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Saúde

Novo medicamento Kisunla (donanemabe): esperança para pacientes nos estágios iniciais do Alzheimer

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Inovação terapêutica com respaldo científico

O neurologista Dr. Willian Rezende destaca em seu canal no YouTube o lançamento do Kisunla (donanemabe), um anticorpo monoclonal que representa um avanço significativo no tratamento da doença de Alzheimer. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o medicamento em abril de 2025, com registro publicado no Diário Oficial em 22 de abril.

 

Como o Kisunla atua

Kisunla possui como alvo as placas de beta-amiloide, proteína que se acumula no cérebro de pacientes com Alzheimer. Ao se ligar a essas placas, o medicamento facilita sua destruição e remoção, contribuindo para retardar o avanço da condição neurodegenerativa. O protocolo de administração previsto é:

 

700 mg a cada 4 semanas nas três primeiras doses;

 

seguido de 1.400 mg a cada 4 semanas até a redução dessas placas ou por até 18 meses, em casos sem monitoramento por imagem amiloide.

 

Evidência clínica e eficácia

O estudo clínico TRAILBLAZER‑ALZ 2, com 1.736 participantes, evidenciou que os pacientes tratados com donanemabe apresentaram progressão clínica significativamente menor em comparação com o grupo placebo, conforme avaliação por escalas como iADRS e CDR‑SB.

Dados adicionais indicam que em alguns casos:

 

Houve redução de 35% a 47% no declínio cognitivo;

 

Cerca de 47% dos pacientes tratados não apresentaram progressão clínica após um ano, enquanto este índice foi de 29% no grupo placebo.

 

Segurança e restrições clínicas

Apesar dos benefícios, o Kisunla não é isento de riscos:

 

Os efeitos adversos mais frequentes incluem reações durante a infusão, dores de cabeça e anormalidades em imagens relacionadas à amiloide (ARIA), que podem envolver edema cerebral ou microhemorragias.

Pacientes homozigotos para o gene ApoE ε4 apresentaram risco mais elevado de ARIA, o que torna crucial a realização de teste genético prévio ao tratamento.

 

O Kisunla também é contraindicado em pacientes em uso de anticoagulantes ou com diagnóstico de angiopatia amiloide cerebral identificado em MRI.

 

Contexto global e acessibilidade

Este é o primeiro medicamento modificador de doença aprovado no Brasil, abrindo uma nova frente no combate ao Alzheimer. O fármaco já recebeu autorização em várias regiões:

 

EUA: aprovado pela Food and Drug Administration em julho de 2024;

 

Europa: após recusa inicial, a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) em julho de 2025 expressou opinião favorável à sua autorização sob critério genético restritivo (não portadores de ApoE ε4 ou heterozigotos);

 

Austrália: aprovado pela TGA em 2025, com expectativa de inclusão no esquema de financiamento público.

 

Desafios de acesso e cobertura

Além dos critérios clínicos rigorosos, o custo ainda é uma barreira. Nos EUA, o tratamento chega a cerca de US$ 12.522 por 6 meses, ou US$ 32.000 por 12 meses. Na Austrália, cada infusão pode custar aproximadamente AUD 4.700, e o acesso via sistema público depende de aprovação futura.

No Brasil, embora aprovado pela Anvisa, sua incorporação pelo Sistema Único de Saúde (SUS) ou por planos de saúde ainda requer avaliação técnica e jurídica específica.

 

O Kisunla (donanemabe) sinaliza uma mudança de paradigma no tratamento da doença de Alzheimer — de apenas tratar sintomas para intervir na sua fisiopatologia. O vídeo do Dr. Willian Rezende ajuda a traduzir com clareza o significado desse avanço, reforçando a importância de conscientização, diagnóstico precoce e debate sobre acesso no Brasil.

