Barra
Connect with us

Negócios

Sophia Martins é nomeada Embaixadora Master do DealMakers

Published

on

Reconhecimento destaca a trajetória de sucesso da empresária brasileira – uma das vozes mais influentes do mercado imobiliário – e reforça o prestígio do DealMakers, iniciativa global idealizada por Ricardo Bellino para formar líderes em negociações de alto impacto.

São Paulo, 24 de novembro de 2025 – Em um movimento celebrado no meio empresarial, a empresária e escritora Sophia Martins foi anunciada como Embaixadora Master do DealMakers, recebendo o título mais elevado de representação do renomado clube de negociadores liderado pelo empreendedor Ricardo Bellino. A nomeação, oficializada esta semana, sublinha o prestígio da plataforma DealMakers no cenário de negócios e destaca a relevância da trajetória de Sophia – reconhecida por transformar estratégias de vendas em cases de sucesso e por inspirar uma nova geração de empreendedores no Brasil e no exterior.

Como Embaixadora Master, Sophia passa a ocupar um posto de liderança dentro do ecossistema DealMakers. Na prática, o título representa a mais alta distinção concedida pelo programa, indicando que ela será uma porta-voz e referência da iniciativa em eventos e fóruns estratégicos. Segundo Ricardo Bellino, idealizador do DealMakers, a escolha de Sophia reflete um alinhamento natural com os valores do clube. “Sophia personifica o espírito do DealMakers: une visão estratégica, inovação e uma habilidade excepcional de transformar oportunidades em resultados reais. Tê-la como Embaixadora Master eleva nossa missão a um novo patamar, inspirando outros líderes a pensarem grande e agirem com propósito”, afirmou Bellino ao celebrar a nomeação.

Fundado por Bellino – conhecido por sua carreira internacional como deal maker e pelas parcerias de sucesso com ícones globais –, o DealMakers surgiu com o propósito de formar, inspirar e conectar líderes na arte de fechar grandes negócios . Trata-se da primeira academia do mundo dedicada integralmente ao dealmaking, combinando ciência, estratégia e prática em negociação de alto nível. Lançada em parceria com o World Trade Center Business Club de São Paulo, a iniciativa marca um novo capítulo para o empreendedorismo brasileiro, criando um hub onde empresários aperfeiçoam técnicas e mindset para acordos de grande impacto. “Você não ganha o que merece. Você ganha o que negocia” é um dos lemas enfatizados por Bellino, resumindo a filosofia da academia de que negociar é uma competência estratégica a ser cultivada.

A relevância do DealMakers já pôde ser vista em encontros como a Cúpula de Deal Makers, realizada no WTC Business Club. Nesse evento de alta performance conduzido pelo próprio Bellino, Sophia Martins foi um dos nomes centrais, compartilhando insights apurados sobre negociações complexas. Especialista em vendas estratégicas e autora de 3 best sellers , sendo o último “50 Tons de Luxo”, Sophia reforçou a importância da leitura humana, da construção de valor e da experiência como elementos decisivos em negociações de alto impacto. “Nos grandes acordos, você não vende produto, vende percepção. A negociação começa nos primeiros segundos, quando o outro lê sua intenção, seu ritmo e sua segurança. Técnica importa, mas é a sensibilidade que define quem fecha o que poucos conseguem” , afirmou a nova Embaixadora, traduzindo em palavras a combinação de preparação técnica e inteligência emocional que define um deal maker de excelência.

A trajetória de Sophia Martins ajuda a explicar por que seu nome despontou para o posto de Embaixadora Master. Com mais de 25 anos de atuação no mundo dos negócios, ela construiu uma carreira sólida em um setor historicamente dominado por homens, tornando-se uma das vozes femininas mais influentes do mercado imobiliário brasileiro. Ex-diretora de expansão bancária que migrou para o ramo imobiliário aos 29 anos, Sophia ascendeu de corretora a sócia de empresa, coordenou dezenas de projetos e participou da abertura de capital no setor. Hoje, com atuação profissional em três continentes , colunista de 3 portais imobiliários – acompanhando suas dicas e conteúdos nas redes sociais  , ela se destaca por integrar inovação e educação em seus negócios. Em 2023, lançou uma assistente virtual especializada para orientar corretores de imóveis, ferramenta que ultrapassou 30 milhões de acessos no primeiro ano de uso  – um exemplo de como Sophia aposta em tecnologia para qualificar profissionais e escalar conhecimento no setor. Paralelamente, a empresária tem dedicado tempo à formação de novas lideranças e à discussão sobre a presença feminina em cargos executivos. “O importante é chegar com resultado, porque resultado não leva desaforo”, defende Sophia, enfatizando que competência e performance abrem caminho para que mais mulheres ocupem o espaço , entregando resultados.

