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Privacidade 5.0: o novo capítulo da proteção de dados em um Brasil digital e hiperconectado

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Com ataques mais sofisticados e consumidores exigindo experiências personalizadas e seguras, empresas correm para equilibrar tecnologia e ética na era dos dados

O Brasil ultrapassou a marca de 6 milhões de contas digitais comprometidas no primeiro trimestre de 2025, segundo dados do relatório Digital Risk Radar, da NordLayer. O número reforça um movimento global: com o avanço de tecnologias como inteligência artificial, dispositivos conectados (IoT) e assistentes virtuais, proteger dados pessoais deixou de ser apenas um requisito técnico e passou a ser uma das grandes prioridades estratégicas para empresas e governos.

Em um ambiente digital onde a coleta de informações acontece de forma contínua e quase invisível, um novo modelo está emergindo para redefinir as regras do jogo: a Privacidade 5.0.

“O que estamos vendo é uma transição para um modelo em que os dados precisam ser protegidos com base em confiança, ética e transparência — não apenas em obrigações legais. É uma mudança impulsionada tanto pela pressão regulatória quanto pela expectativa dos próprios consumidores”, afirma o especialista em tecnologia Lucas Monteiro, Martech Leader da Keyrus, consultoria internacional especializada em Inteligência de Dados e Transformação Digital.

O que é a Privacidade 5.0?

A Privacidade 5.0 é uma abordagem que combina tecnologia de ponta, como blockchain e IA, com um novo olhar sobre o papel do usuário: menos passivo, mais no controle. Na prática, isso significa criar ecossistemas digitais em que o consumidor sabe, escolhe e participa ativamente da gestão de seus dados.

De acordo com uma pesquisa da consultoria Deloitte Brasil, publicada em abril de 2025, 83% dos brasileiros dizem se sentir “pouco ou nada no controle” sobre suas informações pessoais na internet. Ao mesmo tempo, 76% afirmam que preferem marcas que são transparentes sobre como usam seus dados — mesmo que isso signifique fornecer menos personalização.

Esse paradoxo revela um desafio: como criar experiências digitais eficientes sem sacrificar a privacidade?

Quatro pilares para o novo cenário de proteção de dados

Especialistas apontam quatro diretrizes principais que definem a arquitetura da Privacidade 5.0:

  1. Transparência como regra e não exceção: Empresas precisam ir além dos termos de uso genéricos. Ferramentas que permitam ao usuário visualizar, editar ou excluir seus dados em tempo real estão se tornando padrão.
  2. Uso de tecnologias responsáveis: IA, machine learning e blockchain são usadas não apenas para gerar insights de negócios, mas também para detectar anomalias, prevenir fraudes e anonimizar dados sensíveis. “Hoje, as tecnologias existentes identificam vulnerabilidades em tempo real e utilizam algoritmos de IA para garantir o anonimato dos dados, atendendo às exigências regulamentares da LGPD”, explica Monteiro.
  3. Personalização com limites éticos: É possível oferecer uma jornada de cliente sob medida sem invadir a privacidade. Soluções baseadas em dados agregados, contextuais e minimamente invasivos estão se tornando cada vez mais comuns.
  4. Educação e consciência digital: Mesmo com avanços tecnológicos, o fator humano ainda é decisivo. Dados da Kaspersky mostram que 21% dos brasileiros ainda não sabem o que é LGPD, e 38% não conseguem identificar um golpe de phishing, mesmo após já terem sido vítimas.

Da regulação à estratégia de negócio

Desde janeiro de 2025, novas diretrizes da Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) passaram a exigir auditorias anuais de impacto à privacidade para empresas com grande volume de dados. Só no primeiro trimestre, mais de R$220 milhões em multas foram aplicadas, principalmente em setores de varejo, finanças e saúde.

Mas a motivação para mudar vai além das penalidades. Estudo recente da PwC mostra que 90% dos consumidores brasileiros consideram a proteção de dados um dos principais critérios para confiar em uma marca.

“Adotar soluções que aliem proteção de dados a insights analíticos possibilita criar experiências significativas sem comprometer a confiança, um elemento essencial para conquistar a fidelidade dos compradores”, reforça Monteiro.

