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Saúde

Neuroplasticidade pode impulsionar o desenvolvimento de crianças neurodivergentes

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É possível usar estratégias baseadas na capacidade do cérebro de se adaptar para melhorar a aprendizagem, o comportamento e a inclusão

A neuroplasticidade, definida como a capacidade do cérebro de se reorganizar e formar novas conexões, desempenha um papel importante no desenvolvimento de crianças neurodivergentes. Estímulos adequados podem fortalecer habilidades cognitivas, emocionais e motoras, ajudando a superar desafios e aprimorar o aprendizado.

No Brasil, observa-se um aumento nos diagnósticos de condições como o Transtorno do Espectro Autista (TEA) e o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). De acordo com o Censo Escolar, o número de matrículas de estudantes com TEA na educação básica aumentou de 105.000 em 2018 para mais de 212.000 em 2021, representando um crescimento de 100% em três anos.

Segundo Mara Duarte, neuropedagoga e gestora da Rhema Neuroeducação, a intervenção precoce é fundamental para maximizar os benefícios da neuroplasticidade. “Quanto mais cedo iniciarmos intervenções adequadas, maiores são as chances de promovermos mudanças positivas nas redes neurais das crianças, facilitando o desenvolvimento de habilidades cognitivas e comportamentais”, explica.

De acordo com Mara, ambientes enriquecidos, que oferecem estímulos variados e adequados, são essenciais para promover a neuroplasticidade. Atividades que incentivam a exploração sensorial, a resolução de problemas e a interação social fortalecem as conexões neurais. “Por exemplo, jogos educativos que desafiam o raciocínio lógico ou atividades artísticas que estimulam a criatividade podem ser incorporados tanto em contextos escolares quanto domésticos”, sugere a especialista.

A colaboração entre educadores e pais é essencial para o sucesso das intervenções. Segundo Mara Duarte, uma comunicação eficaz entre escola e família possibilita estratégias alinhadas às necessidades da criança, maximizando os efeitos positivos no desenvolvimento. “É fundamental que os pais participem ativamente do processo educacional, mantendo um diálogo aberto com os professores e terapeutas para alinhar abordagens e reforçar aprendizados em casa”, avalia Mara.

Para a especialista, abordagens multidisciplinares que envolvem profissionais como terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos e psicopedagogos podem oferecer suporte abrangente, abordando diferentes aspectos do desenvolvimento. “Crianças autistas podem apresentar dificuldades na comunicação verbal e não verbal. A neuroplasticidade permite que terapias como a fonoaudiologia e o uso de comunicação alternativa (como figuras e sinais) ajudem o cérebro a formar novas conexões, facilitando a interação social e a compreensão da linguagem”, conta.

Outro exemplo citado por Mara é referente ao desenvolvimento de habilidades motoras e processamento da leitura em crianças com dislexia e dispraxia. “ Métodos como a repetição de exercícios motores e a leitura assistida ajudam o cérebro a criar novos caminhos para a aprendizagem”, afirma a neuropedagoga.

Sobre Mara Duarte da Costa

Mara Duarte da Costa é neuropedagoga, psicopedagoga, diretora pedagógica da Rhema Neuroeducação. Além disso, atua como mentora, empresária, diretora geral da Fatec e diretora pedagógica e executiva do Grupo Rhema Neuroeducação. As instituições já formaram mais de 80 mil alunos de pós-graduação, capacitação on-line e graduação em todo o Brasil. Para mais informações, acesse instagram.com/maraduartedacosta.

Sobre a Rhema Neuroeducação

A Rhema Neuroeducação foi criada por Fábio da Costa e Mara Duarte da Costa há mais de 15 anos com o objetivo de oferecer conhecimento para profissionais da educação e pessoas envolvidas no processo do desenvolvimento infantil, tanto nas áreas cognitivas e comportamentais, quanto nas áreas afetivas, sociais e familiares. A empresa atua em todo o  Brasil e  em mais de 20 países, impactando a vida de milhões de pessoas pelo mundo com cursos de graduação, pós-graduação, cursos de capacitação e eventos gratuitos. Para mais informações, acesse o site https://rhemaneuroeducacao.com.br/.

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Saúde

Mounjaro é medicamento caro e perde efeito sem controle de temperatura

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Usuários devem exigir das farmácias documento que comprove controle durante o transporte, aconselha especialista

Recentemente aprovado pela Anvisa, o uso do Mounjaro (tizerpatida) pode ser comprometido se o medicamento – um termolábil de alto custo – não for mantido na temperatura adequada durante o transporte, que envolve a logística desde a saída do laboratório, passando pelo centro de distribuição, até chegar à farmácia.

