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Negócios

Porque a Itália se tornou uma interessante opção para as grandes fortunas brasileiras

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Na última década, a busca por informações a respeito dos efeitos da saída fiscal do Brasil e fixação da residência em um país europeu tem sido cada vez mais frequente entre as grandes fortunas brasileiras.

Por inúmeras motivações, entre elas as constantes alterações de legislação que aumentam a carga tributária no Brasil para residentes que mantenham ativos no exterior, os atrativos oferecidos por alguns países europeus passaram a ser considerados por um número importante de brasileiros.

Em um primeiro momento, Portugal despontou como uma excelente oportunidade a ser avaliada, com atrativos fiscais bastante interessantes dependendo do investimento realizado, além da facilidade com a língua, que é, sem dúvida, um atrativo adicional.

Ocorre, todavia, que alguns dos principais benefícios oferecidos em Portugal perderam vigência e aplicabilidade, levando à necessária análise de outras jurisdições na Europa que possam atrair brasileiros de alta renda e/ou elevado patrimônio.

Dentro desse contexto, e em conjunto com a recente alteração de normas da Inglaterra, que também levarão à extinção de regimes fiscais locais largamente utilizados por estrangeiros, a Itália, por diversas razões, passa a ser um destino a ser considerado por inúmeras famílias que tem como objetivo a mudança de país, afirma Giacomo Guarnera, sócio fundador da Guarnera Advogados, banca especializada há mais de 30 anos nas relações Itália/Brasil.

Atualmente, o país de Marcello Mastroianni oferece alguns regimes fiscais bastante atraentes e um destes possibilita o pagamento de uma taxa única de €200.000,00/ano sem a necessidade de declarar ou recolher impostos sobre rendimentos recebidos/obtidos/gerados fora do país europeu.

“Até o início de agosto deste ano esse valor era de €100.000,00, todavia, mesmo com a majoração pode ser bastante interessante para quem possui ativos em valor superior a cerca de R$ 200.000.000,00 (duzentos milhões de reais)”, acrescenta Guarnera.

O regime pode ser estendido a membros da mesma família do beneficiário principal, com redução significativa do valor anual de imposto a pagar, ou seja, €25.000,00/ano para cada membro que aderir ao regime.

Guarnera afirma que, entre os benefícios do regime, destaca-se a não incidência de imposto de sucessão e doação sobre bens no exterior; a dispensa de indicação na declaração anual de imposto de renda italiana dos bens e direitos que possui no exterior, bem como a possibilidade de não pagamento de imposto de renda na Itália sobre o ganho de capital na venda de ativos no exterior após os primeiros cinco anos do regime.

Alguns requisitos devem ser preenchidos para adesão ao regime, como a efetiva transferência da residência fiscal para Itália; ter residido fora do país por pelo menos nove dos últimos 10 anos anteriores à transferência, entre outros que devem ser apreciados caso a caso.

O regime tem duração máxima de 15 anos, não sendo prevista possibilidade de renovação, sendo que o interessado pode pleitear a revogação a qualquer momento dentro desse prazo.

Por fim, Giacomo Guarnera destaca ainda que, além da questão fiscal, deve ser analisada, ainda, a questão relacionada à parte imigratória, o que pode ser facilitada caso o contribuinte possua a cidadania italiana.

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O risco silencioso que ameaça PMEs em janeiro: efeito-tesoura financeiro deve apertar caixa das empresas em 2026

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O período que vai de dezembro a março é, historicamente, o mais desafiador para pequenas e médias empresas brasileiras. A combinação de aumento de despesas sazonais — como 13º salário, férias, encargos trabalhistas e reforço de estoques — com a queda natural do consumo no início do ano forma o chamado efeito-tesoura: quando os custos sobem ao mesmo tempo em que as receitas recuam.

Levantamentos do Sebrae e da CNC indicam que 41% das PMEs entram no primeiro trimestre operando com caixa negativo, e que 7 em cada 10 empresas não possuem reserva suficiente para cobrir três meses de custos fixos. Somam-se a esse cenário a concentração tributária típica do começo do ano — como DAS, IRPJ, IPTU, IPVA, Simples Nacional e recolhimentos federais — e reajustes contratuais anuais, pressionando ainda mais o orçamento.

Para Patrícia Bastazini, especialista em gestão contábil e fundadora da Bastazini Contabilidade, essa vulnerabilidade não é uma surpresa:
“Todos os anos, vemos empresas repetindo o mesmo movimento. Elas chegam a dezembro sem projeção financeira estruturada e encontram em janeiro o acúmulo de obrigações. É um ciclo que poderia ser evitado com planejamento básico de fluxo de caixa e antecipação tributária.”

Segundo ela, o equívoco mais comum está na percepção de que dezembro marca o encerramento financeiro do ano. Na prática, diz Patrícia, o mês funciona como o início do ano seguinte.
“Dezembro não é fechamento; é diagnóstico. É nesse mês que o empresário precisa entender a elasticidade de custos, medir sua liquidez, ajustar despesas e projetar impactos tributários para os primeiros quatro meses do ano. Quem espera janeiro já está atrasado.”

