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Saúde

Colocar limites afasta ou aproxima os filhos? Psicóloga Renata Camargo explica

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Especialista em comportamento adolescente alerta: impor limites com equilíbrio fortalece vínculos e reduz comportamentos impulsivos.

Em tempos de pais cada vez mais receosos de impor regras, a psicóloga Renata Camargo — referência em desenvolvimento infantojuvenil — levanta uma questão fundamental: dizer “não” para um filho adolescente afasta ou aproxima?

Segundo a especialista, tudo depende de como o limite é colocado. “A adolescência é uma fase de experimentação, mas isso não significa que eles saibam lidar com todas as consequências. O cérebro ainda está em desenvolvimento, e a falta de limites pode aumentar a ansiedade e gerar comportamentos impulsivos”, explica.

Renata alerta para um erro comum: confundir limite com controle. “Pais que têm medo de desagradar acabam tentando ser amigos, mas seu filho já tem amigos. O que ele precisa é de um adulto que ofereça direção, sem autoritarismo, mas com firmeza.”

A psicóloga defende que limites claros, explicados com empatia, são essenciais para a segurança emocional do adolescente. “Quando ele entende que as regras existem para protegê-lo, a resistência diminui e a relação com os pais se fortalece.”

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Saúde

Feminicídio: Um Sintoma Social

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Com o aumento de casos no Rio Grande do Sul e em todo o Brasil, confira o que a psicanálise pode contribuir sobre este assunto. Psicanalista afirma que o feminicídio vai além da violência física: revela uma crise simbólica profunda nas relações entre os gêneros.

O Brasil registrou 1.450 feminicídios em 2024, o maior número desde a tipificação do crime em 2015, com uma mulher assassinada a cada 6 horas — geralmente por companheiros ou ex-companheiros. No Rio Grande do Sul, 72 mulheres foram vítimas desse tipo de crime no ano passado e, até 31 de março de 2025, já se somavam 17 feminicídios. Apenas no feriado da Páscoa, que foi em abril, 10 foram cometidos em 9 cidades do estado. Os dados escancaram uma ferida coletiva que vai além da violência física: eles revelam o colapso da capacidade de simbolização e elaboração do sujeito.

Segundo a psicanalista Camila Camaratta, essa capacidade de elaboração é o que nos permite transformar impulsos em palavras, conflitos em negociação, desejo em diálogo. “Quando essa capacidade falha, o sujeito age — age para destruir, calar, eliminar aquilo que não consegue elaborar. O feminicídio é justamente isso: uma passagem ao ato que denuncia uma falência profunda na possibilidade de lidar com o outro”, explica.

Para além das estatísticas, o feminicídio é um sintoma social — uma expressão violenta e desesperada diante do colapso de estruturas simbólicas que, até então, sustentavam os papéis de gênero e os modos de se relacionar. “É mais que um dado criminal. É um fenômeno psíquico, histórico e cultural que expõe o desamparo do sujeito frente à perda de referências sobre o que é ser homem, o que é ser mulher e como coexistir com o desejo do outro”, pontua Camaratta.

Desde Sigmund Freud, a psicanálise entende que a civilização opera como um freio às pulsões destrutivas. Mas quando as instituições — como a família, a escola, a cultura — falham em oferecer contornos simbólicos, essas pulsões encontram vazão. “A destrutividade e o ódio não são uma falha de caráter, é parte do que nos constitui humanos. O que nos civiliza é a capacidade de simbolizar e conter esses impulsos. Sem isso, sobra o ato bruto”, diz a psicanalista.

Por que tantos homens estão matando mulheres?

A pergunta que assombra famílias e atravessa os noticiários ganha contornos ainda mais densos quando observada sob a lente da psicanálise e das estatísticas globais. Segundo a ONU Mulheres, quase 89 mil mulheres foram mortas de forma intencional em 2022 no mundo, e cerca de 60% desses crimes ocorreram dentro de casa, pelas mãos de parceiros íntimos ou familiares.

