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Tecnologia

Dia das Meninas nas Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC)

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Do código à liderança: o caminho complexo das meninas na área de tecnologia

A discussão sobre os desafios e avanços para ampliar a presença feminina no setor tecnológico é cada vez mais urgente. Segundo a pesquisa Mulheres na TI 2023, da Pretalab, as mulheres representam menos de 20% dos profissionais de TI no Brasil, com participação ainda menor em cargos técnicos e de liderança. A desigualdade salarial também persiste: mesmo com maior escolaridade, elas ganham, em média, 21% menos que os homens, chegando a 28% no setor de tecnologia, segundo a Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação e de Tecnologias Digitais (Brasscom).

Apesar disso, há sinais de progresso. Na mesma pesquisa, a Brasscom aponta um crescimento anual de 7,7% da presença feminina em TIC entre 2020 e 2023, acima do crescimento masculino. Já um estudo deste ano da Nexus mostrou um aumento de 300% na participação feminina em cursos de Ciências, Tecnologia, Engenharia e Matemática (STEM) na última década.

De acordo com Carla Botelho, head de Marketing da Runtalent, empresa de tecnologia e serviços digitais, a inclusão feminina é também uma necessidade estratégica. “Pesquisas já apontam que empresas com maior diversidade de gênero e étnica têm mais de 35% de chances de obter lucros acima da média”, aponta a executiva.

“A inclusão feminina em áreas de tecnologia de informação e de comunicação é importante para criar um ambiente de trabalho mais equitativo, além de garantir que o desenvolvimento das soluções do futuro contemple todas as perspectivas”, destaca.

Mas por que ainda existe um déficit de mulheres no setor de tecnologia?

Segundo Carla, a resposta para essa pergunta complexa envolve uma combinação de fatores históricos, culturais e estruturais. A profissional cita alguns dos principais:

1 . Estereótipos de gênero
Não é novidade que desde cedo as meninas são menos incentivadas a seguir carreiras em áreas de exatas e de tecnologia. Brinquedos, mídia, escola e até familiares reforçam a ideia de que ciência, matemática e computação “são coisas de menino”, o que acaba afastando muitas meninas do interesse por essas áreas.

2. Falta de representatividade
A ausência de modelos femininos em destaque no setor tecnológico cria um ciclo de invisibilidade. Sem ver outras mulheres como programadoras, engenheiras ou líderes em tecnologia, é mais difícil para meninas se imaginarem nesses papéis.

3. Ambiente hostil ou excludente
Muitas mulheres relatam experiências de discriminação, machismo, piadas sexistas ou falta de acolhimento em ambientes majoritariamente masculinos. Isso pode desmotivar ou levar ao abandono da carreira.

4. Desigualdade de oportunidades
Mesmo quando entram no setor, as mulheres enfrentam dificuldades para acessar oportunidades iguais de crescimento, liderança ou visibilidade. A disparidade salarial e a dificuldade de conciliar carreira e maternidade também contribuem.

5 . Falta de políticas de inclusão
Nem todas as empresas investem em ações efetivas para atrair, reter e promover mulheres. A ausência de programas de mentoria, capacitação, cultura inclusiva e apoio institucional perpetua o desequilíbrio.

6.Dupla jornada
A dupla jornada na vida da mulher, ou seja, a responsabilidade de conciliar o trabalho profissional com as tarefas domésticas e o cuidado com a família, que muitas vezes recaem majoritariamente sobre elas, acaba sobrecarrega a mesma de funções, o que pode limitar o tempo e a energia disponíveis para investir na carreira, dificultando a participação em cursos de qualificação, redes de contato e até na aceitação de cargos de liderança que exigem maior dedicação ou flexibilidade de horários.

7. Síndrome de impostora e autocobrança
A autocobrança excessiva e a síndrome de impostora, crença irracional de que as conquistas de uma pessoa são resultados do acaso ou da sorte em vez de suas próprias habilidades e méritos, pode levar as mulheres a se sentirem sobrecarregadas e pressionadas para atender a padrões inalcançáveis.

