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IA redefine a eficiência e rentabilidade do agronegócio brasileiro

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Produção de alimentos precisa aumentar 60% até 2050, segundo a FAO (ONU)

Conforme estimativas da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), há uma necessidade de aumentar a produção de alimentos em 60% até 2050, tornando urgente a adoção de novas tecnologias para alimentar uma população crescente.

A agricultura está passando por uma revolução digital impulsionada pela tecnologia e, (é claro), pela inteligência artificial (IA). Empresas do agronegócio estão utilizando essas ferramentas inovadoras para enfrentar desafios críticos, aumentar a produtividade e garantir a sustentabilidade de suas operações.

A inteligência artificial está transformando a produção agrícola em todas as etapas, desde o plantio até a colheita. Para otimizar a produção e colher ainda mais frutos, empresas de agronegócio têm abraçado e investido em inovações tecnológicas, como a IA.

Benefícios econômicos da IA no agronegócio

Utilizando dados gerados pelos processos já utilizados de agricultura de precisão, a IA pode ajudar a aumentar a produtividade, redução de custos, e os algoritmos otimizam a aplicação de insumos agrícolas, reduzindo desperdícios.

“A IA ajuda a prever a demanda do mercado, por evitar o volume inadequado de aplicação de defensivos e outros insumos, e automatiza processos de seleção e classificação de produtos. Além disso, a análise de dados históricos permite prever eventos climáticos e oscilações de preço, ajudando produtores a proteger sua rentabilidade. Com este  crescimento, o agronegócio brasileiro se torna mais eficiente e atrativo para investidores”, declara o especialista em dados e inovação e professor de MBA da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Kenneth Corrêa.

Desafios do setor agrícola e as soluções de IA

O setor agrícola enfrenta desafios significativos, como a necessidade de aumentar a produtividade das lavouras, lidar com a imprevisibilidade das condições climáticas, a escassez de mão de obra e a volatilidade dos preços.

Segundo o especialista, ferramentas como a Agrotools utilizam IA e big data para monitorar lavouras e fornecer recomendações automatizadas, otimizando o uso de recursos como água e defensivos agrícolas.

 5 exemplos de soluções de IA aplicadas ao agronegócio

Startups Strider: aplica a IA para avaliar o status da lavoura com base em imagens de satélite, eliminando a necessidade de amostragens manuais.

Grão Direto: ferramenta que acompanha em tempo real as variações do mercado de soja e milho, identificando tendências de demanda e precificação. Assim, o produtor consegue tomar melhores decisões de comercialização da safra.

Climatempo: usa a IA para gerar previsões meteorológicas locais e precisas para os agricultores.

Solinftec: proprietária do sistema que monitora o desempenho das máquinas em tempo real e um assistente virtual que processa dados de diversas fontes e envia recomendações para o celular do produtor.

Benson Hill: utiliza IA em seu processo de Pesquisa & Desenvolviento (P&D) para desenvolver novas variedades de sementes.

Esses exemplos mostram como a IA transforma dados em insights acionáveis para os produtores, facilitando a tomada de decisões e otimizando processos agrícolas. Ao transformar imagens de satélite em avaliações precisas da lavoura, acompanhar as variações do mercado em tempo real, prever condições climáticas com alta precisão, monitorar máquinas agrícolas e desenvolver novas sementes, a IA revoluciona o agronegócio.

Mas não são apenas as soluções individuais que estão mudando o cenário. As empresas e startups de tecnologia estão desempenhando um papel crucial nesse processo, criando um ecossistema inovador que impulsiona o setor agropecuário para um novo patamar.

Como as empresas e startups de tecnologia estão ajudando nesse cenário?

As empresas e startups de tecnologia estão ajudando a impulsionar a transformação digital dos processos do agronegócio ao integrar inteligência artificial (IA) em diversas operações agrícolas.

Um exemplo notável é um grande grupo multinacional sucroenergético, uma das maiores produtoras de açúcar e etanol do país. A empresa implementou o Centro de Operações Agroindustriais (COA), uma iniciativa interna desenvolvida com o suporte da Keyrus, multinacional líder em consultoria de inteligência de dados e transformação de negócios, para unificar suas áreas agrícola e industrial, prevendo uma economia de R$ 25 milhões por ano.

