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Rapper DurangoKid se une a Overdelivery na envolvente e caótica “No País do Golpe Vol. 4 – 2 mil e 20 Fake”

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Em 2018, DurangoKid lançou com a banda Gotam CRU & Os Curingas o single “No país do golpe, vol. 1 – 2 mil e dezesselva”. Após os atos terroristas em Brasília, ocorridos em 08/01, ele compôs a nova faixa, que chega hoje aos apps de música

O rapper DurangoKid e o produtor e hitmaker Overdelivery se uniram para lançar nesta sexta-feira (31) a faixa “No País do Golpe Vol 4 – 2 mil e 20 fake”. Lançado pelo selo musical Marã Música, o novo som estará disponível em todas as plataformas digitais.

Lançada como um drill brasil, pra frente, envolvente e caótica, a faixa endereça a revolta e a indignação dos artistas. “Durante muito tempo desses quase 20 anos de microfone, eu tive uma lírica militante, comunista, política”, conta Durango Kid. “Em 2018 lancei com a banda Gotam CRU & Os Curingas o single ‘No país do golpe, vol. 1 – 2 mil e dezesselva’. Nesse novo momento, tenho procurado explorar outras atmosferas nas minhas composições. Mas depois dos atos terroristas em Brasília, no dia 08/01, foi inevitável, alguns dias depois comecei a escrever uns versos em casa”, continua.

Ouça “No País do Golpe Vol 4 – 2 mil e 20 fake” em todas as plataformas digitais

Assista ao videoclipe

Em uma sessão de estúdio seguinte, DurangoKid apresentou a ideia de “No país do Golpe, vol4, 2 mil e 20 fake”ao seu amigo Overdelivery. “Ele começou a caçar uns beats, fizemos alguns testes, mas nada definitivo. Na outra semana, ele fez mais uns dois ou três beats, mas só quando eu fui pro estúdio e troquei mais uma ideia com ele é que surgiu essa base que escolhemos, porradaria (risos). A primeira estrofe e o refrão já estavam bem definidos, então já gravei uma prévia. Na mesma semana, fechamos um show na Bienal da Une, nos Arcos da Lapa. Resolvemos que eu ia fazer essa track, mesmo em prévia no show. Aí sentimos a pressão, o beat no P.A., a galera sacando a ideia, vibrando junto. Já voltei do show com algumas ideias de rearranjo pra ela. Fizemos duas sessões de estúdio, quer dizer, tentamos, porque com a temporada de tempestades na serra do rio, faltou energia em dois dias diferentes, o que segurou um pouco mais o processo. Mas aí depois do Carnaval, fechamos o instrumental e a letra”, ele conta sobre o processo de composição da faixa.

Com versos como “2023 terrorismo dos nazi / Eita Brasil, que fase / que fase / Como chegamos até aqui?”, a música é para pular, cantar gritando, extravasando. “Mas também em tom de enfrentamento, resistência e celebração, porque música é celebração, é saudar à vida”, explica DurangoKid. “Acho que na real, esse som é pra dar um papo que não fique só na crítica ao sistema… quem é esse sistema, que sistema é esse, que país é esse? O país do golpe. E como as coisas tem acontecido aqui, quem tem orquestrado a amplificação do desespero do povo brasileiro? É um ato de cidadania, me senti obrigado a compartilhar as visões que acumulo, contribuir com o debate, da forma que posso melhor comunicar”.

A data de 31 de março para o lançamento do single não foi escolhida em vão. Sobre isso e sobre a expectativa para colocar este trabalho no mundo, o rapper explica: “A data que escolhemos é a melhor possível, 31 de março, data que em 64 os militares iniciaram o golpe. Data que também foi comemorada durante os quatro últimos anos no Brasil pelo exército e até pelo governo federal. Então nossa expectativa é dar um contragolpe nessa narrativa, é trazer dimensões e nuances da nossa política atual, suas consequências e raízes… É mostrar que o povo brasileiro não é tão bobo quanto julgam e tamo ligado em parte das tramas. E sem dúvida, é dar início aos lançamentos de 23 já de voadora. Espero que muitos gostem e tantos outros detestem, porque o Brasil tá dividido, né? Então sei que o assunto é quente, e viemos tacar mais fogo”” finaliza.

