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Negócios

Coluna Giro Tech: confira as principais notícias do mercado de startups nos últimos dias

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*por Giro Tech

Adesão de consórcio de imóveis aumenta entre os jovens e impulsiona as vendas de fintech em 36%*

Um levantamento feito na base nacional de clientes do Mycon, primeira fintech de consórcios do Brasil, mostrou que o uso de tecnologia tem impulsionado a compra de consórcios entre os jovens.

Os dados mostram que 41% dos cadastrados na plataforma com até 34 anos compraram um consórcio de imóvel no Brasil em 2023, e o número sobe para 50% quando analisamos os clientes da fintech que têm entre 25 e 55 anos. A empresa registrou aumento de 36% no volume de vendas dos consórcios de imóveis no ano passado e o serviço, que é focado no planejamento financeiro de médio e longo prazo, representa 70% do faturamento do Mycon.

O levantamento mostrou também que:

  • 64% dos participantes se declararam homens e 19% mulheres;
  • Entre os produtos mais buscados pelos jovens estão: imóveis (65%), automóveis (33%) e os consórcios de serviços como festas, casamentos ou cirurgias plásticas (2%).

Hub de milhões

R$ 30 milhões é o valor que a Curta, hub de negócios focado em consultoria de carreira para criadores de conteúdo, pretende faturar até o final de 2024. A previsão vai ao encontro das projeções para o mercado de Economia Criativa, que de acordo com pesquisa da plataforma Influency.me tem hoje mais de 500 mil influenciadores no Brasil.  Só no ano anterior, a Curta chegou a R$ 18 milhões de faturamento. A startup hoje gerencia carreiras de 52 influenciadores conhecidos no mercado, somando 4 bilhões de visualizações mensais e 300 milhões de seguidores.

Captação de recursos e desenvolvimento

A startup brasileira BeConfident, uma startup brasileira que está revolucionando a forma como estudantes aprendem inglês através de uma inteligência artificial (IA) integrada ao WhatsApp, anuncia captação de R$ 2,5 milhões em rodada Seed que conta com a participação de 20 investidores-anjo. O aporte aconteceu logo após a startup ganhar a sétima edição da “HackBrazil”, uma competição que integra oevento “Brazil Conference”, promovido pela Harvard e pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT), que aconteceu em Boston em abril. Com o valor captado, a BeConfident pretende expandir seu time técnico e investir ainda mais na experiência do usuário, oferecendo em multiplataformas a possibilidade de manter seus usuários praticando inglês em vários momentos do dia, utilizando, por exemplo, o smartwatch ou o WhatsApp.

Hub de tecnologia para o mercado financeiro aumenta em 100% número de clientes

A Corlabs, um hub de tecnologia com foco no mercado financeiro, que oferece soluções tecnológicas para que correspondentes bancários (corbans) e fintechs operem em alto patamar de excelência, desde a prospecção até a gestão do negócio, registrou um aumento de 30% no número de clientes atendidos dentro de seu ecossistema no primeiro trimestre de 2024. Juntas, as empresas que integram o grupo (Corbee, Bankerize, Phonechecker, Trustic, Codero e Demandei) registraram aumento de 250% no faturamento do hub em comparação com o mesmo período do ano passado, e a expectativa é potencializar esses números em pelo menos 200% nos próximos dois anos.

Com novo patrocinador, Fábrica de Graffiti transforma muro de 1.700 m² em obra de arte em Guarulhos

Arte urbana A Açotubo, empresa do segmento siderúrgico, é uma das novas patrocinadoras da Fábrica de Graffiti, projeto que leva arte urbana e humaniza distritos industriais em todo o Brasil.

Na 15ª edição do projeto, a Fábrica de Graffiti vai colorir com arte de rua um muro de quase 1.700 m² na Cidade Industrial Satélite, no bairro Cumbica, em Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo. Entre os dias15 a 29 de maio, 18 artistas visuais de Guarulhos e região levarão cores e vida ao muro cinza da cidade. Além disso, alunos de uma escola pública local também participarão de uma série de imersões artísticas ao longo do projeto.