Autora best-seller em cinco países, Sophia Martins lançou obras e programas de capacitação que trazem conceitos de excelência em vendas para um público amplo. Seu livro “A Profissão de Milhões”, por exemplo, tornou-se referência ao revelar os bastidores da prosperidade com propósito no universo das vendas. Além disso, ela é criadora de programas como “Vendas 360” e a versão interativa de “50 Tons de Luxo”, iniciativas educacionais pelas quais vem formando uma nova geração de profissionais e marcas capazes de unir performance com propósito e resultados de alto padrão. Essas realizações consolidaram Sophia como referência em vendas e estratégia comercial, bem como líder de opinião que defende que o lucro deve caminhar lado a lado com ética e impacto positivo. Não por acaso, seu trabalho filantrópico direciona recursos da venda de seus livros para projetos de capacitação de novos corretores, em especial programas que apoiam mulheres em busca de recolocação profissional – uma combinação de negócios e propósito que está no cerne de sua identidade empresarial.

Ao comentar a nomeação, especialistas do setor enxergam a escolha de Sophia Martins como Embaixadora Master do DealMakers não apenas como um tributo a suas conquistas individuais, mas também como um símbolo do momento vibrante que vive o empreendedorismo brasileiro. Sob a perspectiva de Bellino, a presença de Sophia na cúpula do DealMakers reflete a mentalidade arrojada do negociador moderno. “Grandes acordos não nascem da espera. Nascem da iniciativa, da convicção e da velocidade de quem age quando outros hesitam”, ressalta o idealizador, lembrando que identificar oportunidades antes dos concorrentes e partir para a ação são qualidades fundamentais – atributos que Sophia demonstrou amplamente em sua carreira. Essa sintonia de visões sugere que a nova Embaixadora Master deverá impulsionar a comunidade DealMakers, atuando como catalisadora de novas conexões e parcerias. Espera-se que Sophia represente o movimento em agendas internacionais, participe de missões empresariais e colabore na formação de negociadores emergentes, ampliando o alcance da academia e fortalecendo a ponte entre o Brasil e o mercado global de negócios.

Em suas declarações, Sophia tem reiterado que o sucesso em negócios só é completo quando gera um legado coletivo – uma filosofia que combina com o espírito do DealMakers de fomentar valor compartilhado. Para ela, crescimento individual e impacto social andam juntos: quando líderes se unem por um propósito comum e visão global, eles não apenas fecham negócios – constroem futuros. A nomeação de Sophia Martins como Embaixadora Master do DealMakers marca, assim, um novo capítulo em sua jornada internacional, consolidando seu nome entre as principais lideranças globais de negócios e reafirmando o papel do Brasil como potência criativa e estratégica no cenário mundial .

Para maiores informações , acesse: https://dealmakersclub.br

Continue Reading
Advertisement

Negócios

A profissionalização das equipes de montagem no setor de acabamentos

Published

on

Especialistas explicam por que o modelo brasileiro de instalação é mais estruturado que o norte americano e como a qualificação técnica influencia vendas, experiência do cliente e competitividade das lojas físicas

A demanda por ambientes de exposição mais completos, organizados e capazes de apresentar peças de grandes formatos transformou o setor de acabamentos no Brasil e reposicionou o trabalho das equipes de montagem. O país, que figura entre os maiores produtores e consumidores de revestimentos cerâmicos do mundo, ocupando atualmente a terceira posição segundo dados da Anfacer, desenvolveu um modelo de instalação muito mais profissionalizado do que o padrão predominante nos Estados Unidos. O contraste revela diferenças estruturais na forma de operar lojas físicas, manter showrooms e garantir eficiência no varejo.

