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Saúde

Sem gestão, não há cuidado: como a organização das clínicas pode impactar diretamente o sucesso de terapias

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Estudos mostram que a forma como um serviço de saúde é gerido pode ser tão importante quanto a técnica utilizada no tratamento. Entenda por que a gestão é parte essencial da intervenção terapêutica

Quando pensamos em saúde, o foco costuma estar na técnica: qual é o melhor tratamento, qual profissional tem mais experiência, qual abordagem é mais eficaz. Mas um fator essencial costuma passar despercebido — e pode ser o responsável direto por bons (ou maus) resultados: a gestão da clínica.

“Uma clínica pode ter os melhores profissionais e protocolos impecáveis. Mas, se ela não for bem organizada, o paciente pode não voltar após a primeira consulta. E aí, o tratamento simplesmente não acontece”, afirma a terapeuta ocupacional Gabriela Vizioli, especialista em reabilitação e professora de pós-graduação em Prática Baseada em Evidências e Gestão.

Gabriela defende que a gestão de serviços de saúde é, por si só, parte da intervenção terapêutica. “Organizar o atendimento, melhorar a experiência do paciente, alinhar a equipe e padronizar processos são formas de garantir que o cuidado aconteça de forma contínua e com qualidade”, explica.

O que dizem os estudos

A ideia não é nova, mas só recentemente começou a ganhar força entre profissionais de saúde. O modelo de qualidade em saúde proposto por Avedis Donabedian, um dos mais respeitados estudiosos do tema, mostra que os resultados de um tratamento estão diretamente ligados à estrutura e aos processos da clínica. Ou seja, não basta o profissional ser bom: o ambiente precisa permitir que ele atue da melhor forma.

Já a Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma que serviços bem organizados aumentam a adesão dos pacientes ao tratamento e reduzem os índices de abandono.

Casos que mostram o impacto da gestão

Gabriela conta que já viu, na prática, como a gestão pode transformar o dia a dia de uma clínica — e os resultados dos pacientes. Em uma clínica pediátrica onde havia alta taxa de evasão após a triagem, por exemplo, bastou a implantação de um protocolo estruturado de acolhimento e comunicação para que o número de pacientes em continuidade de tratamento subisse 37%.

Outro exemplo veio de uma clínica particular que enfrentava longas filas de espera para agendamento. Com a reorganização da agenda e adoção de critérios de prioridade baseados no plano terapêutico, o tempo de espera diminuiu significativamente e a taxa de adesão aumentou, permitindo que os pacientes mais necessitados fossem atendidos mais rapidamente.

“São mudanças de bastidor que fazem toda a diferença na vida do paciente”, afirma Gabriela.

Mais do que números: vínculo, continuidade e cuidado

Além dos dados e dos protocolos, a gestão também interfere na relação entre profissional e paciente. Equipes sobrecarregadas, falta de comunicação entre especialidades e agendas desorganizadas podem comprometer o vínculo e prejudicar o andamento do plano terapêutico.

“Cuidar de alguém exige presença, escuta, tempo de qualidade. E tudo isso só é possível quando existe uma estrutura que sustenta esse cuidado”, diz Gabriela.

E o que os profissionais podem fazer?

Para Gabriela, o primeiro passo é olhar para a gestão como parte do fazer terapêutico — e não como uma burocracia ou algo “de fora”. A adoção de ferramentas simples, como reuniões clínicas periódicas, padronização de agendamentos e melhoria do ambiente físico já pode trazer grandes resultados.

“Gestão não é só coisa de administrador. É um cuidado com o próprio cuidado. E isso precisa estar na pauta de quem trabalha com saúde”, conclui.

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Saúde

Dia do Pão de Queijo: dá pra ser mineiro, feliz e saudável ao mesmo tempo?

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Nutricionista funcional ensina como adaptar o clássico brasileiro sem abrir mão do sabor

No Brasil, poucos alimentos são tão afetivos quanto o pão de queijo. Quentinho, macio por dentro, crocante por fora, ele marca encontros, cafés da tarde e memórias de infância. Mas será que dá pra celebrar o Dia do Pão de Queijo, comemorado em 17 de agosto, de forma mais saudável?