Como incluir mais mulheres no setor de tecnologia?

Para aumentar a participação feminina no setor de tecnologia, é preciso adotar uma abordagem integrada que envolva desde a educação básica até as práticas corporativas. Um dos primeiros passos está na inclusão da tecnologia desde cedo na formação escolar, com instituições incentivando as meninas a se envolverem em atividades como programação, robótica e ciências exatas, além de promoverem a igualdade de gênero em sala de aula para desconstruir estereótipos.

Paralelamente, é fundamental investir em programas de qualificação voltados especificamente para mulheres, oferecendo treinamentos técnicos, cursos de atualização e mentoria que desenvolvam tanto habilidades técnicas quanto competências de liderança, criando um ambiente mais acolhedor e propício ao crescimento profissional feminino.

Diversas empresas têm contribuído para essa mudança. Carla ressalta, por exemplo, que na Runtalent a proporção de mulheres aumentou de 12,6% em 2021 para 17,3% em 2024. “Hoje, mais de 90% da equipe operacional é composta por mulheres, muitas em posições estratégicas, graças a investimentos em mentoria, capacitação e oportunidades de liderança”, celebra.

Sobre a Runtalent

A Runtalent é uma empresa de Digital Solutions com mais de 20 anos de experiência, especializada em fornecer soluções tecnológicas integradas para empresas que buscam acelerar sua transformação digital. A empresa se distingue pelo uso de metodologias ágeis, tecnologia de ponta e um modelo de suporte contínuo para maximizar o impacto estratégico e operacional de seus clientes. Com um time de mais de 8 mil profissionais conectados a mais de 200 empresas no Brasil e no exterior, a Runtalent é reconhecida pela excelência no mercado e pela sua cultura centrada em pessoas.

Podcast edinhotaon/ Edno Mariano

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Influenciadores adolescentes e a adultização digital: até onde vai o trabalho e os direitos de quem começa cedo na internet?

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Após o vídeo do youtuber Felca sobre a ‘adultização’ de menores nas redes sociais, especialistas alertam para os limites legais da jornada de influenciadores adolescentes e discutem a emancipação como saída para a gestão dos lucros

O vídeo recente do youtuber Felca, que abordou a adultização de adolescentes no ambiente digital, trouxe à tona um debate cada vez mais urgente: quais são os limites do trabalho de influenciadores adolescentes no Brasil? A ausência de uma legislação específica para essa atividade deixa dúvidas sobre jornada, administração dos rendimentos e até o papel da emancipação como ferramenta de autonomia financeira.

De acordo com a Pesquisa Kids Online Brasil 2023, mais de 86% dos adolescentes entre 11 e 17 anos acessam diariamente redes sociais, e uma parcela crescente já enxerga no ambiente digital uma oportunidade de carreira. Mas a linha entre lazer e trabalho remunerado se torna cada vez mais tênue — e a pressão do mercado pode acelerar a adultização, expondo jovens a responsabilidades de adultos muito antes da hora.

O que diz a lei sobre influenciadores menores de idade

No Brasil, a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) determinam que menores de 16 anos não podem trabalhar, salvo na condição de aprendiz a partir dos 14. Já os adolescentes entre 16 e 18 anos só podem exercer atividades que não sejam noturnas, insalubres ou perigosas.

Para atividades artísticas e esportivas — onde a Justiça inclui a atuação de influenciadores digitais — é necessária autorização judicial, que define a carga horária e condições específicas. No caso de aprendizes, a jornada máxima é de 6 horas diárias (se o ensino fundamental não foi concluído) ou 8 horas (após a conclusão).

Segundo a advogada trabalhista Juliane Moraes, a ausência de uma lei própria para influenciadores digitais cria uma “zona cinzenta” jurídica.