 

Sobre o Dr. Willian Rezende

Dr. Willian Rezende (CRM-SP 160.140 | RQE 50.546) é neurologista, educador em saúde e responsável pela curadoria, produção e adaptação dos conteúdos de seu portal, voltado ao público leigo. Seu trabalho visa descomplicar a medicina e promover o acesso à informação segura, educativa e responsável sobre saúde neurológica. Com linguagem acessível e abordagem ética, orienta sobre sintomas, tratamentos e qualidade de vida. Seu conteúdo impacta milhares de pessoas em busca de conhecimento e bem-estar.

 

Conheça o canal do Dr. Willian Rezende no YouTube: https://youtube.com/@regeneratineurologia?si=ehG8LQ95pR8j2SWg
Dr. Willian Rezende | @dr.willianrezende

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Saúde

Marcenaria criativa conquista espaço como aliada da saúde mental

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Pesquisas de universidades como Harvard, Stanford e Drexel apontam que atividades manuais e criativas reduzem o estresse, aumentam a autoestima e fortalecem o bem-estar emocional 

A marcenaria criativa, que une técnica, arte e expressão pessoal, tem ganhado destaque como ferramenta de equilíbrio emocional e autoconhecimento. Diferente da marcenaria tradicional, voltada apenas à funcionalidade, essa abordagem incentiva a personalização e o design autoral, envolvendo o participante em todas as etapas do processo: planejar, cortar, montar e finalizar. O resultado vai além de um móvel bem feito — é um exercício de foco, prazer e presença.

Pesquisas de instituições como Harvard Health Publishing e Stanford University mostram que criar algo com as próprias mãos ativa circuitos cerebrais ligados ao prazer e à autorregulação emocional, estimulando a liberação de neurotransmissores como dopamina e serotonina. Esses efeitos são comparáveis aos observados em outras atividades artísticas, como ouvir música ou dançar, que comprovadamente reduzem sintomas de ansiedade e depressão.

Neurociência e bem-estar

Um dos estudos mais citados sobre o tema, conduzido pela Drexel University, verificou que 75% dos participantes apresentaram queda significativa no hormônio do estresse (cortisol) após apenas 45 minutos dedicados à criação artística com argila, colagem ou pintura. Os voluntários relataram sentir-se mais relaxados e menos ansiosos já nos primeiros minutos.

Para especialistas, esse efeito é comparável ao de uma meditação ativa: o cérebro se concentra na tarefa manual, o corpo desacelera e a mente experimenta um estado de fluxo, quando o tempo parece parar e a pessoa está completamente imersa no presente.

Uma revisão publicada no Australian Occupational Therapy Journal reuniu 19 estudos sobre intervenções artesanais e observou melhora imediata no humor e no bem-estar em todos os casos analisados. Embora os autores ressaltem a necessidade de avaliar a duração desses efeitos, o consenso é claro: atividades manuais estimulam a autoestima, o interesse pela vida e a sensação de propósito.

Cérebro ativo e emoções em equilíbrio

Além dos benefícios emocionais, as práticas criativas também estimulam o funcionamento cerebral. Expressões artísticas exigem coordenação motora, planejamento e visualização espacial, ativando múltiplas áreas do cérebro simultaneamente.

Segundo a Harvard Health Publishing, pessoas que mantêm hobbies criativos apresentam melhor saúde mental, maior satisfação com a vida e menos sintomas depressivos, especialmente entre os idosos. Já estudos da Stanford University indicam que programas de arteterapia ampliam o engajamento cognitivo e a qualidade de vida de pessoas com doenças neurológicas, mostrando que o fazer artístico pode ter impacto terapêutico mensurável.

A prática que confirma a teoria

Na Academia da Madeira, oficina coordenada por Fábio Ludwig Valio, os resultados científicos ganham forma concreta. Participantes relatam aumento da concentração, melhora do humor e fortalecimento da autoconfiança enquanto aprendem técnicas de marcenaria.

Experiências semelhantes também são observadas em projetos terapêuticos da Fiocruz Brasil, em Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), onde atividades com madeira contribuíram para elevar a autoestima, estimular a autonomia e reforçar a convivência em grupo.