Para a nutricionista funcional integrativa Giovanna Baleeiro, da Clínica Doctor Puro, em São Paulo, sim, e sem perder o sabor que faz do pão de queijo um clássico nacional.

“O problema não está no pão de queijo em si, mas nos ingredientes ultraprocessados que muitas versões industrializadas carregam. Quando você faz escolhas mais limpas e conscientes, pode sim comer esse quitute com prazer e saúde”, explica Giovanna, que é especialista em nutrição esportiva, estética e funcional.

O que pode deixar o pão de queijo mais saudável?

1. Use polvilho de qualidade e evite misturas prontas
“Prefira o polvilho doce ou azedo puro, sem aditivos. As misturas prontas costumam conter conservantes, aromatizantes e gordura vegetal.”

2. Substitua o queijo por versões menos inflamatórias
“Queijos curados e de boa procedência, como parmesão ou meia-cura artesanal, são melhores opções. Para quem tem intolerância à lactose, existem alternativas veganas à base de castanhas.”

3. Troque o óleo refinado por azeite, banha natural ou óleo de coco
“Essas gorduras boas são mais estáveis ao calor e menos inflamatórias. Fazem bem ao intestino e ao metabolismo.”

4. Acrescente ingredientes funcionais à massa
“Dá pra incluir chia, cúrcuma ou linhaça na receita sem alterar o sabor. Isso traz fibras, ação antioxidante e melhora a digestão.”

Receita funcional de pão de queijo (sem leite e sem glúten)

Ingredientes:
• 1 xícara de polvilho azedo
• 1 xícara de polvilho doce
• 1/2 xícara de purê de mandioquinha ou batata-doce
• 1/4 xícara de azeite de oliva ou óleo de coco
• 1/4 xícara de água morna
• 1/2 xícara de queijo vegano ou parmesão ralado
• Sal a gosto

Modo de preparo:
Misture tudo até formar uma massa homogênea. Modele bolinhas e asse em forno pré-aquecido a 180°C por cerca de 25 minutos.

“É possível manter tradições culturais e afetivas à mesa sem abrir mão de cuidar do corpo. A verdadeira nutrição é aquela que acolhe e nutre por completo — corpo, mente e alma”, finaliza Giovanna.

Sobre Giovanna Baleeiro – Nutricionista Funcional Integrativa
CRN–3 70635

Nutricionista Esportiva, Estética e Funcional | Emagrecimento e Estilo de Vida Saudável

Sou a Giovanna Baleeiro, nutricionista graduada desde 2021, com pós-graduação em Nutrição Esportiva e Estética. Minha missão vai além de prescrever dietas: ajudo pessoas a recuperarem o controle da própria saúde, autoestima e bem-estar por meio de uma nutrição verdadeira, consciente e funcional.

Minha atuação na Clínica Doctor Puro é pautada em uma abordagem integrativa e anti-inflamatória, que respeita a individualidade bioquímica de cada pessoa. Acredito que o alimento é uma poderosa ferramenta de transformação, física, emocional e espiritual, e que pequenas mudanças consistentes têm o poder de mudar completamente a forma como nos sentimos e vivemos.

Atendo pessoas que desejam:
* Emagrecer com saúde e autonomia alimentar
* Ganhar massa magra e melhorar performance física
* Tratar desordens intestinais e hormonais
* Recuperar a vitalidade e a autoestima por meio da nutrição
* Viver com mais leveza, energia e propósito
Na minha jornada como nutricionista, já acompanhei dezenas de pessoas que se sentiam travadas em ambientes, rotinas e ciclos que adoecem fisicamente e emocionalmente.
Minha formação
* Nutricionista graduada (CRN–3 70635);
* Pós-graduada em Nutrição Esportiva e Estética.

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Saúde

Agosto azul e vermelho alerta para os riscos das doenças vasculares: a importância da prevenção

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Campanha da SBACV chama atenção para o aneurisma de aorta e a estenose das carótidas, doenças silenciosas que podem ser fatais

O mês de agosto é marcado pela campanha Agosto Azul e Vermelho, uma iniciativa da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV) voltada à conscientização da população sobre as doenças vasculares, que muitas vezes se desenvolvem de forma silenciosa e com risco elevado de morte súbita, se não forem diagnosticadas e tratadas precocemente.