Para o especialista em montagem, coordenação de equipes e desenvolvimento de ferramentas de exposição, Jucemar Silva da Rosa, com mais de 30 anos dedicados ao setor, a evolução brasileira foi resultado direto do crescimento da indústria cerâmica e da necessidade de qualificação técnica. “As montagens no Brasil avançaram porque a indústria percebeu que a equipe treinada influencia a segurança, a durabilidade dos expositores e a experiência de compra. Nos Estados Unidos, o modelo é mais fragmentado e depende majoritariamente de prestadores autônomos. Isso dificulta padronização e manutenção”, afirma o profissional, que atua desde 2013 na criação de displays e coordenação de projetos de montagem em lojas de acabamentos.

Um modelo técnico que acompanha a complexidade do produto

O mercado brasileiro de revestimentos passou nos últimos anos por uma expansão acompanhada do aumento dos grandes formatos, peças que podem atingir 3,20 metros de altura. Para esses produtos, expositores precisam de estruturas reforçadas, ajustes precisos de abertura, materiais metálicos e sistemas de fixação específicos, todos presentes nas linhas industriais dedicadas ao segmento, como mostra o catálogo de expositores para porcelanatos, louças e metais da Jota Silva .

Esse avanço exigiu equipes de montagem com competências técnicas que vão além da instalação final, como leitura de projetos, domínio de ferramentas de exposição, conhecimento de ergonomia, logística e controle de qualidade. “Quanto melhor a equipe entende o projeto e o material, menor o risco de perdas e maior a velocidade de execução. Isso impacta diretamente a performance da loja”, explica Jucemar.

O cenário norte americano e o impacto da fragmentação


Nos Estados Unidos, o varejo de materiais de construção enfrenta um momento de retração. Levantamento do UBS, amplamente repercutido pela imprensa financeira americana, projeta que mais de 50 mil lojas de varejo de todos os segmentos podem fechar até 2027, pressionadas pelo avanço do comércio eletrônico e pela concentração de operações em grandes centros logísticos. Embora o número não seja específico do setor de acabamentos, ele evidencia uma tendência que se repete no segmento. Pequenas lojas têm encontrado dificuldade em competir e manter estrutura física.

Segundo Jucemar, a baixa especialização de equipes de montagem no mercado norte americano reforça esse cenário. “Há pouca integração entre fabricantes, arquitetos e instaladores. A montagem costuma ser apenas execução, não parte do projeto. Isso reduz a vida útil dos displays, prejudica a apresentação das peças e aumenta o custo de manutenção”, analisa.

Por que o Brasil criou um modelo mais eficiente

A profissionalização da montagem no país consolidou um ciclo de produção mais estruturado, marcado por características como:

  • Equipes internas e treinadas para manipulação de porcelanatos, metais, louças e estruturas metálicas.
    • Integração direta com fábricas e arquitetos, garantindo a correta interpretação de layouts e a execução fiel dos ambientes.
    • Padronização logística e frota própria, como ilustrado nas operações industriais que atuam com mais de 4 mil metros quadrados de parque fabril e produção automatizada de expositores.
    • Protocolos de ergonomia e segurança, fundamentais para peças de grande formato.
    • Redução de tempo de montagem, resultado de treinamento técnico, divisão de tarefas e antecipação de problemas.

No currículo de Jucemar constam experiências que reforçam esse padrão, como coordenação de amostras na Cecrisa, participação na montagem de espaços em feiras como Revestir e Cersaie e liderança de equipes dedicadas a projetos completos envolvendo fabricação, transporte e instalação de displays para showrooms em todo o país.

Efeitos diretos na experiência de compra e na saúde das lojas físicas
Estudos de comportamento de consumo mostram que ambientes organizados, bem iluminados e com exposição clara do produto aumentam a conversão em até 20 por cento, segundo análises de varejo presentes em relatórios internacionais. No setor de acabamentos, onde o cliente precisa visualizar textura, cor, brilho e paginação, o papel da montagem torna se ainda mais central.

Para Jucemar, uma exposição mal executada tem impacto imediato no desempenho da loja. “Quando a peça não está bem posicionada, quando o display não suporta o peso ou quando a paginação não é fiel ao ambiente real, o consumidor perde referência. A montagem é parte da venda”, explica.

Tendências e caminhos para os dois mercados
Tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos, especialistas apontam que o futuro da montagem no setor de acabamentos passa por três direções principais.

  1. Formação continuada
    A qualificação em leitura de projetos, logística, ergonomia e manuseio de grandes formatos torna se cada vez mais indispensável.