Lyric Video

“No País do Golpe Vol 4 – 2 mil e 20 fake” chega com um lyric video, com estreia programada também para o dia 31, às 11h, no canal oficial de Durango Kid no YouTube

Trazendo uma linguagem objetiva, debochada e bem realista, ele chega para ilustrar e dar ênfase à mensagem global da música, expandindo o alcance e aprofundando a comunicação com o ouvinte.

CONFIRA A LETRA DE “NO PAÍS DO GOLPE VOL 4 – 2 MIL E 20 FAKE”

Escrita por DurangoKid 

2023 terrorismo dos nazi

Eita Brasil, que fase

que fase

Como chegamos até aqui?

Como se ninguém imaginasse

Coé OverDelivery,

Rewind, rewind

Invasão genocida

400 anos de Escravidão

raiz corrompida

Envenenada em corrupção

Riquezas roubadas

Vidas moídas

Almas partidas

Tudo isso

em nome do progresso

Do Deus cristão

O príncipe portuga

declarou a independência (Ahaha)

Tragédia única

Coroa e túnica

Saque sequência

Um milico monarquista

Proclamou a república

América del sul realista

Comédia estúpida

Golpe de 38

Golpe 64

Golpe de 2016

Golpe de, golpe de

Golpe de outra vez

Dois mil e vinte sempre

1500 e sempre

Narco milícia agro cristã

Aqui o crime é diferente

Necro política tropical

Garimpo, arma e crente

Contaminando mentes

Indígenas dizimados

Dízimo no consignado

igreja, estado, mercado

Máquinas de moer gente

No país do golpe

Loucura no holofote

A fé na fake é forte

Milico no suporte

No país do golpe

Ódio é click bate

Democracia de enfeite?!

Dois mil e vinte fake

Todo Camburão tem um pouco de navio negreiro

E muito mais

Todo Camburão tem um pouco de câmara de gás (verme FDP)

Terrorismo de estado a níveis colossais

Desigualdade fome e morte brutais

Mas pro Paulo Guedes tá bom

Pro Gustavo Lima tá bom

Pros Bolsonaro tá bom? Não!

Americanas tá bombom

Militares torrando dinheiro

Parasitas do povo brasileiro

Patriotas dos porões e bueiros

Isso que é quadrilha

Gabinete do ódio

Gabinete paralelo

Bolsonarista bota bomba

No aeroporto de Brasília

Terroristas de amarelo

Cagões

Adoradores de torturadores

Carluxo, Constantino, Cocielo

No país do golpe

Loucura no holofote

A fé na fake é forte

Milico no suporte

No país do golpe

Ódio é click bate

Democracia de enfeite?!

Dois mil e vinte fake

Bob Jeff

Silveirado

Vários gado

Tão trancado

Falta o Salles

A Zambelli

Villas Boas

A Damares

Eu acho é pouco

Quero ver cair

Braga neto, Heleno

Pazzuelo e Jair

Só de pensar

Tô chorando de rir

O Brasil me obriga a

Explodir

Reforma trabalhista

Corte na verba da educação

Teto de gastos?

Orçamento secreto – 700 vezes o mensalão

Povo na merda

Paga pensão

Pra família imperial

E pra general de 4 estrelas

Que fica atrás da mesa com o cu na mão

Sobre DurangoKid:

Rapper conhecido pelo grupo Gotam Cru e os Curingas, DurangoKid faz uma ponte entre o Brasil de 2021 e a Europa de Giovanni Boccaccio e seu livro “Decamerão” (1353) no álbum conceitual “DKMERON – Delírios Distópicos”. Disponível em todas as plataformas de música digital, o álbum vai do rap e trap ao funk e reggaeton para unir ironia e política em versos sobre uma sociedade em colapso.

