e virar sinônimo de eficiência, surgem variações oportunistas que acabam por banalizar o assunto e desviar a atenção daquilo que realmente importa. O setor de segurança da informação parece estar vivendo exatamente este ciclo relacionado ao tema EDR (Endpoint Detection and Response). Na ânsia de se posicionarem como portadores de uma ‘nova geração’ de soluções desta categoria, ou estarem ‘um passo à frente’ dos demais, muitos acabam apelando para o modismo de criar siglas para dizer a mesma coisa. Assim, a cada dia estão surgindo definições como XEDR, MEDR e outras que, na prática, só estão causando confusão entre os prestadores de serviços de TI (MSPs) e dificultando o combate aos fraudadores.

Casos recentes como o da empresa alemã Adidas, que comunicou a ocorrência de um vazamento de dados por meio do ambiente acessado por um provedor terceirizado de serviços servem como alerta a este respeito. Embora a companhia tenha tentado tranquilizar seus clientes informando que dados mais traumáticos como número de cartões de crédito e senhas de acesso às contas nas lojas da rede não tenham sido expostos, ela confirmou que outras informações como nomes, endereços de E-mail, números de telefones, datas de nascimentos e sexo foram realmente comprometidos.

Fatos como este devem servir para trazer os MSPs à realidade de que não importa a sigla que queiram adotar, o fato é que, se querem conquistar credibilidade suficiente para trabalhar com grandes marcas e, desta forma, crescerem neste mercado, elas devem urgentemente tomar todas as providências para oferecer soluções ‘reais’ de EDR em todos os equipamentos de seus clientes.

Significa que no ritmo de avanço da transformação digital que o mundo se encontra, se você presta serviço a outras empresas, se você tem acesso a dados delas e dos clientes dessas organizações, é obrigatório tomar cuidado com isso e investir muito em capacitação do seu time, em atualização dos equipamentos, em ter camadas de segurança (EDRs) em todos os equipamentos.

Seja qual for a variação da sigla, é preciso ter em mente que EDRs são soluções de segurança consideradas como a evolução natural dos antivírus e elas ganharam evidência porque os antivírus hoje não são mais capazes de impedir determinadas ações que são exploradas pelos hackers.
Não por acaso, segundo o estudo ‘Panorama da Comunidade MSP’, quando perguntados: “Quais são as três soluções que você mais implanta nos seus clientes para prevenção de ciberataques?”, 75,7% dos executivos de prestadores de serviços (MSPs) entrevistados colocaram a preocupação com os Endpoints entre suas maiores demandas.

Outro trabalho sobre o tema, o relatório The MSP Horizons Report 2025, mostra que 90% dos executivos de MSPs preveem um aumento na receita de seus serviços de cibersegurança nos próximos três anos. Esse cenário significa um aumento de dez pontos percentuais em relação aos 80% registrados no ano passado. Essa expectativa se deve ao fato de até mesmo as grandes organizações estarem demonstrado fragilidades em seus times e estruturas especializadas na cibersegurança.

Recentemente ganhou repercussão o caso da Unimed que informou a ocorrência de uma base muito grande de conversas de whatsapp com informações de seus clientes terem sido alvo de vazamento. Fica cada vez mais evidente que para evitar este tipo de ocorrência as corporações precisam contar com apoio de provedores de serviços que realmente tenham especialização na área de segurança.

Ou seja: Não basta apenas acrescentar uma letra à frente da sigla EDR para parecer moderno, sem colocar em prática tudo o que se conhece sobre as boas práticas. É preciso implementar EDRs de verdade, aliados a sistemas robustos e flexíveis de Backup e DNS Filtering e tudo o que a indústria de segurança for capaz de desenvolver. A cybersegurança não é ambiente para modismos. É uma dimensão do mundo corporativo no qual só a ação prática baseada na realidade traz os resultados desejados.

(*) Rodrigo Gazola é CEO e fundador da Addee, empresa que atua há 11 anos no fornecimento de soluções de gerenciamento, monitoramento, proteção de dados e segurança para prestadores de Serviços de TI

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Negócios

Empresas precisam se adaptar à perda de isenções e benefícios da Reforma Tributária

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Paulo Zirnberger (*)

Os benefícios e isenções tributárias concedidos pelos governos federal, estadual e municipal, que hoje somam mais de R$804 bilhões por ano, serão substituídos por cerca de apenas R$90 bilhões ao ano a partir de 2032. Essa redução de incentivos prevista na Reforma Tributária será feita de forma gradual começando em 10% a partir de 2029 e incrementará mais 10% ano após ano nos exercícios seguintes.

Uma vez que quase todas as empresas do nosso país alocaram seus centros de distribuição, prestação de serviços, fábricas ou grandes investimentos com base em incentivos fiscais originados e fomentados pela Guerra Fiscal entre estados e municípios por mais de 40 anos, agora é fato que elas terão que enfrentar o desafio das mudanças introduzidas pelo novo regime.

