Mais de 60% das empresas brasileiras possuem departamentos dedicados à sustentabilidade: números devem aumentar em 2023
– O Brasil tem testemunhado uma crescente preocupação com a sustentabilidade, e isso não se limita apenas ao discurso. Dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI), publicados pela Agência Brasil, mostram que 60% das empresas no país possuíam uma área ou departamento dedicado à sustentabilidade em 2022, um salto considerável em relação aos 34% do ano anterior. Os requisitos ambientais para contratos também aumentaram, com 45% das empresas exigindo certificados ambientais de fornecedores e parceiros, em comparação com os 26% do ano anterior, e esses números tendem a aumentar em 2023.
Esse avanço na consciência ambiental não é apenas um fenômeno nacional, mas também reflete o interesse do setor privado em se alinhar com acordos internacionais e atender às demandas do mercado externo. A pesquisa realizada pela CNI, em parceria com a FSB, destaca que o Brasil busca se tornar uma referência em uso sustentável dos recursos naturais e na economia de baixo carbono.
Mas como as empresas brasileiras estão colocando em prática esses ideais sustentáveis? Aqui, a Imply, empresa de tecnologia do Sul do país, se destaca como um exemplo bem-sucedido. “Na Imply, estamos comprometidos com a sustentabilidade e isso é refletido em todas as nossas operações e produtos”, afirma Tironi Paz Ortiz, CEO da Imply. A empresa, localizada na cidade de Santa Cruz do Sul – RS, tem se destacado por suas diversas ações voltadas para o aproveitamento das energias naturais.
Um exemplo disto é “One Degree Less”, que visa reduzir a temperatura do ambiente e as emissões de CO2 na atmosfera. “Nosso telhado branco reflete até 90% dos raios solares, reduzindo o consumo de energia para refrigeração dos ambientes”, explica Ortiz.
Além disso, a Imply utiliza sistemas de ventilação natural, aproveita a iluminação natural e coleta água da chuva para uso nos banheiros, demonstrando seu compromisso com o uso eficiente dos recursos naturais. A reciclagem de resíduos e o uso de matérias-primas ecologicamente corretas também são parte integrante de sua estratégia.
Ortiz destaca ainda a importância de tecnologias ecológicas nos produtos da Imply. “Nossos produtos são desenvolvidos para baixo consumo de energia, utilizando soluções como displays LED de baixo consumo e alimentação por energia solar. Por exemplo, a nova geração da Máquina Rearmadora de Pinos 11PSM Imply reduz o consumo de energia em 65% em comparação com outros modelos”, afirma.
A pesquisa da CNI também revelou que 69% das empresas brasileiras planejam aumentar os investimentos em ações de sustentabilidade nos próximos dois anos, um aumento significativo em relação ao ano anterior. Essa tendência é impulsionada por razões que incluem a redução de custos, melhora da competitividade e atendimento às exigências regulatórias, bem como a busca por uma reputação positiva junto à sociedade e aos consumidores.
Algumas das empresas brasileiras têm surgido com esse pensamento em mente, esse é o caso da Elev, empresa voltada para soluções para todo o ecossistema da eletromobilidade. Segundo o sócio-diretor da empresa, Ricardo David, os carros elétricos e a energia solar podem ser uma solução sustentável. “No total, as fontes limpas e renováveis somam 80% da energia elétrica produzida no país, por meio de hidrelétricas, energia eólica e energia solar. Porém, com o aumento da demanda e com o avanço do mercado de carros elétricos, também precisamos buscar a ampliação da produção energética limpa em nosso país”, afirmou o executivo.
Desafios, no entanto, ainda persistem, com a falta de incentivos governamentais e a falta de cultura de sustentabilidade no mercado consumidor sendo mencionados como obstáculos. Acesso ao crédito para investimentos em sustentabilidade também é uma questão relevante, com 55% das empresas considerando difícil obter financiamento. Porém, empresas como a Imply e a Elev estão demonstrando que é possível combinar sucesso nos negócios com práticas sustentáveis.
Com informações da Agência Brasil.