Com a expectativa de vida em constante crescimento, a saúde da mulher na meia-idade tem se tornado um tema central para especialistas. A partir dos 40 anos, o corpo feminino entra em uma fase de intensas transformações hormonais que, muitas vezes, são confundidas com problemas emocionais. Em uma entrevista esclarecedora no Plantão Doutor TV, o Dr. Lucas Tosi, especialista em saúde da mulher, detalhou os desafios e as soluções para envelhecer com vitalidade e qualidade de vida.
Oscilações hormonais e diagnóstico incorreto
Segundo o Dr. Tosi, as flutuações hormonais podem começar até dez anos antes da menopausa, afetando a produção de estrogênio, progesterona e testosterona. Essa mudança gradual pode gerar uma série de sintomas que, à primeira vista, parecem estar desconectados do quadro hormonal. “Muitas mulheres sentem que não se reconhecem mais”, afirma o médico, citando alterações de humor, ansiedade, aperto no peito, queda na libido e piora na qualidade do sono como os sinais mais comuns.
Um dos pontos de maior atenção levantado pelo especialista é a confusão frequente entre esses sintomas e quadros de saúde mental, como depressão e ansiedade. “O resultado é que muitas mulheres buscam o tratamento errado”, explica ele, ressaltando a importância de um diagnóstico preciso que leve em conta a complexa rede de interações hormonais.
Prevenção e a busca por um acompanhamento adequado
A prevenção, de acordo com o Dr. Tosi, é a chave para um envelhecimento saudável. Ele compara os cuidados com o corpo a “sementinhas” plantadas para o futuro, que garantem mais energia e disposição à medida que os anos passam. “É fundamental começar a se cuidar o mais cedo possível, pois isso vai fazer toda a diferença lá na frente”, orienta.
Além da prevenção, o especialista enfatiza a necessidade de um acompanhamento médico especializado. Ele alerta que, embora o ginecologista seja o profissional de referência, é crucial encontrar um médico que tenha conhecimento aprofundado sobre hormônios e que dedique tempo para ouvir a paciente e entender suas queixas.
O tratamento: um processo abrangente
Para as mulheres que não iniciaram a jornada de prevenção no passado, o Dr. Lucas garante que ainda há alternativas eficazes. Ele menciona a suplementação, a reposição hormonal e, principalmente, as mudanças no estilo de vida como caminhos para resgatar a vitalidade e o bem-estar.
O tratamento, segundo o médico, não se resume apenas a medicamentos ou hormônios. “É um processo abrangente que inclui alimentação, exercícios físicos, qualidade do sono e controle do estresse”, pontua. A abordagem integral visa reestabelecer o equilíbrio do corpo e da mente, permitindo que a mulher se sinta plena e ativa.
Priorizar-se para viver a melhor fase da vida
A principal mensagem do Dr. Tosi é um convite à reflexão: a mulher precisa se priorizar e não aceitar o mal-estar como algo “normal”, apenas porque muitas pessoas ao seu redor sentem o mesmo. “Não é normal se sentir mal, mesmo que seja algo comum no seu ciclo social”, ele reforça.
Com o tratamento e as decisões corretas, a mulher pode não apenas recuperar sua energia, mas também viver a melhor fase de sua vida após os 40 anos, superando novas metas e desfrutando de uma vida plena. O especialista encoraja as mulheres a darem o primeiro passo, buscando conhecimento e um profissional que as ajude a navegar por essa fase de transformações, transformando desafios em oportunidades de crescimento e bem-estar.
Veja a entrevista completa:
Informações/Contato: Dr. Lucas Tosi – Ginecologista | @dr.lucastosi
Estudos mostram que não é a postura em si, mas o tempo parado e a falta de movimento variado que aumentam o risco de dor. O Pilates terapêutico surge como uma forma de reconectar corpo e mente, estimulando consciência e mobilidade.
