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5 características do empreendedorismo no Brasil segundo o suíço Dominique Oliver, fundador da Amaro

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5 características do empreendedorismo no Brasil segundo o suíço Dominique Oliver, fundador da Amaro

Nascido em Zurique, o fundador e CEO da Amaro Dominique Oliver aprendeu a enxergar valor no multiculturalismo. “A Suíça é um país onde as pessoas recebem bem os estrangeiros e falam muitos idiomas. Só a minha mãe sabe cinco deles, além de amar viajar”, conta o empreendedor. Para sua família, a notícia de que ele se mudaria para o Brasil para abrir um negócio próprio foi recebida com empolgação. “Eles adoram vir me visitar. Ficam meses viajando”, diz com bom humor.

Sobre a saudade do filho, os pais de Oliver já estavam acostumados. Assim que se formou no Ensino Médio, o jovem inquieto foi para os Estados Unidos estudar economia e relações internacionais e, durante esse período, aproveitou também para passar algum tempo na Inglaterra. Na sequência, instalou-se em Nova York para trabalhar na área de fusões e aquisições do setor bancário, vivendo uma típica vida nova-iorquina. No olho do furacão do mercado financeiro, percebeu uma movimentação curiosa no comportamento dos consumidores norte-americanos: as compras online.

“Na época, diversos sites começaram a fazer campanhas de descontos envolvendo as melhores marcas. Todo dia, na hora do almoço, os funcionários do banco ficavam colados na tela do computador esperando as novidades. Tinha que fazer a compra muito rápido, porque esgotava”, relembra. “Percebi que as pessoas estavam loucas para comprar pela internet. Elas tinham acesso a todas as lojas a uma distância curta de caminhada, mas preferiam a experiência digital.”

Como se aquele comportamento não bastasse para ficar para sempre na memória do executivo, as pessoas ainda usavam o escritório para receber as compras. “Como os funcionários não estavam em casa, pediam para entregar no banco. Tinha vestidos e sapatos espalhados por todo canto”, diz entre risadas. Mas foi apenas quando viajou para Miami, em 2010, que aquela sensação de uma tendência de sucesso se consolidou: ao presenciar uma fila de pessoas esperando suas encomendas em uma garagem do hotel, percebeu que o e-commerce realmente mudaria o varejo.

 

Àquela altura, Oliver já estava mergulhado no setor por conta do trabalho que fazia no banco, aconselhando empresas da área do varejo que passavam por dificuldades financeiras. “Foi ali que eu aprendi como evitar os modelos de negócio mais tradicionais. Com a explosão das compras online, percebi que queria participar diretamente desse mundo moderno”, revela.

O executivo sabia, desde a adolescência, da existência de uma veia empreendedora. Com um pai empresário, que comandava uma distribuidora de produtos para papelaria na Suíça, assistiu de camarote a trajetória de sucessos e dificuldades do mundo dos negócios. “Isso me ajudou a ter resiliência, mesmo antes de começar.” Mais do que isso: as conversas familiares sobre o assunto na mesa de jantar o ajudaram a cultivar uma aguçada visão de mercado. Oliver sabia exatamente qual caminho seguir.

PRÓXIMA PARADA: BRASIL

“Eu já tinha visitado o Brasil três vezes para visitar amigos brasileiros que conheci nos Estados Unidos”, conta Oliver. Em 2012, quando decidiu empreender, não pensou duas vezes para escolher o país tropical como a sede de seu negócio. “O mercado de tecnologia por aqui ainda estava nascendo, enquanto nos Estados Unidos tinha o Vale do Silício gerando extrema concorrência.” Ao visualizar oportunidades, começou a fazer seu MBA na FGV (Fundação Getulio Vargas) e aulas de português na PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo). “Fui criando network e montei um plano de negócios para a Amaro, que foi fundada ainda em 2012.”

