O Brasil segue no topo das posições mais desafiadoras no cenário econômico global quando o assunto é ambiente de negócios e competitividade tributária.
O problema não se resume apenas à alta carga de impostos, mas sobretudo ao custo oculto da burocracia envolvida no cumprimento das obrigações e entrega de informações, um fardo que, somado às atuais pressões de custo como o ‘tarifaço’, amplia os desafios para as empresas brasileiras.
De acordo com um levantamento da PwC, o Brasil lidera, entre 183 países, o ranking do tempo gasto com obrigações tributárias: são necessárias 2.600 horas por ano apenas para manter-se em conformidade com o fisco. Para se ter uma ideia do tamanho do gargalo, Camarões, que aparece em segundo lugar, demanda cerca de 1.400 horas, quase metade do tempo brasileiro. Essa complexidade afeta diretamente a rentabilidade das empresas, desestimula investimentos externos e cria uma desvantagem competitiva global. A máquina burocrática tributária não apenas consome tempo e recursos, mas também freia a inovação e o crescimento em todos os setores da economia.
Com a aprovação da Reforma Tributária, muito se falou em mudanças. No entanto, é preciso esclarecer que o foco principal da reforma não é a redução da carga tributária. Pelo contrário, diversos setores poderão até sentir um aumento, conforme as novas regras forem implementadas. O verdadeiro objetivo da reforma é simplificar o sistema, tornando-o mais claro, previsível e eficiente, substituindo um emaranhado de tributos (PIS, Cofins, ICMS, ISS, IPI, entre outros) por um Imposto sobre Valor Agregado (IVA) composto pela somatoria do IBS (Estadual/Municipal) e CBS (Federal).
Contudo, essa simplicidade é uma meta a ser atingida a longo prazo. A transição para o novo modelo de tributação começa em 2026 e se estende até 2033, totalizando oito anos de convivência entre o sistema tributário atual e o novo sistema da Reforma. Durante esse período, empresas de todos os portes terão que lidar com dois sistemas tributários ao mesmo tempo, gerenciando cálculos distintos, obrigações duplas e impactos estratégicos variados. Ou seja, a complexidade não apenas continua, como é significativamente ampliada no curto e médio prazo, adicionando uma nova camada de desafio ao já oneroso “Custo Brasil” e às pressões econômicas recentes.
É justamente para enfrentar este cenário de complexidade e incertezas que o mercado cobrou de Plínio Reis uma solução robusta. Foi assim que nasceu o Simulador Oficial da Reforma Tributária, idealizado pelo tributarista e especialista em gestão tributária Plínio Reis, fundador da bart. A ferramenta foi desenvolvida para auxiliar empresas e profissionais da contabilidade a entenderem, com facilidade e clareza, quais serão os impactos da reforma sobre suas operações durante e após a transição.
Com o Simulador, será possível prever cenários, comparar o custo tributário atual com o novo modelo, identificar riscos e oportunidades, e, sobretudo, planejar-se com inteligência e antecedência. Em um momento de transformação profunda, onde a dupla burocracia se soma a um ambiente econômico desafiador, a informação confiável e estratégica será o maior ativo das empresas.
A transição já começou, e a partir de janeiro de 2026, as empresas sentirão os primeiros reflexos dessa mudança. Estar preparado não será um diferencial, mas sim uma medida obrigatória para não perder mercado para a concorrência.
*Sobre Plínio Reis:*
Plínio Reis é tributarista empresarial, idealizador do Simulador Oficial da Reforma Tributária, estrategista e heaf of tax na bart Gestão Tributária, escritório com atuação nacional reconhecido pelo uso de tecnologia própria, visão multidisciplinar e soluções inovadoras em projetos de Compliance, Auditoria e Planejamento Tributário.