O desafio invisível da hiperconectividade

Com mais de 1,2 bilhão de dispositivos conectados em operação no Brasil, entre celulares, smartwatches, carros inteligentes, câmeras e eletrodomésticos, o país vive um momento de explosão de dados. Cada interação, cada clique e cada comando de voz gera rastros digitais.

Esse cenário amplia não só as oportunidades, mas também os riscos. O relatório “Global Cost of a Data Breach 2025, produzido pela IBM com dados do Ponemon Institute, aponta que o Brasil tem hoje o quarto maior custo médio por vazamento de dados do mundo, estimado em US$ 5,3 milhões por incidente — um aumento de 17% em relação a 2024.

Um novo ativo para empresas e um novo direito para consumidores

No mundo empresarial, a proteção de dados já é considerada um ativo competitivo. Setores como finanças, seguros, varejo e saúde estão adotando frameworks avançados de governança, segurança e uso ético de IA, com apoio de consultorias especializadas de tecnologia.

“Estamos entrando em uma era em que a privacidade dos dados não é apenas um direito, mas uma expectativa integrada à experiência digital. Empresas que adotarem modelos proativos de proteção terão uma vantagem competitiva significativa”, pontua Lucas Monteiro.

Ao mesmo tempo, na sociedade em geral,  o consumidor está mais atento e mais exigente. A valorização da privacidade se soma à busca por serviços mais humanos, acessíveis e controláveis. A Privacidade 5.0, nesse sentido, é mais do que um modelo de segurança, é uma nova forma de relação digital.

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Keyrus
Keyrus é uma consultoria global de transformação digital, que opera em 27 países e conta com uma equipe de mais de 3.300 especialistas. Reconhecida pela Forbes como uma das melhores consultorias do mundo, a empresa atua em três principais áreas: Data Intelligence, Digital Experience e Management & Transformation Consulting.

A Keyrus se destaca como líder na oferta de propostas inovadoras em BI, Jornada Data Driven, Inteligência Artificial, Hiperautomação, Martech, Produtos Digitais e Soluções Aumentadas para a Indústria. Essa abordagem estratégica possibilita à empresa combinar sua experiência técnica com uma compreensão profunda dos desafios de cada cliente, resultando em entregas personalizadas que atendem às demandas específicas de cada setor.

Além disso, a Keyrus é reconhecida no Brasil como líder nos quadrantes de Advanced BI & Reporting Modernization Services – Midsize e conquistou destaque como “Market Challenger” nos quadrantes de Data Science & AI Services e Data Modernization Services – Midsize, conforme o relatório da ISG 2024. Essas conquistas reafirmam o comprometimento da Keyrus com a excelência e a inovação na transformação digital, solidificando sua posição de destaque no mercado.

Para saber mais, acesse keyrus.com/latam/pt e siga-nos no LinkedIn em https://www.linkedin.com/company/keyrus

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Capital Concreto abre as portas para o Preview do livro “50 Tons de Luxo” em manhã que uniu literatura, negócios e inspiração

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Na manhã de hoje, a Capital Concreto, em Alphaville, abriu suas portas para receber o Preview exclusivo do livro “50 Tons de Luxo”, de Sophia Martins — empresária, autora e também sócia da Capital. O encontro marcou não apenas a antecipação de uma obra que já nasce como referência no universo do mercado imobiliário, luxo e empreendedorismo feminino, mas também um movimento de conexões e novas oportunidades.

“50 Tons de Luxo”: uma obra que já inspira

No seu terceiro livro, Sophia Martins consolida-se como uma das principais vozes femininas do empreendedorismo no Brasil. A obra não fala apenas de luxo como estética ou consumo, mas como mentalidade, comportamento e visão de futuro para empreender em alto padrão com propósito.

“Este é um livro que não apenas fala de luxo, mas de mentalidade, de comportamento, de como empreender com visão de futuro. É sobre construir caminhos para que outras mulheres também possam brilhar”, destacou Sophia durante a apresentação.

