No cenário atual, a comunicação digital tornou-se essencial para todas as áreas, incluindo a medicina. A forma como os profissionais de saúde se posicionam nas mídias sociais pode impactar diretamente sua credibilidade, alcance e até mesmo a relação com os pacientes.
A especialista em posicionamento digital Jussara Sanches destaca que a presença online bem estruturada não é apenas uma tendência, mas uma necessidade. “Os pacientes estão cada vez mais buscando informações na internet. Se um profissional de saúde não tem uma presença digital ativa e confiável, ele perde a oportunidade de educar, esclarecer dúvidas e se conectar com o público de forma assertiva”, explica.
Por que os médicos devem investir em comunicação digital?
A internet se tornou uma das principais fontes de informação sobre saúde. Segundo um levantamento do Google, 7 a cada 10 brasileiros pesquisam sintomas e condições médicas online antes mesmo de procurar um profissional. Esse comportamento reforça a necessidade de os médicos ocuparem esse espaço de forma ética e estratégica.
Para Jussara, uma presença digital bem planejada pode trazer benefícios como:
• Autoridade e credibilidade: Profissionais que compartilham conteúdos relevantes se tornam referências em suas áreas.
• Maior alcance e engajamento: As redes sociais permitem que o médico fale com um público muito maior do que o que atende presencialmente.
• Relacionamento com pacientes: Criar conteúdos educativos ajuda a esclarecer dúvidas e estreitar o vínculo de confiança.
• Combate à desinformação: Com tantas fake news circulando sobre saúde, a presença de especialistas qualificados nas redes é essencial para difundir informações corretas.
Como construir uma presença digital eficiente na área da saúde?
Para que a presença online seja eficiente, é importante seguir algumas diretrizes estratégicas.
1. Definição de identidade digital
Cada profissional precisa entender seu nicho de atuação e como deseja ser percebido. “O primeiro passo é definir qual será o tom da comunicação, qual público deseja atingir e quais temas abordar”, orienta Jussara.
2. Uso de plataformas adequadas
Nem todas as redes sociais funcionam da mesma forma. O Instagram e o TikTok são excelentes para vídeos curtos e educativos, enquanto o LinkedIn é mais voltado para networking profissional. O YouTube pode ser uma excelente plataforma para conteúdos mais aprofundados.
3. Criação de conteúdo relevante e acessível
Explicar conceitos médicos de forma clara, didática e sem excesso de termos técnicos faz toda a diferença. “A comunicação na medicina precisa ser compreensível para o público leigo. A ideia não é substituir a consulta, mas oferecer informações confiáveis”, reforça a especialista.
4. Ética profissional
O uso das redes sociais na medicina deve seguir as normas do Conselho Federal de Medicina (CFM), evitando práticas que possam ser consideradas sensacionalistas ou antiéticas. “O foco deve ser sempre na educação do paciente, sem fazer autopromoção excessiva ou promessas irreais”, alerta Jussara.
5. Interação e humanização
Os profissionais de saúde que interagem com seus seguidores e mostram um lado mais humano geram mais conexão e engajamento. “As pessoas confiam mais em médicos que demonstram empatia e acessibilidade. A humanização da comunicação é um grande diferencial”, explica.
O futuro da comunicação médica
A tendência é que a presença digital dos profissionais de saúde se torne ainda mais relevante nos próximos anos. Com o avanço da telemedicina e a crescente digitalização da área da saúde, aqueles que souberem se posicionar estrategicamente terão mais oportunidades de crescimento e impacto.
“A internet já faz parte do dia a dia dos pacientes. O médico que se adapta a essa realidade consegue se destacar, educar e oferecer um serviço mais completo. O futuro da medicina também passa pela comunicação digital”, conclui Jussara Sanches.
Para os profissionais da saúde, investir na presença online não é apenas uma questão de visibilidade, mas de relevância e compromisso com a informação de qualidade.