“A implementação de uma plataforma de dados robusta permitiu que o centro de operações tivesse acesso a informações em tempo real, facilitando a tomada de decisão e aumentando a produtividade e reduzindo custos operacionais”, afirma o Diretor da Keyrus, Rodrigo Cruz.

Cruz também afirma que a demanda por esses serviços dentro da multinacional tem se destacado. “A inteligência artificial pode ser aplicada, desde processos mais simples, como uma gestão de documentos ou uma assistente virtual, até projetos mais sofisticados onde a gente faz a leitura de imagens em tempo real para identificação de pragas”, pontua.

Para Kenneth, essa parceria exemplifica como a combinação de expertise tecnológica e conhecimento industrial pode resultar em ganhos significativos de eficiência e economia para o setor agrícola.

Segurança da informação na implementação da IA

Apesar dos benefícios, a efetivação da IA na agricultura levanta questões de segurança da informação. A privacidade e a segurança dos dados coletados e fornecidos aos modelos de inteligência artificial são preocupações críticas, assim como a propriedade e o controle sobre essas informações.

“Grandes empresas de tecnologia estão se tornando as ‘donas’ das plataformas de dados, levantando preocupações sobre a autonomia dos produtores. É necessário garantir que os dados dos produtores sejam protegidos contra uso indevido. Além disso, os modelos estão se tornando muito mais baratos de serem implementados, permitindo que pequenos e médios produtores tenham acesso às tecnologias”, acrescenta Corrêa.

De acordo com Kenneth, o futuro do agronegócio inclui o uso crescente de robôs e maquinários autônomos, integração com IoT e blockchain, e IA acessível para agricultores. No entanto, “produtores devem investir em educação e capacitação digital, coletar e organizar dados da fazenda, cultivar parcerias com startups e instituições de pesquisa, sem esquecer da importância da segurança dos dados. A colaboração e a inovação são chave para aproveitar ao máximo as vantagens da IA no agronegócio.” conclui.

Kenneth Corrêa
Especialista em dados, inteligência artificial e Metaverso. Professor de MBA da FGV, professor da Avado Learning, na Inglaterra, e palestrante TEDx. É Diretor de Estratégia da Agência 80 20 Marketing, que tem um time de 90 pessoas, e há 15 anos desenvolve e monitora projetos de marketing e tecnologia, atendendo empresas como AEGEA, Suzano e Mosaic Fertilizantes. Saiba mais: https://www.kennethcorrea.com.br/

Keyrus
A Keyrus é uma consultoria internacional especialista em Inteligência de Dados e Transformação Digital, dedicada a ajudar as empresas a melhorar seu desempenho, facilitar e acelerar sua transformação e gerar novos direcionadores de crescimento e competitividade. Colocamos a inovação no centro de nossas estratégias, apresentando propostas de valor baseadas numa combinação de cinco áreas principais e convergentes de especialização:

. Automação e inteligência artificial: fornecemos aos nossos clientes os meios para melhorar a produtividade e a precisão em todos os processos empresariais. Dessa forma, as empresas adquirem conhecimentos e podem tomar as melhores decisões.

. Experiência digital centrada no ser humano: a relação com os clientes e o envolvimento dos funcionários constituem dois dos maiores fatores de sucesso global do negócio. Ajudamos as empresas a imaginarem e criarem experiências digitais multimodais para alcançarem seus objetivos.

. Capacitação de dados e análises: os dados são inquestionavelmente a chave para o sucesso das empresas. Quando utilizados de forma inteligente, abrem oportunidades para enfrentar desafios presentes e futuros.

. Cloud e segurança: dados na nuvem e plataformas digitais têm potencial de rever a forma como os dados são traduzidos em valor, ao mesmo tempo que trazem escalabilidade e flexibilidade aos negócios.

. Transformação empresarial e inovação: para prosperar no ecossistema atual, as organizações precisam não apenas acelerar sua transformação digital, mas também adquirir competências para aumentar a adaptabilidade, resiliência e competitividade.

