A menopausa é uma fase natural na vida da mulher marcada por mudanças hormonais que podem provocar sintomas como ondas de calor, alterações de humor, distúrbios do sono e ressecamento vaginal. Para muitas mulheres, a terapia de reposição hormonal (TRH) surge como uma alternativa eficaz para aliviar esses desconfortos e melhorar a qualidade de vida durante esse período de transição.
O Plantão Doutor TV veiculou uma entrevista com o Dr. Kayohara Schoenerr, que abordou os principais aspectos da TRH no contexto da menopausa — desde suas indicações mais comuns até a importância do acompanhamento médico individualizado.
O que é e para quem é indicada?
A TRH consiste na administração de hormônios, como estrogênio e, muitas vezes, progesterona, com o objetivo de equilibrar os níveis hormonais e reduzir os sintomas típicos da menopausa e do climatério. Entre os principais benefícios apontados pelo Dr. Schoenerr estão:
Redução de ondas de calor (fogachos);
Melhora na qualidade do sono, estabilidade do humor e libido;
Alívio do ressecamento vaginal;
Prevenção da osteoporose, especialmente relevante na fase pós-menopausa.
O especialista ressalta que a TRH deve ser cuidadosamente avaliada individualmente, considerando sintomas, histórico clínico e necessidades específicas de cada mulher.
Otimizando o tratamento: a chamada “janela de oportunidade”
Dr. Schoenerr enfatiza que o momento ideal para iniciar a TRH corresponde aos primeiros anos após o início da menopausa, conhecido como “janela de oportunidade”. Nessa fase, os benefícios do tratamento podem ser potencializados, desde que haja acompanhamento médico contínuo, com ajustes de dose e via de administração conforme o perfil de cada paciente.
Alternativas para quem não pode ou prefere não iniciar a TRH
Para mulheres que optam por não iniciar a terapia hormonal, existem estratégias alternativas que podem ajudar a aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida:
Terapias não hormonais para sintomas genito‑urinários, como cremes vaginais ou lubrificantes;
Adoção de hábitos de vida saudáveis: alimentação equilibrada, prática regular de atividades físicas, apoio psicológico e técnicas de relaxamento.
A terapia de reposição hormonal surge como uma ferramenta eficaz para enfrentar os desafios da menopausa, trazendo conforto e bem-estar para muitas mulheres. Segundo o Dr. Kayohara Schoenerr, cada mulher vive uma experiência única nesta fase, e o sucesso do tratamento depende de uma abordagem personalizada, segura e monitorada ao longo do tempo.
A crescente busca por procedimentos estéticos tem levado muitos profissionais da saúde a se especializarem nessa área. No entanto, é fundamental compreender as atribuições legais e os limites de atuação de cada profissional. No Brasil, os biomédicos desempenham um papel crucial nesse cenário, especialmente no que tange à segurança e eficácia dos tratamentos estéticos.
Atribuições Legais do Biomédico
De acordo com a legislação brasileira, os biomédicos têm autorização para realizar diversos procedimentos estéticos, desde que estejam devidamente habilitados e capacitados. Isso inclui técnicas como aplicação de toxina botulínica, preenchimentos faciais, peelings e tratamentos com laser, entre outros. É essencial que o profissional possua formação específica na área e esteja registrado no Conselho Regional de Biomedicina (CRBM).
Importância da Capacitação e Atualização
A área da estética está em constante evolução, com novas técnicas e tecnologias sendo desenvolvidas regularmente. Portanto, é imprescindível que os biomédicos busquem atualização contínua por meio de cursos, workshops e especializações. Além disso, a prática de procedimentos estéticos deve ser realizada em ambientes adequados, com equipamentos esterilizados e seguindo todas as normas de biossegurança.
Responsabilidade Profissional
A responsabilidade do biomédico vai além da execução técnica dos procedimentos. É dever do profissional realizar uma avaliação criteriosa do paciente, considerando histórico médico, condições de saúde e expectativas em relação ao tratamento. A comunicação clara sobre os riscos e resultados esperados é fundamental para garantir a confiança e satisfação do paciente.
A atuação do biomédico na área estética é de extrema importância para a promoção da saúde e bem-estar dos pacientes. Porém, é essencial que essa prática seja conduzida com responsabilidade, ética e constante atualização profissional. Dessa forma, é possível oferecer tratamentos seguros e eficazes, respeitando sempre os limites legais e as necessidades individuais de cada paciente.
O foco do evento são as terapias inovadoras para dor e doenças neuropsiquiátricas
Natal sediou nos dias 15 e 16 de agosto o Congresso Brasileiro de Neuromodulação 2025, reunindo especialistas nacionais e internacionais para discutir os avanços mais recentes no tratamento da dor crônica e de doenças neurológicas e neuropsiquiátricas.
O evento destacou o crescimento das terapias não invasivas, como a estimulação magnética transcraniana (TMS) e a estimulação transcraniana por corrente contínua (tDCS), que vêm apresentando resultados promissores em condições como dor crônica, doença de Parkinson, depressão, ansiedade, burnout e fadiga crônica.
