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Saúde

Brasileiras adiam cada vez mais a maternidade, aponta IBGE

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O Brasil vem passando por mudanças significativas nos padrões reprodutivos das mulheres. Dados do Censo Demográfico 2022, do IBGE, mostram que a maternidade está ocorrendo cada vez mais tarde, enquanto a taxa de fecundidade segue em queda. Em 1960, cada mulher tinha, em média, 6,28 filhos. Em 2022, esse número caiu para apenas 1,55 filho, abaixo do nível de reposição populacional, estimado em 2,1 filhos.

Para compreender melhor essa tendência, conversamos com a Dra. Taciana Fonte, médica, escritora e palestrante, especialista em Reprodução Humana e Reposição Hormonal há 20 anos. Ela explica que a fertilidade feminina diminui com o tempo, principalmente após os 35 anos, e que adiar a maternidade pode ser uma escolha consciente, mas exige planejamento e acompanhamento médico. Técnicas como congelamento de óvulos e tratamentos de reprodução assistida ampliam as chances de realização do sonho da maternidade. Dra. Taciana acrescenta que sua atuação vai além do aspecto físico, cuidando também do emocional e até do lado espiritual das famílias, e que já ajudou mais de 2 mil casais a realizarem o sonho de ter um filho.

A idade média para o nascimento do primeiro filho subiu de 26,3 anos em 2000 para 28,1 anos em 2022. Entre mulheres de 50 a 59 anos, a proporção daquelas sem filhos passou de 10% em 2000 para 16,1% em 2022. Entre os principais fatores para o adiamento da maternidade estão o aumento da escolaridade, a inserção no mercado de trabalho e a busca por estabilidade financeira.

O levantamento do IBGE também revela desigualdades regionais e socioeconômicas. No Norte, mulheres indígenas têm a maior taxa de fecundidade, seguidas por pardas, pretas, brancas e amarelas. Mulheres com ensino superior completo têm menos filhos e os têm mais tarde, enquanto aquelas com menor escolaridade apresentam maior número de filhos e maternidade mais precoce. A idade média para o primeiro filho varia de acordo com a região, sendo mais alta no Distrito Federal e mais baixa no Pará.

Dra. Taciana Fonte reforça que, embora as técnicas de reprodução assistida estejam mais acessíveis, é fundamental compreender os limites biológicos. Adiar a maternidade é um direito e uma possibilidade, mas não deve ser feito sem planejamento. Informação, acompanhamento médico e atenção à saúde integral são essenciais para que a decisão seja consciente e segura. O adiamento da maternidade, antes visto como obstáculo, hoje reflete liberdade, autonomia e planejamento, exigindo políticas públicas que apoiem as mulheres nessa escolha de forma segura e informada.

Para mais informações, a especialista compartilha conteúdos educativos em seu perfil: https://www.instagram.com/dratacianafontes?igsh=MXJsZDlsemV0emN5OA==

(Fotos: Divulgação)

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Saúde

Postura digital: o impacto do uso de telas no corpo e o papel do movimento na prevenção da dor

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Estudos mostram que não é a postura em si, mas o tempo parado e a falta de movimento variado que aumentam o risco de dor. O Pilates terapêutico surge como uma forma de reconectar corpo e mente, estimulando consciência e mobilidade.

Se antes acreditava-se que “postura errada” era a grande vilã das dores na coluna e no pescoço, hoje a ciência vê o quadro de forma bem diferente. O problema não está exatamente nas telas ou nas posições que adotamos, mas no tempo que passamos parados, repetindo o mesmo padrão de movimento.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Coluna, cerca de 21% dos adultos brasileiros relatam dor crônica nas costas, sendo 24% entre as mulheres. Esses números, no entanto, não estão diretamente ligados ao uso de celulares ou computadores — e sim a um estilo de vida cada vez mais sedentário, com poucas pausas e baixa variabilidade de movimento.

O corpo foi feito para se mover

Ficar longos períodos sentado, com pouca alternância de postura, diminui a circulação, tensiona músculos e reduz a capacidade de percepção corporal. O resultado é uma sensação de rigidez, cansaço e desconforto, especialmente no final do dia.

