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Tecnologia

Gargalo de mão de obra em tecnologia: edtech com IA quer formar 10 mil brasileiros até 2027

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Projeto-piloto em Salvador forma jovens do subúrbio com apoio da Prefeitura e do Instituto Localiza e cria modelo inédito de inclusão produtiva

O Brasil encerra 2025 com mais de 500 mil vagas em tecnologia não preenchidas, segundo a Brasscom (Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação). O déficit ocorre em meio a um cenário global ainda mais desafiador: até 2030, o mundo deve somar 80 milhões de postos de trabalho abertos em TI.

Enquanto grandes empresas enfrentam dificuldade para contratar, milhões de brasileiros seguem fora do mercado formal. Entre essas duas pontas está a Qualifica AI, edtech fundada em 2023 por Wagner Amorim (antiga NextCoders), que aposta na inteligência artificial para descobrir vocações onde ninguém procura — e transformar jovens de regiões periféricas em profissionais de tecnologia prontos para o mercado.

“Nosso foco é formar talentos reais para o mercado. Começamos pela identificação de aptidões e seguimos até a empregabilidade, sem exigir conhecimento prévio. Em muitos casos, somos a primeira oportunidade concreta de mudança de vida para esses jovens”, explica Amorim.

Salvador como laboratório de impacto

Em 2024, a startup escolheu Salvador (BA) para lançar seu projeto-piloto, reunindo 60 alunos matriculados — 50 apoiados pela Prefeitura e 10 pelo Instituto Localiza —, além da doação de 60 bolsas de inglês pela Fluencypass, escola com atuação em impacto social.

A iniciativa recebeu mais de 1.700 inscrições em apenas quatro bairros do subúrbio, das quais foram selecionados 70 jovens após rigorosos testes vocacionais. A expectativa é que o modelo seja expandido para 500 bolsas em 2026, podendo chegar a 1.000 alunos com apoio de novos cofinanciadores.

“Esse modelo de buscarmos outros apoiadores para aumentar o impacto social e econômico inicialmente financiado por um órgão público é uma das inovações que estamos construindo. Ele permite ampliar o alcance do projeto e criar uma rede sustentável de inclusão produtiva”, explica Amorim.

Da vulnerabilidade à renda de R$ 3.500

O impacto social direto é expressivo. Em média, os jovens formados pela Qualifica AI passam a ganhar cerca de R$ 3.500 por mês, em regiões cuja renda per capita é de apenas R$ 400.

Segundo cálculos internos, cada aluno formado representa potencial de 30 pessoas saindo da linha da pobreza, considerando o efeito familiar e o impacto multiplicador. “Usamos como referência um estudo do economista Josh Bivens, que mostra que um novo profissional de tecnologia forma em média 5,7 outros durante a carreira. Isso projeta nosso impacto em até 30 mil pessoas fora da linha da pobreza com apenas essa próxima turma”, explica Amorim.

Entre as histórias de sucesso, o ex-aluno Jesus Fernandes Sena, hoje engenheiro de IA no iFood e estudante da USP, é um dos exemplos de transformação social gerada pelo projeto.

IA e ciência por trás da inclusão

O diferencial da Qualifica AI está em seu teste vocacional desenvolvido especificamente para jovens em vulnerabilidade social. O algoritmo avalia capacidades cognitivas e comportamentais, eliminando vieses socioeconômicos e garantindo igualdade de oportunidades.

Criado internamente, o teste foi aperfeiçoado por três PhDs do Centro de Inteligência Artificial da USP (CIAAM), que seguem acompanhando sua evolução.

“Nosso teste é rigoroso, mas acessível. Ele identifica talentos que, de outra forma, nunca teriam chance de mostrar seu potencial. É o coração do nosso modelo de inclusão produtiva”, explica Amorim.

Além disso, a edtech oferece notebooks, bolsas e mentorias acadêmicas e mercadológicas, que não só preparam os alunos para o mercado, mas também os conectam diretamente às empresas parceiras que demandam mão de obra qualificada.

