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Engenheiros e Técnicos impulsionam inovação em Climatização no Brasil (2024-2025)

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Nos últimos dois anos, o setor de ar-condicionado no Brasil tem apresentado projetos de climatização pioneiros, liderados por engenheiros e técnicos que aliam eficiência energética e conforto térmico. Esses profissionais foram reconhecidos em premiações nacionais e internacionais por soluções inovadoras em edifícios corporativos, hospitais, estádios e indústrias.

“As obras premiadas expressam as tendências futuras em termos de tecnologias para o setor de HVAC-R”, destacou Arnaldo Basile, presidente executivo da ABRAVA, durante a 30ª edição do Prêmio Destaques do Ano SMACNA Brasil 2024. A seguir, destacamos oito nomes e equipes de ponta responsáveis por projetos de climatização de destaque em 2024 e 2025, incluindo as conquistas e tecnologias implementadas em cada caso.

  1. Raul Almeida (Teknika) – Projetista de grandes obras sustentáveis

À frente da Teknika Projetos e Consultoria, o arquiteto e engenheiro Raul José de Almeida tem sido responsável pelo projeto de climatização de empreendimentos arrojados e sustentáveis. Sua empresa foi projetista do Edifício Aqwa Corporate (Rio de Janeiro), referência em eficiência energética e certificado LEED Gold, e de vários premiados recentes.

Em 2024, Raul liderou o projeto de AVAC do complexo multiuso “O Parque” (São Paulo), vencedor do Prêmio SMACNA Brasil 2024 na categoria Obra Nova – Expansão Direta. Nesse complexo, a Teknika adotou sistemas de VRF de alta capacidade integrados a soluções avançadas de ventilação e exaustão, com atenção redobrada à qualidade do ar interno.

A Teknika também esteve por trás do Edifício Luna Crescente (São Paulo), retrofit corporativo premiado em 2023 pela modernização de sistemas antigos aos padrões atuais de eficiência energética e conforto.

Outra grande obra projetada por Raul Almeida foi o Birmann 32 (São Paulo), conhecido como “prédio da baleia” por sua forma arquitetônica, entregue em 2021. Este edifício corporativo de 125 metros (LEED Platinum) incorporou soluções inéditas no país, como cogeração de energia, tanques de termoacumulação de água gelada e chillers com mancal magnético para máxima eficiência.

O projeto de climatização, assinado pela Teknika, rendeu ao empreendimento o Prêmio SMACNA Brasil 2021 na categoria Obra Nova – Conforto. “Com projeto de Raul Almeida, da Teknika, foram instalados difusores de piso VAV controlados termostaticamente” no Birmann 32, destaca um estudo de caso técnico, evidenciando o uso de distribuição de ar pelo piso para maior conforto.

Em reconhecimento ao conjunto de projetos emblemáticos, a Teknika recebeu da Samsung o prêmio “Top Landmark Project 2023”, durante o evento Regional Expert Academy (REA), que destacou parceiros de soluções inovadoras em climatização na América Latina.

  1. Fernando Lugato (Teknika) – Especialista em automação de climatização

No time da Teknika, o engenheiro Fernando Lugato vem se destacando como especialista em controle e automação de ar-condicionado. Com mais de uma década de experiência, Fernando iniciou a carreira como técnico mecânico em 2016 e atualmente conclui sua graduação em Engenharia Mecânica, acumulando formações em comandos elétricos, BIM e distribuição de ar.

Dentro da Teknika, Lugato assumiu desde 2014 a responsabilidade exclusiva pelos projetos de elétrica, controle e automação dos sistemas de climatização desenvolvidos pela empresa. Essa expertise permitiu integrar tecnologias de BMS (Building Management System) e Internet das Coisas (IoT) nos empreendimentos projetados.

“Todos os projetos de elétrica, controle e automação são feitos exclusivamente por mim”, ressalta Fernando ao comentar seu papel nos projetos da Teknika. Graças a profissionais como ele, obras como “O Parque” e Birmann 32 contam com sistemas centralizados inteligentes, capazes de monitoramento e operação remotos, garantindo desempenho otimizado dos chillers, torres de resfriamento, bombas e ventiladores em todas as cargas térmicas.