Mais do que culpar as telas, precisamos olhar para o quanto nos movemos. O corpo foi feito para se adaptar, não para ficar parado. Quando variamos as posições e nos permitimos movimentar, damos à coluna o estímulo que ela precisa para funcionar bem”, explica a fisioterapeuta Luciana Geraissate, especialista em reabilitação e Pilates terapêutico.

Segundo ela, o conceito moderno de fisioterapia não busca “corrigir” o corpo, mas ajudar o paciente a se mover com mais liberdade, confiança e percepção.A dor muitas vezes aparece quando o corpo perde essa capacidade de variar e se ajustar aos desafios do dia a dia.

O papel do Pilates na reeducação do movimento

O Pilates terapêutico é uma ferramenta importante nesse processo de reeducação. Ele atua tanto na melhora da força e mobilidade quanto na reconexão entre corpo e mente, ajudando o paciente a perceber seus limites e redescobrir o prazer de se movimentar sem dor.

O Pilates não é só sobre fortalecer ou alongar. É sobre ensinar o corpo a se organizar de forma inteligente, reduzindo tensões e melhorando o controle motor. A ideia é que o movimento volte a ser leve, natural e eficiente”, afirma Luciana.

A prática também ajuda a reduzir a sensibilização da dor — quando o sistema nervoso se torna mais reativo e interpreta sinais normais como ameaça. Ao promover movimentos conscientes e graduais, o Pilates contribui para reorganizar esse sistema, diminuindo o medo de se movimentar e favorecendo a recuperação funcional, o que aumenta a confiança no movimento e contribui para que o paciente volte a se engajar em atividades diárias com mais autonomia.

Dicas práticas para o dia a dia

Não existe uma postura perfeita, mas sim um corpo que precisa de variação. Pequenas mudanças ao longo do dia já fazem diferença:

  • Mude de posição com frequência — levante-se, caminhe, alongue-se.

  • Varie os gestos e apoios — o corpo gosta de diversidade.

  • Faça pequenas pausas ativas a cada hora.

  • Observe sinais de tensão e tente ajustar de forma confortável.

  • Procure um fisioterapeuta para uma avaliação individual — cada corpo tem suas próprias respostas.

A dor como sinal de atenção

A dor nem sempre é um sinal de lesão. Hoje sabemos que ela é uma experiência produzida pelo cérebro, influenciada por fatores físicos, emocionais e ambientais. Em muitos casos, o que existe é uma alteração na forma como o sistema nervoso interpreta os sinais do corpo.

A dor é um sinal de que algo precisa de atenção. Nem sempre significa dano, mas é um convite para rever hábitos e cuidar melhor do corpo”, conclui Luciana.

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Saúde

Os 3 Cs que estão adoecendo as mulheres — e o alerta por trás do comportamento cotidiano

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Sobrecarga emocional, autocrítica excessiva e desconexão corporal formam um ciclo silencioso que compromete a saúde física e mental de mulheres em diferentes fases da vida.

Nas últimas décadas, o avanço do protagonismo feminino trouxe conquistas importantes no mercado de trabalho, na vida familiar e nas relações sociais. No entanto, o mesmo movimento expôs um fenômeno crescente: o esgotamento emocional. Entre múltiplas tarefas e a busca constante por corresponder às expectativas, muitas mulheres passaram a reproduzir padrões de comportamento que as afastam de si mesmas.

A Especialista têm identificado três expressões recorrentes desse ciclo — a mulher chata, a crítica e a constipada —, conhecidas como os “3 Cs”. Mais do que estereótipos, esses perfis representam sintomas emocionais e físicos de uma sobrecarga silenciosa.

A chamada “mulher chata” é aquela que tenta controlar tudo ao redor, movida pela ansiedade e pela desconfiança de que algo possa sair do controle. A “crítica” reflete o olhar severo e insatisfeito que, na verdade, expressa autocrítica e culpa. Já a “constipada” revela o corpo que reage ao acúmulo emocional, simbolizando o travamento daquilo que não é dito ou vivido.

