Jussara Sanches, especialista em marketing e posicionamento para autoridades, afirma que as redes sociais podem contribuir com a imagem dos profissionais e impactar positivamente pacientes

Com o uso crescente das redes sociais por profissionais de saúde, médicos estão descobrindo novas formas de se aproximarem do público e compartilharem informações de maneira prática e acessível. No Brasil, onde cerca de 84% da população tem acesso à internet, o uso das redes sociais por médicos está se tornando uma estratégia eficaz para consolidar a autoridade e alcançar pacientes em potencial. Jussara Sanches, especialista em Posicionamento para Autoridades, explica que, com estratégias de conteúdo bem elaboradas, médicos conseguem informar e desmistificar temas de saúde, aumentando a confiança do público em seus serviços.

Para Jussara, o principal benefício das redes sociais é a oportunidade de “educar e aproximar”. Segundo ela, é fundamental que o conteúdo seja informativo e acessível. “Muitas pessoas buscam informações de saúde na internet, então, ao fornecer conteúdo qualificado, o médico se torna uma referência confiável. Isso cria uma conexão direta com os pacientes e ainda promove um impacto positivo na sociedade”, afirma. Plataformas como Instagram e YouTube, por exemplo, permitem que médicos compartilhem explicações sobre sintomas comuns, orientações sobre prevenção e até mesmo desmistifiquem procedimentos, tudo com uma linguagem que alcance até aqueles que têm pouco conhecimento médico.

Outro ponto destacado pela especialista é o cuidado com a ética profissional. Segundo o Conselho Federal de Medicina, médicos devem utilizar as redes sociais sem expor pacientes ou realizar promessas de resultados garantidos. “É preciso seguir normas e transmitir informações com responsabilidade, sempre priorizando a verdade e evitando exageros”, comenta Jussara. Para ela, a transparência e o respeito à ética aumentam a credibilidade do profissional.

Dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica mostram que a busca por informações de saúde online, incluindo em redes sociais, tem levado pacientes a priorizarem médicos com presença digital ativa. Um levantamento feito pelo Minuto Saudável, empresa do grupo Consulta Remédios, chegou a uma conclusão aterradora: 94,4% dos brasileiros que responderam o questionário afirmaram que buscam informações de Saúde na internet, antes de marcar uma consulta, revelando a importância dessa presença virtual.
Jussara ainda aponta que o bom uso das redes contribui para o fortalecimento da marca pessoal e para atrair uma audiência mais qualificada: “A presença online ativa atrai pacientes mais engajados e bem-informados, o que beneficia não apenas o médico, mas também a qualidade do atendimento.”

A saúde mental no ambiente corporativo é uma questão cada vez mais relevante, especialmente diante das altas exigências e pressões enfrentadas pelos colaboradores. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), saúde mental vai além da ausência de doenças; trata-se de promover um estado de equilíbrio emocional que permita enfrentar adversidades de maneira saudável.

No contexto atual, problemas como estresse, depressão e Síndrome de Burnout estão se tornando comuns, impactando negativamente a produtividade e o clima organizacional. A Síndrome de Burnout, em particular, é um sério desafio, caracterizada por exaustão emocional e despersonalização, afetando tanto a saúde mental dos indivíduos quanto o desempenho das empresas.

A psicóloga Rosemary Andriani se destaca ao oferecer palestras e mentorias focadas na promoção da saúde mental nas organizações. Suas abordagens visam psicoeducar os colaboradores, ajudando-os a identificar sinais de adoecimento mental e a desenvolver estratégias para um ambiente de trabalho mais equilibrado e produtivo. Com o apoio de profissionais especializados, as empresas podem implementar ações que priorizem o bem-estar emocional, reduzindo riscos psicossociais e promovendo um ambiente acolhedor.

“Promover a saúde mental no ambiente corporativo é um processo contínuo e essencial para conscientizar sobre o cuidado da mente, qualidade de vida e produtividade. Ofereço estratégias para gestão de tempo, estresse, resolução de conflitos, autoconhecimento, autocuidado e resiliência, sempre de forma personalizada, respeitando os valores da empresa. Essas ações, que podem ser on-line ou presenciais, resultam em equipes motivadas e engajadas, além de um ambiente de trabalho mais saudável e com segurança psicológica. Quando focadas na liderança, promovem habilidades como comunicação assertiva e motivação, melhorando a dinâmica organizacional. Com isso, os colaboradores se sentem mais pertencentes e respeitados, reduzindo estresse e absenteísmo, e contribuindo para o desenvolvimento pessoal e profissional. É fundamental discutir e promover ambientes de trabalho saudáveis, abordando temas sérios de forma leve e motivacional”, declara Rosemary Andriani, que tem se destacado e se especializado no assunto.