Presente em mais de 22 países em quatro continentes, o Grupo Keyrus conta com 3.000 colaboradores. Para saber mais, acesse keyrus.com/latam/pt e siga-nos no LinkedIn em https://www.linkedin.com/company/keyrus

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Tecnologia

Automação inteligente em operações críticas: avanços estruturais em finanças e saúde

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*Por Renan Ravelli

A automação inteligente tem se consolidado como um dos pilares de transformação nos setores financeiro e hospitalar. Embora atuem em contextos distintos, ambos compartilham desafios semelhantes relacionados ao volume de dados, à necessidade de confiabilidade e ao rigor exigido para operar em ambientes de alto risco. A análise desses dois universos revela que os mecanismos de decisão automatizada caminham para modelos cada vez mais padronizados, auditáveis e integrados.

No setor financeiro, a automação assumiu papel central em processos de autenticação e mitigação de fraudes. Um dos pontos de maior avanço está na aplicação de modelos de análise de risco que combinam dados comportamentais, contexto transacional e heurísticas de segurança. Esses sistemas classificam probabilidades de anomalias em tempo real, auxiliando emissores e credenciadoras a reduzirem falsos positivos e a priorizarem intervenções humanas apenas em casos de exceção. Segundo Renan Ravelli, que atua na construção de soluções de segurança digital e pagamentos, a automação permite que fluxos como tokenização e autenticação via 3D Secure operem de forma mais previsível e escalável, uma vez que a tomada de decisão passa a seguir regras bem estruturadas e monitoráveis.

Nesse contexto, os autenticadores baseados em RBA (Risk-Based Authentication) representam uma das frentes mais maduras. Eles avaliam múltiplos fatores simultaneamente, como histórico do dispositivo, localização, padrão de uso e desvio estatístico da transação. A automação integrada ao RBA reduz a dependência de verificações manuais e abre caminho para experiências mais fluidas, sem comprometer padrões de segurança. A previsibilidade obtida por esses sistemas diminui a exposição a riscos, ao mesmo tempo em que melhora o desempenho operacional de emissores que lidam com milhões de operações mensais.

No setor de saúde, a automação responde a um conjunto de desafios diferentes, mas igualmente complexos. A fragmentação de sistemas clínicos, laboratórios e ERPs hospitalares torna o fluxo manual de dados especialmente vulnerável a inconsistências. A experiência de Renan Ravelli em interoperabilidade mostra que a normalização automática de informações clínicas tem papel decisivo na redução de divergências estruturais entre sistemas que usam padrões distintos como HL7, XML proprietários e FHIR. A automação de conversões e validações minimiza erros que poderiam comprometer análises clínicas, prontuários ou processos assistenciais.

A sincronização de cadastros clínicos é outro ponto crítico. Em hospitais, pequenas inconsistências de identificação entre sistemas paralelos podem se multiplicar em falhas operacionais mais amplas. A automação desses cadastros garante uniformidade, reduz retrabalho e aumenta a rastreabilidade, beneficiando desde fluxos administrativos até etapas mais sensíveis, como a consolidação de exames e prescrições. Avaliações automáticas de consistência, alinhadas a fluxos padronizados, contribuem para elevar a confiabilidade das integrações e para tornar o ambiente clínico menos suscetível a falhas humanas.

O uso de validações sistemáticas também tem ampliado a segurança operacional. Regras automatizadas identificam lacunas de preenchimento, erros de estrutura e incompatibilidades entre sistemas, criando um mecanismo de prevenção antes que inconsistências atinjam etapas críticas do fluxo assistencial. Processos que antes dependiam de auditorias manuais passam a operar com controle contínuo, permitindo respostas mais rápidas e maior previsibilidade nos resultados.

A análise integrada dos dois setores evidencia que a automação não se limita à eficiência operacional, mas se tornou um componente estrutural para garantir confiabilidade, governança e escalabilidade. Em finanças, isso se traduz na redução de riscos e na melhoria de processos de autenticação. Em saúde, reflete-se na qualidade dos dados, na diminuição de erros e na interoperabilidade entre sistemas. Em ambos os ambientes, segundo Renan Ravelli, a automação inteligente funciona como base técnica para operações críticas que demandam precisão elevada e arquiteturas resilientes.

