O lançamento da Nurae Athleisure em Dubai marca a entrada de uma marca emergente em um cenário global onde moda, performance e estilo de vida se cruzam de maneira cada vez mais orgânica. Em um ambiente conhecido por abrigar algumas das maiores vitrines de consumo do mundo, a presença da Nurae sinaliza não apenas a criação de uma nova linha de peças, mas a leitura de um movimento cultural mais amplo: a busca por roupas que acompanhem ritmos intensos, componham identidades e traduzam um cotidiano cosmopolita.

A consolidação do athleisure como linguagem dominante nas grandes capitais não é uma novidade, mas seu desdobramento em mercados de luxo como Dubai cria outra camada de análise. A combinação entre materiais tecnológicos, modelagens limpas e paleta sofisticada desloca o athleisure de seu lugar original — o ambiente esportivo — para um território em que roupas funcionam como extensão de uma narrativa pessoal. Nesse sentido, a Nurae se insere em um contexto onde estética e utilidade convivem sem hierarquia.

A proposta da marca segue essa tendência: peças concebidas para circular em transições rápidas, entre compromissos profissionais, mobilidade urbana e práticas físicas. O apelo não está em ostentação, mas em uma elegância silenciosa, que acompanha um público acostumado a habitar diferentes espaços ao longo do dia. É um movimento que dialoga com a própria dinâmica de Dubai, cidade que oscila entre velocidade, multiculturalismo e exigência estética.

Além da consolidação da marca, o percurso da Nurae também reflete a trajetória de sua fundadora, Nayana Lima. Criadora de conteúdo e profissional com atuação internacional, ela construiu seu trabalho em meio a diferentes culturas e mercados, experiência que hoje influencia diretamente a identidade estética e estratégica da marca. Sua presença no universo de lifestyle e moda não se limita à exposição; funciona como observatório. Nayana acompanha tendências globais, interpreta comportamentos de consumo e traduz esse repertório em decisões que moldam a Nurae como um projeto que dialoga com o dinamismo de Dubai sem perder coerência com a proposta original.

No ambiente competitivo das marcas independentes, a Nurae representa outra discussão relevante: o espaço ocupado por projetos autorais em cidades que operam como centros globais de circulação cultural. O surgimento de marcas de nicho revela um público que valoriza autenticidade, curadoria e coerência narrativa. Em vez de disputar escala, buscam construir relação — um tipo de vínculo que se forma quando estética e propósito conversam de maneira clara.

O lançamento da Nurae, portanto, não se reduz à apresentação de uma coleção, mas se insere no debate contemporâneo sobre como vestimos, por que escolhemos certas peças e que tipo de identidade performamos nas cidades em que vivemos. A marca surge num território onde moda não é apenas consumo, mas linguagem, e onde cada nova proposta pode revelar leituras diferentes sobre os modos de existir no mundo acelerado de hoje.

https://www.instagram.com/nuraeathleisure?igsh=MWN5YzUzaWs4ZmNyeg==

Evento será realizado no Shopping Bosque dos Ipês e inclui editoriais estrelados por modelos revelados pelo projeto

Campo Grande será o próximo destino do Max Fashion Tour, um dos maiores e mais importantes projetos de descoberta de novos talentos da moda no Brasil. A seletiva acontece nos dias 13, 14 e 15 de dezembro de 2025, no Shopping Bosque dos Ipês – Bosque Expo, e promete agitar o cenário fashion da capital sul-mato-grossense com uma edição especial, repleta de novidades e com novos editoriais de moda estrelados por modelos revelados pelo próprio projeto ao longo dos últimos anos.

Aberto a perfis diversos, de 0 a 60 anos, com ou sem experiência, o Max Fashion Tour reafirma seu compromisso com a inclusão, a representatividade e o acesso democrático ao mercado da moda. “Chegar a Campo Grande é sempre transformador. A cidade tem uma potência cultural enorme e muitos talentos esperando para serem descobertos. Cada edição é uma chance real de mudar histórias e apresentar novos rostos ao mercado”, afirma Ariane Campos, coordenadora do evento.

Durante os três dias de programação, os inscritos terão acesso a uma palestra sobre o funcionamento do mercado artístico, ministrada por profissionais experientes da agência, além de passarem por uma avaliação cuidadosa com a equipe de caça-talentos da Max Fama. Os aprovados poderão iniciar uma trajetória promissora com acompanhamento especializado e suporte completo em todas as etapas do início da carreira. “Nosso propósito é abrir portas, acolher cada participante e orientar com seriedade e responsabilidade. A moda é um espaço de múltiplas histórias, e todas elas importam”, reforça Gisele Andrade, também coordenadora do Max Fashion Tour.