“Não existe lei específica para influenciadores, mas o Judiciário entende que se trata de uma atividade artística. Assim, a carga horária deve ser autorizada judicialmente, sempre respeitando o estudo, o lazer e o desenvolvimento saudável do adolescente”, explica.

A questão da emancipação e os rendimentos

Outro ponto de dúvida recorrente diz respeito à administração dos valores recebidos pelos adolescentes. Pela legislação, os rendimentos pertencem ao menor, mas sua gestão cabe aos pais ou responsáveis legais até a maioridade.

A emancipação, que pode ser concedida voluntariamente a partir dos 16 anos, permite que o jovem abra empresa, assine contratos e gerencie seus próprios lucros. Para Juliane, essa alternativa precisa ser avaliada com cuidado.

“A emancipação pode trazer autonomia jurídica para que o adolescente gerencie seus contratos e lucros, mas também transfere responsabilidades legais. É uma decisão que precisa de análise cuidadosa, porque pode ser um peso para quem ainda não está preparado”, afirma.

O risco da adultização precoce

Além da questão legal, o fenômeno da adultização digital preocupa especialistas em saúde e educação. A exposição precoce à cobrança de resultados, contratos e negociações pode impactar o desenvolvimento emocional e social dos adolescentes.

Juliane Moraes alerta que, sem regulação clara, há espaço para abusos.

“O fenômeno da adultização coloca adolescentes em papéis que não condizem com sua fase de vida. A busca pelo sucesso rápido não pode se sobrepor ao direito ao desenvolvimento saudável e protegido”, reforça.

Perspectivas para o futuro

Enquanto países como França e Estados Unidos já estabeleceram leis específicas para proteger menores influenciadores, o Brasil ainda discute como adaptar sua legislação a essa nova realidade. O crescimento da economia criativa e o papel cada vez mais central dos criadores de conteúdo digital tornam o debate urgente.

“O sucesso digital pode ser uma oportunidade, mas também um risco quando não há limites claros. É fundamental que a sociedade e a Justiça avancem na discussão sobre como proteger influenciadores adolescentes, garantindo que a internet não se torne um espaço de exploração infantil”, conclui Juliane.

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Redes Cordiais e Agência Cuíca lançam guia de influência responsável para a COP30

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Publicação inédita oferece orientações estratégicas e combate à desinformação para influenciadores na cobertura do mais relevante evento climático mundial

Com a Conferência das Partes da ONU sobre o Clima (COP30) se aproximando e com a realização pela primeira vez no Brasil, em Belém, temas de ESG tomam conta da internet. Para contribuir com um debate pautado em dados e contra a desinformação, a Agência Cuíca e o Redes Cordiais juntaram esforços para lançar o “Guia de Influência Responsável para a COP30”. O material pode ser acessado aqui e pretende apoiar criadores de conteúdo e ativistas que querem cobrir ou falar sobre o maior evento climático do planeta de forma consciente, estratégica e aprofundada.

Para marcar o lançamento, as organizações farão um live no Instagram no dia 2 de julho às 19h (acompanhe em @redescordiais @lailazaid e @observatoriodoclima), com a participação da ativista e influenciadora climática Laila Zaid; da diretora-executiva do Redes Cordiais, Clara Becker; e do Petroleco, o mascote infiltrado pelo lobby dos combustíveis fósseis na Central da COP, uma iniciativa do Observatório do Clima que fala das mudanças climáticas como se falasse de futebol.

Influência com propósito: como comunicar a crise climática com responsabilidade

A COP30 vai reunir representantes de quase 200 países, ativistas, cientistas, políticos, empresários e movimentos sociais para o debate sobre o futuro do planeta. O guia destaca que a COP não é um evento de turismo ecológico ou uma “feira de ONGs”, mas sim um espaço de disputa política, econômica e narrativa, onde o rumo das políticas climáticas mundiais é decidido. “Se queremos que os interesses dos povos do hemisfério Sul, da Amazônia, das periferias e dos territórios estejam em jogo, esse espaço precisa ser ocupado com estratégia”, afirma Laila Zaid, da Agência Cuíca, que reúne influenciadores climáticos.