Outra tecnologia em evidência foi a fotobiomodulação, aplicada de forma craniana, auricular, intranasal e sublingual, que tem mostrado benefícios para dor, distúrbios do sono, cefaleias, depressão e processos neurodegenerativos, estimulando reparo celular e reduzindo o estresse oxidativo.
O congresso também reforçou a importância das terapias invasivas, já consolidadas pela ciência, como a estimulação cerebral profunda (DBS) para distúrbios do movimento e transtornos psiquiátricos refratários; eletrodos medulares (SCS) para dor crônica complexa; eletrodos de gânglio da raiz dorsal (DRG) para dores neuropáticas localizadas; e a estimulação de nervos periféricos (PNS) para neuralgias e dor pélvica crônica.
Pesquisas recentes indicam ainda que a combinação de terapias invasivas e não invasivas, associada a protocolos de reabilitação motora, cognitiva e integrativa, pode gerar resultados superiores na qualidade de vida dos pacientes.
“O futuro da medicina está na integração entre inovação tecnológica, personalização do cuidado e acesso equitativo. Temos evidências de que a neuromodulação pode transformar a vida de pacientes com dor crônica e doenças neurológicas refratárias, mas precisamos garantir que mais pessoas tenham acesso a essas terapias”, destaca o neurocirurgião Dr. Luiz Severo, CEO da NeuroEquilibrium – Centro de Neuromodulação.
O Congresso Brasileiro de Neuromodulação 2025 reafirma que a medicina do futuro combina ciência, segurança e esperança, oferecendo novas perspectivas para milhões de pessoas que convivem com dor e doenças neuropsiquiátricas.
Com a expectativa de vida em constante crescimento, a saúde da mulher na meia-idade tem se tornado um tema central para especialistas. A partir dos 40 anos, o corpo feminino entra em uma fase de intensas transformações hormonais que, muitas vezes, são confundidas com problemas emocionais. Em uma entrevista esclarecedora no Plantão Doutor TV, o Dr. Lucas Tosi, especialista em saúde da mulher, detalhou os desafios e as soluções para envelhecer com vitalidade e qualidade de vida.
Oscilações hormonais e diagnóstico incorreto
Segundo o Dr. Tosi, as flutuações hormonais podem começar até dez anos antes da menopausa, afetando a produção de estrogênio, progesterona e testosterona. Essa mudança gradual pode gerar uma série de sintomas que, à primeira vista, parecem estar desconectados do quadro hormonal. “Muitas mulheres sentem que não se reconhecem mais”, afirma o médico, citando alterações de humor, ansiedade, aperto no peito, queda na libido e piora na qualidade do sono como os sinais mais comuns.
Um dos pontos de maior atenção levantado pelo especialista é a confusão frequente entre esses sintomas e quadros de saúde mental, como depressão e ansiedade. “O resultado é que muitas mulheres buscam o tratamento errado”, explica ele, ressaltando a importância de um diagnóstico preciso que leve em conta a complexa rede de interações hormonais.
Prevenção e a busca por um acompanhamento adequado
A prevenção, de acordo com o Dr. Tosi, é a chave para um envelhecimento saudável. Ele compara os cuidados com o corpo a “sementinhas” plantadas para o futuro, que garantem mais energia e disposição à medida que os anos passam. “É fundamental começar a se cuidar o mais cedo possível, pois isso vai fazer toda a diferença lá na frente”, orienta.
Além da prevenção, o especialista enfatiza a necessidade de um acompanhamento médico especializado. Ele alerta que, embora o ginecologista seja o profissional de referência, é crucial encontrar um médico que tenha conhecimento aprofundado sobre hormônios e que dedique tempo para ouvir a paciente e entender suas queixas.
O tratamento: um processo abrangente
Para as mulheres que não iniciaram a jornada de prevenção no passado, o Dr. Lucas garante que ainda há alternativas eficazes. Ele menciona a suplementação, a reposição hormonal e, principalmente, as mudanças no estilo de vida como caminhos para resgatar a vitalidade e o bem-estar.
O tratamento, segundo o médico, não se resume apenas a medicamentos ou hormônios. “É um processo abrangente que inclui alimentação, exercícios físicos, qualidade do sono e controle do estresse”, pontua. A abordagem integral visa reestabelecer o equilíbrio do corpo e da mente, permitindo que a mulher se sinta plena e ativa.
Priorizar-se para viver a melhor fase da vida
A principal mensagem do Dr. Tosi é um convite à reflexão: a mulher precisa se priorizar e não aceitar o mal-estar como algo “normal”, apenas porque muitas pessoas ao seu redor sentem o mesmo. “Não é normal se sentir mal, mesmo que seja algo comum no seu ciclo social”, ele reforça.
Com o tratamento e as decisões corretas, a mulher pode não apenas recuperar sua energia, mas também viver a melhor fase de sua vida após os 40 anos, superando novas metas e desfrutando de uma vida plena. O especialista encoraja as mulheres a darem o primeiro passo, buscando conhecimento e um profissional que as ajude a navegar por essa fase de transformações, transformando desafios em oportunidades de crescimento e bem-estar.
Veja a entrevista completa:
Informações/Contato: Dr. Lucas Tosi – Ginecologista | @dr.lucastosi