Adaptação e novas habilidades são a chave para profissionais que desejam crescer na era da inteligência artificial
Nos últimos anos, a aceleração da inteligência artificial (IA) e da robótica vem transformando o mercado de trabalho em uma velocidade surpreendente. O impacto dessas tecnologias não apenas modifica a maneira como executamos nossas funções, mas também redefine as habilidades essenciais para o futuro profissional. O relatório divulgado no Fórum Econômico Mundial de 2025, apontou que até 2030, serão gerados cerca de 170 milhões de novos empregos, enquanto aproximadamente 92 milhões de vagas poderão desaparecer devido à automação.
A grande questão não é se os robôs substituirão os humanos, mas sim como podemos nos adaptar e evoluir junto a essa revolução. “Mais do que nunca, precisamos nos preparar para essa realidade. O foco não deve ser competir com a tecnologia, mas aprender a utilizá-la como ferramenta para potencializar nossas capacidades”, afirma Marco Giroto, fundador da SuperGeeks.
Se analisarmos a história, perceberemos que grandes avanços tecnológicos sempre impactaram o mercado de trabalho. A Revolução Industrial, por exemplo, eliminou inúmeras ocupações artesanais, mas criou novas oportunidades na indústria. Agora, com a IA e a automação, funções repetitivas e operacionais estão sendo rapidamente substituídas por máquinas, enquanto outras profissões ganham cada vez mais relevância.
Trabalhadores da indústria já vivenciam essa mudança de perto. William Adriano de Andrade de Almeida, técnico industrial especializado em programação de robôs, destaca que a automação já é realidade em diversos setores. “Trabalho diariamente com robôs industriais e vejo como eles são ferramentas poderosas, porém ainda dependem de profissionais para programá-los, ajustá-los e supervisionar seu funcionamento. O segredo é saber utilizar essas tecnologias a nosso favor”, afirma.
Exemplos dessa coexistência entre humanos e robôs já podem ser vistos em diferentes setores. Na área da saúde, por exemplo, robôs auxiliam médicos em cirurgias, porém a empatia e a tomada de decisões humanas continuam sendo indispensáveis. Então, o que podemos fazer para nos preparar para esse novo cenário? Marco e William apontaram três habilidades essenciais:
Marco ressalta que a atualização constante é indispensável. “Buscar novas qualificações em tecnologia e entender como a IA pode ser aplicada à sua área são passos essenciais para se manter relevante”, afirma. Para William a criatividade e inteligência emocional são fundamentais. Segundo ele, enquanto máquinas realizam tarefas repetitivas, os humanos têm a capacidade única de inovar e se conectar emocionalmente, habilidades que serão cada vez mais valorizadas.
Outro ponto relevante mencionado por eles foi a adaptação e mentalidade de crescimento. Encarar a automação como uma oportunidade, e não como uma ameaça, permite que profissionais encontrem novas formas de atuação dentro desse novo contexto. Dessa forma, o futuro do trabalho não é sobre a substituição humana, mas sobre a colaboração entre pessoas e máquinas.
A IA não eliminará o trabalho, mas exigirá que todos nós repensemos nossas carreiras e adquiramos novas habilidades. O desafio está lançado: cabe a cada profissional decidir se vai resistir às mudanças ou se tornar parte dessa revolução.