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Saúde

Clínicas de saúde enfrentam queda de margem mesmo com alta demanda

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Faturamento sobe, mas o lucro encolhe. Especialista aponta falhas na precificação, controle financeiro e gestão de estrutura como vilões da rentabilidade em um setor que segue aquecido.

O setor de saúde privada vive um paradoxo. Enquanto clínicas médicas e estéticas registram aumento na demanda e no faturamento, suas margens de lucro vêm encolhendo de forma silenciosa — mas consistente. A recuperação pós-pandemia trouxe fôlego para o caixa, mas também escancarou uma fragilidade estrutural: clínicas estão faturando mais, porém lucrando menos.

De acordo com o estudo Panorama das Clínicas e Hospitais 2025, realizado pela Ayana Consultoria, 45% das clínicas afirmaram ter aumentado seu faturamento nos últimos 12 meses, especialmente nas especialidades de dermatologia, estética, nutrição e ginecologia. No entanto, apenas 27% relataram aumento de lucratividade no mesmo período.

“Essa diferença entre faturamento e lucro é um alerta claro de má gestão”, afirma Rúbia Pinheiro,  proprietária da Artesanal, empresa especialista em abertura e estruturação de clínicas com foco em experiência do paciente. “Sem controle financeiro, precificação correta e estrutura organizada, é inevitável ver a margem evaporar.”

O peso da má precificação

Um dos principais fatores que explicam o encolhimento das margens está na precificação mal feita. Muitas clínicas ainda definem valores com base em concorrência ou percepção de valor do mercado — sem considerar todos os custos fixos, variáveis, tributos e margem desejada.

Segundo levantamento do iClinic, cerca de 62% dos gestores não sabem exatamente quanto cada serviço custa para ser executado. O resultado? Preços que cobrem o custo direto do procedimento, mas ignoram despesas administrativas, encargos trabalhistas e oscilação de demanda.

“É como vender sem saber se está ganhando. E, na maioria das vezes, está perdendo”, resume Rúbia.

Estrutura operacional: o calcanhar de aquiles

A estrutura também pesa. Ainda segundo a pesquisa da Ayana, 72% das clínicas nunca mapearam a jornada completa do paciente, e 40% sequer acompanham indicadores de produtividade e absenteísmo. A ausência de processos claros, uso ineficiente do espaço físico e falhas de comunicação impactam diretamente a experiência do paciente — e os resultados financeiros.

Para Rúbia, esse é um dos maiores gargalos da gestão: “Clínica não é só sala bonita. É fluxo, é recepção eficiente, é conforto, é encantamento. Quando isso não está bem estruturado, você perde produtividade, fidelização e recomendação”.

Setor cresce, mas concentração dos lucros preocupa

Na outra ponta da cadeia, os dados das operadoras de planos de saúde mostram uma disparidade. Segundo a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), o setor registrou um lucro líquido recorde de R$ 7,1 bilhões no primeiro trimestre de 2025, um crescimento de 114% em relação ao mesmo período do ano anterior. A margem líquida do setor foi de 7,7% sobre a receita total de R$ 92,9 bilhões.

Entretanto, quase metade das operadoras de pequeno e médio porte operaram no vermelho no mesmo período. “A concentração dos resultados em grandes grupos mostra que a gestão profissionalizada faz diferença. Nas clínicas menores, a ausência de governança e planejamento estratégico cobra um preço alto”, explica o economista de saúde Caio Tavares, consultor da Alleanza Saúde.

A resposta: gestão artesanal com visão estratégica

É nesse cenário que se destaca a abordagem de Rúbia Pinheiro, conhecida por sua atuação em mais de seis clínicas nas áreas de saúde e estética. Com um modelo que ela chama de “gestão artesanal com base estratégica”, Rúbia defende que a sustentabilidade de uma clínica está na soma de três pilares: estratégia, propósito e excelência operacional.

“O que falta na maioria das clínicas é método. A gestão artesanal não significa improviso — significa criar processos com carinho, personalização e estratégia. Quando isso é somado a controle financeiro e foco no paciente, o lucro volta a fazer parte do jogo”, afirma.

Como recuperar as margens: ações práticas

A consultora lista cinco passos fundamentais para quem quer melhorar a lucratividade da clínica:

  1. Precificação inteligente: planilha completa de custos e margem-alvo definida.
  2. Controle de indicadores financeiros: monitorar ticket médio, CAC, LTV e ponto de equilíbrio.
  3. Mapeamento da jornada do paciente: da recepção ao pós-venda, tudo deve ser estruturado.
  4. Estrutura física funcional: espaços pensados para otimizar o tempo e gerar encantamento.
  5. Treinamento de equipe com foco em experiência: atendimento é o maior ativo da clínica.

“Mais pacientes não significam, necessariamente, mais lucro. O cenário atual exige um novo olhar sobre gestão: mais estratégico, mais técnico e mais centrado na eficiência. O setor da saúde está em expansão, mas a lucratividade só acompanhará esse crescimento se as clínicas assumirem que, antes de serem clínicas, são negócios — e negócios precisam de gestão profissional”, finaliza a especialista.

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Saúde

Homenz, a revolução da estética masculina no Brasil

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O Brasil é um país que ano após ano o público masculino vem se cuidado cade vez mais, com números crescentes inacreditáveis e Fortaleza agora tem um belíssimo e amplo espaço destinado totalmente para homens que gostam de se cuidar, com procedimentos estéticos corporais e faciais jamais visto na capital cearense.

A proposta da Homenz vai além dos serviços: o ambiente é cuidadosamente planejado para acolher o homem moderno.

As clínicas oferecem desde tratamentos capilares (como transplante e MMP capilar) até estética facial, corporal, depilação a LED, harmonização facial e protocolos de performance e emagrecimento.

