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Tecnologia

Quem decide o futuro da IA?

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Por Thiago Guedes (*)

“Os sistemas de governança que criamos concedem a algumas pessoas e organizações o poder de definir os hacks que moldarão o futuro. O desafio que enfrentamos é garantir que esse poder seja exercido com sabedoria.”

Essa provocação, tirada do livro “A Mente de um Hacker” do renomado Bruce Schneier, sintetiza a complexidade do debate sobre a regulamentação da Inteligência Artificial no Brasil. Schneier, uma figura icônica na segurança cibernética, recentemente capturou a atenção global na 33ª Edição do RSA Conference em São Francisco (EUA), onde 41.000 participantes e 650 palestrantes debateram o futuro da segurança digital.

Em sua palestra “IA e Democracia”, Schneier alertou sobre os perigos de a IA aprofundar divisões ideológicas e políticas, potencialmente desencadeando conflitos civis. Mas ele também vislumbrou um futuro em que a IA fortalece as democracias, tornando-as mais receptivas à vontade popular e promovendo justiça social. A chave para determinar nosso rumo é a qualidade dos debates que travamos hoje.

Neste sentido, voltando ao livro de Schneier, existem questões que, apesar de básicas, parecem ser as mais profundas que se possa fazer a respeito do tema. São elas: Que hacks são considerados benéficos? Quais são prejudiciais? E quem decide entre um e outro? Num segundo momento, as perguntas começam a ser de um nível mais prático, como: Os hacks criados pela IA deveriam ser governados local ou globalmente? Por administradores ou por referendo? Ou existe alguma forma de deixarmos que o mercado ou os grupos da sociedade civil decidam?

No Brasil, essas questões são urgentes. Em vez de apressar a aprovação do Projeto de Lei 2.338/2023, que regula a IA, a Comissão Temporária sobre IA do Senado decidiu adiar a votação para aprofundar o debate. Após um pedido de vista coletivo em 18 de junho, motivado pelo relatório do senador Eduardo Gomes (PL-TO), foram programadas mais cinco audiências públicas para discutir riscos, governança, autorregulação, fiscalização e inovação sustentável.

Essa decisão inclui novos especialistas e entidades representativas de diversos setores da sociedade, ampliando a discussão.

De uma forma geral, as grandes corporações e os detentores do poder político já fazem uso da IA de acordo com suas conveniências e, se não houver formas de restringir isso, o que pode acontecer com uma regulamentação é o estabelecimento de restrições que vão, na prática, aprofundar ainda mais esse favorecimento a esta casta em detrimento da imensa maioria das pessoas comuns.

Por isso, é imperativo que este debate seja conduzido com rigor e transparência. Uma regulamentação inadequada pode ser mais prejudicial do que a ausência de regras, aprofundando desigualdades em vez de mitigá-las.

(*) Thiago Guedes é CEO e fundador da DeServ

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Tecnologia

Quase metade dos ataques de ransomware começa pela VPN, alerta estudo

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Sem autenticação multifator e monitoramento contínuo, o acesso remoto virou um dos maiores pontos cegos das empresas e a principal rota de entrada para ataques de ransomware

Um levantamento da Beazley Security revelou um dado alarmante: 48% dos ataques de ransomware analisados tiveram como porta de entrada credenciais de VPN (Redes Privadas Virtuais) comprometidas. A pesquisa também apontou que a exploração de serviços externos foi responsável por 23% dos incidentes, enquanto ataques do tipo credential stuffing — quando criminosos usam combinações de usuário e senha vazadas de outros serviços, como redes sociais ou e-commerce, para tentar acessar sistemas corporativos — continuam sendo um vetor recorrente, especialmente contra serviços SSL‑VPN, comuns em ambientes corporativos para acesso remoto. A ausência de autenticação multifator (MFA) e políticas de bloqueio de dispositivos figura entre as vulnerabilidades mais críticas.

Com a expansão do trabalho remoto, as VPNs se tornaram essenciais para garantir acesso seguro aos sistemas corporativos. VPN é uma tecnologia que cria um “túnel” criptografado entre o dispositivo do usuário e a rede da empresa, protegendo dados em trânsito. No entanto, quando um invasor obtém credenciais válidas, essa barreira deixa de existir, abrindo caminho para ransomware, exfiltração de dados e outros ataques.

“Passou da hora de rever a percepção de que VPN significa segurança. A VPN está no radar dos cibercriminosos, e sem medidas adicionais, ela pode se transformar em uma porta aberta para ataques devastadores”, alerta Thiago Guedes, CEO da DeServ.

Para reduzir riscos, Guedes recomenda implementar autenticação multifator em todos os acessos via VPN, monitorar padrões de uso para identificar comportamentos anômalos, adotar políticas de senhas fortes e verificar se credenciais aparecem em vazamentos públicos. Também é fundamental manter as soluções atualizadas, com patches aplicados e suporte ativo, além de lembrar que a VPN é apenas uma peça do quebra-cabeça. Assim, antivírus, backups, segmentação de rede e revisão de privilégios continuam indispensáveis.

Segundo Guedes, as empresas devem começar imediatamente com ações práticas, que vão desde revisar a lista de usuários com acesso via VPN e garantir que todos os acessos exijam MFA, até mapear logs e configurar alertas para conexões suspeitas, além de realizar testes internos ou pentests simulando uso de credenciais vazadas. “Segurança não é um projeto com começo e fim, é um processo contínuo. Quem não se antecipa, corre o risco de descobrir vulnerabilidades da pior forma possível”, conclui.