Combate às Fake News

A Redes Cordiais, ONG que tem como missão fomentar espaços digitais saudáveis, lança em parceria com o YouTube, o “Guia Responsável em Emergências – Chuvas no Rio Grande do Sul”, um manual para ajudar produtores de conteúdo a difundir informações confiáveis sobre o que de fato está acontecendo no Sul do país. O Brasil possui mais de 500 mil influenciadores com mais de 10 mil seguidores, de acordo com dados de 2022 da Nielsen, e é o segundo país com mais seguidores, atrás apenas das Filipinas, segundo as agências de marketing digital Hootsuite e We Are Social. O intuito é que o guia seja utilizado como uma plataforma de combate às fake News, que vêm se espalhando nas redes sociais e prejudicando os esforços de voluntários, entidades sociais e autoridades públicas. Link do guia: https://drive.google.com/file/d/1QM-YIt4LyNFaOtrZgzqeL_dOkl4VqfNU/view

Preventivo jurídico em startups

A L&O Advogados vem utilizando o serviço de preventivo jurídico para ajudar startups e empresas inovadoras a evitarem processos judiciais.  A estratégia identifica possíveis problemas antes de eles acontecerem, reduzindo as burocracias que atrapalham os negócios. Com isso, no último ano os clientes da L&O tiveram de enfrentar apenas duas ações judiciais, enquanto a média nacional é de 500 ações por advogado.  Só em 2023, o escritório completou 22 mil horas de assessoria jurídica, prestou consultoria para 58 agentes do ecossistema de startups e realizou 72 treinamentos, palestras e workshops dedicados à prevenção jurídica. Além do atendimento direto, a L&O prestou mentoria para cerca de 420 startups em programas de aceleração e pré-aceleração.

Instituto PROA oferece mais de 35 mil vagas abertas para cursos gratuitos e online

O Instituto PROA abre 35 mil vagas de seu curso online para jovens de 17 a 22 anos. As aulas começam em 27 de maio na Plataforma PROA e os interessados devem se inscrever até o dia 22 no site do instituto (www.proa.org.br). A entidade irá oferecer corsos de complementação opcional sobre Administração, Excel e Power BI, Varejo, Logística, UX Design, Promoção de Marcas, Educação Financeira ou Atendimento a Clientes.

As vagas são exclusivas para estudantes que concluíram o Ensino Médio em escolas públicas ou que estão concluindo esse ano e estão distribuídas por estado, sendo:

15 mil em SP;

8 mil no RJ;

4 mil em MG;

2 mil para o RS;

Os estados do Paraná, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Pernambuco e Bahia terão 1 mil vagas cada;

Goiás e o Distrito Federal receberão 750 vagas;

Desktop está com 120 vagas abertas para PCDs

A Desktop, empresa de telecomunicações com atuação em 184 cidades do interior e litoral paulista, está com 120 vagas abertas exclusivamente para pessoas com deficiência em suas unidades paulistas de Sumaré, Campinas, Piracicaba, Sorocaba, São José dos Campos, Barretos, São Carlos, Cerquilho, Praia Grande e Lençóis Paulista. Interessados devem enviar seus currículos pelo link https://desktop.ves.jobs, até o 3 de junho.

Inteligência Emocional: Febracis realiza evento em Salvador

Salvador receberá o Método CIS – O Poder das Emoções, reconhecido como o maior treinamento de inteligência emocional do Brasil. O evento acontecerá entre 30 de maio a 2 de junho, no Centro de Convenções Salvador e proporcionará aos presentes, experiências que conectam ciência, arte, música e a magia dos grandes espetáculos em um único treinamento. Liderado por Paulo Vieira, Presidente da Febracis, o Método CIS já impactou mais de 1 milhão de pessoas.

