Segundo Henrique Miguel, este tipo de planejamento ajuda o cidadão a estar preparado para qualquer imprevisto financeiro
Com as responsabilidades e despesas da vida adulta, é difícil sobrar dinheiro no fim do mês. Assim, separar uma parte dos ganhos para investir torna-se um desafio e tanto. Porém, esse hábito é importante para que você esteja prevenido para o surgimento de qualquer urgência financeira. Nesses casos, a reserva de emergência pode ser uma grande aliada.
“Como o próprio nome indica, é uma quantia considerável que precisa estar disponível de forma fácil, para ser utilizada em momentos inesperados, como acidentes, problemas de saúde, demissões de emprego ou outra situação que possa comprometer sua saúde financeira e precise de pagamento imediato ou em curto prazo. O objetivo é oferecer mais tranquilidade no futuro. Afinal, imprevistos sempre podem acontecer”, explica o empresário Henrique Miguel.
O ideal é que esse fundo emergencial seja capaz de cobrir de seis meses a um ano de despesas pessoais, sem que o investidor precise recorrer a possíveis empréstimos. “Isso significa que, se a soma do seu custo de vida der, por exemplo, R$ 2 mil mensais, ele deverá economizar entre R$ 12 mil (seis meses) e R$ 24 mil (um ano)”, indica.
Abaixo, o empresário lista seis motivos para você começar desde já a montar a sua reserva de emergência. Confira!
Maior segurança diante do cenário econômico
Em períodos de crise, muitas pessoas passam por dificuldades no emprego ou enfrentam maiores gastos por causa da inflação, por exemplo. Portanto, é uma excelente opção contar com a reserva de emergência.
“Os momentos de dificuldade acontecem com todos e sua reserva é fundamental para que você passe por eles sem nenhum dano. Por isso, devem ser sua maior prioridade quando o assunto é investimento. Com ela, é possível passar por crises sem abrir mão do seu padrão de vida”, afirma.
Maior poder de negociação
Além de ter mais segurança diante de urgências, ter dinheiro em mãos facilita o processo de pagamentos e até a redução de preços. “Mesmo que você não tenha o valor total necessário para a compra, o valor que tiver para pagar à vista ajuda bastante em uma negociação. Contudo, é fundamental repor a reserva o mais rápido possível sempre que ela for utilizada”, recomenda.
Maior proteção do patrimônio
Outro motivo para ter uma reserva de emergência é conseguir proteger itens que são importantes. “Seja um carro, uma casa ou outros bens materiais, o que você tem hoje provavelmente foi resultado de muito esforço. Tudo isso tem valor e é algo que ninguém quer perder. Por isso, para evitar a depreciação, é possível usar a reserva para manutenções eventuais em seu patrimônio”, destaca.
Maior liberdade profissional
Quem tem um fundo emergencial pode se sentir mais livre para fazer escolhas, inclusive, profissionais. “Uma pessoa que esteja organizada financeiramente terá mais facilidade, por exemplo, para decidir sair de um emprego ou mesmo mudar de carreira”, aponta Henrique.
Não é um investimento difícil
É lógico que, ao entrar no mundo dos investimentos, o iniciante deve conhecer, cada vez mais, as características de cada modalidade, para saber onde está colocando seu dinheiro. Mas, no caso da reserva de emergência, não é preciso passar meses e meses estudando sobre o assunto. Pelo contrário, é preciso analisar fatores mais simples, como liquidez e volatilidade.
“Um investimento com liquidez é aquele que pode ser resgatado rapidamente, ou seja, de fácil acesso. Para a reserva de emergência, isso é fundamental, assim como uma baixa volatilidade. Significa que a quantia aplicada tem menos chance de se desvalorizar ao longo do tempo. Os produtos de renda fixa são os mais adequados, como Tesouro Selic e CDBs com liquidez diária”, destaca o empresário.
Maior controle da sua vida financeira
Reserva de emergência é sinônimo de planejamento. Entender a importância deste tipo de fundo é deixar de lado um comportamento imediatista com relação ao dinheiro, ainda praticado por muitos brasileiros. “Montar sua reserva é o primeiro passo para conquistar o controle financeiro. Aos poucos, o poupador aprenderá a encontrar o equilíbrio entre o que ganha e o que gasta”, completa.