Parcerias e expansão nacional

Em Salvador, o projeto conta ainda com apoio da Fundação Anísio Teixeira, que atua desde 1989 em projetos de educação e cultura, e do escritório social Novo Mané Dendê, responsável por articular as inscrições e mobilizar a comunidade local.

A empresa já negocia a expansão do modelo dentro da Bahia, com o governo estadual e prefeituras do interior, e avança com conversas em Sergipe, Santa Catarina, São Paulo (onde já atua) e Paraná.

Atualmente, a taxa média de empregabilidade supera 80% por turma, a mais alta do mercado, e a meta é manter esse índice em todas as novas operações.

Projeção e novos investimentos

A Qualifica AI projeta 2.000 alunos em 2026 e 10.000 até 2027, além do lançamento de programas de educação continuada para ex-alunos (alumnis), atendendo à crescente demanda do mercado.

Em 2024, a edtech captou R$ 2,6 milhões em rodada friends & family, com nomes como Mauro Mariz (ex-Riachuelo), e já negocia nova rodada com fundos de Venture Capital, com expectativa entre R$ 10 e 15 milhões.

A startup integra hubs de inovação como Cubo Itaú, AYA Earth e CIVI-CO, o que amplia sua visibilidade no ecossistema de impacto e tecnologia.

“O Brasil representa apenas 0,2% da força de trabalho global em tecnologia. A urgência de preparar talentos locais é uma oportunidade estratégica e também um dever social”, conclui Amorim.

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Tecnologia

Fluenzatech: A Nova Força da Tecnologia Inteligente no Brasil

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A Fluenzatech vem ganhando destaque no cenário nacional como uma das empresas mais promissoras no desenvolvimento de soluções tecnológicas de alta performance. Reconhecida por sua atuação inovadora em software e inteligência artificial, a Fluenzatech vem ampliando sua presença no mercado corporativo ao entregar sistemas inteligentes que transformam a rotina de negócios de diferentes portes e segmentos.

 O diferencial da Fluenzatech está na capacidade de integrar automação, análise avançada de dados e IA em plataformas robustas, acessíveis e altamente adaptáveis. Em um país onde a transformação digital tem se tornado prioridade estratégica, a empresa surge como parceira essencial para organizações que buscam eficiência, segurança da informação e tomada de decisão baseada em dados.

Além disso, a Fluenzatech se destaca por desenvolver softwares sob medida, que otimizam processos internos, reduzem custos operacionais e potencializam resultados. Seu time multidisciplinar trabalha com foco em inovação contínua, acompanhando tendências globais e trazendo para o Brasil tecnologias que até pouco tempo estavam restritas aos grandes polos internacionais.

 Com uma visão orientada ao futuro, a empresa vem expandindo sua atuação e conquistando clientes que buscam muito mais do que ferramentas digitais: procuram inteligência aplicada, soluções automatizadas e sistemas capazes de evoluir com o próprio negócio.

 Ao se firmar como referência em tecnologia e inteligência artificial, a Fluenzatech consolida sua posição entre as principais empresas do setor no Brasil — um movimento que promete impactar de forma decisiva o ecossistema tecnológico nos próximos anos.

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Tecnologia

Tecnologia: jovens estudantes ganham destaque pelo pioneirismo em projetos de inovação social

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16ª edição da Feira Tecnológica do Centro Paula Souza reuniu este ano 250 projetos que unem inovação e impacto social

A 16ª edição da Feira Tecnológica do Centro Paula Souza (Feteps) mostrou que inovação e empatia caminham juntas, especialmente quando jovens estudantes são incentivados a explorar e aprimorar as ferramentas tecnológicas. Entre os 250 projetos apresentados por estudantes de Etecs, Fatecs e instituições parceiras do Governo do Estado de São Paulo, o grande destaque foi o Cuid.AI – Auxílio para Idosos, desenvolvido por alunas da Etec Professora Maria Cristina de Medeiros, de Ribeirão Pires. A solução, que conquistou o primeiro lugar, utiliza inteligência artificial para reconhecer movimentos e facilitar a comunicação entre idosos e cuidadores por meio de gestos predefinidos.