Entre os principais benefícios relatados estão:
• Coordenação motora e foco: o uso de ferramentas exige precisão e atenção contínua, o que estimula o refinamento cognitivo e motor.
• Autonomia e autoestima: criar algo tangível gera senso de realização e competência pessoal.
• Redução do estresse: o contato com o material e o ritmo da atividade ajudam a desacelerar a mente.
• Conexão social: o ambiente colaborativo das oficinas estimula trocas afetivas e sentimento de pertencimento.

Uma forma de arteterapia acessível

Fábio, que já ensinou mais de dois mil alunos e mantém um canal no YouTube com mais de 3,6 milhões de visualizações, observa diariamente como a marcenaria criativa transforma vidas. “Vejo pessoas chegarem tensas, sem acreditar em si mesmas, e saírem com brilho nos olhos. Quando elas percebem que são capazes de criar algo bonito com as próprias mãos, algo muda por dentro”, afirma.

Nas redes, o engajamento confirma o impacto emocional da prática: milhares de seguidores compartilham suas criações e relatam que a marcenaria se tornou um refúgio contra o estresse e uma forma de expressão pessoal.

Em convergência com a literatura científica, as experiências de Fábio mostram que a marcenaria criativa é mais do que um ofício — é uma ferramenta de saúde preventiva e emocional, capaz de unir mãos, mente e coração em um mesmo processo de transformação.

Sobre Fábio Ludwig Valio
Marceneiro, professor, empresário desde 1999 e criador do projeto Marcenaria Criativa, Fábio Ludwig Valio já ensinou mais de dois mil alunos em oficinas presenciais e online. Seu trabalho combina técnica, arte e propósito, promovendo o bem-estar por meio da criação manual. No YouTube, soma mais de 3,6 milhões de visualizações, compartilhando conteúdos sobre marcenaria, criatividade e qualidade de vida.

 📺 YouTube: @FabioLudwigValio

 📸 Instagram: @fabio.ludwig.vali

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Saúde

Novas evidências e avanços no tratamento das deformidades da coluna vertebral: panorama e perspectivas

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As deformidades da coluna vertebral, como a escoliose, alteração da normalidade da cifose e lordose, assim como as espondilolistese associadas a estenose espinhal, são causas relevantes de dor crônica, limitação funcional e prejuízo à qualidade de vida para milhões de pessoas em todo o mundo. No Brasil, mais de 6 milhões de indivíduos convivem com a escoliose, sendo que a prevalência em escolares entre 10 e 15 anos tem preocupado especialistas, já que o diagnóstico e tratamento precoce é essencial para evitar a progressão das curvas.

Estudos recentes apontam que entre 2% a 4% da população mundial apresenta algum grau de escoliose que requer acompanhamento médico, e casos de maior complexidade, como os relacionados a doenças neurológicas ou malformações congênitas, também seguem desafiando o sistema de saúde. Além disso, longas filas de espera no SUS para cirurgias de alta complexidade refletem o subfinanciamento e a desigualdade no acesso ao tratamento especializado.

Em meio a esse cenário, os tratamentos vêm se modernizando. As abordagens conservadoras continuam sendo fundamentais em casos leves e moderados, com a fisioterapia, o Pilates para controle da dor, a Reeducação Postural Global (RPG), Exercícios Específicos para Escoliose e o uso de coletes ortopédicos corretivos em adolescentes ganham espaço na tentativa de conter a progressão das deformidades. Por outro lado, as opções cirúrgicas têm evoluído significativamente, com a incorporação de técnicas menos agressivas para as deformidades com alterações degenerativas, como as descompressões neurais por vídeoendoscopia da coluna e abordagens com menor agressão aos tecidos, resultando em menos dor, menor tempo de internação e recuperação mais rápida nos casos de colocação de pinos. Exemplo de tecnologia que melhora todos esses quesitos é a cirurgia robótica de coluna, que ganha cada vez mais espaço e evidência dos benefícios relacionados, em especial nas cirurgias mais complexas. Mais segurança para o paciente, menor taxa de complicações e mais conforto para toda a equipe cirúrgica.

