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Estudo da Universidade de Nova Iorque contribui para a tese do pesquisador Murilo Postiglioni Neme de que bactérias envolvidas na doença gengival estão associadas ao aumento do risco de câncer de cabeça e pescoço

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Estima-se que para cada ano do triênio 2023-2025, ocorrerá 704 mil casos novos de câncer no Brasil, conforme o Instituto Nacional do Câncer (INCA). Os destaques vão para as regiões Sul e Sudeste, que concentram cerca de 70% da incidência. 

O pesquisador e especialista no assunto, Murilo Postiglioni Neme, que estuda tumores bucais há mais de 20 anos, reforça a importância da prevenção, do diagnóstico precoce e do tratamento na luta contra o câncer. 

Considerada uma doença grave e de alta mortalidade, o câncer pode ter cura quando diagnosticado precocemente. Por isso, para Murilo Postiglioni Neme, promover a conscientização da sociedade sobre os cuidados com a doença, informando a população sobre a importância de consultar sempre o médico, e o cirurgião dentista, pode salvar vidas.

“O câncer de boca pode se desenvolver nos lábios, gengivas, bochechas, céu da boca ou na língua. No Brasil, a doença atinge atualmente cerca de 15 mil pessoas todos os anos.” 

De acordo com o Inca (Instituto Nacional do Câncer), entre 35 mil e 40 mil brasileiros são diagnosticados com câncer de cabeça e pescoço a cada ano. Essa condição é o segundo tipo de câncer mais comum em homens, o quinto em mulheres e o sétimo no ranking geral de incidência no Brasil. Os tumores podem surgir na boca, tireoide, na garganta, na laringe, na faringe, nas glândulas salivares e na região de seios paranasais. Segundo o Inca, o diagnóstico de quase 60% dos casos de câncer de cabeça e pescoço ainda é realizado tardiamente.

Mais de uma dúzia de espécies bacterianas entre as centenas que vivem na boca das pessoas foram associadas a uma chance coletiva 50% maior de desenvolver carcinoma espinocelular de cabeça e pescoço, mostra um novo estudo. Alguns desses microrganismos já haviam demonstrado contribuir para a doença periodontal, infecções gengivais graves que podem corroer o maxilar e os tecidos moles que circundam os dentes. 

Murilo Postiglioni Neme, reforça que especialistas há muito tempo observam que aqueles com saúde bucal precária são estatisticamente mais vulneráveis do que aqueles com bocas mais saudáveis ao carcinoma espinocelular de cabeça e pescoço, um grupo que inclui os cânceres mais comuns da boca e da garganta. Embora pequenos estudos tenham vinculado algumas bactérias nessas regiões (o microbioma oral) aos cânceres, os tipos exatos de bactérias mais envolvidos até agora permaneceram obscuros.

Lideradas por pesquisadores da NYU Langone Health e seu Perlmutter Cancer Center, as novas análises observaram a composição genética de micróbios orais coletados de homens e mulheres saudáveis. Das centenas de bactérias diferentes que são rotineiramente encontradas na boca, 13 espécies mostraram aumentar ou diminuir o risco de carcinoma espinocelular de cabeça e pescoço. No geral, esse grupo foi associado a uma probabilidade 30% maior de desenvolver cânceres. Em combinação com cinco outras espécies que são frequentemente vistas em doenças gengivais, o risco geral foi aumentado em 50%. 

“Nossas descobertas oferecem uma nova visão sobre a relação entre o microbioma oral e os cânceres de cabeça e pescoço”, disse o autor principal do estudo, Soyoung Kwak, PhD. “Essas bactérias podem servir como biomarcadores para especialistas sinalizarem aqueles em alto risco”, acrescentou Kwak, um bolsista de pós-doutorado no Departamento de Saúde Populacional da NYU Grossman School of Medicine.  

