Barra
Connect with us

Negócios

“Advogar não é só técnica, é também empatia”: especialista fala sobre desafios da nova geração de advogados

Published

on

A transição da faculdade para a prática jurídica continua sendo um dos momentos mais delicados na vida de jovens advogados. Muitos se formam com a bagagem teórica necessária, mas, diante do primeiro processo real, percebem que a realidade do balcão do fórum, do atendimento ao cliente e da gestão de prazos é bem diferente da sala de aula.

Para entender melhor esses desafios, conversamos com a advogada Priscila Flores, especialista em Direito Previdenciário e Processo Previdenciário, fundadora do escritório que leva seu nome e presidente da Comissão de Direito Sistêmico da OAB/Santa Maria no biênio 2024/2026. Ela defende que a advocacia do futuro passa pela união entre técnica, prática e humanização.

“Para o advogado, aquele processo pode ser mais um. Mas, para o cliente, é sempre o maior problema do mundo. Se não houver respeito por essa dor, a técnica sozinha não dá conta”, afirma.

À frente da Comissão de Direito Sistêmico, Priscila explica que a função do advogado não se limita a buscar vitórias processuais. Segundo ela, o Direito também deve ser um caminho de pacificação.

“Não basta entregar uma petição bem feita se ela não trouxer paz às partes. O olhar sistêmico nos convida a enxergar a totalidade do conflito. Mais do que impor decisões, o Direito pode restaurar relações”, diz.

Essa visão, ainda recente em muitos escritórios, tem ganhado força. Dados da pesquisa Future Ready Lawyer 2023, da Wolters Kluwer, mostram que 82% dos escritórios acreditam que a experiência do cliente será determinante para se destacar nos próximos anos. Já um levantamento da FGV Direito SP aponta que mais de 70% dos clientes priorizam advogados que ofereçam atendimento humanizado.

Além da atuação em causas Previdenciárias, Trabalhistas e Cíveis, Priscila tem dedicado parte de sua trajetória a apoiar advogados iniciantes. Foi dessa experiência que surgiu o curso “Do Zero ao Processo (DZP)”, que está com inscrições abertas.

O programa que já realizou uma imersão prática nos dias 2 e 3 de agosto e abrirá novas turmas nos próximos meses — busca preparar o jovem advogado para conduzir um processo de ponta a ponta.

“Quando comecei, percebi que a faculdade não me ensinava, por exemplo, como conversar com um cliente ou como agir no balcão do fórum. O Do Zero ao Processo nasceu para mostrar exatamente isso: como transformar conhecimento em prática real”, explica.

No conteúdo, os participantes têm acesso desde a elaboração da petição inicial até a fase final do processo, passando por audiências, prazos, postura profissional e ética. Para Priscila, mais do que ensinar técnica, o objetivo é transmitir segurança.

“O advogado iniciante precisa sentir que não está sozinho. O curso é um espaço para que ele aprenda não apenas a fazer, mas a compreender que há uma pessoa por trás daquele processo.”

Com mais de 29 mil seguidores no Instagram, Priscila compartilha diariamente conteúdos da prática da advocacia que não é ensinada nas faculdades. Sua comunicação direta e acessível atrai jovens advogados que buscam mais confiança para atuar.

“A técnica é indispensável, ninguém discute isso. Mas é a empatia que dá sentido à advocacia. Advogar não é apenas ganhar ou perder uma ação. É transformar vidas, devolver confiança e trazer paz a quem procura ajuda”, conclui.

Mais informações sobre o curso estão disponíveis no site oficial: https://dozeroaoprocesso.com.br/elementor-2177

Continue Reading
Advertisement

Negócios

Reforma tributária redefine bases do sistema brasileiro e exige nova arquitetura fiscal das empresas analisa CEO da Ayres Contabilidade

Published

on

CEO da Ayres Contabilidade avalia efeitos estruturais da mudança, aponta os temas mais atuais em debate e reflete sobre o impacto da transição no ambiente corporativo brasileiro

A reforma tributária inaugura uma fase de reconstrução do sistema fiscal brasileiro. Para Alessandro Ayres, CEO da Ayres Contabilidade com atuação em governança financeira de empresas multinacionais, o país está diante de uma mudança que ultrapassa a simples substituição de tributos.

Em sua visão, trata-se de um realinhamento estrutural que exige revisão profunda dos processos internos das empresas. “Não é apenas uma alteração legal. A reforma mexe na lógica do funcionamento fiscal das organizações e exige que cada operação seja redesenhada com muito mais cuidado”, afirma.

A criação do IVA dual, com a CBS e o IBS, está entre os temas de maior impacto. O novo modelo busca uniformizar as bases de consumo e reduzir sobreposições que marcam o sistema atual. Segundo Ayres, o potencial de simplificação é real, mas depende da capacidade das empresas de reorganizar seus controles internos.