  2. Participação do instalador desde o início do projeto
    Integrar montadores às decisões de layout reduz falhas, melhora o acabamento final e aumenta a durabilidade dos expositores.

  3. Padronização de processos
    Rotinas documentadas, cronogramas claros e testes prévios de estruturas otimizam tempo e reduzem custos operacionais.

Impacto econômico e oportunidade para o varejo

A adoção de modelos profissionais de montagem em larga escala tem potencial para fortalecer lojas físicas, especialmente em cidades de médio porte, onde a presença de arquitetos, designers e consultores ainda é um diferencial competitivo. No Brasil, essa profissionalização contribuiu para a expansão de franquias e boutiques de acabamentos. Nos Estados Unidos, o movimento pode ajudar a reduzir a dependência das grandes redes e permitir a sobrevivência de pequenos negócios locais.

Jucemar sintetiza: “A montagem deixou de ser apenas execução. Ela é estratégia comercial. Quando a equipe entende técnica, logística e exposição, a loja ganha eficiência, estética e resultado.”

Continue Reading

Negócios

Diálogo competitivo e contratações complexas ganham força no Brasil mas exigem rigor 

Published

on

Nova Lei de Licitações consolida o diálogo competitivo em projetos de alta complexidade, enquanto especialistas defendem protocolos claros para evitar distorções na etapa de diálogos

Estudos da OCDE indicam que as compras públicas representam cerca de 12% do PIB dos países membros, reforçando o impacto econômico das contratações governamentais. No Brasil, números do Painel de Compras do Governo Federal mostram que as aquisições federais passaram de R$ 218,6 bilhões em 2021 para mais de R$ 340 bilhões em 2024, enquanto o conjunto das contratações públicas no país supera R$ 600 bilhões anuais. Nesse cenário, o advogado Fábio Ferreira Menezes, especialista em Direito Administrativo, licitações e contratos públicos, analisa a evolução do diálogo competitivo e as diretrizes necessárias para preservar a isonomia na fase de interação com fornecedores.

A modalidade, prevista na Lei 14.133/2021, foi criada para situações em que a Administração ainda não consegue definir com precisão a solução desejada. Em vez de apresentar um edital fechado, o órgão seleciona empresas qualificadas e realiza diálogos estruturados para compreender alternativas técnicas, jurídicas e financeiras antes da apresentação das propostas finais.

Segundo Menezes, que acumula mais de duas décadas de atuação em gestão pública, mediação, arbitragem e consultoria estratégica para empresas licitantes, a modalidade representa avanço, mas impõe responsabilidades redobradas. “O diálogo competitivo aproxima o Estado do nível real de inovação do mercado, mas essa aproximação só funciona quando há critérios objetivos, documentação rigorosa e absoluta igualdade de tratamento. Sem isso, o risco de assimetria informacional é alto”, afirma.

Evolução recente e motivos para crescimento

O aumento de projetos públicos voltados à transformação digital, infraestrutura e soluções tecnológicas tem impulsionado o uso do formato. Dados do Portal Nacional de Contratações Públicas indicam crescimento no número de editais relacionados à modalidade em 2024 e 2025, embora ainda em volume reduzido devido à fase inicial de adaptação dos entes federativos.

Modelos semelhantes já são amplamente utilizados na União Europeia, especialmente em obras complexas, sistemas tecnológicos e projetos de inovação. Nesses contextos, a Administração não domina integralmente todas as variáveis técnicas e depende de interação estruturada com o mercado para definir a melhor solução.

Diretrizes essenciais para manter isonomia

A fase de diálogos é o ponto mais sensível do processo. Qualquer diferença no nível de informação compartilhada pode gerar questionamentos e comprometer a lisura da disputa. Para Menezes, três pilares são fundamentais.

O primeiro é o roteiro formal de condução. A Administração deve definir previamente temas, limites e critérios de discussão, garantindo que todos os participantes recebam tratamento equivalente.

O segundo é o registro completo das interações. Gravações, atas detalhadas e publicidade posterior são mecanismos previstos na legislação e essenciais para assegurar transparência e rastreabilidade.

O terceiro é a composição de equipe multidisciplinar. A desigualdade técnica entre Administração e mercado pode distorcer o diálogo. A presença de especialistas jurídicos, de planejamento e de áreas técnicas reduz esse risco e aumenta a qualidade das decisões.