Investigações anteriores revelaram certas bactérias em amostras de tumores de pessoas já diagnosticadas com esses cânceres, diz Kwak. Então, em uma pequena avaliação de 2018, a atual equipe de pesquisa explorou como os microorganismos em participantes saudáveis podem, ao longo do tempo, contribuir para o risco futuro de carcinoma espinocelular de cabeça e pescoço. 

O último relatório, publicado on-line em 26 de setembro no periódico JAMA Oncology , é a maior e mais detalhada análise desse tipo até o momento, diz Kwak. Ele também está entre os primeiros a examinar se fungos comuns, organismos como levedura e mofo que, junto com bactérias, compõem o microbiota oral, podem desempenhar um papel no carcinoma espinocelular de cabeça e pescoço. Os novos experimentos não encontraram tal papel para organismos fúngicos.

Para a pesquisa, a equipe analisou dados de três investigações em andamento rastreando 159.840 americanos de todo o país para entender melhor como dieta, estilo de vida, histórico médico e muitos outros fatores estão envolvidos no câncer. Os dados foram coletados para o Estudo de Prevenção do Câncer II da American Cancer Society; o Estudo de Rastreamento do Câncer de Próstata, Pulmão, Colorretal e Ovário; e o Estudo de Coorte da Comunidade do Sul. 

Logo após a inscrição, os participantes enxaguaram a boca com enxaguante bucal, fornecendo amostras de saliva que preservaram os números e espécies de micróbios para teste. Os pesquisadores então acompanharam por aproximadamente 10 a 15 anos para registrar qualquer presença de tumores. 

No estudo atual, Murilo Postiglioni Neme revela que os pesquisadores analisaram o DNA bacteriano e fúngico das amostras de saliva. Então, eles identificaram 236 pacientes que foram diagnosticados com carcinoma espinocelular de cabeça e pescoço e compararam o DNA de seus micróbios orais com o de 458 indivíduos do estudo selecionados aleatoriamente que permaneceram livres do câncer. Em sua pesquisa, a equipe levou em conta fatores conhecidos por desempenhar um papel, como idade, raça e com que frequência eles fumavam cigarros ou bebiam álcool. 

“Nossos resultados oferecem mais um motivo para manter bons hábitos de higiene oral”, disse o coautor sênior do estudo Richard Hayes, DDS, MPH, PhD. “Escovar os dentes e usar fio dental pode não apenas ajudar a prevenir doenças periodontais, mas também pode proteger contra câncer de cabeça e pescoço”, acrescentou Hayes, professor do Departamento de Saúde Populacional da NYU Grossman School of Medicine e membro do Perlmutter Cancer Center. 

Para Murilo Postiglioni Neme, os pesquisadores enfatizaram que seu estudo foi projetado para identificar correlações entre risco de câncer e certas bactérias na boca, mas não para estabelecer uma ligação direta de causa e efeito. Isso exigirá mais pesquisas.

“Agora que identificamos as principais bactérias que podem contribuir para essa doença, planejamos explorar os mecanismos que permitem que elas o façam e de que maneiras podemos intervir melhor”, disse o coautor sênior do estudo Jiyoung Ahn, PhD. Ahn é professor nos Departamentos de Saúde Populacional e Medicina da NYU Grossman School of Medicine e é o diretor associado de pesquisa populacional no Perlmutter Cancer Center. 

Murilo Postiglioni Neme acredita que o estudo contribuirá para a prevenção dos cânceres de cabeça e pescoço, pois infecções crônicas levam à inflamação crônica. Em um tecido inflamado, as células morrem e nascem de uma forma muito mais acelerada. Quando isso acontece de forma crônica, aumenta a chance de haver algum erro na replicação celular. 

“Geralmente, o desequilíbrio da microbiota oral é causado por fatores como má higiene oral, próteses mal adaptadas, antigas e sem manutenção podem provocar lesões crônicas na língua, gengivas, bochechas e outras partes da boca, levando a um aumento dos micro-organismos patógenos, que pode desencadear mutações nas células, originando câncer de boca”, explica. 