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A profissionalização das equipes de montagem no setor de acabamentos

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Especialistas explicam por que o modelo brasileiro de instalação é mais estruturado que o norte americano e como a qualificação técnica influencia vendas, experiência do cliente e competitividade das lojas físicas

A demanda por ambientes de exposição mais completos, organizados e capazes de apresentar peças de grandes formatos transformou o setor de acabamentos no Brasil e reposicionou o trabalho das equipes de montagem. O país, que figura entre os maiores produtores e consumidores de revestimentos cerâmicos do mundo, ocupando atualmente a terceira posição segundo dados da Anfacer, desenvolveu um modelo de instalação muito mais profissionalizado do que o padrão predominante nos Estados Unidos. O contraste revela diferenças estruturais na forma de operar lojas físicas, manter showrooms e garantir eficiência no varejo.

Para o especialista em montagem, coordenação de equipes e desenvolvimento de ferramentas de exposição, Jucemar Silva da Rosa, com mais de 30 anos dedicados ao setor, a evolução brasileira foi resultado direto do crescimento da indústria cerâmica e da necessidade de qualificação técnica. “As montagens no Brasil avançaram porque a indústria percebeu que a equipe treinada influencia a segurança, a durabilidade dos expositores e a experiência de compra. Nos Estados Unidos, o modelo é mais fragmentado e depende majoritariamente de prestadores autônomos. Isso dificulta padronização e manutenção”, afirma o profissional, que atua desde 2013 na criação de displays e coordenação de projetos de montagem em lojas de acabamentos.

Um modelo técnico que acompanha a complexidade do produto

O mercado brasileiro de revestimentos passou nos últimos anos por uma expansão acompanhada do aumento dos grandes formatos, peças que podem atingir 3,20 metros de altura. Para esses produtos, expositores precisam de estruturas reforçadas, ajustes precisos de abertura, materiais metálicos e sistemas de fixação específicos, todos presentes nas linhas industriais dedicadas ao segmento, como mostra o catálogo de expositores para porcelanatos, louças e metais da Jota Silva .

Esse avanço exigiu equipes de montagem com competências técnicas que vão além da instalação final, como leitura de projetos, domínio de ferramentas de exposição, conhecimento de ergonomia, logística e controle de qualidade. “Quanto melhor a equipe entende o projeto e o material, menor o risco de perdas e maior a velocidade de execução. Isso impacta diretamente a performance da loja”, explica Jucemar.

O cenário norte americano e o impacto da fragmentação


Nos Estados Unidos, o varejo de materiais de construção enfrenta um momento de retração. Levantamento do UBS, amplamente repercutido pela imprensa financeira americana, projeta que mais de 50 mil lojas de varejo de todos os segmentos podem fechar até 2027, pressionadas pelo avanço do comércio eletrônico e pela concentração de operações em grandes centros logísticos. Embora o número não seja específico do setor de acabamentos, ele evidencia uma tendência que se repete no segmento. Pequenas lojas têm encontrado dificuldade em competir e manter estrutura física.

Segundo Jucemar, a baixa especialização de equipes de montagem no mercado norte americano reforça esse cenário. “Há pouca integração entre fabricantes, arquitetos e instaladores. A montagem costuma ser apenas execução, não parte do projeto. Isso reduz a vida útil dos displays, prejudica a apresentação das peças e aumenta o custo de manutenção”, analisa.

Por que o Brasil criou um modelo mais eficiente

A profissionalização da montagem no país consolidou um ciclo de produção mais estruturado, marcado por características como:

  • Equipes internas e treinadas para manipulação de porcelanatos, metais, louças e estruturas metálicas.
    • Integração direta com fábricas e arquitetos, garantindo a correta interpretação de layouts e a execução fiel dos ambientes.
    • Padronização logística e frota própria, como ilustrado nas operações industriais que atuam com mais de 4 mil metros quadrados de parque fabril e produção automatizada de expositores.
    • Protocolos de ergonomia e segurança, fundamentais para peças de grande formato.
    • Redução de tempo de montagem, resultado de treinamento técnico, divisão de tarefas e antecipação de problemas.