“Grande parte das empresas opera há anos dentro de uma mesma lógica tributária. Migrar para outra estrutura significa revisar cadastros, códigos de produtos, sistemas de faturamento e até modelos de contrato”, observa.

O ponto mais sensível do momento é a fase de transição, quando tributos antigos e novos coexistirão. Em sua análise, essa etapa moldará o sucesso ou fracasso da implementação. “Vamos conviver com dois sistemas ao mesmo tempo, e esse período exige maturidade técnica. O risco não está apenas no cálculo do imposto, mas na classificação precisa das operações durante a transição”, afirma Ayres.

O funcionamento do comitê gestor do IBS também mobiliza discussões. O órgão será responsável pela administração das receitas entre estados e municípios e determinará parte da previsibilidade do sistema. Para Ayres, a governança desse comitê é decisiva para que a simplificação prometida pela reforma não seja perdida na prática.

“A unificação só será efetiva se houver coordenação. Sem critérios claros, as empresas podem enfrentar insegurança semelhante à que já existe hoje”, avalia.

Regimes específicos e setores regulados também estão no centro do debate. Áreas como telecomunicações, serviços digitais e logística tendem a passar por reestruturação significativa. Para empresas com operações complexas, a mudança exige novas definições de crédito, reavaliação dos custos recuperáveis e ajustes nos padrões de documentação fiscal.

“O impacto é transversal. A reforma força uma reorganização que toca desde o nível operacional até o estratégico, e isso não acontece sem preparação”, destaca.

A observação de Ayres sobre o momento brasileiro tem sido influenciada também por sua atuação em projetos internacionais. Ele aponta que empresas estrangeiras acompanham a reforma com atenção e enxergam no processo uma possível redução de barreiras históricas.

“O Brasil é conhecido pela complexidade tributária. Quando uma mudança dessa escala acontece, investidores internacionais observam para entender como isso pode afetar o custo operacional e a previsibilidade. É um movimento que reposiciona o país no cenário competitivo”, analisa.

Ao mesmo tempo, Ayres vê espaço para que profissionais brasileiros contribuam com essa etapa de adaptação. “Trabalhamos há décadas dentro de um dos sistemas mais difíceis do mundo. Essa experiência se torna um diferencial para auxiliar empresas internacionais que querem operar aqui.”

Para ele, a reforma tributária não deve ser lida apenas como uma mudança normativa, mas como um processo de transformação contínua, com ajustes anuais, regulamentações complementares e adaptações técnicas. “A reforma exige visão de longo prazo. Quem enxergar apenas a mudança imediata perderá a oportunidade de construir um modelo mais eficiente para os próximos anos”, conclui Ayres.

Continue Reading

Negócios

A nova fronteira dos alimentos: por que a personalização e a ciência já moldam as próximas décadas do setor

Published

on

Por Daniel Martinelli Lourenzi

Escrever sobre a evolução da indústria de alimentos é, para mim, revisitar mais de vinte anos de trabalho com ingredientes, formulações e desenvolvimento de produtos. Ao longo desse período, acompanhei mudanças significativas na forma como as empresas criam alimentos e bebidas e, principalmente, na forma como as pessoas escolhem o que consomem. Hoje, observo um ponto de inflexão claro: a consolidação de um movimento em que saúde, ciência e personalização se tornam elementos estruturantes da inovação.

Quando olho para o cenário global atual, vejo que a busca por benefícios funcionais deixou de ser uma tendência segmentada e se transformou em um eixo central de desenvolvimento. Diversas pesquisas internacionais mostram esse avanço. Nos Estados Unidos, por exemplo, levantamentos do IFIC indicam que mais de 70 por cento dos consumidores priorizam atributos ligados à saúde ao escolher alimentos e bebidas. Dados da FMCG Gurus também revelam crescimento expressivo no interesse por microbiota, performance metabólica e bem-estar mental nos últimos anos. Esses números têm implicações diretas para quem atua no desenvolvimento de ingredientes, porque apontam para uma mudança consistente na relação entre consumo e biologia.

Essa transformação também traz desafios técnicos importantes. Ingredientes que prometem funcionalidade precisam entregar eficácia, segurança e estabilidade. A transição entre um conceito científico e um produto viável depende de compreensão profunda dos processos industriais, do comportamento físico químico dos compostos e das interações entre ingredientes em formulações reais. Ao longo da minha trajetória, percebi que é nesse ponto que muitos projetos se distanciam dos resultados esperados. A inovação, de fato, começa no insumo; é nele que estão a base técnica, a performance e a viabilidade econômica de qualquer lançamento.  Essa combinação exige ajustes precisos de formulação, conhecimento de processos e entendimento profundo das interações entre ingredientes, um desafio que tem impulsionado o desenvolvimento de soluções mais sofisticadas e cientificamente embasadas.