 

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Tecnologia

Vazamentos no Gov.br acendem alerta para o uso de login e senha. Especialista reforça que o acesso com certificado digital é a forma mais segura

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Brasil já acumula mais de 3 bilhões de credenciais expostas nos últimos anos. Acesso ao Gov.br só com login e senha aumenta o risco de golpes e compromete a validade jurídica de documentos assinados

O Gov.br se tornou o principal portal de serviços digitais do país e hoje reúne mais de 150 milhões de contas ativas. Apesar da praticidade, o modelo de acesso mais utilizado pela população — login e senha — não acompanha o crescimento dos ataques cibernéticos no Brasil. O país já registrou mais de 3,2 bilhões de credenciais vazadas na internet nos últimos cinco anos, segundo o relatório Digital Shadows 2025. Em 2024, foram mais 653 milhões de registros expostos, muitos deles vinculados a cadastros governamentais e contas corporativas.

Esse cenário reacendeu a discussão sobre a segurança das assinaturas feitas dentro do portal. A adesão crescente ao Gov.br criou a falsa sensação de que todos os tipos de autenticação oferecem o mesmo nível de proteção. Na prática, o acesso baseado apenas em senha continua sendo um dos pontos mais vulneráveis da experiência digital do usuário.

A posição do ITI reforça essa preocupação. O órgão explica que o único modelo de identificação com valor jurídico pleno é o certificado digital ICP-Brasil. E isso se deve ao fato de o certificado utilizar chaves criptográficas únicas, que não podem ser clonadas, compartilhadas ou violadas. Dessa forma, a identidade eletrônica não depende de senhas fáceis de adivinhar ou reutilizadas em diferentes sites.

Na área jurídica, o tema ganhou ainda mais relevância. O TCU e o CNJ iniciaram revisões nos procedimentos que permitem assinaturas via Gov.br, justamente por causa do aumento de fraudes em cadastros. Em alguns estados, como Mato Grosso e Goiás, o uso da assinatura por login e senha foi temporariamente suspenso em processos de registro empresarial, após tentativas de golpes envolvendo contas comprometidas.

A LVR Certificadora alerta que o Gov.br é uma ferramenta fundamental, mas que sua segurança está diretamente ligada à forma de autenticação escolhida. O uso do certificado digital ICP-Brasil garante autenticidade, integridade e validade jurídica, enquanto a senha tradicional continua sendo o principal alvo de criminosos.

Com o crescimento de ataques e a sofisticação de golpes envolvendo engenharia social, o acesso seguro deixa de ser uma opção. Ele passa a ser uma necessidade para profissionais, empresas e cidadãos que desejam proteger seus dados e documentos.

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Tecnologia

60% dos pais têm dificuldade em acompanhar a vida digital dos filhos, aponta relatório inédito

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Desigualdade digital, desconhecimento técnico e desafios na guarda compartilhada agravam lacunas na mediação parental no Brasil

Mais da metade dos pais e responsáveis no Brasil enfrenta dificuldade em acompanhar o que crianças e adolescentes fazem na internet. É o que revela o relatório “Redes de Proteção: Desafios e práticas na mediação digital de crianças e adolescentes”, lançado pelo Instituto de Tecnologia e Sociedade (ITS Rio) e pelo Redes Cordiais. O estudo,  realizado com 327 responsáveis e três grupos focais em diferentes contextos urbanos,  mostra que 60% dos participantes consideram “difícil” ou “muito difícil” acompanhar a vida digital dos filhos. A pesquisa revela um abismo digital nas práticas de mediação parental, com diferenças marcantes de renda, escolaridade e acesso à tecnologia, além de apontar falhas estruturais de conhecimento e suporte às famílias.

As dificuldades vão desde barreiras técnicas até falta de tempo e de conhecimento sobre as ferramentas disponíveis. A desigualdade social também tem papel central: famílias com maior escolaridade e filhos em escolas privadas tendem a adotar mais recursos tecnológicos de controle, enquanto as de baixa renda enfrentam entraves práticos e menor familiaridade com o uso dessas tecnologias. Entre os responsáveis com renda de até um salário mínimo, mais da metade nunca utilizou aplicativos de controle parental, e apenas 7,7% o fazem regularmente.

