“Com pequenas mudanças na estratégia de preços, conseguimos reverter esse prejuízo e maximizar os ganhos”, comenta o afirma o mentor e especialista em negócios e carreiras na área da saúde, Rogério Magalhães
No mundo dos negócios, a precificação inadequada pode ser uma diferença substancial entre o sucesso e o fracasso de um empreendimento. Muitas vezes, os profissionais esbarram em questões éticas e não sabem determinar preços aos seus serviços.
Muitos acreditam que estão obtendo lucro, mas na realidade, estão apenas cobrindo custos ou até operando com margens negativas. Essa foi a constatação do mentor e especialista em negócios e carreiras na área da saúde, Rogério Magalhães.
De acordo com ele, em uma recente análise de mercado, foram identificados erros comuns na precificação de produtos de um nutrólogo e de um ginecologista, que resultaram em perdas financeiras expressivas. “Um dos exemplos destacados foi a comercialização da enzima Q10, vendida a R$ 180, mas com um lucro líquido de apenas R$ 30 por unidade, representando uma margem de 16%. Com a venda de 100 unidades por mês, o lucro líquido final desse produto era de apenas 3.000 reais”, comenta Magalhães.

Segundo o especialista, já um outro produto, o Complexo B, o lucro foi ainda mais prejudicado por uma precificação incorreta. O cálculo errado gerou uma margem negativa de 65%, resultando em um prejuízo de R$ 1.952. “No total, os dois produtos juntos geraram um lucro de apenas R$ 1.054, um valor muito abaixo do potencial real do negócio”, adverte o mentor.
No entanto, com ajustes estratégicos na precificação, foi possível transformar essa realidade. “Com pequenas mudanças na estratégia de preços, conseguimos reverter esse prejuízo e maximizar os ganhos. Desse modo, muitos profissionais da saúde não percebem que estão perdendo dinheiro simplesmente porque não têm o conhecimento adequado para precificar corretamente”, afirma o especialista que segue, “a grande lição desse caso é que, sem um conhecimento sólido em gestão e precificação, profissionais podem comprometer a lucratividade do seu negócio.
O segredo está em entender não apenas os custos diretos, mas também as taxas, impostos e margens ideais para manter a empresa saudável financeiramente”.
Rogério Magalhães
Bacharel em Ciências Contábeis pela Universidade Federal do Ceará, é pós-graduado em Marketing pela FGV, em estratégia de marketing pela Universidade de La Verne (Califórnia – Estados Unidos), e em Administração Executiva Sênior pela UFRJ, além de especialista em vendas e marketing pela Universidade de Berry (Flórida – Estados Unidos) e em gestão empresarial pela Business School SP. Foi gestor comercial de empresas multinacionais como a farmacêutica Schering Plough e gerente comercial da Sanofi-Aventis. Tem diversas especializações em universidades e escolas internacionais