Com a meta de ser uma plataforma varejista digitalmente nativa, a Amaro nasceu focada na audiência feminina. “Conseguimos conquistar uma comunidade legal, principalmente em São Paulo. No início, as pessoas não achavam que fazia sentido comprar roupas online, mas fomos assistindo a aceitação crescer ao longo dos anos”, conta. Em 2015, para fortalecer os laços, a empresa abriu sua primeira loja física – uma guide shop. Hoje, existem 16 delas espalhadas pelo Brasil, apenas para que as clientes possam provar as roupas que vêem no website.

“Na época, tínhamos apenas 2,5% de penetração no e-commerce local”, relembra. Em 2020, segundo o Comitê de Métricas da Câmara Brasileira da Economia Digital, as compras online cresceram 73,88% no Brasil, o que resultou em um aumento de 56% no número de clientes da Amaro. Do total vendido, 80% vem do e-commerce. A empresa de moda feminina, que cresceu de mãos dadas com o avanço do comércio eletrônico no país, hoje conta com uma equipe de 500 pessoas – 40 apenas na divisão criativa dos produtos – e previsão de crescimento de 50% no faturamento de 2021.

Embora os números sejam animadores, há um outro motivo para a empolgação atual do negócio: sua consolidação como uma marca de lifestyle. Moda, beleza, bem-estar e casa são os novos quatro pilares da empresa. Oliver explica que a ideia é levar facilidade para que os clientes possam comprar diversos produtos em apenas um lugar. “Em meados do ano passado, fizemos um teste com poucas marcas parceiras. Foi um sucesso”, diz o executivo, explicando que, em 2021, a parceria foi estendida e chegou a mais de 150 marcas na plataforma oficial.

“Somos parceiros de grupos menores, mais orgânicos e com uma mensagem de sustentabilidade. Nessa crise, é essencial sobreviver ao lado dessas empresas”, ressalta Oliver. Por mais que os produtos sejam produzidos por outras companhias, ele destaca que a Amaro é responsável pela identidade visual e logística das parcerias. “Se um cliente tem algum problema, o atendimento é conosco. E, se comprar produtos de marcas diferentes, a entrega é nossa responsabilidade. Isso, inclusive, tem um papel positivo no meio ambiente, resultando numa redução no uso de embalagens.”

Após oito anos no Brasil, Oliver se mantém animado sobre as conquistas e os objetivos futuros. Com conhecimento de causa, conhece os benefícios e as dificuldades de empreender num país com legislações e características muito próprias, além de dimensões continentais. Confira, na galeria abaixo, 5 percepções do CEO sobre ter um negócio no Brasil:

 

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Stablecoins sob vigilância: alerta do mercado expõe vulnerabilidades no sistema de pagamentos brasileiro

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Na noite de 17 de agosto, uma mensagem de alerta circulou entre instituições financeiras e operadores do Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB), acendendo um sinal vermelho sobre movimentações atípicas com stablecoins, especialmente o Tether (USDT)

O episódio, embora ainda sem confirmação de ataque, revela um cenário de crescente preocupação com o uso indevido de criptoativos em esquemas de lavagem de dinheiro e fraudes financeiras.

O que está acontecendo?

Segundo o Comitê de Ativos Virtuais da Associação PAGOS, foram identificadas tentativas suspeitas de saque de USDT por contas possivelmente vinculadas a ‘laranjas’ em corretoras, além de compras em mesas OTC por empresas com baixo nível de verificação de identidade (KYC). Esses padrões levantam hipóteses de preparação para movimentações fraudulentas em larga escala.

O alerta não surgiu no vácuo. Apenas um mês antes, o Brasil enfrentou o maior ataque cibernético já registrado contra empresas ligadas à infraestrutura do Pix, com prejuízos bilionários e conversão imediata de valores em criptoativos como o USDT.

Por que o USDT?

O Tether (USDT) é a stablecoin mais utilizada no mundo, com liquidez elevada e lastro em dólar. Sua estabilidade e facilidade de movimentação entre países tornam-no um instrumento atrativo para esquemas de evasão de divisas e lavagem de dinheiro. De acordo com o Banco Central, o aumento incomum na busca por operadores de USDT,  especialmente com perfis suspeitos, já foi observado em ataques anteriores, como o da C&M Software.

