A Doença Venosa Crônica (DVC), conhecida pelo desconforto nas pernas, dores, varizes e até úlceras, exige atenção precoce e tratamento adequado. No programa Plantão Doutor TV, a cirurgiã vascular Dra. Letícia Costa analisou os principais sinais dessa condição, revelou as causas mais frequentes e apresentou as opções terapêuticas — que vão desde o clínico até procedimentos cirúrgicos — enfatizando a importância de cuidados com a saúde vascular.
O que é a Doença Venosa Crônica (DVC)?
A DVC ocorre quando as veias não conseguem devolver o sangue eficientemente ao coração, levando ao acúmulo de líquido nas pernas e a alterações visíveis na pele. A condição é bastante comum, afetando até 25% da população adulta em algum momento.
Sintomas mais comuns
Dra. Letícia enumerou os sinais mais frequentemente relatados:
- Inchaço nos tornozelos ou pernas, especialmente no fim do dia
- Sensação de peso ou cansaço nas pernas
- Veias dilatadas visíveis (varizes) e vasinhos superficiais
- Alterações na pele como escurecimento ou dermatite de estase
- Úlceras que demoram a cicatrizar em casos avançados
Ela recomenda atenção imediata quando esses sinais se tornam persistentes — especialmente se acompanhados de dor ou lesões de pele.
Quem está em risco?
De acordo com a especialista, fatores como idade avançada, sedentarismo, sobrepeso, longos períodos de pé ou sentado, gravidez, histórico familiar, fumo e trombose venosa prévia aumentam o risco de desenvolver DVC.
Como é feito o diagnóstico?
Segundo a médica, o diagnóstico começa com uma análise clínica detalhada e exame físico. O ultrassom com Doppler venoso é considerado o método não invasivo padrão para confirmar a DVC e identificar refluxos ou obstruções venosas. Em alguns casos, exames complementares — como flebografia ou pletismografia — podem ser necessários.
Opções de tratamento
- As estratégias variam conforme a gravidade da doença
- Tratamento conservador
- Uso de meias de compressão graduada
- Medicações venotônicas (como diosmina e hesperidina)
- Mudanças no estilo de vida: elevação das pernas, exercícios e evitar longos períodos em pé ou sentado
Procedimentos minimamente invasivos:
- Escleroterapia, especialmente para vasinhos e veias reticulares
- Ablação térmica (laser ou radiofrequência)
- Cirurgia venosa, quando indicada
A especialista reforça que o tratamento deve ser individualizado, considerando fatores como estágio da doença, comorbidades e resposta ao tratamento inicial.
Diretrizes nacionais de apoio clínico
A Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV) elaborou diretrizes atualizadas em 2023, com recomendações baseadas em evidência científica sobre classificação, diagnóstico, tratamento conservador, invasivo e de pequenas veias.
Quando procurar ajuda médica?
É recomendada avaliação médica se houver:
- Sensação persistente de peso, dor ou inchaço nas pernas
- Veias aparentes, alterações na pele ou lesões que não cicatrizam
- Fatores de risco como obesidade, histórico familiar ou trombose
O acompanhamento com angiologista ou cirurgião vascular é essencial para confirmação do diagnóstico e definição do plano terapêutico.
Resumo prático — infográfico sugerido
- Sinais de alerta: inchaço, dor, varizes, alterações na pele, úlceras
- Fatores de risco: idade, sedentarismo, obesidade, gravidez, histórico familiar
- Diagnóstico: avaliação clínica + ultrassom Doppler; exames complementares se necessários
Tratamentos:
- Conservador: compressão, venotônicos, mudanças no estilo de vida
- Invasivo/minimamente invasivo: escleroterapia, ablação, cirurgia
Busque um especialista: angiologista ou cirurgião vascular.
Fonte: Doutor TV | YouTube
Dra. Letícia Costa | @dra.leticiacosta
A Dra. Letícia Costa é médica, cirurgiã vascular e membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV). Atua com foco em Flebologia Estética, área dedicada ao tratamento de doenças venosas, varizes e vasinhos. Em apenas 8 anos, já realizou cerca de 200 cirurgias de varizes e mais de 150 procedimentos estéticos com escleroterapia. Com precisão técnica e olhar estético, transforma a saúde e autoestima de seus pacientes.