Caso esse controle não seja efetivo, o Mounjaro perde sua eficácia e acarreta enorme prejuízo a quem recorre ao medicamento, uma verdadeira “febre” no tratamento de perda de peso entre pacientes que convivem com obesidade ou sobrepeso.

O alerta é do especialista Luiz Renato Hauly, CEO da Pharmalog, healthtech dedicada a soluções de monitoramento e rastreamento de medicamentos. “Muitas vezes, o centro de distribuição fica a milhares de quilômetros da farmácia. Se o consumidor não se assegurar que houve um adequado armazenamento e transporte, adquirir o Mounjaro será uma dispendiosa decepção”, esclarece ele.

Hauly aconselha que o paciente solicite junto à farmácia o relatório referente ao transporte do medicamento, onde deve estar indicado o controle da temperatura. “Do contrário, ele poderá estar levando para casa um remédio sem qualquer efeito e, ademais, um produto pelo qual pagou caro. Não valerá ter esperado tanto pela aprovação”, finaliza Hauly.

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Saúde

“O Universo de Clara”: projeto de Amanda Brandão humaniza espaços para crianças com TDAH

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Inspirado na própria infância, projeto une neuroarquitetura, ludicidade e funcionalidade para promover conforto e autonomia no ambiente infantil

Antes de virar um projeto, O Universo de Clara foi sentimento. Foi infância, foi desafio, foi tentativa de encontrar conforto em meio ao caos. Criado pela arquiteta Amanda Brandão ainda na época da graduação, o trabalho carrega mais do que técnica: carrega a memória de uma menina que não conseguia se organizar no próprio quarto, mas que, aos poucos, entendeu que o espaço também pode ser um apoio para quem vive com TDAH ou TAG.

Diagnosticada ainda na infância com os dois transtornos, Amanda se viu, desde muito nova, diante de desafios que iam além da agitação ou da dificuldade de manter o foco. Havia também um sentimento constante de desorganização interna, que se refletia no quarto onde vivia. “Eu não conseguia manter as coisas arrumadas, e sempre ouvia críticas por isso. Mas, na prática, aquele espaço não me ajudava. Faltavam recursos simples, como gavetas acessíveis, cabideiros na minha altura, um lugar onde eu realmente conseguisse guardar as minhas coisas”, relembra.

Essa percepção pessoal virou o ponto de partida do seu Trabalho de Conclusão de Curso, que resultou em O Universo de Clara — um projeto que não só levava em conta os fundamentos da neuroarquitetura, como também dialogava com profissionais da psicologia e da pedagogia para entender, com profundidade, o que uma criança neurodivergente precisa em seu cotidiano.

O projeto propõe um ambiente infantil lúdico, sensorialmente equilibrado e funcional, onde cada escolha tem um porquê: desde a paleta de cores pensada para não gerar sobrecarga visual até o mobiliário adaptado para favorecer a autonomia. Elementos como nichos organizadores, divisórias claras entre áreas de brincar e descansar, e espaços de transição suaves ajudam a criar uma atmosfera de segurança e previsibilidade — essenciais para crianças com TDAH ou ansiedade.

Mas talvez o grande diferencial do projeto esteja na sua origem. Ao olhar para a própria história, Amanda foi capaz de traduzir experiências subjetivas em soluções objetivas. “A Clara, personagem que dá nome ao projeto, é uma representação simbólica de muitas meninas como eu. Crianças que querem se expressar, mas não sabem como. Que precisam de ordem, mas não encontram apoio no ambiente onde vivem”, explica.

A escolha pelo nome “Clara” também carrega intencionalidade. Remete à luz, à ideia de tornar visível o que muitas vezes passa despercebido — como a dificuldade de uma criança em lidar com estímulos excessivos ou com a ausência de estrutura dentro do próprio quarto.

Mais do que um exercício acadêmico, O Universo de Clara virou uma espécie de manifesto pessoal e profissional. Ele marca o início da jornada de Amanda como arquiteta voltada para o cuidado infantil e se tornou base conceitual para os projetos que ela desenvolve atualmente. “Esse trabalho me mostrou que é possível transformar dor em proposta. Que dá para usar o que vivi como ferramenta de escuta e empatia com outras famílias”, afirma.