“É um exemplo claro de como iniciativas como essa abrem portas para jovens talentos com potencial de transformar realidades por meio da tecnologia. A solução chamou a atenção pelo alto grau de inovação e pelo impacto social”, observa César Silva, diretor-presidente da Fundação de Apoio à Tecnologia (Fundação FAT), parceira do Centro Paula Souza na realização da Feteps e responsável pela premiação destinada à expansão do projeto.

O Cuid.AI utiliza câmeras para identificar diferentes níveis de necessidade e enviar alertas automáticos a cuidadores via aplicação web. As criadoras planejam ampliar a solução para outros públicos, como autistas não verbais e crianças. “Queremos usar a premiação para ajudar o máximo de pessoas possível”, afirma Carolina Libarino, que desenvolveu o projeto junto com Letícia Nascimento de Almeida e Raphaela Rodrigues Luvizotto, sob orientação dos professores Anderson Silva Vanin e Cíntia Maria de Araújo Pinho.

Como premiação, as estudantes vencedoras receberam R$10 mil da Fundação de Apoio à Tecnologia (FAT) e bolsas para o Intercâmbio Cultural do Centro Paulo Souza. O segundo melhor grupo recebeu o mesmo prêmio. Já o projeto que ficou em terceiro lugar levou R$10 mil, mais um iPhone para cada integrante. O quarto melhor projeto foi premiado com notebooks, enquanto da quinta à décima primeira colocação todos os alunos receberam tablets.

Além do Cuid.AI, outro projeto que chamou atenção foi o Secondvision, da Etec Zona Leste (Capital), que ficou em segundo lugar. A solução, criada por Gustavo Mendes Ventieri Mariano, Pedro Fernandes Araújo e Tiago Bryan Ramos de Oliveira, consiste em um colete com visão computacional que auxilia pessoas com deficiência visual a se locomoverem em ambientes urbanos, lendo placas e emitindo alertas sobre veículos e obstáculos.

“O que mais impressiona é que a inovação desses jovens vem acompanhada de um olhar humano, voltado para soluções que atendem demandas reais de qualidade de vida e inclusão. Para nós, é motivo de orgulho contribuir para a formação de estudantes tão comprometidos com o crescimento coletivo”, afirma Silva.

Em linha com essa visão, o terceiro lugar foi para o SmartSee, da Fatec Shunji Nishimura (Pompeia), que apresentou uma tecnologia inédita para o agronegócio: um sistema baseado em machine learning que classifica a textura do solo a partir de imagens digitais, reduzindo tempo e custos em relação aos métodos laboratoriais. O projeto já alcança 80% de assertividade e promete agilizar diagnósticos para produtores rurais e consultores.

“O engajamento desses jovens durante a Feteps é um verdadeiro símbolo de esperança. Eles mostram que a transformação da sociedade começa dentro da sala de aula, quando professores incentivam e acolhem ideias inovadoras. Esse compromisso é o que nos faz acreditar em um futuro melhor”, afirma Maycon Geres, vice-presidente do Centro Paula Souza.

A lista completa dos projetos participantes está disponível em https://feteps.cps.sp.gov.br/

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Tecnologia

3D, metaverso e além: como a Neopixel Digital transforma tecnologia em experiências que encantam

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Estúdio brasileiro cria soluções em CGI, VFX e realidade aumentada que aproximam marcas e pessoas por meio da emoção e da inovação

 

O vídeo publicitário tradicional já não basta, e o que antes se resumia a telas planas e mensagens diretas deu lugar a mundos inteiros, tridimensionais, interativos, imersivos. As marcas descobriram que o olhar do público não quer apenas assistir, quer participar, sentir, viver a experiência.

 

“Nos últimos anos, vimos o público mudar completamente sua relação com a imagem. Ele deixou de ser espectador e passou a ser parte da história”, observa Henrique Marques, fundador da Neopixel Digital. “As empresas que entenderam isso começaram a buscar novas formas de encantamento, e foi aí que o 3D e as experiências imersivas ganharam protagonismo.”

