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O Ensino Superior Precisa “Cair na Real”

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César Silva (*)

O XV Congresso Brasileiro de Educação Superior – CBESP deste ano debateu o tema “Formação de Líderes Educacionais Inovadores”. Trata-se de uma pauta de extrema importância para o país, que precisa tomar um choque de realidade. Há muitos a serem revistos, melhorados e implementados.

Por exemplo, a proposta do governo federal de acudir o setor com recursos de financiamento, ou desenhar uma política de estímulo ao acesso, ainda está longe do ideal, mas é nítido que a discussão sobre a alfabetização de crianças pobres é prioridade da pasta, como foi no governo do atual ministro, Camilo Santana, no estado do Ceará. A experiência da alfabetização fonética, retomada no Ceará, mostrou-se muito eficiente e deve ser o primeiro projeto de governo na Educação.

Somado a isso, está claro que ainda urge na mesa um debate sobre a Reforma do Ensino Médio no que se refere ao aumento da carga horária, atendimento a individualização do aprendizado frente à falta de recursos metodológicos e tecnológicos para isso dar certo. A Reforma, que começou a ser implementada no ano passado, tem sido duramente criticada, pois sem investimentos, o novo sistema, que dá ao estudante o direto de escolher quais disciplinar cursar fica capenga. Da forma que está, não estamos preparando os jovens nem para o mundo trabalho e nem para a universidade, pois faltam espaços, condições e tecnologia.

Além dos pontos já mencionados, há se de pensar em uma pauta de estado que estimule o acesso ao ensino superior e garanta a continuidade de muitas IESs (faculdades, centros universitários e universidades) dada a situação delicada da grande maioria dos principais atores do setor no aspecto econômico e financeiro.

O Congresso também demonstrou que é preciso trabalhar em outra frente, pois ainda há uma “demonização” do EAD e um certo desespero pela retomada do presencial, mas me pergunto qual seria o motivo desta dissonância diante de uma realidade incontestável, que é o ensino remoto.

A educação superior vive um momento de fim de bolha. Trata-se de um mercado que tem quase 30 milhões de vagas ofertadas e somente 2,5 milhões de novos ingressantes por ano. Perde-se, em média, por evasão, 30% dos ingressantes por ano e por letargia e falta de vínculo com a realidade, não vislumbro um cenário positivo neste sentido. Perdemos a grande oportunidade de estimular novas soluções para o setor e de ouvir do mercado o que se espera dos graduados.

O Congresso deixou claro que é preciso investir na tecnologia para se ter uma EAD de qualidade, rever os modelos de ensino para que fiquem atrativos e faça sentido para os jovens, investir em estruturas e conhecimento para que a Reforma do Ensino Médio estimule os alunos a permanecerem na escola e investimentos para que se possa acabar com o analfabetismo de crianças, principalmente em regiões periféricas.

Turmas com excesso de alunos, falta de motivação e de segurança e aprovação automática são algumas das principais dificuldades apontadas pela comunidade escolar, sendo que as periferias possuem um cenário ainda mais delicado. É o que aponta a pesquisa inédita “Ouvindo a comunidade escolar: Desafios e demandas da educação Pública de São Paulo”, realizada pelo Instituto Locomotiva a pedido do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp). Os dados ainda mostram que 9 em cada 10 estudantes, professores e familiares concordam que o governo estadual deveria investir mais em educação.

É preciso mudar este quadro. A educação é o melhor investimento que um país pode oferecer à população. Trata-se de ferramenta de mudança, de melhoria e de avanço. Sem isso, estamos fadados ao atraso, pobreza e um cenário onde jovens não poderão ocupar espaços no mundo do trabalho por falta de competências essenciais.

* César Silva é diretor-presidente da Fundação de Apoio à Tecnologia (FAT)

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Morador ou Reclamador? 9 em Cada 10 Pessoas não sabem, ou fingem não saber os seus deveres e direitos no condomínio

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Falta de conhecimento, ou desrespeito sobre as regras de convivência previstas no Código Civil, Convenção de Condomínio e Regimento Interno, é uma das principais causas de conflitos, judicializações e desgaste emocional nos condomínios. Especialista explica como mudar esse cenário.