Hoje, Amanda Brandão atua no desenvolvimento de projetos que aliam estética, funcionalidade e sensibilidade, sempre com um olhar atento às demandas emocionais e comportamentais do público infantil. Com um currículo que combina especializações técnicas e uma forte motivação pessoal, ela defende uma arquitetura que não apenas organiza espaços, mas também oferece suporte afetivo e psicológico.

O Universo de Clara segue como referência e inspiração. Um lembrete de que ambientes bem planejados podem ser mais do que bonitos — podem ser terapêuticos, inclusivos e transformadores.

Para acompanhar mais projetos e conhecer o trabalho da arquiteta, siga @amandabrandao.arq no Instagram ou entre em contato pelo e-mail amandamellobrandao@gmail.com.

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Saúde

Aparelhos auditivos podem reduzir risco de demência em até 48%; Espaço da Audição traz linha invisível

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Estética e estigma ainda são barreiras para o uso; soluções discretas prometem conforto e tecnologia

 

A relação entre perda auditiva não tratada e o desenvolvimento de demência tem ganhado destaque em pesquisas internacionais. Um estudo publicado na revista científica The Lancet revelou que pessoas com deficiência auditiva que não usam aparelhos têm um risco até 48% maior de desenvolver demência, se comparadas a indivíduos com audição normal ou que fazem uso do dispositivo.

 

No Brasil, onde mais de 10 milhões de pessoas vivem com algum grau de perda auditiva, segundo o IBGE, a resistência ao uso de aparelhos segue alta. “Muita gente evita procurar ajuda ou sequer admite a dificuldade de ouvir. O problema é que isso adia o diagnóstico e agrava o quadro, tanto do ponto de vista da comunicação quanto da saúde mental e cognitiva”, explica a fonoaudióloga Ariane Bonucci (@fgaarianebonucci), especialista em reabilitação auditiva.

 

DISCRETOS E TECNOLÓGICOS

Bonucci explica que o incômodo com a aparência do aparelho é um dos motivos mais comuns da recusa. Por isso, existem lançamentos inovadores, como o item invisível do Espaço da Audição (@espacodaaudicao), maior rede de atendimento auditivo do país, onde Ariane é sócia. “Os modelos atuais buscam ser o mais discretos possível, alguns chegam a ser invisíveis, encaixados totalmente dentro do canal auditivo”, afirma a fonoaudióloga.

 

Essas novas tecnologias chegam com atendimento personalizado para tentar vencer o estigma associado ao uso dos dispositivos. A rede do Espaço, que reúne a maior quantidade de profissionais especializados do país, conta com um amplo portfólio de aparelhos auditivos para todas as pessoas e bolsos.

 

Além da estética, o Espaço da Audição tem apostado em funcionalidades que tentam ampliar a aceitação: há modelos à prova d’água, com sensores de alerta de queda que avisam familiares em caso de queda do usuário, conectividade com celulares, uso de inteligência artificial para ajustes mais precisos e automáticos em ambientes ruidosos e de difícil escuta. “O paciente que pratica hidroginástica, por exemplo, não precisa mais se preocupar em tirar o aparelho ou correr o risco de danificá-lo. Isso facilita a rotina e incentiva o uso contínuo, o que é essencial para os benefícios auditivos e cognitivos”, diz Ariane.

 

Estudos sugerem que manter a audição ativa pode ajudar a preservar áreas cerebrais ligadas à linguagem, memória e atenção. A perda auditiva, por outro lado, tem sido associada a maior risco de isolamento social, ansiedade, depressão e, em casos mais avançados, demência.

 

Apesar do avanço nos equipamentos, menos de 12% das pessoas com perda auditiva fazem uso de aparelhos, segundo dados analisados por pesquisadores do UK Biobank. A baixa adesão tem raízes em questões culturais, econômicas e psicológicas. “Ainda há um tabu forte. Muita gente associa o aparelho à velhice ou ao fracasso da própria saúde. Mas tratar a audição é um investimento em qualidade de vida”, defende a fonoaudióloga.

 

Para facilitar o acesso ao diagnóstico, o Espaço da Audição oferece uma ferramenta de triagem online, que pode indicar sinais iniciais de perda auditiva. Embora não substitua um exame completo de audiometria, o recurso tem servido como porta de entrada para quem evita buscar atendimento presencial.

 

A OMS estima que até 2050 uma em cada quatro pessoas no mundo terá algum tipo de deficiência auditiva. Nesse cenário, a reabilitação auditiva passa a ser tratada por especialistas não apenas como uma questão de conforto, mas como medida de saúde pública, com impacto direto no envelhecimento ativo da população.

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