Formar jovens cristãos é uma tarefa que vai muito além de prepará-los para atuar em espaços religiosos, pois trata-se de investir no futuro, construindo lideranças capazes de impactar positivamente suas comunidades, fortalecer valores essenciais e transmitir uma mensagem de transformação. Ao longo dos anos, liderando processos de capacitação, compreendi que esse trabalho é essencial para a continuidade e o fortalecimento da comunidade cristã.
O impacto desse esforço é profundo e vai além do imediato, onde os jovens trazem uma energia única, aliada à criatividade e à paixão, mas precisam de direcionamento para canalizar essas qualidades de forma significativa. Por isso, desenvolvi programas que mesclam aprendizado prático, desenvolvimento de habilidades interpessoais e a preparação para assumir responsabilidades de liderança.
A seleção sempre foi feita com cuidado, buscávamos jovens comprometidos, com aptidão para o trabalho coletivo e dispostos a servir. Após essa etapa, o treinamento se tornava o centro do processo. Não se tratava apenas de ensinar, mas de transmitir a seriedade e a responsabilidade que acompanham a liderança. O aprendizado era colocado em prática por meio de atividades comunitárias, permitindo que os jovens aplicassem o que haviam absorvido em situações reais.
Durante minhas missões internacionais, essa formação foi um dos pilares mais fortes do trabalho. Na Bolívia, por exemplo, vi jovens que, após serem capacitados, assumiram posições de liderança em suas comunidades, transformando desafios locais em oportunidades. Eles não apenas aplicavam o que aprenderam, mas também inspiravam outros a fazerem o mesmo, ampliando o impacto positivo.
No Panamá, a abordagem teve nuances diferentes, lá, incentivamos os jovens a liderar projetos que atendessem às necessidades locais. Eles identificaram problemas e criaram soluções práticas, fortalecendo a conexão entre teoria e prática. Essa experiência não só melhorou a vida das comunidades atendidas, mas também preparou os jovens para lidar com dificuldades futuras com criatividade e autoconfiança.
Cuba, por outro lado, apresentou desafios imensos. As barreiras eram significativas, mas reforçaram a necessidade de preparar líderes resilientes, capazes de atuar em contextos adversos. Apesar das limitações, conseguimos capacitar jovens que, até hoje, continuam expandindo e fortalecendo o trabalho iniciado.
A formação de jovens é, acima de tudo, um investimento no futuro e ao longo do processo, é inspirador testemunhar a evolução desses indivíduos – não apenas em termos de habilidades técnicas, mas também em confiança, responsabilidade e propósito. Eles aprendem a trabalhar em equipe, assumir desafios e liderar com empatia.
O impacto desse trabalho é visível nas mudanças que eles promovem em suas comunidades. Muitos jovens iniciam projetos sociais, ajudam a fortalecer relações familiares e desenvolvem iniciativas que transformam a realidade local. Esses resultados são um reflexo direto do cuidado, da dedicação e da estrutura oferecidos durante sua formação.
Além disso, investir na formação de jovens cristãos é um compromisso com a continuidade dos valores e ensinamentos que sustentam nossa fé, garantindo que as futuras gerações estejam preparadas para enfrentar os desafios do mundo moderno, sem perder de vista os princípios que fundamentam a comunidade cristã.
Ao longo dessa caminhada, aprendi que formar jovens não é apenas sobre ensinar habilidades, também é sobre motivar, inspirar e acreditar em seu potencial. Esses jovens são fruto de um trabalho que combina dedicação, planejamento e fé, cada um deles carrega o poder de multiplicar o impacto e levar adiante a mensagem de esperança.
Acredito que a formação de jovens cristãos é um dos caminhos mais poderosos para construir comunidades fortes e resilientes. São eles que trazem as mudanças mais significativas, garantindo que a mensagem de renovação continue a ecoar em todos os lugares. Investir neles é, sem dúvida, uma das missões mais gratificantes e transformadoras.