O avanço da personalização amplia ainda mais esse cenário. A difusão de tecnologias de monitoramento, estudos em nutrição de precisão e análises biológicas individualizadas fazem com que o consumidor busque produtos que respondam às próprias necessidades fisiológicas. Essa mudança exige que a indústria desenvolva portfólios mais modulares, rastreáveis e cientificamente consistentes. Ao longo dos anos, pude observar como ingredientes como fibras de alta performance, compostos bioativos, proteínas alternativas e prebióticos passaram a desempenhar papel central em formulações voltadas à energia, foco, imunidade, controle glicêmico e equilíbrio emocional.

Outro aspecto relevante é a convergência entre funcionalidade e experiência sensorial. Não basta que um ingrediente ofereça benefício fisiológico; ele precisa permitir que o produto final alcance textura, sabor e naturalidade adequados. Essa é uma das dimensões mais desafiadoras da inovação em alimentos e suplementos: integrar benefício mensurável, estabilidade e qualidade sensorial em escala industrial. Para mim, essa convergência será determinante para consolidar novas categorias de produtos nos próximos anos.

Também observo que o setor se move em direção a modelos produtivos mais transparentes e sustentáveis. Tecnologias de extração limpa, cadeias de fornecimento rastreáveis e critérios ambientais mais rígidos têm influenciado tanto o desenvolvimento de ingredientes quanto às decisões das indústrias na escolha de parceiros. Ter atuado com fornecedores na América do Norte, Europa e Ásia me permitiu acompanhar de perto esse movimento, que já redefine padrões de qualidade e competitividade.

A combinação desses fatores me leva a uma reflexão sobre o futuro: a próxima década deve consolidar uma nova lógica para os alimentos. Não se trata apenas de produtos funcionais, mas de sistemas de produção orientados por ciência, prevenção em saúde, eficiência metabólica e propósito. A indústria que integrar esses elementos de forma consistente terá melhores condições de atender consumidores mais atentos, profissionais de saúde mais exigentes e cadeias produtivas mais reguladas.

Do ponto de vista de quem vive a prática técnica e industrial, essa transição abre espaço para avanços relevantes. Ela exige rigor científico, mas também flexibilidade para acompanhar a evolução rápida das evidências e das tecnologias disponíveis. Exige integração entre pesquisa, indústria e comportamento de consumo. E exige, sobretudo, que o setor reconheça que inovação não nasce apenas de tendências, mas da capacidade de transformar conhecimento científico em soluções acessíveis, seguras e aplicáveis em escala.

É justamente nesse cruzamento entre ciência, técnica e mercado que enxergo o caminho para os próximos anos da indústria de alimentos e ingredientes. Uma indústria menos guiada por percepções e mais orientada por dados, funcionalidade e impacto real na saúde das pessoas. Acredito que essa convergência definirá não apenas o futuro dos alimentos, mas também o papel estratégico dos ingredientes na promoção de saúde e bem-estar em escala global.

Continue Reading

Negócios

O avanço do design artesanal de madeira no mercado de interiores dos Estados Unidos

Published

on

Cresce o interesse por materiais naturais e peças únicas no mercado americano e o trabalho de Karla ganha destaque na produção artesanal em madeira

A busca por materiais naturais e por peças únicas tem moldado o mercado de interiores nos Estados Unidos, tendência confirmada por relatórios do American Society of Interior Designers que apontam o uso de elementos orgânicos entre as principais escolhas de projeto. Nesse cenário, a designer brasileira Karla Ribeiro Dias, criadora de mobiliário artesanal em madeira maciça, se insere em um mercado em expansão que valoriza técnicas manuais, presença estética e personalização.

O setor criativo americano movimentou 1,2 trilhão de dólares em 2023 segundo o National Endowment for the Arts e o Bureau of Economic Analysis, reforçando a força econômica de atividades ligadas ao design e ao artesanato. Parte desse crescimento aparece no segmento de handicrafts que alcançou 319,4 bilhões de dólares em 2024 de acordo com a Research and Markets. Para Karla, a procura maior por madeira viva e por peças esculpidas à mão reflete uma mudança de percepção sobre valor e durabilidade. “A madeira é viva e tem identidade própria. Preservar suas marcas naturais faz com que a peça dialogue com o ambiente de forma única” afirma.