A dedicação de Lugato à automação predial tem sido fundamental para que os projetos da Teknika atinjam altos níveis de eficiência energética e conforto operacional, um diferencial reconhecido por prêmios nacionais e pela Samsung.

  1. Equipe Projetar (BH) – Engenharia mineira na Arena MRV

Em Belo Horizonte, a empresa Projetar – Projetos de Sistemas ganhou holofotes ao receber em 2024 o prêmio Destaques do Ano SMACNA na categoria Obra Nova – Expansão Direta pelo sistema de climatização da Arena MRV (novo estádio do Atlético Mineiro).

Projetar foi a projetista responsável pelo complexo sistema de AVAC da Arena, em parceria com a arquitetura da Farkasvölgyi e execução da construtora Racional. O estádio, eleito “estádio do ano de 2023” no Brasil, demandou soluções de climatização eficientes e robustas para atender camarotes, áreas VIP, salas de imprensa e instalações técnicas.

A opção foi um sistema VRF de última geração, complementado por aparelhos split de grande porte (“splitões”) em áreas amplas. Esse arranjo assegura controle de temperatura preciso em cada ambiente e operação econômica mesmo em ocupações parciais.

A qualidade do ar interno também foi priorizada com ventilação e exaustão mecânica setorizadas, filtros de ar externo e exaustores de cozinha isolados termicamente. O projeto de climatização da Arena MRV apresentou desafios de grande escala, todos superados pela equipe da Projetar em conjunto com a instaladora local.

O resultado foi uma arena esportiva moderna, com ambientes climatizados de forma silenciosa e confiável, um feito que rendeu elogios dos organizadores. “A instalação foi concluída com excelência, atingiu todos os objetivos de desempenho desejados, refletindo o compromisso da JAM Engenharia com a qualidade”, informou a JAM (empresa instaladora) sobre a obra, evidenciando a satisfação do cliente.

A sinergia entre a Projetar e a JAM permitiu entregar a Arena MRV dentro dos rigorosos requisitos de conforto térmico e acústico exigidos para arenas multiuso.

  1. Joel Ayres da Motta Filho (JAM Engenharia) – Execução de alto nível em HVAC

No setor de instalação e obras de climatização, um nome de destaque é o do engenheiro Joel Ayres da Motta Filho, fundador da JAM Engenharia S.A. em Minas Gerais.

Com 34 anos de trajetória recém-completados, a JAM se tornou referência nacional em sistemas de ar-condicionado central, ventilação e exaustão mecânica. Sob a liderança de Joel Ayres, a empresa acumula mais de 1.200 obras realizadas no Brasil, abrangendo shoppings, hotéis, hospitais e empreendimentos emblemáticos.

Em 2013, sua empresa executou projetos em mais de 30 grandes empreendimentos, incluindo 12 shoppings, 13 hotéis e 3 estádios de futebol, revelou uma reportagem sobre sua carreira.

Essa experiência sólida levou a JAM a ser escolhida para instalar os sistemas de climatização da Arena MRV, obra concluída em 2023/24. A JAM encarou a missão de climatizar o estádio adotando soluções customizadas (como o VRF modular) e enfrentando prazos desafiadores, tudo sem comprometer as operações do clube e eventos-teste.

O sucesso da empreitada confirma a reputação da JAM em entregar qualidade e segurança: “As equipes de obra se destacaram pelo rigoroso cumprimento das normas de segurança”, registrou a SMACNA Brasil sobre a atuação da instaladora.

Além da Arena, Joel Ayres e sua equipe atuaram em projetos recentes como a Arena da Amazônia (Copa 2014) e estádios Mineirão e Mané Garrincha (recentemente adaptados para eventos), consolidando a presença da engenharia brasileira de climatização em arenas esportivas de grande porte.

