Joias exclusivas e numeradas, complexidade de acesso, listas VIPs com público “Triple A”, locais luxuosos, preços altos, mistério e muito mais. Qual seria a “receita” de sucesso da Jeecler?.
“Antes da marca dar certo, ela quase faliu”, comentou o CEO e Fundador da Jeecler, Joalysson Conrado.
“Fundei a empresa oficialmente em março de 2023, apostando no Omnichannel (escritório de atendimento com hora marcada, e-commerce, redes sociais etc.) e contratei profissionais experientes, com salários altos. Após alguns meses, nenhuma venda e, a pergunta que muitas pessoas me faziam, começava a fazer sentido: ‘Conrado, como é que você pensa em vender alianças de mais de 100 mil reais, com uma marca nova, para um público super exigente?’ Nesse meio tempo, quatro investidores me procuraram, oferecendo alguns milhões de reais em troca de um percentual da empresa, mas, além de se tratar de grandes ‘players’ (um perigo para o meu futuro na cia.), todos queriam 50% do “bolo”. Disse ‘não’ para todos e tive que tomar uma decisão difícil: demitir o time inteiro.
Costumo dizer que em meio ao caos o ser humano se torna mais criativo e performa acima da média. E foi em meio ao caos que tive a ideia de realizar o primeiro evento, no dia 6 de junho de 2023, em Belo Horizonte. Apresentei apenas um modelo de alianças (Hera), uma edição limitada a apenas 16 pares, com um sistema exclusivo e patenteado que chamamos de ‘Versy’, que possibilita a desmontagem e montagem das alianças para inserção de acessórios. Faturamos neste evento 2 milhões de reais, validei um modelo de negócio que ninguém estava fazendo e comecei a pensar em melhorias para os próximos eventos, que só aconteceriam quase 1 ano depois, a partir do dia 28 de maio de 2024. Só este ano foram 10 eventos e, cada um, foi uma oportunidade de melhorar detalhes e, claro, realizar ‘testes’, como foi o caso dos leilões, com joias super exclusivas e que impulsionaram muito a receita da companhia. Outro ‘teste’ foi o Jeecler Private Club. Percebemos que o comportamento do consumidor de luxo mudou: eles querem exclusividade na essência, produtos realmente únicos.
Durante um dos eventos, um convidado comentou comigo: ‘Conrado, as joias são lindas, mas tenho uma edição limitada da Lamborghini com apenas 250 unidades no mundo e, se eu pudesse, teria uma série limitada à uma unidade.’ Dias depois nascia o Jeecler Private Club, um novo negócio do grupo, exclusivo para clientes que compram nos eventos e para candidatos eleitos. Os membros do ‘Club’ têm acesso aos nossos designers e podem adquirir joias verdadeiramente personalizadas e únicas, com valor inicial de 200 mil reais. No ‘Club’ o céu é o limite!”, conta Conrado.
A Jeecler criou uma nova forma de vender produtos de luxo, envolvendo seus convidados – a elite do país – em verdadeiras experiências, regadas a joias limitadas e numeradas, locais luxuosos, pratos assinados por Chefs de cozinha renomados, bebidas sofisticadas, privacidade (não é permitido entrar com celulares/câmeras nos eventos) e caridade. Parte da verba de todos os eventos é destinada a uma ONG.
O último evento do ano de 2024 aconteceu dia 03 de dezembro, no 6 estrelas Rosewood, único hotel brasileiro na lista dos 50 melhores do mundo. “Foi um evento especial e mais um ‘teste’. Todos os outros eventos que realizamos receberam 70 pessoas, este, recebeu 150 convidados e, também, patrocinadores. Foi um desafio para mim que, como fundador, preciso dar atenção aos convidados e representantes das empresas que nos apoiaram e para a Jeecler, pela complexidade organizacional envolvida. Mas o evento foi um verdadeiro sucesso: aprendemos muito e crescemos, vendemos muito (alianças e joias de leilão), recebemos novos membros no Jeecler Private Club, validamos um novo formato de evento e somamos com obras sociais que acreditamos”, contou Joalysson Conrado.
Quais os planos para 2025?
“Iremos aumentar o número de eventos e realizar mais ‘testes’; inaugurar unidades próprias; iremos iniciar as vendas de novas unidades através da nossa vertical de expansão, que está sendo estruturada pela Auddas, referência em consultoria empresarial no Brasil; iremos lançar alguns negócios do nosso ‘roadmap’ e avançar em aquisições de empresas que fortalecem o grupo”, disse Conrado.
Que conselho(s) pode dar para nossos leitores?
“Ouvi que a Jeecler não daria certo porque sou nordestino. Ouvi que é impossível vender produtos de ‘ticket alto’ sem uma marca ‘forte’. Ouvi que precisaria de ‘rios de dinheiro’ para o negócio dar certo. Ouvi que sem investidores com muita grana e influência a empresa iria falir em pouco tempo. Ouvi muitas coisas que faziam sentido e muitos absurdos, mas nunca esqueci que este foi o único negócio que me ajoelhei e convidei Deus para ser meu sócio. E nunca deixei de ouvir o que Ele me dizia: ‘não temas, Eu Sou contigo’!
Se posso deixar alguns conselhos, são: dê o seu melhor todos os dias, e isto envolve conhecimento, trabalho, fé e cuidado com a saúde física e mental. Seja resiliente, tudo passa. Tenha ‘porquês’, eles irão manter você na jornada quando você sentir vontade de desistir. Vai ser mais difícil do que você imagina, mas, se você perseverar, vai valer à pena. Faça com que 2025 seja o melhor ano da sua vida. Só depende de você”, finaliza Joalysson Conrado.