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A Profissão de Relacionamento Institucional: Conectando Empresas Privadas e Órgãos Públicos

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O Relacionamento Institucional é uma profissão que ocupa um espaço estratégico no ecossistema empresarial e governamental, especialmente em países como o Brasil, onde o setor público desempenha um papel central na economia. Essa função é essencial para empresas privadas que buscam participar de licitações, firmar parcerias público-privadas (PPPs) ou simplesmente navegar pela complexa teia de regulações e exigências administrativas que regem suas operações.

O que é Relacionamento Institucional?

O Relacionamento Institucional envolve a gestão das interações entre empresas privadas e órgãos públicos, com o objetivo de facilitar negócios, assegurar o cumprimento de normas e promover um diálogo ético e produtivo entre as partes. Este profissional não atua apenas como intermediário, mas também como estrategista, garantindo que as iniciativas privadas sejam compreendidas e aceitas pelo setor público, e vice-versa.

Entre as principais atribuições desse profissional, destacam-se:
1. Monitoramento de Políticas e Regulamentações: Acompanhamento constante das mudanças legislativas e regulatórias que podem impactar o setor de atuação da empresa.
2. Análise de Licitações e Contratos Públicos: Identificação de oportunidades de negócios em editais e preparação de propostas competitivas.
3. Gestão de Relacionamentos: Construção de redes de contato com representantes governamentais, associações setoriais e outros stakeholders.
4. Compliance e Ética: Garantia de que todas as interações estão em conformidade com as leis, como a Lei de Licitações e Contratos Administrativos (Lei 14.133/2021) e as diretrizes de integridade corporativa.

Os Desafios e Recompensas da Profissão

Bruno Assunção, empresário de São Paulo com vasta experiência na área de Relacionamento Institucional, compartilha sua visão sobre os desafios e oportunidades da profissão:

“Trabalhar como relacionamento institucional exige um profundo entendimento da máquina pública e das dinâmicas empresariais. O maior desafio é lidar com a burocracia e, ao mesmo tempo, construir confiança em um ambiente que muitas vezes é percebido como opaco e cheio de barreiras.”

Bruno ressalta que o Relacionamento Institucional vai muito além de “abrir portas”. “Não se trata apenas de conseguir acesso aos tomadores de decisão, mas de criar uma relação de longo prazo baseada em transparência e benefícios mútuos. O mercado valoriza quem sabe como articular soluções práticas, sempre dentro do que é ético e legal.”

Para ele, a recompensa está nos resultados gerados para ambas as partes. “É gratificante ver projetos que começam no papel se transformarem em contratos públicos bem executados, beneficiando não só as empresas envolvidas, mas a sociedade como um todo.”

O Perfil do Profissional de Relacionamento Institucional

O profissional de Relacionamento Institucional deve possuir uma combinação de habilidades técnicas e interpessoais. Entre as competências mais valorizadas estão:
• Conhecimento Legal: Familiaridade com legislações aplicáveis, como a Lei 14.133/2021, a Lei de Improbidade Administrativa e os princípios constitucionais que regem a administração pública.
• Habilidades de Comunicação: Capacidade de negociar, apresentar ideias de forma clara e mediar conflitos entre diferentes partes.
• Análise Estratégica: Habilidade para identificar oportunidades de negócios e antecipar riscos regulatórios.
• Ética e Transparência: Compromisso com práticas corporativas íntegras e alinhadas às melhores práticas de governança.

O Futuro da Profissão

Com a modernização das plataformas de compras públicas, como o uso de sistemas de pregão eletrônico e portais de transparência, o Relacionamento Institucional deve se tornar ainda mais técnico e especializado. Bruno Assunção acredita que essa evolução representa uma oportunidade para os profissionais da área.

“A digitalização dos processos é um avanço importante, mas ela não substitui a necessidade de profissionais capacitados para entender as nuances das negociações entre o público e o privado. O futuro dessa profissão está na qualificação contínua e no compromisso com a inovação e a ética.”

Ele também destaca a crescente demanda por compliance no setor. “Hoje, as empresas estão mais preocupadas em garantir que suas operações sejam totalmente transparentes. Isso eleva o padrão da nossa atuação e abre espaço para uma relação mais equilibrada com os órgãos públicos.”

Conclusão

O Relacionamento Institucional é uma profissão vital para o desenvolvimento econômico e a governança responsável. Seja na articulação de contratos públicos, no suporte a PPPs ou na mediação de crises entre empresas e governos, esses profissionais desempenham um papel indispensável para conectar interesses privados e públicos, sempre com um olhar técnico e ético.

A evolução desse campo aponta para um futuro em que a tecnologia e a profissionalização ajudarão a reduzir os gargalos burocráticos, promovendo maior eficiência e transparência nas interações entre empresas e o setor público.