Talks sobre imagem, empreendedorismo e protagonismo

O Preview contou com um talk especial que reuniu Mari Menezes e Robson Jassa.

Mari trouxe reflexões sobre empreendedorismo e independência feminina, destacando a importância de criar espaços que conectem mulheres a oportunidades reais.
“O empreendedorismo feminino precisa de ambientes como este, que abrem portas e ampliam possibilidades”, afirmou.
Robson Jassa, referência em imagem pessoal, reforçou a ideia de que a imagem que vendemos é luxo — porque é posicionamento, credibilidade e a forma como o mercado nos enxerga.
“A imagem não é apenas estética, é posicionamento. É sobre a mensagem que transmitimos e como o mercado nos enxerga.”

Anúncio de parceria com a Leroy Merlin

Um dos pontos altos da manhã foi o anúncio da parceria entre a Leroy Merlin e a Capital Concreto, um movimento que une inovação, construção e design de interiores ao mercado de alto padrão.

Mais do que um anúncio corporativo, a parceria simboliza o que Sophia chamou de novo luxo: parcerias inteligentes que constroem futuro, abrem caminhos e criam impacto real no ecossistema de negócios.

Capital Concreto como hub de experiências

Com a presença de imprensa, convidados estratégicos e líderes do setor, a manhã mostrou que a Capital Concreto vai além de um espaço físico: é um hub de experiências que integra arquitetura, design, literatura e empreendedorismo.

Abrir as portas da Capital para esse Preview foi um marco importante de um movimento maior — um convite para pensar o luxo não apenas como estética, mas como propósito, independência financeira através do investimento imobiliário.

(Fotos : Divulgação Sophia Martins)

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Por que a jurimetria deve crescer no mercado financeiro

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Por Alexandre Pegoraro (*)

Nos últimos anos, a jurimetria deixou de ser um recurso restrito a departamentos jurídicos inovadores e começou a ocupar espaço nas mesas de decisão de bancos, fundos de investimento, seguradoras e áreas de M&A. Com mais de 83 milhões de processos em tramitação no Brasil (CNJ, 2024), a capacidade de medir, prever e comparar riscos jurídicos passou a ser um diferencial competitivo para players do mercado financeiro.

A lógica é simples: se finanças e investimentos já se apoiam em modelos estatísticos e séries históricas para projetar cenários, por que não aplicar a mesma racionalidade à análise jurídica? A jurimetria oferece justamente isso: uma base empírica robusta para reduzir incertezas e embasar decisões que envolvem litígios, contratos e passivos.

Enquanto a jurisprudência oferece interpretações consolidadas do Judiciário, a jurimetria mede, com precisão, como os tribunais realmente decidem, identificando padrões regionais, perfis de magistrados, tempos médios de tramitação e taxas de sucesso em determinadas teses. Essa granularidade permite que instituições financeiras calculem o risco jurídico com a mesma objetividade com que avaliam risco de crédito.

Como exemplo, podemos citar um banco que pretende conceder financiamento a uma empresa envolvida em disputas tributárias. Com base em dados históricos, ele pode estimar a probabilidade de vitória do contribuinte naquele tribunal específico. Isso afeta diretamente o valor do crédito, as garantias exigidas e o custo do capital.

A jurimetria já começa a influenciar cinco frentes estratégicas do setor. A primeira é a concessão de crédito, pois é possível avaliar o risco jurídico associado ao cliente, incorporando probabilidades de êxito em execuções ou defesas. Outra aplicação relevante está na due diligence e M&A. A jurimetria permite o mapeamento estatístico de litígios da empresa-alvo, evitando surpresas pós-aquisição. Além disso, na gestão de carteiras, sua aplicação leva a instituição a priorizar casos com maior chance de recuperação ou menor exposição, maximizando retorno. A análise estatística permite ainda realizar um cálculo mais preciso do valor do prêmio de seguros judiciais com base em padrões de decisão e aprimorar o planejamento tributário, a partir da identificação de teses com maior probabilidade de êxito, reduzindo passivos futuros.