No currículo de Jucemar constam experiências que reforçam esse padrão, como coordenação de amostras na Cecrisa, participação na montagem de espaços em feiras como Revestir e Cersaie e liderança de equipes dedicadas a projetos completos envolvendo fabricação, transporte e instalação de displays para showrooms em todo o país.

Efeitos diretos na experiência de compra e na saúde das lojas físicas
Estudos de comportamento de consumo mostram que ambientes organizados, bem iluminados e com exposição clara do produto aumentam a conversão em até 20 por cento, segundo análises de varejo presentes em relatórios internacionais. No setor de acabamentos, onde o cliente precisa visualizar textura, cor, brilho e paginação, o papel da montagem torna se ainda mais central.

Para Jucemar, uma exposição mal executada tem impacto imediato no desempenho da loja. “Quando a peça não está bem posicionada, quando o display não suporta o peso ou quando a paginação não é fiel ao ambiente real, o consumidor perde referência. A montagem é parte da venda”, explica.

Tendências e caminhos para os dois mercados
Tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos, especialistas apontam que o futuro da montagem no setor de acabamentos passa por três direções principais.

  1. Formação continuada
    A qualificação em leitura de projetos, logística, ergonomia e manuseio de grandes formatos torna se cada vez mais indispensável.

  2. Participação do instalador desde o início do projeto
    Integrar montadores às decisões de layout reduz falhas, melhora o acabamento final e aumenta a durabilidade dos expositores.

  3. Padronização de processos
    Rotinas documentadas, cronogramas claros e testes prévios de estruturas otimizam tempo e reduzem custos operacionais.

Impacto econômico e oportunidade para o varejo

A adoção de modelos profissionais de montagem em larga escala tem potencial para fortalecer lojas físicas, especialmente em cidades de médio porte, onde a presença de arquitetos, designers e consultores ainda é um diferencial competitivo. No Brasil, essa profissionalização contribuiu para a expansão de franquias e boutiques de acabamentos. Nos Estados Unidos, o movimento pode ajudar a reduzir a dependência das grandes redes e permitir a sobrevivência de pequenos negócios locais.

Jucemar sintetiza: “A montagem deixou de ser apenas execução. Ela é estratégia comercial. Quando a equipe entende técnica, logística e exposição, a loja ganha eficiência, estética e resultado.”

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Negócios

Diálogo competitivo e contratações complexas ganham força no Brasil mas exigem rigor 

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Nova Lei de Licitações consolida o diálogo competitivo em projetos de alta complexidade, enquanto especialistas defendem protocolos claros para evitar distorções na etapa de diálogos

Estudos da OCDE indicam que as compras públicas representam cerca de 12% do PIB dos países membros, reforçando o impacto econômico das contratações governamentais. No Brasil, números do Painel de Compras do Governo Federal mostram que as aquisições federais passaram de R$ 218,6 bilhões em 2021 para mais de R$ 340 bilhões em 2024, enquanto o conjunto das contratações públicas no país supera R$ 600 bilhões anuais. Nesse cenário, o advogado Fábio Ferreira Menezes, especialista em Direito Administrativo, licitações e contratos públicos, analisa a evolução do diálogo competitivo e as diretrizes necessárias para preservar a isonomia na fase de interação com fornecedores.

A modalidade, prevista na Lei 14.133/2021, foi criada para situações em que a Administração ainda não consegue definir com precisão a solução desejada. Em vez de apresentar um edital fechado, o órgão seleciona empresas qualificadas e realiza diálogos estruturados para compreender alternativas técnicas, jurídicas e financeiras antes da apresentação das propostas finais.