Apesar da crescente oferta de mecanismos de monitoramento nas próprias plataformas, o levantamento mostra que 43% dos pais nunca recorreram a ferramentas digitais para acompanhar seus filhos. A maioria ainda confia em métodos tradicionais: 71% limitam o tempo de uso de celulares, 70% incentivam atividades offline e 64% mantêm conversas sobre segurança e comportamento online. A supervisão direta continua sendo a forma mais comum de acompanhamento, especialmente em lares com menos acesso a recursos tecnológicos, e, ainda, muitos pais relatam que preferem manter os aparelhos em áreas comuns da casa para observar o uso de forma espontânea.

Outro achado do relatório é o baixo nível de conhecimento sobre o caráter social dos jogos e plataformas digitais. Muitos responsáveis desconhecem que ambientes como Roblox, Free Fire e Discord funcionam como verdadeiras redes sociais, com chats e interações constantes entre usuários. Essa falta de compreensão pode aumentar os riscos de exposição a desconhecidos e de práticas como o cyberbullying, apontado por 41% dos pais como uma de suas maiores preocupações. A exposição a conteúdos inadequados, como violência, pornografia e desafios perigosos, lidera as angústias, sendo citada por 86% dos entrevistados, seguida pela saúde mental (82%) e pelo uso excessivo de telas (66%).

O relatório também revela que, em famílias com guarda compartilhada, as diferenças de regras entre lares tornam a mediação digital ainda mais desafiadora. A falta de alinhamento entre os responsáveis gera conflitos e fragiliza a consistência das orientações dadas às crianças e adolescentes. Além disso, 60% dos pais afirmam que os filhos já tentaram ou conseguiram burlar senhas e controles de tempo, o que reforça a necessidade de estratégias baseadas em diálogo e confiança.

Os dados reforçam que o desafio não está em proibir, mas em construir relações de confiança e preparar os adultos para acompanhar o mundo digital de forma efetiva. “O desafio é construir um espaço de confiança e diálogo na família para um uso equilibrado e que não coloque crianças e adolescentes em risco. Os adultos precisam estar preparados para criar este ambiente saudável, afirma Clara Becker, diretora executiva das Redes Cordiais. Ela explica que o projeto Redes de Proteção nasceu da necessidade de oferecer ferramentas práticas e de  acolhimento para pais, mães e responsáveis.

Já Celina Bottino, diretora do ITS Rio, destaca que o projeto foi pensado como uma ponte entre pesquisa e ação social. “O Redes de Proteção combina ciência, tecnologia e impacto humano. Não basta falar sobre segurança online; é preciso entender as desigualdades que atravessam o acesso à informação e oferecer soluções viáveis, especialmente para famílias em situação de vulnerabilidade. Proteger crianças e adolescentes na internet é uma tarefa coletiva que envolve famílias, escolas, plataformas e o poder público”, afirma. Para Celina, o relatório “é um retrato honesto e necessário do que significa educar na era digital, e um chamado à ação para transformar o cuidado online em uma responsabilidade compartilhada.”

O relatório aponta, ainda, que 59% dos pais e responsáveis gostariam de ter acesso a tutoriais e orientações práticas sobre ferramentas de controle parental, o que indica uma demanda clara por capacitação. Para os pesquisadores, famílias, escolas, plataformas e governo precisam atuar de forma articulada para fortalecer a educação digital e reduzir as desigualdades que limitam a proteção online.

Realizado em julho de 2025, o estudo integra o projeto Redes de Proteção, que contou também com o curso online “Redes de Proteção: Como Proteger Crianças e Adolescentes na Internet?” em novembro, é uma iniciativa do ITS Rio e das Redes Cordiais voltada à promoção de um ambiente digital mais seguro para crianças e adolescentes. O documento oferece um retrato inédito das práticas e desafios das famílias brasileiras diante da crescente presença das telas na infância e reforça a urgência de uma abordagem coletiva e contínua para garantir que a internet seja um espaço de desenvolvimento saudável, equilibrado e protegido.

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