 

Gabriel Della Torre, Presidente do Comitê de Ativos Virtuais da Associação PAGOS

Riscos para o SPB

A integração entre sistemas tradicionais de pagamento e plataformas cripto cria um ambiente híbrido de vulnerabilidades. Instituições que oferecem soluções com integração cripto podem se tornar a ‘ponta de conversão’ de dinheiro ilícito, transformando USDT em reais e facilitando a dispersão de recursos fora do radar regulatório.

Gabriel Della Torre, Presidente do Comitê de Ativos Virtuais da Associação PAGOS, afirma que “as funcionalidades dentro da Blockchain estão ficando cada vez mais populares, portanto devemos ver cada vez mais tentativas do uso dessas ferramentas para encobrir transações de dinheiro sujo. É preciso cada vez mais cuidados e ferramentas de proteção por parte das instituições de pagamento para não serem colaboradores nesse crime”.

Medidas recomendadas

O Comitê da PAGOS e o Banco Central sugerem ações imediatas para mitigar riscos:

  • Monitoramento reforçado de transações fora do perfil habitual dos clientes, especialmente em horários noturnos
  • Elevação dos níveis de autenticação e verificação em sistemas de pagamento
  • Bloqueio e comunicação imediata de tentativas suspeitas às autoridades competentes (BACEN e COAF)
  • Cooperação entre equipes de segurança das instituições financeiras e corretoras de criptoativos

O desafio regulatório

A ausência de uma regulamentação definitiva para stablecoins no Brasil ainda gera insegurança jurídica. A Consulta Pública nº 111/2024 do Banco Central propõe incluir operações com stablecoins no escopo do mercado de câmbio, o que pode criminalizar transações descentralizadas (P2P e DeFi) caso realizadas fora de instituições autorizadas.

 

Reunião mensal da Associação PAGOS

Alerta para o setor financeiro

O episódio serve como alerta para o setor financeiro: a inovação traz eficiência, mas também exige responsabilidade. O uso legítimo de criptoativos não deve ser confundido com práticas ilícitas que se aproveitam da tecnologia para burlar controles. A resposta coordenada entre reguladores, instituições e associações como a PAGOS será essencial para garantir que o SPB continue sendo um dos sistemas mais seguros e eficientes do mundo.

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Raul Capelo e a escolha pela anestesiologia: dedicação e preparo em busca da medicina além das fronteiras

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Com formação sólida, com atuação em emergência, médico cearense projeta futuro na anestesiologia com olhar técnico e humano

O fim da graduação médica é, para muitos, o início de um novo desafio: escolher uma especialidade que seja mais do que afinidade técnica, mas um caminho possível de seguir por toda a vida. Para Raul Capelo, médico formado pelo Centro Universitário Christus, em Fortaleza, essa decisão foi amadurecida com o tempo e veio do lugar mais certeiro que se pode ter dentro da medicina: a prática.

Foi nos plantões, nos corredores das cirurgias e nas salas de emergência que Raul descobriu uma afinidade real com a anestesiologia. A especialidade, frequentemente lembrada apenas pela aplicação de anestesia em procedimentos cirúrgicos, revelou-se para ele uma área de atuação ampla, que exige preparo, concentração e, principalmente, tomada de decisões rápidas e bem embasadas.

A escolha ganhou ainda mais força durante o internato em cirurgia, fase da formação médica em que os estudantes são inseridos diretamente na rotina hospitalar. Ali, observando a complexidade dos procedimentos e a precisão necessária para garantir conforto, segurança e estabilidade aos pacientes, Raul enxergou uma profissão que exige tanto técnica quanto sensibilidade. O anestesiologista é quem garante que o paciente passe por aquele momento da forma mais segura possível. É uma responsabilidade silenciosa, mas fundamental, reflete.


Desde o início de 2025, ele atua como médico de urgência e emergência em três municípios do Ceará, onde vivencia a pressão de tomar decisões rápidas em contextos muitas vezes limitados por estrutura ou recursos. Essa experiência fortaleceu sua capacidade de improviso, raciocínio clínico e trabalho sob pressão, habilidades que se conectam de forma direta ao perfil exigido na anestesiologia.

