Com regulamentação que prioriza a segurança do paciente, método cresce como recurso terapêutico no tratamento de dores crônicas, reabilitação pós-cirúrgica e qualidade de vida
O Pilates, conhecido popularmente como uma prática de fortalecimento e alongamento, hoje ocupa posição de destaque dentro da fisioterapia moderna. Mais do que uma atividade física, o método é reconhecido como ferramenta terapêutica, capaz de contribuir para a recuperação funcional de pacientes com dores crônicas, lesões ortopédicas, pós-operatórios e disfunções musculoesqueléticas.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), dores nas costas são a principal causa de incapacidade física no mundo, afetando cerca de 619 milhões de pessoas. Frente a esse cenário, o Pilates emerge como uma estratégia terapêutica baseada em evidências para reabilitação e prevenção, com protocolos específicos desenhados por fisioterapeutas.
“O Pilates dentro da fisioterapia é ciência aplicada. Não é apenas repetir exercícios — é uma estratégia clínica que usa movimentos precisos para restaurar funções, corrigir padrões de movimento e prevenir reincidências de lesões”, afirma Luciana Geraissate, fisioterapeuta especializada.
De reabilitação à autonomia funcional
Entre as principais indicações do Pilates clínico estão:
- Reabilitação de cirurgias ortopédicas (joelho, quadril, coluna);
- Tratamento de dores crônicas (lombalgia, cervicalgia, hérnias);
- Recuperação de lesões esportivas;
- Melhora da postura e da biomecânica corporal;
- Prevenção de quedas em idosos, aumentando força, equilíbrio e flexibilidade.
Estudos publicados na Physical Therapy Journal apontam que o Pilates clínico pode reduzir em até 58% a intensidade da dor lombar e melhorar a estabilidade funcional em 68% dos pacientes submetidos ao protocolo supervisionado.
“Ao contrário do que muitos imaginam, o Pilates para reabilitação é cuidadosamente adaptado à condição clínica de cada paciente. Trabalhamos com avaliações detalhadas, progressão gradual e metas terapêuticas claras”, explica Luciana.
Regulamentação e segurança: o diferencial do fisioterapeuta
No Brasil, a prática do Pilates por fisioterapeutas é respaldada pelo Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (COFFITO), que regulamenta seu uso como recurso terapêutico. Isso significa que para fins terapêuticos o pilates é considerado um recurso exclusivo do fisioterapeuta, segundo regulamentação do COFFITO.
.“A regulamentação garante que o paciente esteja em mãos preparadas. Na fisioterapia, o Pilates é muito mais do que exercício — é um plano terapêutico personalizado e seguro”, reforça Luciana.
Saúde ativa e prevenção: uma tendência que veio para ficar
O envelhecimento populacional e a busca crescente por qualidade de vida impulsionaram a procura por modalidades de reabilitação preventiva. Segundo levantamento da Global Wellness Economy, práticas como Pilates, integradas a protocolos clínicos, têm crescimento projetado de 9% ao ano até 2025.
Luciana ressalta que essa evolução traz benefícios tanto para quem busca a reabilitação quanto para quem deseja envelhecer de forma ativa e saudável:
“Cuidar da mobilidade, da força e do equilíbrio não é luxo, é necessidade. O Pilates dentro da fisioterapia devolve autonomia ao paciente — e isso impacta diretamente a longevidade e a qualidade de vida”.
Principais Benefícios do Pilates na Fisioterapia
Principais benefícios do Pilates na fisioterapia moderna:
Auxilia a recuperação pós-cirúrgica de joelho, quadril e coluna
Reduz dores crônicas em até 58% (dados Physical Therapy Journal)
Melhora equilíbrio e força funcional, prevenindo quedas em idosos
Corrige padrões de movimento e postura inadequados
Previne novas lesões em praticantes de esportes e idosos
Aumenta a consciência corporal, facilitando a autonomia no dia a dia
Proporciona atendimento personalizado com planos terapêuticos individuais
Assim, mais do que tendência, o Pilates clínico se confirma como um pilar estratégico da fisioterapia contemporânea: baseado em ciência, segurança e foco no paciente.