Para a mentora Géssica Fernandes, criadora da mentoria Mulher de Valor, esses comportamentos são fruto direto da tentativa de sustentar papéis múltiplos e, muitas vezes, incompatíveis. “Essas mulheres não nasceram assim. Elas se tornaram assim tentando ser tudo para todos — mães, profissionais, companheiras, filhas — e acabaram se distanciando da própria identidade”, explica.

Trabalhando há anos com mulheres acima dos 40 anos, Géssica observa que o excesso de autocobrança e a dificuldade em reconhecer limites são fatores decisivos para o adoecimento emocional. “Força não é endurecer. É permitir-se sentir, acolher e reorganizar o que ficou reprimido. Cuidar de si não é egoísmo, é o início de uma nova fase de equilíbrio”, afirma.

A proposta da mentoria, voltada a mulheres que buscam reencontrar sua autoestima e reconectar-se com a própria feminilidade, reflete uma tendência contemporânea nas abordagens de saúde emocional: valorizar o autoconhecimento como ferramenta prática para restaurar bem-estar e propósito.

“Quando uma mulher volta a se enxergar com valor, muda a forma como se relaciona com o trabalho, com o corpo e com as pessoas. Ela entende que o reconhecimento começa dentro, e não na expectativa dos outros”, completa Géssica.

O alerta é simples, mas urgente: a saúde mental feminina precisa ser tratada como prioridade social. O ciclo dos 3 Cs não é um destino, e sim um sinal de que é hora de parar, respirar e se ouvir.

Sobre a especialista:
Géssica Fernandes é Mentora de Mulheres e Famílias e criadora da mentoria Mulher de Valor. Atua há anos auxiliando mulheres 40+ a resgatarem autoestima, feminilidade e propósito, unindo experiência prática, acolhimento e transformação emocional para fortalecer o papel feminino na vida pessoal e profissional.

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Saúde

Ciência, tecnologia e cuidado humano: uma visão médica sobre o emagrecimento saudável

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A obesidade, reconhecida pela Organização Mundial da Saúde como uma das principais epidemias globais, é uma condição crônica que exige acompanhamento médico contínuo, estratégias individualizadas e protocolos baseados em evidências científicas.

Um olhar global para a medicina preventiva

Com formação em cirurgia geral e qualificações específicas em medicina do emagrecimento, a Dra. Alana Duso (CRM-SC 25630) mantém atualização constante em diretrizes internacionais de instituições como a OMS, ADA e FDA.

Sua trajetória inclui cinco anos de atuação em Angola, onde participou de ações voltadas à atenção preventiva e promoção da saúde em diferentes contextos sociais. Essa vivência reforçou a importância de compreender cada paciente de forma única, considerando aspectos clínicos, sociais e emocionais no planejamento terapêutico.

Medicina atualizada e centrada no paciente

No Brasil, a médica aplica protocolos que unem ciência atualizada, tecnologia e cuidado humanizado. O enfoque está na oferta de tratamentos seguros, individualizados e sustentáveis, sempre respaldados por evidências científicas.

“O emagrecimento saudável deve ser compreendido como parte do cuidado integral à saúde e da prevenção de doenças metabólicas”, ressalta a médica.

Educação e combate à desinformação

Além do trabalho clínico, Dra. Alana dedica parte da sua atuação à educação em saúde, utilizando meios digitais para compartilhar informações sobre obesidade e suas complicações, metabolismo e qualidade de vida. O objetivo é ampliar o acesso da população a conteúdos confiáveis e baseados em ciência, contribuindo para combater a desinformação.

Compromisso ético

Todo tratamento deve respeitar a individualidade de cada paciente, ser conduzido por médico habilitado e priorizar sempre a segurança.

“Cada pessoa apresenta particularidades clínicas e metabólicas que precisam ser consideradas. A prática médica deve se adaptar a isso, sempre de forma ética e responsável”, reforça.

https://linktr.ee/Alanaduso3

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