Capacitação e governança como gargalos

A transição para a Lei 14.133/2021 exigiu ampla formação de servidores. Apenas em 2023, mais de 45 mil agentes públicos passaram por capacitações relacionadas à nova lei. O desafio agora é avançar para treinamentos específicos sobre contratações complexas, análise de riscos e condução de diálogos estruturados.

Para Menezes, o domínio técnico precisa acompanhar o avanço normativo. “Estudos preliminares consistentes, matrizes de risco claras e integração entre jurídico, área demandante e setor de compras são essenciais para evitar decisões baseadas em percepções isoladas. O procedimento exige método”, afirma.

O que as empresas devem observar

Para fornecedores, o diálogo competitivo exige preparação detalhada. A etapa demanda clareza técnica, compreensão dos riscos e capacidade de demonstrar viabilidade. Entre as recomendações mais frequentes estão o estudo prévio dos estudos técnicos preliminares, a simulação interna dos diálogos, o alinhamento entre área técnica, comercial e jurídica, a preparação documental antecipada e a clareza sobre limites legais da comunicação com a Administração.

Perspectivas para 2025

Com a revogação definitiva da antiga Lei 8.666/1993 e a plena adoção da Lei 14.133/2021, a tendência é que o diálogo competitivo deixe de ser um mecanismo raro e passe a integrar de forma natural o repertório de contratações públicas. O aumento de projetos digitais, soluções urbanas de alta complexidade e investimentos em infraestrutura sustentável deve acelerar esse movimento.

Para Menezes, o avanço dependerá da maturidade das instituições. “O diálogo competitivo não é uma reunião livre. É um procedimento jurídico estruturado, que exige rastreabilidade de cada decisão. Quando bem conduzido, produz soluções mais adequadas e alocação de riscos mais eficiente. Quando mal estruturado, compromete a competição e amplia o passivo jurídico”, conclui.

Continue Reading

Negócios

Reforma tributária redefine bases do sistema brasileiro e exige nova arquitetura fiscal das empresas analisa CEO da Ayres Contabilidade

Published

on

CEO da Ayres Contabilidade avalia efeitos estruturais da mudança, aponta os temas mais atuais em debate e reflete sobre o impacto da transição no ambiente corporativo brasileiro

A reforma tributária inaugura uma fase de reconstrução do sistema fiscal brasileiro. Para Alessandro Ayres, CEO da Ayres Contabilidade com atuação em governança financeira de empresas multinacionais, o país está diante de uma mudança que ultrapassa a simples substituição de tributos.

Em sua visão, trata-se de um realinhamento estrutural que exige revisão profunda dos processos internos das empresas. “Não é apenas uma alteração legal. A reforma mexe na lógica do funcionamento fiscal das organizações e exige que cada operação seja redesenhada com muito mais cuidado”, afirma.

A criação do IVA dual, com a CBS e o IBS, está entre os temas de maior impacto. O novo modelo busca uniformizar as bases de consumo e reduzir sobreposições que marcam o sistema atual. Segundo Ayres, o potencial de simplificação é real, mas depende da capacidade das empresas de reorganizar seus controles internos.

“Grande parte das empresas opera há anos dentro de uma mesma lógica tributária. Migrar para outra estrutura significa revisar cadastros, códigos de produtos, sistemas de faturamento e até modelos de contrato”, observa.

O ponto mais sensível do momento é a fase de transição, quando tributos antigos e novos coexistirão. Em sua análise, essa etapa moldará o sucesso ou fracasso da implementação. “Vamos conviver com dois sistemas ao mesmo tempo, e esse período exige maturidade técnica. O risco não está apenas no cálculo do imposto, mas na classificação precisa das operações durante a transição”, afirma Ayres.

O funcionamento do comitê gestor do IBS também mobiliza discussões. O órgão será responsável pela administração das receitas entre estados e municípios e determinará parte da previsibilidade do sistema. Para Ayres, a governança desse comitê é decisiva para que a simplificação prometida pela reforma não seja perdida na prática.

“A unificação só será efetiva se houver coordenação. Sem critérios claros, as empresas podem enfrentar insegurança semelhante à que já existe hoje”, avalia.