Entre os principais fatores apontados por organizações internacionais como a OMS e o United Nations Office on Drugs and Crime (UNODC, Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime) estão: normas patriarcais enraizadas, sentimento de posse, ciúme patológico, histórico de violência na infância, falhas institucionais na prevenção e uma cultura que ainda tolera agressões masculinas como forma de reação.

Camaratta observa que, em muitos casos, o homem que mata tenta desesperadamente reaver um senso de controle e posse do que perdeu. “É como se o sujeito dissesse: ‘não suporto que o outro exista sem ser meu’. Quando falta a capacidade de elaboração da perda do ser amado, falta também a mediação. O impulso vira ação sem filtro, e o feminino vira ameaça concreta a ser eliminada.”Essa lógica é sustentada por discursos propagados por comunidades em diversas plataformas online — como os incels, redpill e grupos como os “legendários” — que reforçam a ideia de que a mulher deve pertencer ou obedecer ao homem, negando-lhe o direito à autonomia.

Ela acrescenta que a rigidez das imagens de masculinidade — ligadas ao poder, controle e honra — contribui para que homens experimentem a autonomia feminina como afronta. “Essa construção ideológica produz sujeitos vulneráveis à angústia do abandono, da frustração, do não saber lidar com o desejo do outro. Ao invés de elaborar o luto pelo desenlace, eles agem.” Muitos desses homens ainda veem as mulheres como extensão de sua propriedade — um reflexo de valores patriarcais que associam a posse à identidade masculina.

Além disso, fatores psíquicos individuais se somam a esse contexto. O uso nocivo de álcool, traços de personalidade antissocial e histórico de vínculos primários que não transmitiram a confiança básica necessária, compõem o cenário de risco. Embora esses fatores possam influenciar o comportamento, nem a bebida, nem o uso de drogas isentam a pena ou a agravam judicialmente. “É uma bomba-relógio que estoura quando nenhuma instância simbólica — nem social, nem afetiva, nem psíquica — funciona como barreira”, diz Camaratta. Os homicídios cometidos sob violenta emoção podem ter a pena reduzida. Embora o ciúme não seja reconhecido como violenta emoção, também não é considerado motivo fútil. Como esses casos vão a júri popular, o preconceito contra mulheres ainda pesa nas decisões. Somente recentemente o STF vetou o uso da “legítima defesa da honra” — argumento que, por muito tempo, levou muitos acusados à absolvição.

A contribuição do pediatra e psicanalista Donald Winnicott também ilumina essa questão. Segundo ele, quando o ambiente falha — especialmente nos primeiros vínculos afetivos — o sujeito pode não desenvolver recursos psíquicos para suportar frustrações. Em um mundo em que vínculos estão cada vez mais frágeis e afetos são mal elaborados, o outro vira ameaça, não companhia. “O feminicídio, então, surge como um gesto radical para reestabelecer um suposto controle que na verdade nunca existiu”, analisa Camaratta.

A historiadora e psicanalista Élisabeth Roudinesco, por sua vez, relaciona essa violência ao vazio simbólico deixado pelo declínio do patriarcado tradicional. Em obras como A Família em Desordem e O Eu Soberano, ela aponta que a queda das estruturas de autoridade não foi acompanhada por novas formas de subjetivação. Resultado: uma geração de sujeitos desorientados, ressentidos e sem referências sólidas.

“A ausência de novas narrativas para a masculinidade gera um vazio perigoso. Sem uma resignificação simbólica, o sujeito se defende da angústia com atos concretos — como o assassinato. O feminicídio é a encenação trágica de uma subjetividade em ruínas”, interpreta Camaratta.

Ela enfatiza que a solução não está apenas no campo penal ou legislativo, embora esse seja um pilar essencial. “Precisamos criar espaços de escuta, de elaboração e ressignificação simbólica de novos sentidos. A psicanálise nos ensina que o sintoma carrega uma mensagem. Escutá-lo é o primeiro passo para mudar.”conclui a psicanalista.