Se antes acreditava-se que “postura errada” era a grande vilã das dores na coluna e no pescoço, hoje a ciência vê o quadro de forma bem diferente. O problema não está exatamente nas telas ou nas posições que adotamos, mas no tempo que passamos parados, repetindo o mesmo padrão de movimento.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Coluna, cerca de 21% dos adultos brasileiros relatam dor crônica nas costas, sendo 24% entre as mulheres. Esses números, no entanto, não estão diretamente ligados ao uso de celulares ou computadores — e sim a um estilo de vida cada vez mais sedentário, com poucas pausas e baixa variabilidade de movimento.
O corpo foi feito para se mover
Ficar longos períodos sentado, com pouca alternância de postura, diminui a circulação, tensiona músculos e reduz a capacidade de percepção corporal. O resultado é uma sensação de rigidez, cansaço e desconforto, especialmente no final do dia.
“Mais do que culpar as telas, precisamos olhar para o quanto nos movemos. O corpo foi feito para se adaptar, não para ficar parado. Quando variamos as posições e nos permitimos movimentar, damos à coluna o estímulo que ela precisa para funcionar bem”, explica a fisioterapeuta Luciana Geraissate, especialista em reabilitação e Pilates terapêutico.
Segundo ela, o conceito moderno de fisioterapia não busca “corrigir” o corpo, mas ajudar o paciente a se mover com mais liberdade, confiança e percepção. “A dor muitas vezes aparece quando o corpo perde essa capacidade de variar e se ajustar aos desafios do dia a dia.”
O papel do Pilates na reeducação do movimento
O Pilates terapêutico é uma ferramenta importante nesse processo de reeducação. Ele atua tanto na melhora da força e mobilidade quanto na reconexão entre corpo e mente, ajudando o paciente a perceber seus limites e redescobrir o prazer de se movimentar sem dor.
“O Pilates não é só sobre fortalecer ou alongar. É sobre ensinar o corpo a se organizar de forma inteligente, reduzindo tensões e melhorando o controle motor. A ideia é que o movimento volte a ser leve, natural e eficiente”, afirma Luciana.
A prática também ajuda a reduzir a sensibilização da dor — quando o sistema nervoso se torna mais reativo e interpreta sinais normais como ameaça. Ao promover movimentos conscientes e graduais, o Pilates contribui para reorganizar esse sistema, diminuindo o medo de se movimentar e favorecendo a recuperação funcional, o que aumenta a confiança no movimento e contribui para que o paciente volte a se engajar em atividades diárias com mais autonomia.
Dicas práticas para o dia a dia
Não existe uma postura perfeita, mas sim um corpo que precisa de variação. Pequenas mudanças ao longo do dia já fazem diferença:
Mude de posição com frequência — levante-se, caminhe, alongue-se.
Varie os gestos e apoios — o corpo gosta de diversidade.
Faça pequenas pausas ativas a cada hora.
Observe sinais de tensão e tente ajustar de forma confortável.
Procure um fisioterapeuta para uma avaliação individual — cada corpo tem suas próprias respostas.
A dor como sinal de atenção
A dor nem sempre é um sinal de lesão. Hoje sabemos que ela é uma experiência produzida pelo cérebro, influenciada por fatores físicos, emocionais e ambientais. Em muitos casos, o que existe é uma alteração na forma como o sistema nervoso interpreta os sinais do corpo.
“A dor é um sinal de que algo precisa de atenção. Nem sempre significa dano, mas é um convite para rever hábitos e cuidar melhor do corpo”, conclui Luciana.
Sobrecarga emocional, autocrítica excessiva e desconexão corporal formam um ciclo silencioso que compromete a saúde física e mental de mulheres em diferentes fases da vida.
Nas últimas décadas, o avanço do protagonismo feminino trouxe conquistas importantes no mercado de trabalho, na vida familiar e nas relações sociais. No entanto, o mesmo movimento expôs um fenômeno crescente: o esgotamento emocional. Entre múltiplas tarefas e a busca constante por corresponder às expectativas, muitas mulheres passaram a reproduzir padrões de comportamento que as afastam de si mesmas.
A Especialista têm identificado três expressões recorrentes desse ciclo — a mulher chata, a crítica e a constipada —, conhecidas como os “3 Cs”. Mais do que estereótipos, esses perfis representam sintomas emocionais e físicos de uma sobrecarga silenciosa.
