“Canção para os que ficam”, música pop que mescla ciranda com beats eletrônicos e uma melodia R & B, abre caminhos para o primeiro disco da Benza
Ficando sua bandeira no universo pop e mesclando com elementos da estética da cultura popular e eletrônica, o duo pernambucano Benza, formado pelo “Poeta” e “Infa-red”, lança o single “Canção para os que ficam” em parceria com Lia de Itamaracá. A faixa, que traz uma estética sonora pop, flerta com elementos da ciranda, trap e do R&B, chega hoje nas plataformas de música, acompanhada por um videoclipe dirigido pelo projeto Ciberdelia.
O single abre caminhos para o disco de estreia do duo, que tem como fio condutor a sonoridade tropical, eletrônica, dançante e regional. Com a produção musical assinada por Luccas Maia, a faixa “Canção para os que ficam” apresenta forte presença de synths, um balanço sutil e traz como também como elemento de destaque a ciranda. E por isso, ninguém menos que Lia de Itamaracá, rainha da ciranda do mundo, foi convidada para participar da música.
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Os versos de “Canção para os que ficam” são de Victor Dreyer, que se inspirou no paradoxo entre a morte e vida para essa composição, à partir da partida de sua avó, além das várias perdas da pandemia, o que deu o mote da narrativa. “É realmente um privilégio tê-la (Lia) participando da faixa e contribuindo com sua voz tão marcante e única para a mensagem de “Vida, amor e Saudade” que a canção traz. É um orgulho danado dividir versos com um “Patrimônio Cultural Vivo de Pernambuco”. Sua participação fez a música ainda mais especial para todos os envolvidos”, completou.
Estreando em grande estilo com a presença de Lia de Itamaracá nesta música, o duo dá mais um passo em direção ao universo pop brasileiro. “Lia é um patrimônio vivo que muita gente está descobrindo agora. Até o Jon Batiste, vencedor do Grammy de melhor álbum do ano, quer fazer um feat com Lia. Ainda não tem Grammy mas a temos a feat com Lia que pra nós já é um prêmio”, brincou “Infa-red”, personagem de Rafael Infa no projeto.
A canção chega acompanhada por um videoclipe, produzido pelo projeto Ciberdelia, que pensa o audiovisual de projetos como o Manguefonia, Nação Zumbi, entre outros. “O clipe traz uma estética de colagens, animação com um teor um tanto psicodélico, com uma pegada retrô-futurista e também regional, dialogando com a estética do nosso som”, completou Infa.
O single precede o disco “Eros V”, que chega ainda em Maio nas plataformas de música. O título é uma homenagem à dançarina Eros Volúsia, que revolucionou a dança moderna brasileira, mesclando, pela primeira vez, ritmos e movimentos afros e indígenas com a dança clássica. “Eros V.” trará 9 faixas autorais que foram produzidas em parceria com o produtor Luccas Maia e será lançado pelo Selo Estelita; o mesmo que tem em sua bagagem bandas prestigiadas como a Nação Zumbi, Cordel do Fogo Encantado e Mundo Livre S/A.