De uma forma geral, a capacidade das empresas de se adaptarem às novas regras será crucial para garantir que elas continuem competitivas, atraindo investimentos e capazes de promover o desenvolvimento econômico.

Neste sentido, parece inevitável que os tomadores de decisão iniciem o mais rápido possível um conjunto de cinco ações capazes de direcionar a construção de uma estratégia eficaz.

1. Avaliação de Impacto financeiro da redução gradual dos incentivos fiscais, até sua eliminação em 2032. Isso inclui revisar os cálculos de retorno sobre o investimento (ROI), já que a diminuição dos incentivos fiscais afetará diretamente as margens de lucro e a competitividade.
2. Planejamento Tributário para maximizar a eficiência fiscal. As empresas devem explorar alternativas de incentivos, como programas estaduais ou municipais específicos, ou ainda focar em estratégias de compensação tributária até mesmo influenciar as novas alíquotas de IBS das cidades e estados onde estão instaladas.
3. Revisão da Cadeia de Suprimentos e da dependência de incentivos locais ou fundos de compensação para reavaliar a localização de centros de distribuição, de prestação de serviços e a logística, buscando minimizar custos operacionais devido a tributação no destino.
4. Buscar apoio Legal e Consultoria é essencial contar com suporte de especialistas tributários e jurídicos com o objetivo de navegar nesse novo cenário e encontrar soluções adaptadas à realidade fiscal que surgirá após a Reforma.
5. Manter diálogo com Estados e Municípios para buscar compensar a perda dos incentivos federais. Não se pode esquecer que a Reforma assegura a continuidade de dois Fundos para compensação de perdas e de incentivos regionais.

Por enquanto os requisitos definidos para pleitear os novos fundos de compensação de perdas são:
a) Quem pode pleitear? Tanto pessoas jurídicas quanto pessoas físicas que foram beneficiadas por incentivos fiscais estaduais e que, com a reforma, perderão esses benefícios.
b) Quais são os critérios? O fundo é voltado para aqueles que perderão benefícios fiscais com a reforma, incluindo isenções no ICMS ou outros incentivos validados anteriormente por legislação. A compensação será limitada a até 2032 e estará disponível para quem tiver direito a esses incentivos durante o período de transição.
c) O cálculo da compensação será feito com base na repercussão econômica dos benefícios fiscais concedidos, e a Receita Federal será responsável por regulamentar o processo de habilitação e o uso de créditos.

A forma como cada empresa vai trabalhar cada uma dessas questões pode ser o fator crucial para definir o fracasso ou o sucesso de uma instituição nos próximos anos. Para compreender melhor o contexto, basta observar os casos da BYD e da Stellantis, por exemplo, que receberam incentivos fiscais significativos para suas operações no Brasil localizadas respectivamente em Camaçari, Bahia e Goiana, Pernambuco.

A BYD herdou incentivos da antiga fábrica da Ford, com foco na produção de veículos elétricos e baterias, e investimentos previstos de R$ 3 bilhões. Já a Stellantis, produtora de veículos Jeep, Fiat e Ram, conta com incentivos fiscais aprovados pela Sudene.

Tanto a BYD quanto a Stellantis podem se habilitar para essa compensação por meio do Fundo de Compensação de Benefícios Fiscais, mas para isso elas terão que desenvolver essa jornada de cuidados e acompanhar de perto os requisitos que serão definidos na legislação complementar.
Isso valerá para todas as empresas daqui pra frente.

(*) Paulo Zirnberger é CEO da Omnitax, startup que atua por meio de uma plataforma de inteligência tributária adaptativa que opera desde o pedido de compra até a contabilização da venda em tempo real

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Premier Móveis e Planejados: soluções completas para transformar seu lar em Maringá

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Quando o assunto é mobiliar e decorar com elegância e funcionalidade, a Premier Móveis e Planejados se destaca como referência em Maringá. Localizada na Av. Brasil, 5768, na Zona 5, a loja reúne em um único espaço tudo o que sua casa precisa — com atendimento personalizado e foco total em qualidade e sofisticação.

Na Premier Móveis e Planejados, você encontra móveis planejados sob medida, que aliam estética e aproveitamento inteligente de espaço, além de estofados personalizados que combinam conforto e estilo. Para o descanso ideal, a loja oferece uma linha exclusiva de colchões massageadores, ideais para quem busca bem-estar e tecnologia no dia a dia.

A variedade também se estende à linha de móveis para sala de jantar, pensados para criar ambientes acolhedores e modernos, e às peças de decoração que dão o toque final ao seu projeto, refletindo personalidade e bom gosto.

Se você busca exclusividade e praticidade em um só lugar, a Premier Móveis e Planejados é a escolha certa. Venha nos visitar e descubra como transformar seu sonho em realidade com quem entende do assunto. Na Premier Móveis e Planejados, cada detalhe é pensado para valorizar seu lar com beleza, conforto e funcionalidade.

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