A chamada “mulher chata” é aquela que tenta controlar tudo ao redor, movida pela ansiedade e pela desconfiança de que algo possa sair do controle. A “crítica” reflete o olhar severo e insatisfeito que, na verdade, expressa autocrítica e culpa. Já a “constipada” revela o corpo que reage ao acúmulo emocional, simbolizando o travamento daquilo que não é dito ou vivido.
Para a mentora Géssica Fernandes, criadora da mentoria Mulher de Valor, esses comportamentos são fruto direto da tentativa de sustentar papéis múltiplos e, muitas vezes, incompatíveis. “Essas mulheres não nasceram assim. Elas se tornaram assim tentando ser tudo para todos — mães, profissionais, companheiras, filhas — e acabaram se distanciando da própria identidade”, explica.
Trabalhando há anos com mulheres acima dos 40 anos, Géssica observa que o excesso de autocobrança e a dificuldade em reconhecer limites são fatores decisivos para o adoecimento emocional. “Força não é endurecer. É permitir-se sentir, acolher e reorganizar o que ficou reprimido. Cuidar de si não é egoísmo, é o início de uma nova fase de equilíbrio”, afirma.
A proposta da mentoria, voltada a mulheres que buscam reencontrar sua autoestima e reconectar-se com a própria feminilidade, reflete uma tendência contemporânea nas abordagens de saúde emocional: valorizar o autoconhecimento como ferramenta prática para restaurar bem-estar e propósito.
“Quando uma mulher volta a se enxergar com valor, muda a forma como se relaciona com o trabalho, com o corpo e com as pessoas. Ela entende que o reconhecimento começa dentro, e não na expectativa dos outros”, completa Géssica.
O alerta é simples, mas urgente: a saúde mental feminina precisa ser tratada como prioridade social. O ciclo dos 3 Cs não é um destino, e sim um sinal de que é hora de parar, respirar e se ouvir.
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Sobre a especialista:
Géssica Fernandes é Mentora de Mulheres e Famílias e criadora da mentoria Mulher de Valor. Atua há anos auxiliando mulheres 40+ a resgatarem autoestima, feminilidade e propósito, unindo experiência prática, acolhimento e transformação emocional para fortalecer o papel feminino na vida pessoal e profissional.
A obesidade, reconhecida pela Organização Mundial da Saúde como uma das principais epidemias globais, é uma condição crônica que exige acompanhamento médico contínuo, estratégias individualizadas e protocolos baseados em evidências científicas.
Um olhar global para a medicina preventiva
Com formação em cirurgia geral e qualificações específicas em medicina do emagrecimento, a Dra. Alana Duso (CRM-SC 25630) mantém atualização constante em diretrizes internacionais de instituições como a OMS, ADA e FDA.
Sua trajetória inclui cinco anos de atuação em Angola, onde participou de ações voltadas à atenção preventiva e promoção da saúde em diferentes contextos sociais. Essa vivência reforçou a importância de compreender cada paciente de forma única, considerando aspectos clínicos, sociais e emocionais no planejamento terapêutico.
Medicina atualizada e centrada no paciente
No Brasil, a médica aplica protocolos que unem ciência atualizada, tecnologia e cuidado humanizado. O enfoque está na oferta de tratamentos seguros, individualizados e sustentáveis, sempre respaldados por evidências científicas.
“O emagrecimento saudável deve ser compreendido como parte do cuidado integral à saúde e da prevenção de doenças metabólicas”, ressalta a médica.
Educação e combate à desinformação
Além do trabalho clínico, Dra. Alana dedica parte da sua atuação à educação em saúde, utilizando meios digitais para compartilhar informações sobre obesidade e suas complicações, metabolismo e qualidade de vida. O objetivo é ampliar o acesso da população a conteúdos confiáveis e baseados em ciência, contribuindo para combater a desinformação.
Compromisso ético
Todo tratamento deve respeitar a individualidade de cada paciente, ser conduzido por médico habilitado e priorizar sempre a segurança.
“Cada pessoa apresenta particularidades clínicas e metabólicas que precisam ser consideradas. A prática médica deve se adaptar a isso, sempre de forma ética e responsável”, reforça.