Com muita tecnologia avançada e profissionais capacitados, Fortaleza ganha a primeira clínica de estética na e beleza somente para homens, a Homenz, localizada no coração da cidade e com uma mega estrutura.

Homenz inaugurou sábado dia 01 de novembro com sucesso total e fica localizada na Av Dom Luís 1050 e já é o mais novo endereço de homens modernos, chiques e que gostam de se cuidar, assim como o empreendedor e visionário Victor Martins .

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Saúde

Dia Mundial da Prematuridade: 7 pontos de atenção sobre os traumas emocionais e sensoriais que o bebê prematuro pode carregar, segundo o psicólogo Manoel Augusto Bissaco

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O especialista em psicologia pré e perinatal Manoel Augusto Bissaco explica como o nascimento antes do tempo ideal pode deixar marcas sutis — e o que pais e cuidadores podem fazer para fortalecer o vínculo e o desenvolvimento emocional do bebê

O Dia Mundial da Prematuridade, celebrado em 17 de novembro, é um lembrete sobre os desafios enfrentados por bebês que chegam ao mundo antes da hora. Além dos cuidados médicos, há um aspecto muitas vezes esquecido: o impacto emocional e sensorial dessa chegada precoce.

Segundo o psicólogo Manoel Augusto Bissaco, especialista em psicologia pré e perinatal, o nascimento antecipado pode ser vivenciado pelo bebê como uma experiência abrupta, marcada por separações, ruídos intensos e ausência do contato constante com a mãe — elementos que influenciam o modo como o sistema nervoso e o vínculo afetivo se desenvolvem.

A seguir, o especialista lista sete pontos essenciais sobre os possíveis traumas da prematuridade e como amenizá-los:

1. O nascimento precoce interrompe o ciclo natural de segurança

O bebê prematuro sai do útero antes de concluir seu amadurecimento fisiológico e emocional. “O ambiente uterino é o primeiro espaço de segurança. Quando essa etapa é interrompida, o bebê pode carregar uma memória de insegurança e alerta”, explica Bissaco.

2. O excesso de estímulos pode gerar sobrecarga sensorial

Em unidades neonatais, o bebê é exposto a luzes, sons e procedimentos invasivos. Essas experiências, segundo o psicólogo, podem deixar marcas no sistema nervoso, tornando a criança mais sensível a ruídos, toques e mudanças de ambiente.

3. A separação precoce da mãe interfere no vínculo

A internação do bebê em incubadoras impede o contato pele a pele constante, essencial para o apego seguro. “O toque, o cheiro e o som da voz da mãe são reguladores emocionais. A ausência deles pode gerar dificuldades futuras de vínculo”, afirma o especialista.

4. O corpo guarda memórias mesmo sem consciência

Bissaco lembra que “a memória corporal se forma antes da memória cognitiva”. Ou seja, experiências de dor, frio ou solidão vividas na UTI neonatal podem se traduzir mais tarde em padrões de ansiedade, hipervigilância ou dificuldade de relaxar.

5. O papel dos pais é essencial na reparação emocional

Mesmo que o início seja desafiador, o contato afetuoso, o colo, o olhar e o tempo de qualidade têm poder reparador. “O corpo do bebê aprende novamente a confiar no mundo quando se sente acolhido e protegido por seus cuidadores”, reforça o psicólogo.

6. O toque e o olhar têm função terapêutica

O toque suave, a amamentação e o contato visual são estímulos que ajudam o bebê a reorganizar seu sistema nervoso. “Essas experiências repetidas transmitem segurança e ajudam o cérebro a sair do estado de alerta para o estado de calma”, explica Bissaco.

7. A escuta terapêutica pode ajudar na integração das experiências

Em alguns casos, o acompanhamento psicológico pré e perinatal auxilia tanto os pais quanto a criança a ressignificar o início difícil. “A terapia não apaga o passado, mas ajuda a transformá-lo em um ponto de força”, afirma o especialista.

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Rinoseptoplastia: quando respirar melhor é também um gesto de amor-próprio

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Respirar bem é algo que parece simples, mas que influencia praticamente tudo no nosso dia a dia — do sono à disposição, do humor à concentração. Quando o ar não passa direito pelas vias nasais, o corpo sente: vem o cansaço, a falta de energia e até a dificuldade de se concentrar nas tarefas mais simples. E é aí que entra um procedimento que une saúde e autoestima: a rinoseptoplastia.

O Dr. Edson Leite Freitas, otorrinolaringologista formado pela USP, com especialização em Cirurgia Plástica Facial e mais de 1.800 procedimentos realizados em pacientes de 19 países, explica que a rinoseptoplastia vai muito além da estética. “O nariz é um dos traços mais marcantes do rosto. Pequenas insatisfações com o formato ou proporção podem gerar um desconforto que acompanha o paciente por anos. Quando a cirurgia traz harmonia facial e melhora funcional, o resultado é uma transformação que se reflete por completo”, afirma.

De um lado, a cirurgia corrige problemas respiratórios, como desvio de septo e obstruções nasais, devolvendo a capacidade de respirar bem. Isso se traduz em noites de sono mais reparadoras, mais energia e até melhor desempenho físico. De outro, há o impacto emocional: pessoas que antes evitavam fotos, se incomodavam com o espelho ou sentiam vergonha do próprio rosto passam a se enxergar com mais leveza e confiança.

O ganho estético é, muitas vezes, o que motiva a decisão, mas o resultado vai além. A melhora funcional e emocional caminha junto, reforçando a ideia de que cuidar da aparência também é cuidar da saúde.

No fim, a rinoseptoplastia é sobre equilíbrio — entre forma e função, entre estética e bem-estar. É sobre respirar melhor e se sentir bem com quem se é.

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