Regimes específicos e setores regulados também estão no centro do debate. Áreas como telecomunicações, serviços digitais e logística tendem a passar por reestruturação significativa. Para empresas com operações complexas, a mudança exige novas definições de crédito, reavaliação dos custos recuperáveis e ajustes nos padrões de documentação fiscal.

“O impacto é transversal. A reforma força uma reorganização que toca desde o nível operacional até o estratégico, e isso não acontece sem preparação”, destaca.

A observação de Ayres sobre o momento brasileiro tem sido influenciada também por sua atuação em projetos internacionais. Ele aponta que empresas estrangeiras acompanham a reforma com atenção e enxergam no processo uma possível redução de barreiras históricas.

“O Brasil é conhecido pela complexidade tributária. Quando uma mudança dessa escala acontece, investidores internacionais observam para entender como isso pode afetar o custo operacional e a previsibilidade. É um movimento que reposiciona o país no cenário competitivo”, analisa.

Ao mesmo tempo, Ayres vê espaço para que profissionais brasileiros contribuam com essa etapa de adaptação. “Trabalhamos há décadas dentro de um dos sistemas mais difíceis do mundo. Essa experiência se torna um diferencial para auxiliar empresas internacionais que querem operar aqui.”

Para ele, a reforma tributária não deve ser lida apenas como uma mudança normativa, mas como um processo de transformação contínua, com ajustes anuais, regulamentações complementares e adaptações técnicas. “A reforma exige visão de longo prazo. Quem enxergar apenas a mudança imediata perderá a oportunidade de construir um modelo mais eficiente para os próximos anos”, conclui Ayres.

Continue Reading
Advertisement

Mais Lidas

Tecnologia5 horas ago

Automação inteligente em operações críticas: avanços estruturais em finanças e saúde

*Por Renan Ravelli A automação inteligente tem se consolidado como um dos pilares de transformação nos setores financeiro e hospitalar....

Negócios5 horas ago

A profissionalização das equipes de montagem no setor de acabamentos

Especialistas explicam por que o modelo brasileiro de instalação é mais estruturado que o norte americano e como a qualificação...

Negócios5 horas ago

Diálogo competitivo e contratações complexas ganham força no Brasil mas exigem rigor 

Nova Lei de Licitações consolida o diálogo competitivo em projetos de alta complexidade, enquanto especialistas defendem protocolos claros para evitar...

Negócios5 horas ago

Reforma tributária redefine bases do sistema brasileiro e exige nova arquitetura fiscal das empresas analisa CEO da Ayres Contabilidade

CEO da Ayres Contabilidade avalia efeitos estruturais da mudança, aponta os temas mais atuais em debate e reflete sobre o...

Negócios6 horas ago

A nova fronteira dos alimentos: por que a personalização e a ciência já moldam as próximas décadas do setor

Por Daniel Martinelli Lourenzi Escrever sobre a evolução da indústria de alimentos é, para mim, revisitar mais de vinte anos...

Negócios7 horas ago

O avanço do design artesanal de madeira no mercado de interiores dos Estados Unidos

Cresce o interesse por materiais naturais e peças únicas no mercado americano e o trabalho de Karla ganha destaque na...

Negócios8 horas ago

Inovações que redesenham o setor de alimentação e mudam a forma como o consumidor se relaciona com as marcas

Setor avança em tecnologia, eficiência operacional e novos formatos de atendimento em meio a custos elevados e mudanças de comportamento...

Entretenimento14 horas ago

Patrocinadora do SPFC, Elgin lança promoção para levar 10 clientes em experiência VIP em jogo do time

Patrocinadora da camisa do São Paulo Futebol Clube pelo segundo ano consecutivo, a Elgin anuncia uma nova ação promocional para...

Entretenimento14 horas ago

Cartago traz o ator Bruno Gissoni e família em sua campanha de final de ano

A Cartago, marca de calçados do segmento casual, lançou, na última quarta-feira (10), sua campanha de final de ano, “A...

Geral1 dia ago

DJ Matheus Bala faz balanço de 2025 e projeta ano ainda mais intenso em 2026: “Muita coisa boa está por vir

DJ Matheus Bala faz balanço de 2025 e projeta ano ainda mais intenso em 2026: “Muita coisa boa está por...

Advertisement

Ultimos Posts

Copyright © BusinessFeed