Embora tenha uma inspiração inesperada, o álbum faz uma ponte lírica e musical com os tempos atuais. “O livro foi escrito durante a peste bubônica na Europa e contesta valores da moral medieval da época, nada mais parecido com o Brasil que vivemos. O subtítulo, Delírios Distópicos, foi uma forma de recortar e aproximar o foco que eu queria trazer pro disco, poeticamente, tipo, a música foi refúgio pra muitos nesses tempos, e eu quis trazer isso pro álbum, fazer músicas que as pessoas possam ouvir pra superar, de diversas formas tudo isso que vivemos”, resume o artista, cujas rimas dialogam com a batida forte e grave e com as melodias de influências latinas.

“DKMERON – Delírios Distópicos” veio para coroar uma trajetória que já chama atenção no cenário do rap fluminense. DurangoKid se uniu ao pianista e arranjador Guimo Mota em seu trabalho mais ousado até hoje. A abordagem instrumental e de beats foi totalmente repaginada e o conteúdo das letras foi de momentos egocêntricos e sensuais como o primeiro single “Liricanalha”, às dualidades da cidade onde vive como em “Flow Petrópolis”, até questões que refletem os tempos atuais em um conceito social, cultural e político.

Natural de Petrópolis e atuante no meio musical desde 2004, o rapper ganhou projeção em batalhas de destaque regional e nacional. Em dezembro de 2021, fez shows na Batalha do Real, e em 2022 participou do respeitado Festival Rock The Mountain e do Festival Vermelho (em Niterói). Já em 2023, o rapper se apresentou na Bienal da Une, nos Arcos da Lapa (Rio). 

Sobre Marã Música:

Empresa especializada em Marketing e Relações Públicas, dentro do mercado da música, fundada em janeiro de 2018 na cidade de Jundiaí, no estado de São Paulo. Idealizada e gerenciada por Henrique Roncoletta, vocalista e compositor da banda NDK, a Marã Música atua na conexão de artistas com marcas e empresas, além de atuar também na gestão de imagem, carreiras, projetos, produções artísticas e eventos culturais.

Redes Sociais e Streaming DurangoKid:

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Endemia da violência no Brasil – por que a virada começa na gestão prisional

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Quando falamos em violência no Brasil, quase sempre o foco está nas ruas: assaltos, guerras entre facções e operações policiais. Mas uma parte importante dessa história acontece atrás dos muros das prisões e é comumente ignorada. Para o policial penal e especialista em gestão prisional Jair Rodrigues de Paula, é justamente aí que está uma das chaves para mudar o rumo da segurança pública no país.

Jair conhece esse universo por dentro. Atuando no sistema prisional e investindo em formação contínua, ele reuniu um conjunto específico de competências, diretamente relacionadas ao maior desafio do sistema hoje: controlar a violência sem produzir mais violência.

Na visão de Jair, a prisão pode funcionar de duas maneiras. Na pior versão, ela vira um espaço caótico, sem protocolos claros, dominado por facções e marcado pelo improviso. Nesse cenário, o que sai dos muros é previsível: mais violência, mais rancor e mais reincidência. Na melhor versão, a unidade é tratada como instituição séria, com procedimentos operacionais padronizados, registros confiáveis e equipes treinadas. O resultado, também nesse caso, transborda para fora: menos crises, menos motins e mais controle do Estado.

A formação em Segurança e Custódia abrange rotinas de vigilância, revista, movimentação de internos e a cadeia de custódia de informações. A experiência na área demonstra que a atenção a detalhes operacionais, como o preenchimento correto de fichas, a execução rigorosa de procedimentos de escolta e a clareza na comunicação entre plantões, é fundamental. Tais práticas visam reduzir vulnerabilidades que poderiam levar a fugas, à entrada de materiais ilícitos e à escalada de conflitos.