Segundo Menezes, que acumula mais de duas décadas de atuação em gestão pública, mediação, arbitragem e consultoria estratégica para empresas licitantes, a modalidade representa avanço, mas impõe responsabilidades redobradas. “O diálogo competitivo aproxima o Estado do nível real de inovação do mercado, mas essa aproximação só funciona quando há critérios objetivos, documentação rigorosa e absoluta igualdade de tratamento. Sem isso, o risco de assimetria informacional é alto”, afirma.

Evolução recente e motivos para crescimento

O aumento de projetos públicos voltados à transformação digital, infraestrutura e soluções tecnológicas tem impulsionado o uso do formato. Dados do Portal Nacional de Contratações Públicas indicam crescimento no número de editais relacionados à modalidade em 2024 e 2025, embora ainda em volume reduzido devido à fase inicial de adaptação dos entes federativos.

Modelos semelhantes já são amplamente utilizados na União Europeia, especialmente em obras complexas, sistemas tecnológicos e projetos de inovação. Nesses contextos, a Administração não domina integralmente todas as variáveis técnicas e depende de interação estruturada com o mercado para definir a melhor solução.

Diretrizes essenciais para manter isonomia

A fase de diálogos é o ponto mais sensível do processo. Qualquer diferença no nível de informação compartilhada pode gerar questionamentos e comprometer a lisura da disputa. Para Menezes, três pilares são fundamentais.

O primeiro é o roteiro formal de condução. A Administração deve definir previamente temas, limites e critérios de discussão, garantindo que todos os participantes recebam tratamento equivalente.

O segundo é o registro completo das interações. Gravações, atas detalhadas e publicidade posterior são mecanismos previstos na legislação e essenciais para assegurar transparência e rastreabilidade.

O terceiro é a composição de equipe multidisciplinar. A desigualdade técnica entre Administração e mercado pode distorcer o diálogo. A presença de especialistas jurídicos, de planejamento e de áreas técnicas reduz esse risco e aumenta a qualidade das decisões.

Capacitação e governança como gargalos

A transição para a Lei 14.133/2021 exigiu ampla formação de servidores. Apenas em 2023, mais de 45 mil agentes públicos passaram por capacitações relacionadas à nova lei. O desafio agora é avançar para treinamentos específicos sobre contratações complexas, análise de riscos e condução de diálogos estruturados.

Para Menezes, o domínio técnico precisa acompanhar o avanço normativo. “Estudos preliminares consistentes, matrizes de risco claras e integração entre jurídico, área demandante e setor de compras são essenciais para evitar decisões baseadas em percepções isoladas. O procedimento exige método”, afirma.

O que as empresas devem observar

Para fornecedores, o diálogo competitivo exige preparação detalhada. A etapa demanda clareza técnica, compreensão dos riscos e capacidade de demonstrar viabilidade. Entre as recomendações mais frequentes estão o estudo prévio dos estudos técnicos preliminares, a simulação interna dos diálogos, o alinhamento entre área técnica, comercial e jurídica, a preparação documental antecipada e a clareza sobre limites legais da comunicação com a Administração.

Perspectivas para 2025

Com a revogação definitiva da antiga Lei 8.666/1993 e a plena adoção da Lei 14.133/2021, a tendência é que o diálogo competitivo deixe de ser um mecanismo raro e passe a integrar de forma natural o repertório de contratações públicas. O aumento de projetos digitais, soluções urbanas de alta complexidade e investimentos em infraestrutura sustentável deve acelerar esse movimento.

Para Menezes, o avanço dependerá da maturidade das instituições. “O diálogo competitivo não é uma reunião livre. É um procedimento jurídico estruturado, que exige rastreabilidade de cada decisão. Quando bem conduzido, produz soluções mais adequadas e alocação de riscos mais eficiente. Quando mal estruturado, compromete a competição e amplia o passivo jurídico”, conclui.