O ortopedista Dr. Nelson Astur Neto, especialista em cirurgia de coluna e referência na área, ressalta que os avanços tecnológicos trouxeram novas possibilidades terapêuticas, mas que o bom resultado depende de uma avaliação criteriosa. “Hoje temos, em termos técnicos, uma capacidade muito maior de tratar deformidades com menor agressão. A cirurgia robótica, por exemplo, preserva estruturas anatômicas, permite recuperação mais rápida e menor risco de complicações. Porém, isso não significa que seja indicada para todos os casos, cada paciente deve ser avaliado individualmente”, explica.

Segundo o especialista, a prevenção ainda é o melhor caminho. O acompanhamento de crianças e adolescentes com desvios posturais pode evitar o agravamento das curvas e, em muitos casos, impedir a necessidade de procedimentos invasivos. Ele também chama a atenção para a importância do cuidado pós-operatório, quando a cirurgia é indicada. “Depois da cirurgia, o cuidado multidisciplinar é fundamental: fisioterapia especializada, controle de peso, orientação postural, nutrição adequada e suporte psicológico. O impacto da deformidade não tratada corretamente vai além da estrutura óssea, atinge vida, autoestima e funcionalidade”, afirma.

O maior obstáculo ainda é a limitação de acesso. Muitos pacientes enfrentam dificuldades para encontrar especialistas capacitados ou esperam anos por uma cirurgia no sistema público de saúde. A expectativa é que a ampliação do uso de tecnologias como radiografia 3D, modelagens digitais e até robótica possa tornar os procedimentos mais precisos e seguros. No entanto, o especialista reforça: “Não basta ter tecnologia, é preciso que ela chegue ao paciente certo, no momento certo”.

As perspectivas para o futuro incluem a integração de recursos avançados ao diagnóstico precoce e um olhar mais atento às políticas públicas que permitam uma assistência mais equitativa. Com uma abordagem centrada no paciente e no cuidado contínuo, especialistas acreditam que será possível oferecer mais qualidade de vida a quem convive com as deformidades da coluna vertebral.

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Saúde

Instituto Dra Shape anuncia o pré-lançamento do Curso VIP Médico e desperta grande procura antes mesmo da abertura oficial

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Programa de formação médica de luxo promete revolucionar o mercado de estética e nutrologia; lista de espera já conta com dezenas de profissionais.

O Instituto Dra Shape, referência em medicina de resultados e harmonização corporal de alto padrão, acaba de anunciar o pré-lançamento do seu exclusivo Curso VIP Médico.
Voltado a profissionais que desejam elevar sua performance clínica e posicionamento no mercado premium, o programa oferece acesso direto à metodologia e aos protocolos de excelência da Dra. Shape — médica reconhecida nacionalmente pela transformação de pacientes e pela condução de uma das clínicas mais sofisticadas do país.

Com foco em ciência, estética de luxo e resultados sustentáveis, o curso vai muito além da técnica: apresenta uma visão completa de construção de autoridade, atendimento de alto padrão e diferenciação real na carreira médica.

Mesmo antes do lançamento oficial, o curso já se tornou um sucesso entre os profissionais da área. A lista de espera foi aberta e já conta com uma grande procura, evidenciando o impacto da marca Dra Shape no mercado da saúde estética.

“Esse curso é para o médico que entende que excelência técnica e posicionamento andam juntos. Vamos compartilhar, em um formato totalmente VIP, tudo o que fez o Instituto se tornar referência nacional em medicina de resultados e experiência premium”, afirma Dra. Shape.

O Curso VIP Médico do Instituto Dra Shape será uma imersão exclusiva, com vagas extremamente limitadas, destinada a um grupo seleto de profissionais que desejam transformar sua atuação clínica em uma jornada de sucesso, autoridade e rentabilidade.

As inscrições para a lista de espera já estão abertas.
Os interessados podem garantir prioridade acessando o perfil oficial no Instagram: @instituto.drashape ou o link na bio com o whatsapp

(Fotos : Arquivo Pessoal)

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