Além de servir como ferramenta de análise, a jurimetria contribui para o fortalecimento das práticas de governança. Com métricas claras e replicáveis, conselhos de administração e comitês de risco podem tomar decisões mais transparentes e auditáveis. Isso se traduz em maior confiança de investidores e reguladores, além de alinhamento entre as áreas jurídica, financeira e de compliance.

No mercado financeiro, o custo da incerteza é alto. Um litígio que se arrasta mais que o previsto pode consumir caixa, reduzir margens e até inviabilizar transações. Ao fornecer estimativas de prazo, custo e probabilidade de êxito, a jurimetria reduz essa assimetria de informação.

A adoção de jurimetria no mercado financeiro segue a mesma curva que, no passado, impulsionou o uso de analytics no marketing e na gestão de risco de crédito. Com a crescente digitalização de dados judiciais e a evolução das ferramentas de análise, o custo de implementação tende a cair, enquanto os ganhos em precisão e velocidade aumentam.

Se no passado decisões jurídicas eram tomadas majoritariamente por experiência e intuição, o futuro aponta para um modelo híbrido: interpretação jurídica somada à inteligência de dados. No mercado financeiro, onde cada ponto percentual de risco importa, essa mudança tende a ser não apenas bem-vinda, mas inevitável.

(*) Alexandre Pegoraro é CEO da plataforma de compliance Kronoos

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Datarisk acelera estratégia de crescimento e anuncia Valéria Nery como nova CRO

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Ex-executiva da NTT Data tem como meta expandir a presença da empresa no mercado e consolidar o posicionamento de referência em inteligência de dados

A Datarisk, empresa especializada no uso de inteligência artificial para gerar valor no conceito decision as a service, acaba de anunciar a nomeação da especialista em inovação Valéria Nery como Chief Revenue Officer (CRO) da companhia. Com mais de 25 anos de experiência no desenvolvimento de projetos, que vão desde a concepção de estratégias comerciais e modelos de negócio até a orquestração da entrega, a executiva assume o posto com a missão de liderar o plano de crescimento da empresa, expandindo sua presença no mercado e consolidando seu posicionamento como referência em inteligência de dados, IA aplicada e soluções para gestão de riscos.

Antes de chegar à Datarisk, Nery ocupou posições de destaque em multinacionais como NTT Data e Globant, onde liderou operações e projetos complexos em múltiplos setores, incluindo serviços financeiros, saúde, varejo, logística e indústria. Ela é formada em Computação, com MBA em Gestão Empresarial pela FIA Business School e especialização em Inovação pela Harvard University.

“Acredito na força das pessoas, na importância da comunicação integrada e no papel estratégico da tecnologia como motor de competitividade e transformação nos negócios. Com base nestes princípios, vamos trabalhar juntos para alinhar a atuação dos times comerciais, marketing, produto e operações em torno de objetivos comuns, acelerando a geração de receita e assegurando que a empresa continue a entregar soluções de alto impacto para seus clientes”, afirma.

Com uma tese de negócios baseada na criação de soluções proprietárias que automatizam o desenvolvimento de modelos preditivos a partir de técnicas de inteligência artificial, a Datarisk trabalha com a perspectiva de quintuplicar o volume de receitas recorrentes até o final de 2025. A empresa é pioneira no Brasil na oferta de soluções focadas no conceito MLOps (Machine Learning Operations) e oferece cinco scores dedicados a estudar as condições do tomador de crédito referente à sua estimativa de renda, à probabilidade de ele se tornar apostador em uma janela de tempo, além da avaliação de risco de crédito PF e PJ e da estabilidade empregatícia.

A 9ª Edição do Ranking 100 Open Startups, que reconhece as open startups e scaleups que mais inovam no país, elegeu a Datarisk como uma das 10 melhores na categoria Scaleups. “Nossa missão de tornar mais rápida e assertiva a tomada de decisão para empresas se consolida a cada dia como solução a uma das maiores dores do ambiente corporativo. Neste sentido, temos certeza de que a Valéria Nery com sua experiência e conhecimento, vão nos ajudar a potencializar ainda mais o ritmo de crescimento da companhia”, afirma o CEO da Datarisk, Jhonata Emerick.

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