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Público infantil na internet: criador de conteúdo fala sobre essa responsabilidade

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A televisão aberta, que outrora era a principal fonte de entretenimento infantil, enfrenta uma dura realidade: a escassez de programas educacionais e divertidos voltados para as crianças. Programas como o Bom Dia & Cia e a TV Globinho, que faziam parte do cotidiano matinal de muitos pequeninos, deram espaço para uma programação voltada ao público mais velho, ofertando desenhos animados apenas em alguns horários específicos do final de semana e em canais cada vez mais reduzidos.

Com o crescimento dos serviços de streaming e a ascensão de canais pagos, a oferta de conteúdo voltado ao público jovem na TV aberta diminuiu consideravelmente. Este cenário tem levado as crianças a buscarem alternativas na internet, transformando celulares e tablets em suas principais fontes de entretenimento. Dados da pesquisa feita pelo Hospital Infantil de Alberta (Canadá) e as Universidades de Calgary (Canadá) e College Dublin (Irlanda)  apontaram que o tempo de tela saltou de cerca de 162 minutos por dia antes da pandemia para 246 minutos durante e após esse período.

Diante desse cenário, um exemplo notável desse fenômeno é o sucesso da família Poti Poti, composta pelo comerciante Júnior Marinho e sua filha Elloá, de 7 anos. Com um humor acessível e leve, eles abordam temas cotidianos da comunidade evangélica em vídeos que conquistaram uma audiência massiva nas redes sociais. Atualmente, o grupo caminha para a marca de 2 milhões de seguidores em plataformas como Instagram, TikTok, Facebook e YouTube. “Humor sem apelo para mim é algo natural, porque essa é a minha vida de Cristão”, afirma Marinho, ressaltando a importância de transmitir mensagens positivas sem a utilização de palavrões.

Em um mundo onde aproximadamente 60% das crianças de 9 a 10 anos estão ativas em redes sociais que exigem idade mínima de 13 anos, a qualidade do conteúdo consumido se torna uma preocupação. Embora a internet ofereça uma variedade de opções, nem todas são apropriadas ou educativas. Isso torna ainda mais relevante o trabalho de criadores de conteúdo como os Poti Poti, que utilizam o humor para abordar questões sociais e religiosas de maneira reflexiva.

Além deles, Luccas Neto tem se destacado como uma das figuras mais influentes no universo do entretenimento infantil online. Seu conteúdo, que mistura diversão e aprendizado, atrai milhões de visualizações e reafirma a demanda por programação que dialogue com a linguagem das crianças.

Teor leve, informativo e com humor limpo são marcas dos Poti Poti

Destaque que exige responsabilidade

No entanto, a popularidade de criadores como Marinho e Neto também traz à tona a responsabilidade que vem com a criação de conteúdo para esse público. Recentemente, a empresa Meta, responsável por plataformas como Instagram e Facebook, anunciou mudanças em suas políticas de moderação, destacando a importância de um ambiente seguro para os jovens usuários.

Segundo dados do Comitê Gestor da Internet no Brasil (Cetic.br), 24% dos entrevistados disseram ter começado a se conectar à internet antes dos 6 anos de idade. Em 2015, esse percentual era de 11%. Diante dessa nova realidade, pais e responsáveis devem estar atentos às escolhas dos pequenos, buscando sempre conteúdos que eduquem e divirtam. O sucesso de iniciativas como “Os Poti Poti” evidencia a necessidade de uma abordagem mais cuidadosa e inovadora no entretenimento infantil, algo que a televisão aberta, por ora, parece ter deixado para trás.

“Como pai e criador de conteúdo, sei que é essencial tomar muito cuidado com o que passamos para as nossas crianças. E busco essa qualidade em cada detalhe do que produzimos, porque é uma grande responsabilidade. Por isso, quem sabe um dia, eu gostaria de poder levar esse formato para a TV aberta, pois acho que todas as crianças merecem esse humor leve, educativo e que seja feito de acordo com a realidade em que vivemos”, finaliza Júnior Marinho.