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Tecnologia

Fluenzatech: A Nova Força da Tecnologia Inteligente no Brasil

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A Fluenzatech vem ganhando destaque no cenário nacional como uma das empresas mais promissoras no desenvolvimento de soluções tecnológicas de alta performance. Reconhecida por sua atuação inovadora em software e inteligência artificial, a Fluenzatech vem ampliando sua presença no mercado corporativo ao entregar sistemas inteligentes que transformam a rotina de negócios de diferentes portes e segmentos.

 O diferencial da Fluenzatech está na capacidade de integrar automação, análise avançada de dados e IA em plataformas robustas, acessíveis e altamente adaptáveis. Em um país onde a transformação digital tem se tornado prioridade estratégica, a empresa surge como parceira essencial para organizações que buscam eficiência, segurança da informação e tomada de decisão baseada em dados.

Além disso, a Fluenzatech se destaca por desenvolver softwares sob medida, que otimizam processos internos, reduzem custos operacionais e potencializam resultados. Seu time multidisciplinar trabalha com foco em inovação contínua, acompanhando tendências globais e trazendo para o Brasil tecnologias que até pouco tempo estavam restritas aos grandes polos internacionais.

 Com uma visão orientada ao futuro, a empresa vem expandindo sua atuação e conquistando clientes que buscam muito mais do que ferramentas digitais: procuram inteligência aplicada, soluções automatizadas e sistemas capazes de evoluir com o próprio negócio.

 Ao se firmar como referência em tecnologia e inteligência artificial, a Fluenzatech consolida sua posição entre as principais empresas do setor no Brasil — um movimento que promete impactar de forma decisiva o ecossistema tecnológico nos próximos anos.

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Tecnologia

Tecnologia: jovens estudantes ganham destaque pelo pioneirismo em projetos de inovação social

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16ª edição da Feira Tecnológica do Centro Paula Souza reuniu este ano 250 projetos que unem inovação e impacto social

A 16ª edição da Feira Tecnológica do Centro Paula Souza (Feteps) mostrou que inovação e empatia caminham juntas, especialmente quando jovens estudantes são incentivados a explorar e aprimorar as ferramentas tecnológicas. Entre os 250 projetos apresentados por estudantes de Etecs, Fatecs e instituições parceiras do Governo do Estado de São Paulo, o grande destaque foi o Cuid.AI – Auxílio para Idosos, desenvolvido por alunas da Etec Professora Maria Cristina de Medeiros, de Ribeirão Pires. A solução, que conquistou o primeiro lugar, utiliza inteligência artificial para reconhecer movimentos e facilitar a comunicação entre idosos e cuidadores por meio de gestos predefinidos.

“É um exemplo claro de como iniciativas como essa abrem portas para jovens talentos com potencial de transformar realidades por meio da tecnologia. A solução chamou a atenção pelo alto grau de inovação e pelo impacto social”, observa César Silva, diretor-presidente da Fundação de Apoio à Tecnologia (Fundação FAT), parceira do Centro Paula Souza na realização da Feteps e responsável pela premiação destinada à expansão do projeto.

O Cuid.AI utiliza câmeras para identificar diferentes níveis de necessidade e enviar alertas automáticos a cuidadores via aplicação web. As criadoras planejam ampliar a solução para outros públicos, como autistas não verbais e crianças. “Queremos usar a premiação para ajudar o máximo de pessoas possível”, afirma Carolina Libarino, que desenvolveu o projeto junto com Letícia Nascimento de Almeida e Raphaela Rodrigues Luvizotto, sob orientação dos professores Anderson Silva Vanin e Cíntia Maria de Araújo Pinho.

Como premiação, as estudantes vencedoras receberam R$10 mil da Fundação de Apoio à Tecnologia (FAT) e bolsas para o Intercâmbio Cultural do Centro Paulo Souza. O segundo melhor grupo recebeu o mesmo prêmio. Já o projeto que ficou em terceiro lugar levou R$10 mil, mais um iPhone para cada integrante. O quarto melhor projeto foi premiado com notebooks, enquanto da quinta à décima primeira colocação todos os alunos receberam tablets.

Além do Cuid.AI, outro projeto que chamou atenção foi o Secondvision, da Etec Zona Leste (Capital), que ficou em segundo lugar. A solução, criada por Gustavo Mendes Ventieri Mariano, Pedro Fernandes Araújo e Tiago Bryan Ramos de Oliveira, consiste em um colete com visão computacional que auxilia pessoas com deficiência visual a se locomoverem em ambientes urbanos, lendo placas e emitindo alertas sobre veículos e obstáculos.

“O que mais impressiona é que a inovação desses jovens vem acompanhada de um olhar humano, voltado para soluções que atendem demandas reais de qualidade de vida e inclusão. Para nós, é motivo de orgulho contribuir para a formação de estudantes tão comprometidos com o crescimento coletivo”, afirma Silva.

Em linha com essa visão, o terceiro lugar foi para o SmartSee, da Fatec Shunji Nishimura (Pompeia), que apresentou uma tecnologia inédita para o agronegócio: um sistema baseado em machine learning que classifica a textura do solo a partir de imagens digitais, reduzindo tempo e custos em relação aos métodos laboratoriais. O projeto já alcança 80% de assertividade e promete agilizar diagnósticos para produtores rurais e consultores.

“O engajamento desses jovens durante a Feteps é um verdadeiro símbolo de esperança. Eles mostram que a transformação da sociedade começa dentro da sala de aula, quando professores incentivam e acolhem ideias inovadoras. Esse compromisso é o que nos faz acreditar em um futuro melhor”, afirma Maycon Geres, vice-presidente do Centro Paula Souza.

A lista completa dos projetos participantes está disponível em https://feteps.cps.sp.gov.br/

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