Paralelamente, a atuação em segurança prisional exige a observância dos direitos humanos e da legalidade. Profissionais da área defendem que o respeito à legislação fortalece a atividade policial, enquanto a normalização de práticas como humilhação ou castigos ilegais tende a gerar um ciclo de retaliação e violência. A disciplina deve ser imposta dentro dos limites legais, baseada em critérios de proporcionalidade, necessidade e registro, garantindo que as equipes possam responder a incidentes críticos mantendo o controle jurídico e ético da intervenção.

De acordo com Jair, a prisão deve ser vista não como um fim isolado, mas como um componente estratégico na cadeia de segurança pública, que se estende desde o pré-crime até o pós-pena. Ele argumenta que a ausência de uma gestão prisional profissional por parte do Estado cria um vácuo que é preenchido por facções criminosas. Nessa dinâmica, o sistema prisional deixa de cumprir sua função de política pública e se torna um vetor para o fortalecimento do crime organizado.

Além de sua atuação operacional, desenvolve um trabalho de produção de conhecimento, elaborando textos, propostas de boas práticas em segurança e custódia, modelos de procedimentos e reflexões sobre temas como uso da força, vigilância, escolta e prevenção da tortura. O objetivo é sistematizar a experiência adquirida em campo e na formação acadêmica para criar materiais que possam servir de orientação a gestores, treinamento de equipes e subsídio para a formulação de políticas públicas mais eficazes.

Segundo o policial penal, a discussão sobre a “endemia da violência” no Brasil é incompleta sem uma análise aprofundada do sistema prisional. Ele ressalta que a situação interna das unidades reflete na sociedade, seja por meio de motins mal administrados ou pela saída de indivíduos com laços criminosos fortalecidos. Por outro lado, um ambiente prisional organizado e previsível pode contribuir para a redução da reincidência.

A tese central de Jair é que uma mudança consistente na segurança pública depende de uma transformação na gestão prisional. Isso envolve o investimento em servidores mais bem treinados, o respeito irrestrito à lei, a adoção de protocolos claros e a intolerância a abusos. O policial penal, nesse contexto, deve ser reconhecido como um profissional de segurança pública de alta complexidade, atuando em um ponto nevrálgico do combate à violência no país.

A gestão prisional profissional, com foco na preparação de seus quadros, é apresentada como um passo fundamental para que o Brasil comece a tratar o sistema carcerário não como um problema insolúvel, mas como parte essencial da solução para a violência.


(*) Jair Rodrigues de Paula é policial penal, licenciado em História, pós-graduado em Segurança Pública e Direito Penitenciário, Criminologia, Gestão do Sistema Prisional e Gerenciamento de Crises, com ênfase na proteção a Direitos Humanos.

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Business

Barbearia, tricologia e atendimento humanizado: o trabalho de Paulo Villa na nova era do cuidado masculino

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Nos últimos anos, o universo das barbearias deixou de ser apenas um local de corte de cabelo e barba para se tornar um espaço de autocuidado, identidade e saúde masculina. Inserido nesse movimento, o trabalho de Paulo Dias Júnior – conhecido profissionalmente como Paulo Villa – mostra como a combinação entre barbearia, tricologia e educação pode transformar a relação do homem com a própria imagem e com o couro cabeludo.

Barbeiro, terapeuta capilar e educador, Paulo reúne mais de uma década de atuação em salão e barbearia, somada à formação em Publicidade e Propaganda e à pós-graduação em Tricologia e Ciências Cosméticas. Essa base técnica e acadêmica permite que ele vá além do corte bem executado: cada atendimento é pensado como um ritual, que inclui análise do couro cabeludo, escolha de produtos adequados e orientações claras para que o cliente entenda o que está acontecendo com seus fios e pele.

Tricologia dentro da barbearia

Ao trazer a tricologia para o dia a dia da barbearia, Paulo amplia o papel do barbeiro no cuidado masculino. Em vez de olhar apenas para o estilo do corte, ele avalia disfunções e anormalidades do couro cabeludo – como oleosidade excessiva, ressecamento, descamação, sensibilidade e queda – e estrutura protocolos específicos com máscaras, óleos e produtos terapêuticos voltados à recuperação da saúde capilar.