Com mais de 13 milhões de endereços condominiais no Brasil, de acordo com dados do Censo 2022, morar em condomínio já é realidade para grande parte da população brasileira — especialmente nos grandes centros urbanos. Ainda assim, a maioria dos moradores não conhece os próprios direitos e deveres, o que acaba gerando uma rotina de atritos, notificações e até ações judiciais.

Segundo especialistas da área e dados extraoficiais de comissões de Direito Condominial, estima-se que a grande maioria dos condôminos — em alguns casos, até 90% — desconhece integralmente a convenção, regimento interno do seu prédio, e os dispositivos do Código Civil que regem a vida em condomínio

.Para o advogado Cristiano Pandolfi, secretário da Comissão Especial de Direito Condominial da OAB-SP, esse desconhecimento é o combustível ideal para conflitos:

“O que mais gera problemas nos condomínios não é o barulho, o pet ou o atraso na taxa condominial — é a falta de informação. Muitas pessoas acreditam que podem tudo dentro da própria casa, mas esquecem que, ao viver em condomínio, existem regras coletivas que precisam ser respeitadas.”

 Convenção do Condomínio não é enfeite

O Código Civil em seu artigo 1.348 inciso IV, determina que, “compete ao síndico, cumprir e fazer cumprir a convenção, o regimento interno e as determinações da assembleia” , vale ressaltar ainda, que para a convenção ser oponível a terceiros deverá ser registrada no Cartório de Registro de Imóveis (1.333 § único C.C).  Mas, segundo Pandolfi, poucos moradores leem e entendem esse documento:

“Há casos de brigas em assembleia por decisões que já estavam previstas na convenção. Falta didatismo na comunicação e, muitas vezes, falta boa vontade em entender as normas.”

Problemas comuns, soluções ignoradas

Entre os principais motivos de disputa estão:

  • Inadimplência e cobrança de juros ou multas
  • Barulho fora do horário permitido
  • Uso indevido das áreas comuns
  • Desrespeito às normas com animais de estimação
  • Obras dentro dos apartamentos sem autorização

“A maioria desses casos poderia ser evitada com uma boa mediação, comunicação clara por parte da administração e orientação jurídica preventiva”, diz Pandolfi.

 Educação condominial como política de convivência

A proposta do especialista é que síndicos e administradoras adotem ações educativas regulares, como reuniões explicativas, envio de cartilhas ou até mesmo parcerias com advogados para esclarecimentos periódicos.

“Mais do que punir, precisamos ensinar. A conscientização jurídica dos moradores é um caminho inteligente para uma convivência harmoniosa. Morar em condomínio exige empatia, escuta e conhecimento das regras.”

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Inglês deixa de ser diferencial e se consolida como requisito profissional no Brasil

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Com apenas 1% da população fluente, demanda por ensino de idiomas dispara e impulsiona novos métodos e intercâmbios internacionais

Dominar o inglês já não é mais uma vantagem competitiva — tornou-se uma necessidade básica para quem busca crescer profissionalmente. É o que aponta o Guia Salarial 2025 da consultoria Robert Half, que destaca o domínio de um segundo idioma como um dos principais fatores de ascensão na carreira e melhora salarial. No entanto, o Brasil ainda enfrenta um enorme desafio: segundo o British Council, apenas 1% da população brasileira é fluente em inglês.

A tendência é que essa exigência aumente. Um estudo da Page Personnel projeta que, em até dez anos, o inglês deixará de ser um diferencial e passará a ser um pré-requisito para diversas funções — mesmo fora do alto escalão corporativo.

O crescimento de uma demanda reprimida

Embora os números ainda sejam baixos, o interesse pela fluência cresce rapidamente. Dados da Catho indicam que menos de 5% dos brasileiros falam uma segunda língua. Mesmo assim, o mercado de educação internacional movimentou aproximadamente R$ 4,6 bilhões em 2023, segundo a Associação Brasileira de Agências de Intercâmbio (Belta). O setor teve um crescimento de 21,68% no ano, e 85,7% dos estudantes entrevistados afirmam ter o desejo de estudar fora do Brasil.