Estudos da Serasa Experian mostram que os pedidos de renegociação de dívidas empresariais aumentam entre 20% e 28% no primeiro trimestre. Para Patrícia, parte dessas renegociações acontece por ausência de um calendário financeiro detalhado:
“Quando a empresa não projeta cenários, ela perde o poder de negociação. O planejamento financeiro dá previsibilidade, reduz risco de inadimplência e aumenta a margem de manobra para decisões estratégicas.”

A Bastazini recomenda que, ainda em dezembro, as empresas revisem margem de contribuição, recalcularem o ponto de equilíbrio, definam prioridades de pagamento e projetem tributos para os quatro primeiros meses do ano.
“A virada financeira de uma empresa acontece antes do calendário virar,” afirma Patrícia.
“Quem chega a janeiro preparado, cresce. Quem chega improvisando, passa o ano tentando recuperar o caixa.”

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Negócios

O consumo silencioso: dados mostram que o consumidor digital está filtrando mais — e isso vai redefinir o varejo de moda em 2025

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Os números mais recentes sobre o varejo global de moda mostram uma mudança crítica no comportamento do consumidor — e ela é tão relevante quanto a digitalização pós-pandemia. Segundo o relatório State of Fashion (McKinsey), o mercado global de vestuário deve atingir US$ 1,84 trilhão em 2025, mas com um consumidor muito menos impulsivo e muito mais seletivo.

Esse fenômeno, chamado por analistas de “consumo silencioso”, descreve uma geração que interage menos, observa mais e compra apenas quando encontra valor real. A pesquisa McKinsey revela que 59% dos jovens brasileiros se dizem “exaustos” pelo volume de conteúdo, e 70% buscam marcas que “respeitam seu tempo”.

No cenário internacional, a WGSN aponta que a experiência no varejo físico voltou a crescer: 74% dos consumidores globais priorizam experiências multissensoriais, e estímulos como iluminação, música e narrativa espacial influenciam até 80% das decisões de compra (dados Amra & Elma).

Esse comportamento cria um desafio — e uma oportunidade — para marcas brasileiras.
Segundo Beatriz Illipronti, estrategista da agência Moda Comunica, o consumidor atual não é movido por volume, mas por intenção. “O excesso perdeu força. A comunicação que funciona hoje é mais seletiva, estética e estratégica. O consumidor está comprando menos, mas comprando melhor”, observa.

Para o varejo, isso significa rever métricas. Curtidas e volume de posts já não representam conversão. O que cresce, segundo a consultoria Bain & Company, é o impacto de modelos de experiência, branding sensorial e construção de comunidades reais.

O ciclo acelerado de coleções e conteúdos também deve desacelerar. Em vez de calendário frenético, o que cresce é a demanda por profundidade, contexto e clareza de narrativa — o que Beatriz aponta como “a economia da atenção seletiva”.

Para marcas brasileiras, o recado é claro:
quem continuar operando no modelo de volume pode perder relevância rapidamente.
Quem adaptar estratégia, experiência e comunicação ao consumo silencioso pode entrar em vantagem competitiva em 2025.

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Negócios

Russa Rosatom anuncia aplicação sistemática de IA para o setor nuclear

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Alexey Likhachev, diretor-geral da estatal, participou do primeiro Simpósio Internacional sobre Inteligência Artificial e Energia Nuclear em Viena

A Rússia anunciou esta semana o uso sistemático de tecnologias de inteligência artificial para reforçar a segurança, a eficiência e a capacidade de inovação no setor nuclear. O anúncio foi feito em Viena pelo diretor-geral da gigante estatal russa Rosatom, Alexey Likhachev, durante o primeiro Simpósio Internacional sobre Inteligência Artificial e Energia Nuclear, organizado pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).

Likhachev apresentou um dos casos mais abrangentes de aplicação de inteligência artificial no setor. Em seu discurso na abertura do fórum, Alexey Likhachev destacou que, na Rússia, o desenvolvimento da IA é fator-chave do progresso tecnológico, com aplicação tanto na operação de usinas quanto em processos de pesquisa e desenvolvimento.

As melhores práticas e os resultados da Rosatom no campo da IA foram demonstrados no estande de exposição russo, organizado paralelamente ao simpósio. O espaço reuniu exemplos de uso de algoritmos para monitoramento em tempo real, previsão de falhas, otimização de manutenção e suporte à segurança de instalações nucleares.

Ao falar no estande, Evgeny Abakumov, diretor de Tecnologias da Informação e Digitais da corporação estatal, enfatizou que a experiência da Rosatom abrange o uso de análise preditiva, visão computacional, modelos de linguagem avançados e outras ferramentas de IA para resolver problemas de alta complexidade. Segundo ele, o objetivo é combinar eficiência operacional com padrões elevados de segurança e confiabilidade.

Durante sua visita a Viena, Alexey Likhachev também se encontrou com o diretor-geral da AIEA, Rafael Grossi. Eles discutiram a cooperação bilateral entre a Rosatom e a Agência. Em particular, foram abordadas questões sobre a garantia da segurança e proteção da usina nuclear Zaporozhskaya e a participação da Rosatom em iniciativas e programas temáticos da AIEA. Likhachev e Grossi também reforçaram seu compromisso com o trabalho conjunto contínuo, em um contexto em que a inteligência artificial passa a ocupar lugar central na agenda tecnológica do setor nuclear.

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