  1. Artemp Engenharia Térmica – Climatização hospitalar de ponta na Bahia

Projetos hospitalares trazem exigências rigorosas de confiabilidade e qualidade do ar. Um case exemplar é o Hospital Ortopédico da Bahia, em Salvador, o maior do país em ortopedia e traumatologia, inaugurado em 2023.

A empresa Artemp Engenharia Térmica foi responsável pela instalação e projeto do sistema de climatização desse complexo hospitalar, numa obra reconhecida pela SMACNA 2024 (categoria Obra Nova – Hospital).

O desafio envolveu climatizar não só o novo hospital, mas também integrar prédios adjacentes da rede de saúde estadual, configurando um verdadeiro “district cooling”.

De acordo com a publicação da ABRAVA, “o sistema de água gelada atende vários prédios num mesmo espaço, constituindo-se em uma instalação do tipo district cooling”.

A central de água gelada (CAG) do Ortopédico da Bahia utiliza chillers de condensação a ar da Midea Carrier e aparelhos do tipo splitão de alta capacidade, totalizando centenas de TR de refrigeração.

Uma das inovações foi distribuir água gelada para múltiplos edifícios do complexo, mantendo confiabilidade 24 horas em áreas críticas (centro cirúrgico, UTI, etc.) graças a redundâncias e automação.

A Artemp também implementou sistemas de tratamento de ar com filtragem avançada (classes G4 e F5) para assegurar qualidade do ar interior hospitalar. A conquista técnica dessa obra rendeu à Artemp destaque no setor e comprova a competência da engenharia regional do Nordeste.

Com mais de 25 anos de experiência, o Grupo Artemp atua em climatização integrada e instalações especiais, e consolida-se como referência em projetos hospitalares de grande envergadura na região.

Esses exemplos evidenciam um momento excepcional para a engenharia de climatização no Brasil.

Seja no design de sistemas inteligentes para novos edifícios sustentáveis ou na readequação de instalações existentes com tecnologia moderna, engenheiros e técnicos brasileiros têm se destacado pela criatividade e competência.

Eventos setoriais, como o prêmio SMACNA Brasil e reconhecimentos internacionais de empresas fabricantes, têm servido de vitrine para esses talentos. Mais importante, os resultados são ambientes construídos mais eficientes, saudáveis e confortáveis para milhares de usuários.

Inspirados por esse reconhecimento, os profissionais de AVAC-R no país seguem elevando o patamar tecnológico e consolidando a engenharia nacional entre as melhores do mundo em climatização.

Cada projeto premiado é, afinal, fruto do trabalho dedicado de equipes multidisciplinares, engenheiros, técnicos e instaladores, cuja excelência garante ao Brasil edificações mais sustentáveis e prontas para o futuro.

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ESG e Logística: como ser sustentável no seu negócio

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Sustentabilidade no transporte e na gestão logística passa a ser exigência de mercado, pressionando empresas a repensar rotas, combustíveis, cadeia de suprimentos e deslocamentos diários de suas equipes para reduzir custos e impactos ambientais

O tema ESG deixou de ser apenas uma tendência corporativa e passou a integrar o centro das decisões estratégicas das empresas. No setor de logística, essa transformação é ainda mais evidente: de acordo com a consultoria McKinsey, a cadeia de suprimentos pode representar até 80% da pegada de carbono de uma companhia. Esse dado mostra o quanto repensar deslocamentos, rotas e transportes é determinante para empresas que buscam se manter competitivas e atender às crescentes cobranças de investidores e consumidores.

Um relatório da International Energy Agency (IEA) publicado em 2024 reforça esse cenário. O transporte responde por cerca de 24% das emissões globais de CO₂ relacionadas à energia, e grande parte vem do transporte rodoviário, responsável por movimentar mercadorias e equipes em escala mundial. No Brasil, onde mais de 60% da logística depende das rodovias, a pressão por soluções mais sustentáveis se intensifica, exigindo novas estratégias das empresas de todos os portes.

O que significa ESG na logística?