Com mais de uma década de atuação, Karla desenvolve mesas, bancos, aparadores e objetos escultóricos produzidos integralmente à mão. A criação começa na seleção da madeira, passa pela leitura dos veios e termina em acabamentos naturais que respeitam texturas e curvas. Ela explica que o equilíbrio entre funcionalidade e escultura orienta cada projeto. “A peça precisa ser útil no cotidiano, mas também precisa provocar sensação. O impacto visual faz parte da função do móvel” diz.

A preferência por materiais naturais acompanha o avanço do consumo sustentável. Dados da PwC indicam que consumidores estão dispostos a pagar em média 9,7 por cento a mais por produtos fabricados de forma responsável, enquanto pesquisas da Deloitte mostram que dois terços dos jovens adultos priorizam itens com menor impacto ambiental. Esse comportamento se traduz em interiores que privilegiam madeira maciça, longevidade e personalização, especialmente em projetos residenciais de alto padrão.

Além da produção artesanal, Karla atua na curadoria de interiores, contribuindo para a escolha de peças que valorizam proporção, presença estética e harmonia do ambiente. A integração entre mobiliário autoral e projeto arquitetônico tornou-se central em reformas e construções recentes. Para ela, esse processo amplia o significado da peça. “Quando entendemos o espaço e o comportamento das pessoas que vão usar aquele ambiente, a criação se torna mais precisa, mais afetiva e mais útil”.

Especialistas recomendam que consumidores interessados em móveis autorais observem três critérios principais na curadoria: origem da madeira, qualidade do processo manual e adequação às dimensões do ambiente. Peças esculpidas artesanalmente tendem a apresentar maior durabilidade e adaptabilidade a diferentes estilos, reforçando a tendência de interiores que combinam funcionalidade e expressão artística.

Com o fortalecimento do consumo consciente e a expansão do design artesanal nos Estados Unidos, a madeira viva assume protagonismo no mercado de interiores. A combinação entre estética orgânica, produção manual qualificada e consultoria especializada posiciona criadoras como Karla Ribeiro Dias no centro de um movimento que une natureza, identidade e experiência espacial.

 

 

Continue Reading
Advertisement

Mais Lidas

Negócios6 minutos ago

Reforma tributária redefine bases do sistema brasileiro e exige nova arquitetura fiscal das empresas analisa CEO da Ayres Contabilidade

CEO da Ayres Contabilidade avalia efeitos estruturais da mudança, aponta os temas mais atuais em debate e reflete sobre o...

Negócios13 minutos ago

A nova fronteira dos alimentos: por que a personalização e a ciência já moldam as próximas décadas do setor

Por Daniel Martinelli Lourenzi Escrever sobre a evolução da indústria de alimentos é, para mim, revisitar mais de vinte anos...

Negócios2 horas ago

O avanço do design artesanal de madeira no mercado de interiores dos Estados Unidos

Cresce o interesse por materiais naturais e peças únicas no mercado americano e o trabalho de Karla ganha destaque na...

Negócios2 horas ago

Inovações que redesenham o setor de alimentação e mudam a forma como o consumidor se relaciona com as marcas

Setor avança em tecnologia, eficiência operacional e novos formatos de atendimento em meio a custos elevados e mudanças de comportamento...

Entretenimento9 horas ago

Patrocinadora do SPFC, Elgin lança promoção para levar 10 clientes em experiência VIP em jogo do time

Patrocinadora da camisa do São Paulo Futebol Clube pelo segundo ano consecutivo, a Elgin anuncia uma nova ação promocional para...

Entretenimento9 horas ago

Cartago traz o ator Bruno Gissoni e família em sua campanha de final de ano

A Cartago, marca de calçados do segmento casual, lançou, na última quarta-feira (10), sua campanha de final de ano, “A...

Geral19 horas ago

DJ Matheus Bala faz balanço de 2025 e projeta ano ainda mais intenso em 2026: “Muita coisa boa está por vir

DJ Matheus Bala faz balanço de 2025 e projeta ano ainda mais intenso em 2026: “Muita coisa boa está por...

Famosos22 horas ago

Brasileira é reconhecida em Dubai como destaque internacional na estética avançada

A Dra. Cleidi Zini, especialista em Estética Avançada Facial e Corporal e fundadora da clínica Espaço Alphaville Beleza e Saúde,...

Esporte1 dia ago

Capoeira Para Todos: a arte brasileira que cruza fronteiras e derruba preconceitos

Mestre Daniel Muralha reforça expansão global da capoeira e destaca inclusão de raças, gêneros e nacionalidades A capoeira, patrimônio cultural...

Business1 dia ago

Dra Magna Damázio a guardiã das PMEs endividadas

Justiça que Salva Produtores Rurais e Sonhos Empresariais Em um Brasil onde 8,1% da população rural enfrenta inadimplência (alta de...

Advertisement

Ultimos Posts

Copyright © BusinessFeed