Rosemary Andriani

Com a recente promulgação da Lei n° 14.831/2024, que institui o Certificado Empresa Promotora da Saúde Mental, há um incentivo para que as empresas adotem programas voltados ao bem-estar mental. A iniciativa busca criar espaços de trabalho com segurança psicológica e comunicação assertiva, essenciais para a satisfação e motivação dos colaboradores.

O fácil acesso a plataformas de entretenimento tem sido pauta de muitos debates, principalmente quando o tema é o vício em jogos, que já é uma grande realidade. O Brasil tem, em média, dois milhões de viciados em jogos, de acordo com o Departamento de Psiquiatria da USP. Por conta disso, a discussão já chegou na presidência do país. O presidente Lula, em reunião com ministros, foi incisivo ao defender a necessidade de as bets bancarem tratamento de viciados no Brasil. Um levantamento do Instituto Locomotiva indica que 52 milhões de pessoas já apostaram na modalidade ao menos uma vez.

Reconhecer os sinais de uma compulsão por jogos pode ser desafiador, tanto para os indivíduos quanto para suas famílias. A Strategy & consultoria estratégica da PwC, mostra que o mercado de apostas esportivas deve movimentar até R$130 bilhões no Brasil este ano e que o efeito no orçamento pessoal é apontado como mais significativo para as classes D e E, que têm flexibilidade financeira mais limitada para novos gastos.

“Esse é um dado extremamente preocupante, porque quem mais gasta com os jogos são pessoas com menos recursos e muitas vezes vulneráveis. E que na expectativa de uma renda extra com os jogos, comprometem seus orçamentos pessoais e chegam a perder, literalmente, o dinheiro do supermercado”, comenta Cristiano Costa, psicólogo clínico e organizacional, e diretor de conhecimento (CKO) da EBAC (Empresa Brasileira de Apoio ao Compulsivo).

Ainda que contestada pelo Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio (MDIC), em um nota técnica elaborada a pedido da Advocacia-Geral da União (AGU), no contexto de uma ação movida contra a lei das bets pela Confederação Nacional do Comércio (CNC) junto ao Supremo Tribunal Federal (STF), uma outra pesquisa da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC) revelou que jogos online de forma geral, se tornaram uma das maiores causas de endividamento no país, com 63% dos apostadores afirmando que chegaram a comprometer o equilíbrio financeiro.

Segundo o especialista, o vício em jogos pode ser comparado a outras dependências comportamentais, como o vício em compras, em telas ou em redes sociais. “A principal característica que define a compulsão é a perda de controle. Quando o indivíduo sente a necessidade de jogar continuamente, mesmo que isso comprometa suas responsabilidades pessoais, profissionais ou sociais, estamos diante de um comportamento de risco”, alerta.

Pensando nisso, Cristiano elencou quais são os cinco principais sinais de alerta para reconhecer a compulsão por jogos.

1. Pensamento constante com o jogo: o indivíduo passa grande parte do tempo preocupado com os jogos, planejando as próximas sessões, jogadas ou relembrando partidas passadas;

2. Aumento da frequência, duração e valores com o jogo: a pessoa sente a necessidade de jogar por mais tempo e com valores mais altos para alcançar o mesmo nível de excitação;

3. Negligência de responsabilidades: quando o jogo passa a ser mais importante do que compromissos com a família, trabalho, estudos ou relações sociais;

4. Mentiras e omissões: esconder o montante de valores perdidos, o tempo real gasto jogando ou negar que o hábito seja problemático;

5. Sintomas emocionais e físicos: sentimentos de irritação, ansiedade ou depressão quando não é possível jogar, além de dificuldades para dormir e falta de cuidados com a própria saúde.

O papel do apoio profissional e dos familiares

É comum que as pessoas usem os jogos como uma forma de fugir de conflitos internos ou como uma forma de tentar ganhar dinheiro rápido. O problema se agrava quando isso se torna uma compulsão, prejudicando outras áreas da vida e outras pessoas também. “Por isso, é importante buscar auxílio profissional o quanto antes, e, não hesitar em contar com o apoio da família, já que muitas vezes o compulsivo não consegue enxergar o quanto o jogo está afetando sua vida e a família pode ajudar no comprometimento com o tratamento”, conclui o psicólogo.

A EBAC oferece uma abordagem multidisciplinar no tratamento do vício em jogos, com o apoio de psicólogos especializados que trabalham não apenas no controle da compulsão, mas também na resolução de questões emocionais subjacentes. “Nossa missão é criar um ambiente de confiança, onde o paciente possa expor suas dificuldades sem julgamentos. A partir disso, oferecemos intervenções personalizadas e estratégias para a recuperação”, explica Costa.