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Capital Concreto abre as portas para o Preview do livro “50 Tons de Luxo” em manhã que uniu literatura, negócios e inspiração

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Na manhã de hoje, a Capital Concreto, em Alphaville, abriu suas portas para receber o Preview exclusivo do livro “50 Tons de Luxo”, de Sophia Martins — empresária, autora e também sócia da Capital. O encontro marcou não apenas a antecipação de uma obra que já nasce como referência no universo do mercado imobiliário, luxo e empreendedorismo feminino, mas também um movimento de conexões e novas oportunidades.

“50 Tons de Luxo”: uma obra que já inspira

No seu terceiro livro, Sophia Martins consolida-se como uma das principais vozes femininas do empreendedorismo no Brasil. A obra não fala apenas de luxo como estética ou consumo, mas como mentalidade, comportamento e visão de futuro para empreender em alto padrão com propósito.

“Este é um livro que não apenas fala de luxo, mas de mentalidade, de comportamento, de como empreender com visão de futuro. É sobre construir caminhos para que outras mulheres também possam brilhar”, destacou Sophia durante a apresentação.

Talks sobre imagem, empreendedorismo e protagonismo

O Preview contou com um talk especial que reuniu Mari Menezes e Robson Jassa.

Mari trouxe reflexões sobre empreendedorismo e independência feminina, destacando a importância de criar espaços que conectem mulheres a oportunidades reais.
“O empreendedorismo feminino precisa de ambientes como este, que abrem portas e ampliam possibilidades”, afirmou.
Robson Jassa, referência em imagem pessoal, reforçou a ideia de que a imagem que vendemos é luxo — porque é posicionamento, credibilidade e a forma como o mercado nos enxerga.
“A imagem não é apenas estética, é posicionamento. É sobre a mensagem que transmitimos e como o mercado nos enxerga.”

Anúncio de parceria com a Leroy Merlin

Um dos pontos altos da manhã foi o anúncio da parceria entre a Leroy Merlin e a Capital Concreto, um movimento que une inovação, construção e design de interiores ao mercado de alto padrão.

Mais do que um anúncio corporativo, a parceria simboliza o que Sophia chamou de novo luxo: parcerias inteligentes que constroem futuro, abrem caminhos e criam impacto real no ecossistema de negócios.

Capital Concreto como hub de experiências

Com a presença de imprensa, convidados estratégicos e líderes do setor, a manhã mostrou que a Capital Concreto vai além de um espaço físico: é um hub de experiências que integra arquitetura, design, literatura e empreendedorismo.

Abrir as portas da Capital para esse Preview foi um marco importante de um movimento maior — um convite para pensar o luxo não apenas como estética, mas como propósito, independência financeira através do investimento imobiliário.

(Fotos : Divulgação Sophia Martins)

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Por que a jurimetria deve crescer no mercado financeiro

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Por Alexandre Pegoraro (*)

Nos últimos anos, a jurimetria deixou de ser um recurso restrito a departamentos jurídicos inovadores e começou a ocupar espaço nas mesas de decisão de bancos, fundos de investimento, seguradoras e áreas de M&A. Com mais de 83 milhões de processos em tramitação no Brasil (CNJ, 2024), a capacidade de medir, prever e comparar riscos jurídicos passou a ser um diferencial competitivo para players do mercado financeiro.

A lógica é simples: se finanças e investimentos já se apoiam em modelos estatísticos e séries históricas para projetar cenários, por que não aplicar a mesma racionalidade à análise jurídica? A jurimetria oferece justamente isso: uma base empírica robusta para reduzir incertezas e embasar decisões que envolvem litígios, contratos e passivos.

Enquanto a jurisprudência oferece interpretações consolidadas do Judiciário, a jurimetria mede, com precisão, como os tribunais realmente decidem, identificando padrões regionais, perfis de magistrados, tempos médios de tramitação e taxas de sucesso em determinadas teses. Essa granularidade permite que instituições financeiras calculem o risco jurídico com a mesma objetividade com que avaliam risco de crédito.

Como exemplo, podemos citar um banco que pretende conceder financiamento a uma empresa envolvida em disputas tributárias. Com base em dados históricos, ele pode estimar a probabilidade de vitória do contribuinte naquele tribunal específico. Isso afeta diretamente o valor do crédito, as garantias exigidas e o custo do capital.