O conceito de ESG (ambiental, social e de governança) aplicado à logística vai além da redução de emissões de gases de efeito estufa. Ele envolve também práticas que asseguram condições de trabalho adequadas, processos transparentes e uso de tecnologias que aumentem a eficiência. Para o setor, a integração desses três pilares tornou-se um diferencial competitivo e uma forma de atrair investimentos.

Empresas que já trabalham com metas de redução de carbono no transporte conseguem negociar melhores contratos com parceiros e até conquistar vantagens fiscais em algumas regiões. A sustentabilidade na logística, nesse contexto, está diretamente ligada à reputação corporativa e ao valor percebido da marca. Mais do que uma exigência regulatória, é uma resposta ao consumidor que cobra práticas responsáveis e busca consumir de empresas que estejam alinhadas às suas expectativas ambientais e sociais.

Processo de ESG da matéria-prima até a entrega

Ao falar de ESG na logística, não se trata apenas do transporte final até o consumidor. O ciclo começa na escolha da matéria-prima utilizada na produção, que precisa ser de origem sustentável, passa pela forma como os insumos chegam ao centro de distribuição e envolve o uso de transportadoras comprometidas com a redução da poluição.

O último elo, a entrega ao cliente, também ganha relevância. Nos grandes centros urbanos, soluções como bicicletas elétricas, veículos híbridos e até drones vêm sendo testadas para diminuir a emissão de carbono. Programas de logística reversa, que permitem o retorno de embalagens e produtos descartados, também fazem parte da estratégia de ESG, já que reduzem resíduos e estimulam a economia circular.

O relatório da Deloitte aponta que 55% das companhias brasileiras já implementaram algum tipo de programa voltado à sustentabilidade em sua cadeia logística, e os resultados vão desde a redução de custos até a melhoria da imagem corporativa.

Gestão de serviços de campo e o ESG

O conceito de sustentabilidade também precisa ser expandido para os times que passam grande parte do tempo nas ruas, como equipes comerciais, de manutenção e de pós-venda. Esses deslocamentos, muitas vezes negligenciados nos cálculos de impacto ambiental, representam uma fatia significativa das emissões corporativas.

Nesse ponto, a tecnologia assume um papel estratégico. Alexandre Trevisan, CEO da uMov.me, destaca a relevância do planejamento inteligente de deslocamentos: “Com apoio da tecnologia, é possível otimizar visitas, reduzir quilômetros rodados e gerar benefícios tanto para o negócio, quanto para o meio ambiente. A criação de rotas inteligentes por meio de aplicativos de logística torna o deslocamento das equipes mais eficientes e sustentáveis.”, afirma o CEO.

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 99% da população mundial respira ar com poluentes acima dos níveis recomendados. No Brasil, o transporte rodoviário ainda é altamente dependente de combustíveis fósseis, responsáveis por 47% da emissão de CO₂ no país. Melhorar a gestão de serviços de campo e reduzir o uso desnecessário de veículos é, portanto, uma medida estratégica para unir eficiência e responsabilidade ambiental.

A importância do Supply Chain no ESG

A cadeia de suprimentos é considerada a espinha dorsal de qualquer negócio, e quando se fala em ESG, ela ganha ainda mais relevância. No setor logístico, analisar todo o processo, desde o fornecedor de matéria-prima até o consumidor final, permite identificar gargalos e pontos de melhoria que impactam diretamente a sustentabilidade da operação.

É no Supply Chain que decisões sobre transporte, armazenagem, fornecedores e rotas são tomadas. Incorporar métricas de ESG nesse processo significa avaliar parceiros sob critérios ambientais e sociais, exigir certificações de origem sustentável e adotar práticas que minimizem desperdícios. Segundo estudo da Accenture, empresas que alinham ESG ao Supply Chain podem reduzir em até 30% seus custos operacionais e, ao mesmo tempo, aumentar a resiliência de suas cadeias.

Outro ponto importante é o uso de ferramentas digitais para tornar a gestão mais transparente. Adoção de aplicativos para logística, sistemas de rastreamento em tempo real e análises preditivas ajudam a planejar rotas, controlar emissões e oferecer relatórios detalhados sobre a sustentabilidade da operação.