O Relatório Anual Socioeconômico da Mulher (RASEAM 2025) confirma a gravidade do cenário nacional: além dos 1.450 feminicídios registrados, outros 2.485 homicídios dolosos de mulheres ou lesões seguidas de morte foram computados em 2024. Ainda que isso represente uma leve queda de 5,07% em relação a 2023, os números continuam altíssimos.

“O número pode cair, mas o trauma permanece. O que precisamos é uma mudança de cultura — e isso só será possível se passarmos a ver a mulher não como ameaça, mas como interlocutora legítima de um mundo mais plural, mais feminino e consequentemente menos violento”, finaliza Camaratta.

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Saúde

Dra. Silvana Corrêa: A força do empreendedorismo feminino que ultrapassa fronteiras

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Referência no setor de estética e bem-estar, a Dra. Silvana Corrêa é uma mulher que inspira pelo exemplo. Empreendedora nata, ela lidera com excelência diversos projetos que unem ciência, beleza e cuidado integral com o corpo. Sua principal base de atuação está no Paraguai, onde comanda o renomado Sil.spa, um espaço sofisticado e inovador, voltado a tratamentos corporais e faciais de alta performance.

Com uma trajetória marcada pela busca constante por conhecimento e inovação, Dra. Silvana se destaca internacionalmente também por oferecer Cursos VIP de Terapias Corporais e Faciais, ministrados no Paraguai, no Brasil e nos Estados Unidos. Suas formações são reconhecidas por aliar teoria de ponta à prática intensiva, atraindo alunos e profissionais que buscam excelência e diferenciação no mercado da estética.

Dra. Silvana Corrêa também é fundadora de uma marca própria de produtos corporais, faciais e nutracêuticos, desenvolvidos com tecnologia de ponta e ativos selecionados. Os produtos refletem seu profundo entendimento das necessidades da pele e do corpo, sendo utilizados tanto em clínicas quanto por clientes que desejam manter a saúde e beleza em casa com resultados eficazes e seguros.

Entre suas especialidades mais notáveis está a atuação pioneira em Terapia Bioplacentária, com foco no uso de cápsulas de placenta humana – uma abordagem moderna e avançada com benefícios regenerativos, rejuvenescedores e terapêuticos. Essa expertise tem colocado Dra. Silvana entre os nomes mais respeitados da área, sendo frequentemente convidada para palestras, formações e colaborações científicas.

Mais do que empresária, Dra. Silvana Corrêa é uma visionária. Sua capacidade de inovar e transformar conhecimento em resultados concretos, sua paixão pelo cuidado com o outro e sua força empreendedora a consolidam como um dos grandes nomes femininos da estética integrativa na América Latina.

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Saúde

Conforte-se Sinop oferece solução inovadora em locação de poltronas para pós-operatório

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Conforte-se Sinop chega à cidade com uma proposta que une inovação, cuidado e bem-estar. A empresa, especializada na locação de poltronas ergonômicas e reclináveis para o pós-operatório, inicia suas atividades oferecendo mais conforto e segurança para quem está em fase de recuperação.

Com design moderno e funcionalidade inteligente, as poltronas da Conforte-se Sinop  são ideais para quem passou por procedimentos cirúrgicos e precisa de apoio no dia a dia. Os modelos reclinam até 90 graus, facilitando o sentar e levantar, reduzindo o esforço físico e colaborando para uma recuperação mais tranquila e eficiente.

Atendendo toda a região de Sinop, a Conforte-se oferece planos flexíveis de locação, atendimento personalizado e uma proposta que alia tecnologia, ergonomia e cuidado humano. É mais praticidade para o paciente e mais tranquilidade para a família.

Conforte-se Sinop — sua recuperação começa com conforto.

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