A jurimetria já começa a influenciar cinco frentes estratégicas do setor. A primeira é a concessão de crédito, pois é possível avaliar o risco jurídico associado ao cliente, incorporando probabilidades de êxito em execuções ou defesas. Outra aplicação relevante está na due diligence e M&A. A jurimetria permite o mapeamento estatístico de litígios da empresa-alvo, evitando surpresas pós-aquisição. Além disso, na gestão de carteiras, sua aplicação leva a instituição a priorizar casos com maior chance de recuperação ou menor exposição, maximizando retorno. A análise estatística permite ainda realizar um cálculo mais preciso do valor do prêmio de seguros judiciais com base em padrões de decisão e aprimorar o planejamento tributário, a partir da identificação de teses com maior probabilidade de êxito, reduzindo passivos futuros.

Além de servir como ferramenta de análise, a jurimetria contribui para o fortalecimento das práticas de governança. Com métricas claras e replicáveis, conselhos de administração e comitês de risco podem tomar decisões mais transparentes e auditáveis. Isso se traduz em maior confiança de investidores e reguladores, além de alinhamento entre as áreas jurídica, financeira e de compliance.

No mercado financeiro, o custo da incerteza é alto. Um litígio que se arrasta mais que o previsto pode consumir caixa, reduzir margens e até inviabilizar transações. Ao fornecer estimativas de prazo, custo e probabilidade de êxito, a jurimetria reduz essa assimetria de informação.

A adoção de jurimetria no mercado financeiro segue a mesma curva que, no passado, impulsionou o uso de analytics no marketing e na gestão de risco de crédito. Com a crescente digitalização de dados judiciais e a evolução das ferramentas de análise, o custo de implementação tende a cair, enquanto os ganhos em precisão e velocidade aumentam.

Se no passado decisões jurídicas eram tomadas majoritariamente por experiência e intuição, o futuro aponta para um modelo híbrido: interpretação jurídica somada à inteligência de dados. No mercado financeiro, onde cada ponto percentual de risco importa, essa mudança tende a ser não apenas bem-vinda, mas inevitável.

(*) Alexandre Pegoraro é CEO da plataforma de compliance Kronoos

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Datarisk acelera estratégia de crescimento e anuncia Valéria Nery como nova CRO

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Ex-executiva da NTT Data tem como meta expandir a presença da empresa no mercado e consolidar o posicionamento de referência em inteligência de dados

A Datarisk, empresa especializada no uso de inteligência artificial para gerar valor no conceito decision as a service, acaba de anunciar a nomeação da especialista em inovação Valéria Nery como Chief Revenue Officer (CRO) da companhia. Com mais de 25 anos de experiência no desenvolvimento de projetos, que vão desde a concepção de estratégias comerciais e modelos de negócio até a orquestração da entrega, a executiva assume o posto com a missão de liderar o plano de crescimento da empresa, expandindo sua presença no mercado e consolidando seu posicionamento como referência em inteligência de dados, IA aplicada e soluções para gestão de riscos.

Antes de chegar à Datarisk, Nery ocupou posições de destaque em multinacionais como NTT Data e Globant, onde liderou operações e projetos complexos em múltiplos setores, incluindo serviços financeiros, saúde, varejo, logística e indústria. Ela é formada em Computação, com MBA em Gestão Empresarial pela FIA Business School e especialização em Inovação pela Harvard University.

“Acredito na força das pessoas, na importância da comunicação integrada e no papel estratégico da tecnologia como motor de competitividade e transformação nos negócios. Com base nestes princípios, vamos trabalhar juntos para alinhar a atuação dos times comerciais, marketing, produto e operações em torno de objetivos comuns, acelerando a geração de receita e assegurando que a empresa continue a entregar soluções de alto impacto para seus clientes”, afirma.

Com uma tese de negócios baseada na criação de soluções proprietárias que automatizam o desenvolvimento de modelos preditivos a partir de técnicas de inteligência artificial, a Datarisk trabalha com a perspectiva de quintuplicar o volume de receitas recorrentes até o final de 2025. A empresa é pioneira no Brasil na oferta de soluções focadas no conceito MLOps (Machine Learning Operations) e oferece cinco scores dedicados a estudar as condições do tomador de crédito referente à sua estimativa de renda, à probabilidade de ele se tornar apostador em uma janela de tempo, além da avaliação de risco de crédito PF e PJ e da estabilidade empregatícia.

A 9ª Edição do Ranking 100 Open Startups, que reconhece as open startups e scaleups que mais inovam no país, elegeu a Datarisk como uma das 10 melhores na categoria Scaleups. “Nossa missão de tornar mais rápida e assertiva a tomada de decisão para empresas se consolida a cada dia como solução a uma das maiores dores do ambiente corporativo. Neste sentido, temos certeza de que a Valéria Nery com sua experiência e conhecimento, vão nos ajudar a potencializar ainda mais o ritmo de crescimento da companhia”, afirma o CEO da Datarisk, Jhonata Emerick.

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