Um futuro de logística mais sustentável

À medida que cresce a pressão por responsabilidade ambiental, as empresas brasileiras se veem diante de um desafio que também é uma oportunidade: tornar sua logística mais sustentável sem perder competitividade. A transformação passa pela inovação tecnológica, pela mudança cultural dentro das organizações e pelo engajamento de todos os elos da cadeia.

Ao integrar práticas de ESG em seus deslocamentos, desde a escolha de fornecedores até a gestão das equipes em campo, as companhias não apenas reduzem impactos ambientais, mas também se fortalecem perante consumidores cada vez mais exigentes. A sustentabilidade na logística deixa de ser um diferencial e se torna parte do caminho para construir negócios mais preparados para o futuro.

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Planejamento estratégico: o segredo por trás de equipes de segurança mais eficientes

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Como a experiência de Vitor Parreira mostra que organizar processos e medir resultados transforma o trabalho em segurança privada

No setor de segurança privada, cada detalhe faz diferença, porque não se trata apenas de posicionar profissionais em locais estratégicos ou seguir protocolos rígidos, mas de olhar para a operação de forma ampla e garantir que tudo aconteça de maneira integrada e eficiente. Foi com essa mentalidade que Vitor Emmanuel Parreira, ao longo de mais de uma década como supervisor na GSS Segurança Ltda, conseguiu transformar rotinas de equipes e conquistar ganhos expressivos em projetos complexos.

Quando assumiu a coordenação de times, percebeu que o desafio não estava apenas no controle diário, mas principalmente na maneira como os processos eram desenhados. Gargalos de comunicação, sobrecarga em alguns pontos e falhas de registro comprometiam a qualidade do atendimento e enfraqueciam a confiança dos clientes. A resposta foi estruturar um modelo de planejamento estratégico, baseado em indicadores de desempenho e relatórios periódicos, que permitiam identificar problemas rapidamente e agir com precisão.

O resultado mais marcante dessa iniciativa surgiu em um projeto de grande porte, quando a aplicação do método aumentou em 25% a eficiência operacional. Esse número não é uma estimativa de mercado, mas uma conquista real da gestão de Vitor, que conseguiu reduzir atrasos, otimizar escalas e entregar um serviço mais ágil e confiável. Para os clientes, a mudança foi perceptível, já que passaram a ter respostas rápidas e uma experiência mais consistente com a empresa.

O diferencial dessa abordagem está em ter ido além dos números, porque eficiência, para Vitor, também é construída com pessoas. Ele investiu em treinamentos constantes, capacitação e acompanhamento próximo de cada profissional, transformando equipes que antes apenas executavam ordens em grupos motivados e conscientes do impacto de seu trabalho. Como ele costuma afirmar, “liderar equipes de segurança exige muito mais do que técnica, é preciso empatia, estratégia e capacidade de decisão em momentos críticos”, e foi justamente essa combinação que consolidou resultados duradouros.

Essa visão prática se conecta ao que pesquisas internacionais já apontam sobre a importância do planejamento estratégico. Um estudo publicado no periódico Sustainability (Mousa, 2024) mostrou que organizações que implementam modelos estruturados de planejamento têm desempenho significativamente superior em comparação às que atuam sem diretrizes claras, especialmente quando utilizam métricas objetivas para monitorar resultados. A experiência de Vitor confirma, na prática, que quando estratégia e indicadores caminham juntos, a eficiência deixa de ser promessa e se torna resultado concreto.

Ao olhar para sua trajetória, ele acredita que a segurança privada só alcançará um novo patamar se gestores forem capazes de alinhar processos bem estruturados com liderança humanizada. Para Vitor, não basta apenas fiscalizar rotinas, é preciso inspirar equipes e criar uma cultura de melhoria contínua, porque apenas assim a segurança deixa de ser apenas uma necessidade e se transforma em um diferencial competitivo para empresas e instituições.