Entre as principais doenças destacadas neste mês estão o aneurisma de aorta abdominal e a estenose das artérias carótidas, condições que podem levar a complicações graves, como ruptura arterial e acidente vascular cerebral (AVC).

De acordo com o médico vascular Dr. André Américo Martins de Oliveira, especialista pela SBACV, essas doenças frequentemente não apresentam sintomas iniciais, o que reforça a importância da prevenção e da realização de exames de rotina em grupos de risco, como homens acima dos 65 anos, fumantes, hipertensos ou pessoas com histórico familiar de doenças vasculares.

“O aneurisma da aorta é uma dilatação anormal dessa artéria principal do corpo. Quando atinge determinado tamanho, o risco de ruptura é alto e pode levar à morte em minutos. Já a estenose das carótidas, que são as artérias que irrigam o cérebro, pode causar isquemias e AVC, sendo uma das maiores causas de morte e incapacidade no Brasil”, explica o Dr. André.

A SBACV reforça que a detecção precoce por meio de exames de imagem simples, como o ultrassom com Doppler, pode salvar vidas. A campanha Agosto Azul e Vermelho busca ainda alertar a população sobre os fatores de risco que contribuem para essas doenças, como tabagismo, sedentarismo, colesterol elevado e hipertensão.

“A orientação médica individualizada e o acompanhamento periódico com o cirurgião vascular são fundamentais para o diagnóstico precoce e para a escolha do melhor tratamento, seja ele clínico, cirúrgico ou endovascular”, completa Dr. André.

Formado em medicina pelo Centro Universitário Lusíada, o Dr. André concluiu residência em cirurgia geral, vascular e endovascular, e possui títulos de especialista em angiologia e cirurgia vascular, além de atuar como médico assistente no Hospital Maria Braido e em diversas instituições públicas e privadas.

(Foto: Divulgação)

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Saúde

Planos de saúde ainda negam exames e procedimentos; especialista alerta para direitos dos pacientes

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Mesmo com a lei que amplia a cobertura mínima da ANS, negativas continuam e podem ser consideradas práticas abusivas, passíveis de indenização.

“O seu plano de saúde não cobre este exame.” Essa frase, ouvida por milhares de pacientes todos os anos no Brasil, pode significar o agravamento de doenças e, em casos extremos, risco à vida.

Mesmo com lei garantindo coberturas mínimas, a negativa de procedimentos continua sendo uma das principais reclamações contra operadoras.

Para o advogado Felipe Braga do Amaral, especialista em Direito Médico e da Saúde e sócio-diretor do escritório Braga e Possato Advogados, essa prática é abusiva e fere a Constituição, a legislação complementar e o Código de Defesa do Consumidor. Há mais de uma década atuando na área, ele relata casos frequentes de pacientes que, mesmo após anos de contribuição, recebem respostas negativas sob justificativas como alto custo ou ausência no Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

Braga explica que, quando há prescrição médica, o paciente está adimplente e o tratamento não é experimental nem de eficácia não comprovada, a operadora tem obrigação de custear o procedimento. “Ao negar a cobertura, o plano descumpre o contrato e pode ser responsabilizado pelos danos causados”, afirma.

Desde a entrada em vigor da Lei nº 14.454/2022, o Rol da ANS passou a ser considerado uma referência mínima obrigatória, e não uma lista taxativa. Isso significa que, em determinadas situações, planos de saúde devem autorizar tratamentos fora dessa relação. A Resolução nº 623/2024 da ANS também determina que toda negativa deve ser comunicada formalmente ao consumidor, independentemente de solicitação.

O especialista destaca que, diante de uma recusa, o paciente pode acionar a Justiça para garantir o tratamento, inclusive por meio de liminar em casos urgentes. “O Judiciário tem reconhecido não só o direito à cobertura, mas também indenizações por danos morais”, reforça Braga.

(Foto: Arquivo Pessoal)

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