O conteúdo foi organizado com orientações claras e dicas práticas sobre o que é e o que não é pauta da COP, sobre o combate à desinformação e sobre como se desviar das críticas superficiais. A colaboração do Redes Cordiais trouxe uma seção sobre os perigos da desinformação, que funciona como uma ferramenta de guerra política, apelando para a emoção, atacando soluções climáticas e explorando algoritmos de redes sociais. O guia incentiva os influenciadores a desenvolverem “ceticismo emocional”, checando fontes, buscando informações em sites confiáveis e utilizando ferramentas de verificação.

“Estar na COP30 é um privilégio e uma responsabilidade. Mais do que registrar o crachá, é preciso mergulhar no que não está nos holofotes e oferecer informações confiáveis, diversas e relacionadas ao que afeta a vida das pessoas diretamente”, enfatiza Clara Becker, diretora-executiva do Redes Cordiais.

A publicação também destaca a importância de conectar o local ao global, aprofundar-se em recortes específicos, ouvir vozes locais contextualizadas, usar dados e fontes confiáveis, e comunicar com emoção e embasamento. A cartilha propõe ideias de conteúdo para influenciadores, como debates sobre justiça climática, petróleo na Margem Equatorial, desmatamento e agronegócio no Pará, mineração e mercúrio, e financiamento climático.

Para além da cobertura na COP 30

Para influenciadores que não puderem estar presentes na COP de Belém, a cartilha sugere traduzir os debates, pressionar lideranças políticas locais, fortalecer vozes amazônicas e periféricas e usar a plataforma para furar bolhas. O material ressalta que o conteúdo é coletivo e que ninguém faz tudo sozinho, incentivando a amplificação de vozes de base e a colaboração com organizações, coletivos e jornalistas.

O “Guia para influência responsável na COP30” é um convite para influenciadores se prepararem com profundidade, estratégia e comunicarem com informações baseadas em dados, transformando a COP30 em uma oportunidade histórica para o debate climático.

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NOVA NO MERCADO, SUPER PIX CHEGA PARA REVOLUCIONAR O SETOR DE SORTEIOS ON-LINE E LEGALIZAR CAMPANHAS DIGITAIS

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Com sede no bairro do Brooklin, em São Paulo, a Super Pix surge como uma empresa inovadora especializada na realização de sorteios on-line e na legalização de campanhas promocionais, oferecendo segurança jurídica e respaldo técnico para influenciadores, afiliados e marcas.

Totalmente regulamentada, a Super Pix segue todas as diretrizes exigidas pelo Governo e pelas plataformas digitais, atuando com um objetivo claro: profissionalizar o setor de sorteios e regularizar iniciativas que hoje operam na informalidade.

A empresa conta com uma equipe técnica altamente qualificada, formada por profissionais com mais de 20 anos de experiência no mercado de marketing, publicidade e promoções. Este time é responsável por planejar e executar campanhas completas, oferecendo desde treinamentos, mentorias, gestão de tráfego pago até estratégias personalizadas para micro, médios e grandes influenciadores.

Além disso, a Super Pix oferece suporte completo para a homologação de campanhas promocionais, garantindo que cada ação esteja em conformidade com a legislação vigente. A proposta é simples e ambiciosa: transformar o cenário atual e promover um ambiente seguro, ético e lucrativo para todos os envolvidos no ecossistema dos sorteios on-line.

 

“Queremos ser referência em transparência e profissionalismo. A missão da Super Pix é trazer segurança para quem promove e credibilidade para quem participa,” afirma a diretoria da empresa.

A Super Pix chega ao mercado com o propósito de inovar e liderar uma nova era de campanhas promocionais legais, eficazes e transformadoras.

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