Referências

 

Mousa, K.M. (2024). Strategic Planning and Organizational Performance. Sustainability, 16(15), 6690. Link

 

 

Texto criado por Nathalia Pimenta
Supervisão jornalística aprovada por Radija Matos

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Leis de incentivo ampliam oportunidades para comunidades negras e quilombolas no Brasil

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Mecanismos federais e municipais fortalecem projetos culturais e econômicos voltados à população negra, com dados que mostram crescimento e impacto social

As leis de incentivo fiscal têm desempenhado um papel cada vez mais importante no fortalecimento de iniciativas culturais, sociais e econômicas voltadas às comunidades negras e quilombolas em todo o país. Estudos recentes apontam que projetos dedicados à valorização da cultura afro-brasileira, à memória ancestral e à promoção da igualdade racial têm conquistado espaço significativo nesses mecanismos, demonstrando alta eficiência de captação e forte impacto territorial.

Segundo o Panorama dos Incentivos Fiscais 2024, elaborado pela Simbi em parceria com o CEDRA, a Lei Rouanet aprovou 8.470 projetos entre 2021 e 2024, sendo 321 diretamente voltados à igualdade racial, ao combate ao racismo e à valorização das culturas afro-brasileiras e indígenas. No total, essas iniciativas tiveram R$ 494,2 milhões aprovados, com R$ 233,8 milhões efetivamente captados, o que representa uma taxa de execução de 47,3%, superior à média geral da própria lei (43,9%) no mesmo período. Os dados reforçam que, quando projetos liderados por pessoas negras ou voltados à cultura e à ancestralidade entram nos mecanismos de fomento, eles apresentam bons resultados de adesão, confirmando o interesse social e a relevância cultural dessas iniciativas.

Para as comunidades quilombolas, esses instrumentos representam uma oportunidade concreta de ampliar atividades culturais, fortalecer economias locais e promover ações educativas. A partir deles, associações comunitárias, coletivos culturais e grupos tradicionais conseguem desenvolver projetos que envolvem geração de renda, preservação de saberes ancestrais, artesanato, culinária, música, agricultura familiar, turismo cultural e formação de jovens em áreas como gestão, artes, produção cultural e economia criativa. Esse fortalecimento transforma territórios ao estimular autonomia econômica, ampliar o acesso à cultura e criar novas perspectivas para moradores de comunidades historicamente menos atendidas pelas políticas públicas tradicionais.

A ampliação de editais específicos também tem contribuído para democratizar o acesso aos recursos. O Ministério da Igualdade Racial, por exemplo, destinou R$ 1,5 milhão a 30 iniciativas por meio do Edital Mãe Gilda de Ogum, voltado à economia do axé, à cultura afro-brasileira e a povos e comunidades tradicionais. Outros programas do MIR, em parceria com o Banco do Brasil, têm apoiado empreendimentos liderados por mulheres negras, estimulando a inclusão produtiva e desenvolvimento sustentável. No âmbito municipal, a cidade de São Paulo destinou R$ 2,5 milhões a 10 projetos liderados exclusivamente por artistas e coletivos negros na última edição do Edital de Apoio à Cultura Negra, priorizando narrativas afro-brasileiras, afrofuturistas e de memória ancestral.

Para Vanessa Pires, CEO da Brada, os resultados mostram um cenário promissor para iniciativas desenvolvidas por lideranças negras. “Os projetos que acessam as leis de incentivo têm apresentado excelente desempenho e gerado impactos reais na economia local. Isso reflete o potencial criativo, produtivo e cultural existente nos territórios, especialmente nas comunidades quilombolas”, afirma.

Os especialistas destacam que investir em projetos de matriz africana, quilombolas, periféricos ou liderados por mulheres negras não representa apenas reconhecimento histórico, mas também uma estratégia de desenvolvimento territorial. Cada iniciativa aprovada movimenta cadeias produtivas, fortalece identidades, amplia acesso à cultura e contribui para a construção de narrativas que valorizam a diversidade do país. Em muitas regiões, esses projetos se tornam motores locais de renda e educação, impactando positivamente famílias e redes comunitárias inteiras.

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