A importância da luta feminista não se restringe apenas ao hoje.
E para quem se interessa, está engajado no assunto ou vivencia essa realidade, sabe que não é apenas uma questão a ser abordada em provas de admissão à educação (como o ENEM) ou um tema para quem quer estar “antenado”.
Por isso, na última quinta-feira, dia 6 de maio, Marcella Albaine, historiadora e educadora, promoveu um debate virtual sobre a temática em seu canal do YouTube, intitulado “Feminismo: uma luta de todos/as nós”.
Juntamente à Luísa Albaine, especialista em Desenvolvimento Pessoal, e Flávia Albaine, Defensora Pública e criadora do projeto Juntos pela Inclusão Social, as profissionais dialogaram por mais de uma hora e meia, interagindo com as perguntas do público, que as acompanhavam pelo chat ao vivo.
Marcella aponta que o feminismo é uma pauta que deve ser discutida nas salas de aula pelos colegas de diferentes áreas de conhecimento, seja Sociologia, Filosofia, História, Geografia, Matemática etc.
“Por que falar de feminicídio? Porque temos um número alarmante, de vivências opressoras e observamos o quanto isso está enraizado em nosso cotidiano. E o pensamento histórico nos convida a revisitar outras temporalidades para que a gente compreenda a estrutura do patriarcado que temos instaurada hoje”, instiga Marcella.
O feminismo, suas interpretações e a necessidade de conhecimento
Flávia lembra que uma postura mais inclusiva é importante, porque a eliminação das barreiras sociais e saber olhar a dor do próximo não só é uma questão humana, mas também de conhecimento.
“Muitas vezes as pessoas não estudam, não sabem do que se trata e vão para a internet deturpar o movimento feminista, sem ter consciência da importância desse movimento para a dignidade das mulheres para a efetivação dos direitos fundamentais. Afinal, se hoje nós podemos votar, se estamos infelizes em um casamento e podemos nos divorciar, se podemos trabalhar, a gente deve isso às nossas antecessoras. E muitas até morreram para que nós, mulheres, possamos ter esses direitos hoje”.
Por fim, durante a live, a Defensora ressalta um certo preconceito diante do feminismo, que muitas vezes surge de uma má-interpretação.
“Às vezes vemos pessoas na internet dizendo que feminista é um bando de mulher maluca que vai pra rua tirar a roupa ou se masturbar com crucifixo. Claro que há extremistas em todos os movimentos, mas as pessoas não podem tirar uma parte pelo todo”, finaliza.
Para conferir a live completa, acesse: youtu.be/R1jrK6ueiDg
(Foto de destaque: Paulete Matos)