O foco não é apenas “disfarçar” problemas, mas educar o homem para reconhecer sinais de alerta, seguir rotinas simples de cuidado em casa e, quando necessário, buscar apoio médico especializado. Nesse sentido, o barbeiro deixa de ser um mero executor de serviços e passa a atuar como primeiro ponto de triagem e orientação para clientes que muitas vezes nunca haviam falado sobre saúde capilar com um profissional.

Atendimento humanizado e protocolos personalizados

Na cadeira de Paulo, cada atendimento é conduzido de forma humanizada e personalizada. Antes da tesoura ou da navalha, vem a escuta: entender rotina, hábitos, queixas estéticas e inseguranças. A partir disso, ele adapta técnicas de corte, barba e terapia capilar ao perfil de cada cliente – do clássico ao contemporâneo, do público executivo ao jovem que está deixando a barba crescer pela primeira vez.

Essa abordagem se reflete também na criação de protocolos e rituais de barbearia para outros profissionais. Com experiência em marketing e planejamento estratégico para o setor da beleza, Paulo desenvolve planos de serviço e de produtos que ajudam barbearias a estruturarem atendimentos mais completos, com ticket médio maior, fidelização e posicionamento diferenciado no mercado masculino.

Educador e referência para profissionais da beleza

Além do atendimento direto ao público, Paulo atua como educador no programa Barber Therapist e como técnico nacional vinculado à indústria cosmética profissional, ministrando cursos e treinamentos para barbeiros e terapeutas capilares em diferentes regiões do país. Nessas formações, ele trabalha desde a leitura correta do couro cabeludo e dos fios até a construção de uma comunicação mais simples e honesta com o cliente, aproximando ciência, rotina de barbearia e resultados visíveis no espelho.

Sua presença em eventos do setor e em programas de capacitação reforça esse papel de ponte entre a prática do salão e o universo educacional, ajudando a consolidar a figura do barbeiro–terapeuta capilar como um novo protagonista dentro do mercado de beleza masculina.

Nova vertente do estilo masculino: estética com saúde

O trabalho de Paulo Villa sintetiza uma tendência clara: o homem contemporâneo não quer apenas um corte “da moda”, mas soluções que unam estilo, bem-estar e informação confiável. Ao integrar tricologia, atendimento humanizado e educação profissional, Paulo contribui para uma nova vertente do cuidado masculino, em que a barbearia se torna também espaço de prevenção, autoestima e consciência sobre a saúde dos fios e do couro cabeludo.

Essa combinação de conhecimento técnico, experiência em atendimento e atuação educativa o posiciona como uma das referências na transição das barbearias tradicionais para um modelo mais completo, que valoriza tanto a imagem quanto a saúde capilar do homem.

Sobre Paulo Villa

Paulo Dias Júnior, o Paulo Villa, é barbeiro, terapeuta capilar e educador, com formação em Publicidade e Propaganda e pós-graduação em Tricologia e Ciências Cosméticas. Com mais de dez anos de experiência em barbearias e salões, ele se especializou em integrar estética, saúde capilar e comunicação acessível para o público masculino. Além de atender em barbearia, Paulo desenvolve protocolos de cuidados para diferentes tipos de couro cabeludo, presta consultoria para estabelecimentos do setor e ministra cursos para profissionais que desejam atualizar seus serviços e elevar o padrão de qualidade no cuidado masculino.

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Business

A Arquiteta de Pontes Sociais: Como Kátia Gomes Reinventa a Inclusão Produtiva no Brasil

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Em um país marcado por profundas desigualdades, a assistente social Kátia Gomes Araújo constrói uma carreira singular ao conectar a proteção social à inclusão de trabalhadores com deficiência, tornando-se uma referência em um campo que raramente dialoga de forma integrada. Sua metodologia, que une acolhimento, qualificação e articulação com o mercado, começa a chamar a atenção para além das fronteiras brasileiras.