 

Com essa visão, a Neopixel se consolidou como um dos principais estúdios brasileiros dedicados a transformar tecnologia em emoção. Fundada por Henrique, a empresa nasceu no universo do audiovisual, mas rapidamente ultrapassou seus limites para se tornar uma plataforma criativa de inovação visual. Combinando CGI, VFX, motion design, realidade aumentada, experiências imersivas e fake OOH, o estúdio cria peças que desafiam a lógica da tela, transformando campanhas em vivências e produtos em histórias que despertam curiosidade e encantamento.

 

O avanço das tecnologias 3D abriu novas possibilidades para o marketing e o entretenimento corporativo, e a Neopixel encontrou nessa transição o seu espaço natural. O estúdio domina o realismo do CGI cinematográfico, o impacto visual dos efeitos em VFX e o fascínio dos ambientes digitais que misturam o virtual ao real. Cada projeto nasce da integração entre sensibilidade artística e precisão técnica, em um processo que transforma briefings complexos em experiências fluidas, com ritmo, textura e emoção.

 

“A tecnologia é o meio, não o fim”, explica Henrique. “O que realmente importa é a história que conseguimos contar por meio dela.” Essa filosofia orienta todos os trabalhos do estúdio, que encara cada projeto como uma jornada imersiva. Do storyboard à renderização final, tudo é pensado para que o espectador sinta mais do que veja, para que viva o que a marca quer dizer.

 

 

O repertório é amplo e surpreendente. Há filmes em CGI que transportam o público para universos inteiros sem sair do lugar, ações de Fake OOH que ganham as redes sociais com realismo e impacto visual, personagens e avatares 3D criados para campanhas e conteúdos contínuos, além de experiências em realidade aumentada e virtual que aproximam pessoas de marcas por meio da interatividade. Tudo é feito com uma estética sofisticada e uma curadoria técnica rigorosa, resultado de um pipeline organizado e de uma equipe que atua com método e alma de artista.

 

O que diferencia a Neopixel não é apenas a tecnologia que utiliza, mas a forma como enxerga o uso dela. Cada projeto nasce da pergunta “como podemos provocar encantamento?”, e a resposta vem em pixels que respiram, luzes que se movem com naturalidade e texturas que parecem reais demais para serem apenas digitais. Essa obsessão por detalhes transforma o estúdio num ponto de encontro entre arte, design e engenharia visual, um espaço onde criatividade e disciplina coexistem com harmonia.

 

A Neopixel trabalha para marcas que exigem excelência, mas também ousadia. E é justamente nesse equilíbrio que o estúdio constrói seu diferencial: entregar projetos tecnicamente impecáveis, mas com uma camada emocional que desperta pertencimento. Em um mercado dominado por automação e excesso de informação, a empresa aposta na emoção como diferencial competitivo, devolvendo humanidade ao digital.

 

O futuro, para Henrique e sua equipe, é cada vez mais híbrido. Realidade aumentada, metaverso, inteligência artificial generativa, tudo isso faz parte da próxima fase da comunicação, e a Neopixel já se move para estar à frente dessa transformação. “Queremos que as pessoas se sintam dentro das histórias, não apenas diante delas”, diz o CEO. É por isso que o estúdio aposta em soluções interativas, acessíveis e tecnologicamente inclusivas, que unem imersão e propósito.

 

Em essência, o que a Neopixel faz é criar mundos possíveis, imaginários, sensoriais, permitindo que as marcas convidem o público a explorá-los. “Nosso papel é transformar tecnologia em algo que emocione, que gere lembrança e inspire novas formas de ver o mundo”, afirma Henrique.

 

E é assim que o estúdio catarinense se consolida como referência nacional e internacional, reinventando o audiovisual corporativo com o mesmo equilíbrio que move a arte e a ciência, o equilíbrio entre precisão e encantamento.

 

 

Conheça mais sobre os projetos e experiências visuais da Neopixel Digital em neopixel.digital e acompanhe o estúdio no LinkedIn e Instagram.

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