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Negócios

Reforma tributária redefine bases do sistema brasileiro e exige nova arquitetura fiscal das empresas analisa CEO da Ayres Contabilidade

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CEO da Ayres Contabilidade avalia efeitos estruturais da mudança, aponta os temas mais atuais em debate e reflete sobre o impacto da transição no ambiente corporativo brasileiro

A reforma tributária inaugura uma fase de reconstrução do sistema fiscal brasileiro. Para Alessandro Ayres, CEO da Ayres Contabilidade com atuação em governança financeira de empresas multinacionais, o país está diante de uma mudança que ultrapassa a simples substituição de tributos.

Em sua visão, trata-se de um realinhamento estrutural que exige revisão profunda dos processos internos das empresas. “Não é apenas uma alteração legal. A reforma mexe na lógica do funcionamento fiscal das organizações e exige que cada operação seja redesenhada com muito mais cuidado”, afirma.

A criação do IVA dual, com a CBS e o IBS, está entre os temas de maior impacto. O novo modelo busca uniformizar as bases de consumo e reduzir sobreposições que marcam o sistema atual. Segundo Ayres, o potencial de simplificação é real, mas depende da capacidade das empresas de reorganizar seus controles internos.

“Grande parte das empresas opera há anos dentro de uma mesma lógica tributária. Migrar para outra estrutura significa revisar cadastros, códigos de produtos, sistemas de faturamento e até modelos de contrato”, observa.

O ponto mais sensível do momento é a fase de transição, quando tributos antigos e novos coexistirão. Em sua análise, essa etapa moldará o sucesso ou fracasso da implementação. “Vamos conviver com dois sistemas ao mesmo tempo, e esse período exige maturidade técnica. O risco não está apenas no cálculo do imposto, mas na classificação precisa das operações durante a transição”, afirma Ayres.

O funcionamento do comitê gestor do IBS também mobiliza discussões. O órgão será responsável pela administração das receitas entre estados e municípios e determinará parte da previsibilidade do sistema. Para Ayres, a governança desse comitê é decisiva para que a simplificação prometida pela reforma não seja perdida na prática.

“A unificação só será efetiva se houver coordenação. Sem critérios claros, as empresas podem enfrentar insegurança semelhante à que já existe hoje”, avalia.

Regimes específicos e setores regulados também estão no centro do debate. Áreas como telecomunicações, serviços digitais e logística tendem a passar por reestruturação significativa. Para empresas com operações complexas, a mudança exige novas definições de crédito, reavaliação dos custos recuperáveis e ajustes nos padrões de documentação fiscal.

“O impacto é transversal. A reforma força uma reorganização que toca desde o nível operacional até o estratégico, e isso não acontece sem preparação”, destaca.

A observação de Ayres sobre o momento brasileiro tem sido influenciada também por sua atuação em projetos internacionais. Ele aponta que empresas estrangeiras acompanham a reforma com atenção e enxergam no processo uma possível redução de barreiras históricas.

“O Brasil é conhecido pela complexidade tributária. Quando uma mudança dessa escala acontece, investidores internacionais observam para entender como isso pode afetar o custo operacional e a previsibilidade. É um movimento que reposiciona o país no cenário competitivo”, analisa.

Ao mesmo tempo, Ayres vê espaço para que profissionais brasileiros contribuam com essa etapa de adaptação. “Trabalhamos há décadas dentro de um dos sistemas mais difíceis do mundo. Essa experiência se torna um diferencial para auxiliar empresas internacionais que querem operar aqui.”

Para ele, a reforma tributária não deve ser lida apenas como uma mudança normativa, mas como um processo de transformação contínua, com ajustes anuais, regulamentações complementares e adaptações técnicas. “A reforma exige visão de longo prazo. Quem enxergar apenas a mudança imediata perderá a oportunidade de construir um modelo mais eficiente para os próximos anos”, conclui Ayres.

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