Raul vê na anestesiologia uma medicina de bastidores, mas com enorme impacto no que acontece no centro cirúrgico. A precisão com que se administra cada medicamento, o controle sobre o corpo do paciente, o cuidado com os sinais vitais em tempo real. Tudo isso exige uma atenção minuciosa que ele aprendeu a valorizar na prática. E é justamente essa combinação entre responsabilidade silenciosa e tomada de decisão crítica que hoje o atrai e o desafia a ir mais longe.

Com disciplina e objetivos bem definidos, ele segue construindo um caminho que une a vivência prática à busca por excelência técnica. O desejo de atuar internacionalmente não é apenas um projeto de carreira, mas uma forma de ampliar o olhar sobre a medicina e, no futuro, contribuir de forma ainda mais completa para o cuidado com os pacientes.

Escrito por: Nathalia Pimenta.

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Exclusividade da Full Redux transforma carreira de esteticista gaúcha e redefine padrões no mercado da estética

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A cidade de Tupanciretã, no interior do Rio Grande do Sul, tem sido palco de uma verdadeira revolução no setor da estética. A responsável por essa transformação é a esteticista Roselaine Choquetta, que atua há mais de 13 anos com foco em emagrecimento e tratamentos estéticos. Reconhecida por entregar excelentes resultados às suas clientes, Roselaine viu sua trajetória alcançar um novo patamar após a chegada da exclusividade da Full Redux, marca inovadora que tem conquistado espaço em todo o Brasil e no mundo.

“Sem dúvida, foi a melhor decisão da minha vida profissional”, afirma Roselaine.

Segundo ela, a tecnologia e os protocolos da Full Redux foram um divisor de águas, trazendo resultados surpreendentes na redução de medidas, tratamento de flacidez, celulite, diástase e estrias. Esse salto de qualidade fez com que a profissional se tornasse referência regional, consolidando seu nome como uma das principais especialistas da área na região central do estado.

Uma revolução no setor da estética

Os procedimentos e nutracêuticos da Full Redux vêm se destacando por unir ciência, tecnologia e inovação em soluções de alto desempenho. A proposta da marca é entregar resultados rápidos, duradouros e seguros, garantindo maior satisfação às clientes e diferenciação competitiva às profissionais que representam a exclusividade em suas cidades.

Além do respaldo científico, a Full Redux também aposta em modelos de parceria exclusivos, permitindo que cada profissional atue de forma diferenciada em seu município, sem concorrência direta. Essa estratégia garante valorização do trabalho das esteticistas e fortalece sua posição como empresárias de destaque.

 

 

Do interior para o mundo

Embora tenha se consolidado no Brasil, a Full Redux já ultrapassou fronteiras e vem sendo reconhecida internacionalmente como uma marca que dita tendências no mercado da beleza e bem-estar. A combinação de tecnologia estética de ponta e nutracêuticos exclusivos tem colocado a empresa em evidência, atraindo profissionais e consumidores que buscam resultados de excelência.

Para Roselaine, o impacto da Full Redux vai além dos números ou da clientela. “A exclusividade não apenas transformou minha carreira, mas também me trouxe confiança e motivação para seguir crescendo. Hoje, posso oferecer algo único, que realmente faz a diferença na vida das minhas clientes”, destaca.

Oportunidade para profissionais da estética

Com a crescente valorização da estética no Brasil, o mercado exige diferenciação, inovação e resultados consistentes. Nesse cenário, a Full Redux surge como uma grande oportunidade para profissionais que desejam se destacar e conquistar autoridade.

“É a chance de entrar em uma nova era da estética”, reforça Roselaine. “Quem busca crescer no setor e fidelizar clientes precisa conhecer essa metodologia.”

A marca segue ampliando sua rede de exclusividade e convida profissionais da estética a se juntarem a essa revolução. Mais do que uma parceria, trata-se de uma oportunidade de reposicionamento de carreira, garantindo diferenciação em um mercado altamente competitivo.

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