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“E Tome Frevo”, de André Rio, agitou o Carnaval pernambucano

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O cantor e compositor pernambucano André Rio fez história mais uma vez no Carnaval de Pernambuco com seu mais novo sucesso, “E Tome Frevo”. Lançada no dia 17 de janeiro, a música rapidamente caiu no gosto do público e se tornou um fenômeno, embalando blocos, arrastões e festas por todo o estado. Com um arranjo vibrante de metais e percussão, e uma letra que celebra a energia do frevo, a canção viralizou nas redes sociais e ganhou força com a participação de influenciadores digitais, tornando-se uma das mais tocadas da folia.  

Entre os nomes que ajudaram a impulsionar “Tome Frevo” nas plataformas digitais estão os pernambucanos Júnior Lins, Quezia Sol e Kelinha, que compartilharam vídeos dançando e celebrando o Carnaval ao som da música. O hit também ultrapassou as fronteiras do estado e conquistou criadores de conteúdo de outras regiões do Brasil, como Rosana Maria, Dudys, Estela Bessa e entre outros, que levaram o frevo para públicos diversos. A viralização nas redes sociais fez com que a música se espalhasse rapidamente e fosse adotada pelos blocos de rua, que a transformaram em um verdadeiro hino da folia.  

A letra de “E Tome Frevo” é uma homenagem apaixonada ao Carnaval pernambucano, exaltando as tradições que fazem da festa uma das mais autênticas do Brasil. A canção fala sobre as fantasias coloridas, as ladeiras de Olinda lotadas de foliões e a força das orquestras de frevo, que arrastam multidões ao som de clarins e trombones. “O frevo não convida, ele arrasta”, já dizia André Rio, e a música traduz exatamente essa energia, celebrando a magia do Carnaval no Marco Zero, na Praça do Arsenal e em cada canto do estado. 

Com mais de 30 anos de carreira, André Rio reafirmou sua importância como um dos maiores nomes do frevo. Com mais de 300 composições autorais, o cantor já lançou 28 discos, gravou mais de 200 frevos e participou de 35 edições do Galo da Madrugada, o maior bloco de Carnaval do mundo. Seu repertório inclui clássicos como “Sou Teu Amor”, “Me Leva”, “O Bicho Vai Pegar” e a icônica “Chuva de Sombrinhas”, que se tornou símbolo da folia pernambucana.  

O sucesso de “E Tome Frevo” reforçou a relevância do artista e mostrou que o frevo segue mais vivo do que nunca. A canção marcou o Carnaval de 2025  e reafirmou o poder da música pernambucana, que atravessa gerações e continua encantando foliões.

 

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Milky Moo e Stanley celebram parceria com lançamento de copos temáticos

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A Milky Moo está comemorando 5 anos no mercado. E para celebrar essa data em grande estilo eles fecharam uma parceria com a Stanley, para o lançamento de copos térmicos temáticos com o tema da vaquinha mais famosa do país.

Para a parceria, as marcas apostaram em três opções de copos térmicos nas cores preto, rosa e branco. Além de possuir 473 mls, cada copo contará com cartelas de adesivos com frases e elementos característicos da identidade de Milky Moo, para que os consumidores estilizem como desejarem. O preço sugerido é de R$ 159.90 cada copo.

A Milky Moo foi criada em 2019, e possui mais de 30 sabores em seu cardápio. São eles: Pintadinha, Mimosa, Malhada, Pandora, Holandesa, Dori, Cacau, Lolita, Filó, Americana, Judite, Manhosa, Emília, Flocos de Neve, Graciosa, Cheirosa, Dengosa, Missy, Xonada, Moo, Mineira, Preta, Brisa e diversos outros.

Saiba mais sobre a Milky Moo no site www.milkymoo.com.br.

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