Kátia Gomes Araújo personifica a figura da articuladora. Com uma trajetória que transita entre o atendimento direto em comunidades vulneráveis, a gestão de organizações não governamentais e a atuação sindical, ela se especializou em construir pontes entre mundos que costumam operar em paralelo: a assistência social, a defesa dos direitos de pessoas com deficiência e o universo corporativo.

Formada em Serviço Social pela Universidade Estácio de Sá em 2017 e com pós-graduações em Psicopedagogia e Neuropsicopedagogia, Kátia aprofundou seus conhecimentos com especializações em terapia ABA, voltada para o autismo e a deficiência intelectual, em um programa ligado à Primum Faculdade CBI de Miami, que atualmente cursa. Essa combinação de uma base sólida no Sistema Único de Assistência Social (SUAS) com a busca por abordagens internacionais de vanguarda é um dos pilares de seu trabalho.

O ponto de inflexão em sua carreira ocorreu em 2018, com a fundação da AATD – Associação de Apoio a Trabalhadores com Deficiência, em Juiz de Fora (MG). Nascida da percepção de que faltava um elo entre a pessoa com deficiência em busca de uma oportunidade e as empresas que necessitam cumprir a Lei de Cotas (Lei nº 8.213/91), a AATD foi desenhada para ser mais do que uma agência de empregos. “O foco sempre foi construir uma estrutura que unisse atendimento social, orientação jurídica básica, apoio psicológico e qualificação profissional”, explica a idealizadora.

O Método: Da Escuta à Contratação

Da associação derivou o projeto “Inclusão de PCD – Aprendiz no Mercado de Trabalho”, uma metodologia que aborda o processo de forma integral. O trabalho começa no acolhimento, com uma escuta ativa das famílias para compreender a realidade social e as barreiras, tanto materiais quanto emocionais, que dificultam a inserção. A partir daí, são realizadas oficinas de autoestima, orientação vocacional e preparação para o ambiente de trabalho.

Em paralelo, a AATD atua como uma consultoria para empresas, auxiliando-as a navegar as complexidades da Lei de Cotas. O resultado é um processo de inclusão acompanhado, com suporte estendido para após a contratação, garantindo a adaptação e o desenvolvimento do profissional. O modelo transforma o que para muitos é uma “obrigação legal” em uma oportunidade de impacto social e diversidade corporativa.

Atuação em Múltiplas Frentes

A experiência de Kátia não se limita ao terceiro setor. Desde 2020, ela atua como assistente social no Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Telecomunicações de Minas Gerais (SINTTEL-MG). Nesse ambiente, seu papel é traduzir direitos em linguagem acessível, mediar conflitos e conectar os trabalhadores a políticas públicas e programas sociais, demonstrando sua capacidade de transitar entre diferentes arenas institucionais.

Sua jornada também inclui a passagem pela ONG Seguidores do Bem, focada em crianças em situação de risco social, e a criação, em 2022, do Projeto Saúde e Bem-Estar, que utiliza atividades esportivas como ferramenta de prevenção à violência e à ociosidade entre jovens.

Essa visão abrangente é consolidada por sua participação ativa em espaços de deliberação de políticas públicas, como as conferências municipais dos direitos da criança e do adolescente, de igualdade racial e de políticas para mulheres, onde atuou como gestora e organizadora.

Um Modelo para o Futuro

Atualmente, Kátia trabalha na sistematização de sua metodologia, com o objetivo de adaptar o modelo da AATD para novos contextos e ampliar parcerias. A expansão de seu trabalho, que já impactou centenas de vidas, reforça sua posição como uma figura proeminente no cenário da inovação social no Brasil.

Sua trajetória oferece uma resposta prática a um dos grandes desafios do Brasil: como transformar a assistência social em um trampolim para a autonomia e a inclusão produtiva. Ao construir pontes e focar em resultados tangíveis, Kátia Gomes Araújo não apenas defende direitos, mas os converte em realidade, consolidando-se como um nome de crescente relevância no cenário da inovação social.

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