“Existe uma vontade latente de aprender, mas muita gente ainda associa o inglês a um processo longo, caro ou desmotivador. O que a gente faz é desmistificar isso”, explica Carolina Diniz, empresária, educadora e criadora da plataforma BeFaster. Conhecida como a “Teacher dos Famosos”, ela já ensinou o idioma para mais de 18 mil alunos — incluindo nomes como Thammy Miranda, Marco Luque, Danilo Gentili e Tata Estaniecki.

Metodologias alternativas ganham espaço

Com uma abordagem que une técnicas de coaching, programação neurolinguística (PNL) e conversação prática, Carolina tem chamado a atenção por resultados rápidos e aplicáveis. “O aluno precisa se sentir capaz desde a primeira aula. O método tradicional muitas vezes reforça o medo de errar, e isso bloqueia a fluência”, afirma.

Além das aulas online e presenciais, a plataforma também promove intercâmbios culturais no Canadá, hoje o destino mais buscado por brasileiros que desejam estudar fora. “Reunimos turmas e fazemos uma imersão no país. O aluno aprende inglês vivendo, comprando, interagindo — é uma transformação que não acontece só na linguagem, mas na autoestima também”, destaca Carolina.

Para ela, o inglês é um “passaporte profissional e emocional”. “Quando a pessoa começa a se comunicar com segurança, ela se vê capaz de conquistar mais. Isso se reflete no trabalho, nas viagens, nas relações. É muito mais do que um idioma — é uma virada de chave”, completa.

Dicas da especialista para quem quer começar:

1. Pare de buscar a perfeição.
“Errar faz parte do processo. Ninguém precisa falar como um nativo para ser fluente.”

2. Pratique todos os dias, mesmo que por pouco tempo.
“Constância é mais importante que quantidade.”

3. Assista filmes e séries com legenda em inglês.
“Ajuda na associação entre som e escrita.”

4. Fale em voz alta.
“A pronúncia melhora quando você treina seu aparelho fonador, como num exercício físico.”

5. Faça parte de uma comunidade que incentive a prática.
“Estar entre pessoas com o mesmo objetivo acelera muito o processo.”

6. Escreva pequenas frases e pensamentos em inglês.
“Isso estimula vocabulário e estrutura.”

7. Se possível, viaje.
“Mesmo que seja por poucos dias, a imersão é um divisor de águas.”

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Empresário Fernando Costa cobra prioridade para a educação superior no Brasil

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Durante evento do Instituto IEJA, com palestra do Ministro Jorge Messias, líder empresarial do setor de educação destaca necessidade de um pacto nacional pela educação no brasil.

Brasília – Em mais uma edição do prestigiado Tá na Mesa, promovido pelo Instituto de Estudos Jurídicos Aplicados (IEJA), lideranças dos Três Poderes, do setor produtivo e da sociedade civil reuniram-se em Brasília para um debate de alto nível sobre os desafios estruturais do Brasil. O encontro contou com a palestra magna do Ministro da Advocacia-Geral da União, Jorge Messias, que abordou o papel do Estado na garantia da segurança jurídica e no fomento ao desenvolvimento sustentável.

Na ocasião, o empresário Fernando Costa – reconhecido defensor da educação e da modernização institucional no brasil — fez um pronunciamento enfático sobre a urgência de reavaliar a forma como o Estado se relaciona com quem produz no país. “Precisamos urgentemente de mais eficiência dos órgãos estatais.

O Brasil só avançará quando o governo colocar a educação, no centro das políticas públicas” Para o CEO do IEJA, Renato Mello, a presença de autoridades como o Ministro Jorge Messias e lideranças empresariais como Fernando Costa reforça o papel do Instituto como espaço de articulação estratégica. “A integração entre os Poderes e o setor produtivo é vital para construirmos um país mais moderno, justo e eficiente. A educação é a base de tudo — e precisa ser tratada como tal”, afirmou.

Consolidado como um dos principais fóruns de interlocução institucional do país, o Tá na Mesa reafirma a missão do IEJA de promover debates de alto impacto sobre os temas mais relevantes para o Brasil contemporâneo.

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