Startup criada por Thiago Fernandes de Freitas combina lockers inteligentes, microfranquias e gig economy para entregar conveniência e eficiência a consumidores, e-commerces e pequenos negócios.
Em um momento em que o e-commerce acelera, mas os custos e gargalos logísticos continuam desafiando até mesmo os grandes players, um modelo inovador começa a chamar atenção: o de logística urbana descentralizada via lockers inteligentes. Essa é a proposta da KeepIt, startup fundada pelo empresário e investidor Thiago Fernandes de Freitas, especialista em projetos escaláveis de e-commerce e logística inteligente.
A KeepIt opera com um sistema de quiosques autônomos — cada um equipado com armários inteligentes e conectados a um aplicativo que permite armazenamento, retirada e entrega de itens 24 horas por dia. Embora existam soluções similares desenvolvidas por grandes marketplaces, o diferencial da empresa está no modelo de negócio baseado em franquias acessíveis, aliando tecnologia plug-and-play, microempreendedorismo e múltiplas fontes de receita.
Segundo o plano estratégico da empresa, o investimento inicial para um quiosque gira entre US$ 90 mil e US$ 130 mil. O retorno, no entanto, é robusto: cada unidade pode gerar um faturamento bruto anual estimado entre US$ 250 mil e US$ 315 mil, com margem EBITDA superior a 60%. O payback ocorre, em média, entre 12 e 18 meses, o que posiciona o negócio entre os mais atrativos do mercado de franquias.
“Desenvolvemos um modelo onde qualquer pessoa pode operar uma unidade com autonomia, sem equipe fixa e com gestão remota. Isso reduz drasticamente os custos e amplia a possibilidade de escala”, explica Thiago.
Além de atender consumidores finais — que encontram nos lockers uma alternativa prática para guardar bagagens, retirar encomendas ou evitar filas em lojas —, a KeepIt também oferece uma solução logística sob demanda para pequenos negócios e e-commerces, que podem usar os quiosques como pontos de estoque descentralizados ou hubs de retirada.
O sistema favorece ainda a economia colaborativa: entregadores autônomos podem se integrar à plataforma, realizando microentregas locais entre quiosques ou do locker ao destinatário final, ganhando por viagem e participando de um ecossistema flexível e inclusivo.
Com esse tripé — tecnologia, descentralização e participação comunitária —, a empresa responde a um conjunto de dores reais do mercado. Em áreas urbanas densas, lojistas enfrentam limitações de espaço físico e consumidores sofrem com horários rígidos de entrega. Os lockers da KeepIt resolvem esses problemas ao oferecer logística 24h, sem burocracia, com alta segurança e gestão digital completa.
Outro fator que diferencia a startup é a sua proposta de crescimento por fases, baseada em dados e validação contínua. Após o lançamento de sete unidades-piloto, a expansão ocorrerá em blocos de dez novos quiosques por vez, sempre com análise criteriosa de KPIs como taxa de ocupação, receita por metro quadrado e perfil demográfico da região. A ideia é consolidar o modelo antes de escalar agressivamente para outras cidades ou países.
A KeepIt já projeta alcançar 100 unidades nos próximos 10 anos, com metas de faturamento e valuation que superam os US$ 250 milhões. Mas o crescimento não é o único objetivo. A empresa quer ser reconhecida por seu papel de transformação no setor — tanto pela inovação tecnológica quanto pela construção de uma rede justa, inclusiva e voltada para o impacto positivo.
“Acreditamos que a tecnologia deve servir à sociedade. Por isso, criamos um modelo que compartilha valor com todos os envolvidos: consumidores, franqueados, gig workers e pequenos negócios”, afirma o CEO.
Com um mercado global estimado em bilhões de dólares só no segmento de lockers e última milha, e um apelo crescente por soluções ESG e inclusivas, a KeepIt encontra-se numa posição estratégica para escalar sua operação, captar investidores e, ao mesmo tempo, cumprir sua missão de democratizar o acesso ao comércio e à logística.