A Max Fama integra o Grupo YBrasil, conglomerado dedicado ao desenvolvimento artístico e profissional de modelos e influenciadores. Com uma estrutura completa, o grupo oferece formação sólida e moderna por meio do Curso de Passarela da Escola de Modelo, do Curso de Influenciador Digital da Pop School e de treinamentos especializados disponíveis na plataforma online Prada. Esse ecossistema garante aos talentos preparação técnica, visão de mercado e suporte contínuo.

As inscrições para o Max Fashion Tour em Sete Lagoas são gratuitas e devem ser realizadas antecipadamente pelo site oficial da Max Fama (www.maxfama.com.br), na aba Max Fashion Tour.

Sobre a Max Fama

A agência de modelos Max Fama está no mercado desde 2002. Sediada em Pinheiros, zona oeste de São Paulo, também possui filiais na capital paulista.

Consolidada no mercado como a agência com o maior número de “new faces” do Brasil, a Max Fama trabalha com todos os perfis de modelos, promovendo inclusão e diversidade no mundo da moda.

Serviço

Max Fashion Tour Campo Grande

Data: 13, 14 e 15 de dezembro de 2025

Local: Shopping Bosque dos Ipês – Bosque Expo

Endereço: Av. Cônsul Assaf Trad, 4796 – Parque dos Novos Estados, Campo Grande – MS, 79035-900 – Entrada pelo 2º piso (acesso C), ao lado do café Havanna.

Inscrições: https://www.maxfama.com.br (na aba Max Fashion Tour)

A ascensão do second-life bridal, os números que explicam o fenômeno e por que estilistas já criam vestidos pensando na vida depois do altar.

O vestido de noiva sempre foi o símbolo máximo de um ritual que dura algumas horas. Mas, em 2025, ele começa a ocupar um espaço muito mais amplo: o da vida real. Relatórios internacionais mostram que o mercado de vestidos de noiva “second-life” — reformados, transformados ou reconstruídos — cresceu 67% nos últimos cinco anos, segundo o Global Bridal Market Outlook. No Pinterest Predicts, as buscas por repurpose wedding dress aumentaram 43%. E na Europa, plataformas como Hitched e StillWhite registram recordes de procura por vestidos adaptáveis.

A mudança tem motivos concretos: impacto ambiental, busca por propósito, novos hábitos de consumo e um movimento global de rejeição ao luxo descartável. O mercado bridal, historicamente tradicional, se vê obrigado a dialogar com uma nova geração de mulheres que não aceitam mais a ideia de comprar — e descartar — uma peça tão significativa.

No Brasil, essa transição emerge com força surpreendente. E estilistas começam a responder ao novo comportamento com soluções que unem técnica, afetividade e sustentabilidade.

Uma delas é Patrícia Granha, à frente do ateliê Jardim Secreto, que trabalha com vestidos sob medida já pensados para terem uma segunda vida. “Não existe sentido em investir em um vestido que vai virar apenas memória guardada”, ela afirma. “A peça carrega história e energia. Transformá-la não é destruir — é prolongar.”

Patrícia desenvolve vestidos que, após o casamento, podem voltar ao ateliê para serem convertidos em novas roupas: macacões minimalistas, saias de organza, camisas sofisticadas, vestidos midi. A estética permanece, mas a função evolui. “O vestido acompanha o amadurecimento da mulher. Ele cresce junto com ela”, diz.

A proposta ecoa tendências internacionais. Danielle Frankel, referência do bridal moderno em Nova York, já defende que “o vestido precisa ter vida própria fora da cerimônia”. Marcas como Vivienne Westwood criam peças modulares com o mesmo propósito. No Japão, ateliers independentes transformam vestidos em kimonos contemporâneos pós-casamento.

No entanto, há uma diferença na abordagem brasileira: aqui, a transformação é mais emocional do que técnica. Ela nasce do desejo de manter vivo aquilo que simbolizou um dos dias mais intensos da vida — e não apenas de reduzir o impacto ambiental.

Esse olhar afetivo ressoa com um comportamento que cresce entre mulheres brasileiras: segundo uma pesquisa da MindMiners, 71% das noivas preferem hoje investir em peças com mais propósito e menor tempo de vida parado. E um levantamento do Google Trends mostra que as buscas por “vestido de noiva sustentável” cresceram quase 300% em dez anos no Brasil.

A moda acompanha. E redefine o que significa luxo.

Se antes o luxo era sinônimo de exclusividade e raridade, em 2025 ele se aproxima da longevidade. Do uso inteligente. Da história contínua. Vestir — e reviver — o que se ama.

A transformação do vestido não é sobre economia ou reciclagem; é sobre identidade. É sobre derrubar a ideia de que o vestido pertence apenas ao passado. É sobre permitir que ele atravesse o tempo junto com a mulher que o escolheu.

E talvez seja justamente isso que explica por que o second-life bridal deixou de ser exceção e se tornou parte de uma conversa maior sobre moda, comportamento e futuro.

O vestido que nasce para um dia só já não pertence ao mundo de hoje.
O que permanece — esse, sim — é o que faz sentido.

Credito: Vertien Foto Filme