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Contabilidade

André Charone explica como funciona a fiscalização da Receita Federal

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Boa parte dos dados informados na Declaração de Imposto de Renda de Pessoa Física já está na base da Receita Federal. Vivemos em um Big Brother, onde a Receita Federal é o Big Boss e nós somos os participantes confinados.

Aqui no Brasil, a maioria das pessoas conhece o nome “Big Brother” devido ao reality show transmitido há mais de 20 anos pela Rede Globo. Quer você goste ou não, é inegável que esse programa de televisão já faz parte da cultura popular brasileira.

No entanto, o termo vem de muito antes do “Big Brother Brasil” apresentado hoje por Tadeu Schmidt, tendo sua origem no “Grande Irmão”, personagem fictício do livro 1984 de George Orwell. No romance futurista, a sociedade é vigiada por câmeras e a liberdade individual é quase inexistente.

Foi baseado nesse personagem que a produtora de tv holandesa criou o reality show “Big Brother”, o qual mais tarde seria exportado para vários países, inclusive o Brasil, onde até hoje é um dos programas mais populares da televisão aberta.

Em 1949, quando o livro de Orwell foi originalmente publicado, a ideia de ser vigiado constantemente pelo governo era um medo atribuído a um futuro distante (na época, o ano de 1984). No entanto, em 2022, a vigilância e a invasão da privacidade por parte do Estado já é muito mais uma realidade do que uma ficção, especialmente no âmbito fiscal.

Ainda na primeira década do século XXI, vários autores dos ramos contábil, fiscal e empresarial já passaram a utilizar essa analogia do “Grande Irmão” de 1984 com esse controle incisivo do Fisco brasileiro sobre as atividades empresariais e pessoais. Daí surgiu a expressão “Big Brother Fiscal”.

Declaração de Imposto de Renda de Pessoa Física

Essa vigilância constante do fisco ganha destaque para os contribuintes brasileiros no período de declaração de imposto de renda, que se iniciou em março. Hoje em dia, boa parte dos dados informados na sua prestação de contas com o leão já está na base da Receita Federal.

Através de declarações como a DIRF, que é preenchida pelos empregadores, a Receita é informada, sobre quanto os funcionários daquela empresa receberam ao longo do ano, também a DMED, entregue pelas empresas da área de saúde, como: Clínicas, hospitais e laboratórios, nela consta todas as despesas com saúde de todos os pacientes, e a DIMOF, com resumo das operações financeiras (apenas para dizer algumas), o governo tem mais informações sobre nós do que o Boninho sobre os Brothers e Sisters do reality show global.

Outra forma de “Espionagem” está nos gastos com cartão, mesmo que você não peça CPF na nota, quando você gastar mais de 5 mil reais, a operadora do seu cartão irá notificar a Receita deste seu gasto.

Ou seja, a receita ao longo do ano já sabe quanto você ganhou e gastou, a maioria das vezes o imposto de renda vai apenas avaliar se você está declarando tudo ou está sonegando impostos.

Caso a pessoa gaste mais do que ganha ao longo de muitos meses, isso vai chamar atenção da Receita para uma inconsistência de informações, e a fiscalização vai constatar se aquela pessoa está omitindo receita.

Na verdade, a Declaração de Imposto de Renda de Pessoa Física, hoje, é praticamente um “jogo da discórdia”, no qual o fisco está apenas esperando a oportunidade para pegar os sonegadores com a mão na massa (lembrando que a multa pode chegar até 225% nos casos mais graves). Inclusive, para quem tem certificado digital, já é possível baixar a declaração pré-preenchida, com todos esses dados.

Voltando a falar do Big Brother Brasil, nesses mais de 20 anos em que o programa é exibido na televisão brasileira houve uma espécie de “profissionalização” dos participantes. Hoje, quem se inscrever para participar do BBB geralmente já entra na casa com uma preparação prévia. Pode parecer até piada, mas já existem até cursos especializados em preparar futuros participantes de reality shows.

Assim como os participantes do programa da Rede Globo, os contribuintes também precisam entrar no jogo já preparados para o Big Brother da Receita Federal. A única diferença é que, ao invés de uma assessoria de imprensa, eles vão precisar de um ótimo profissional da contabilidade.

Enquanto no BBB você deve tomar cuidado para não ser pego pelas câmeras falando mal de um amigo seu na casa ou talvez bebendo demais em uma festa, pois isso pode fazer com que você seja cancelado pelo público, no Big Brother Fiscal você não pode omitir rendimentos, inventar dependentes ou colocar despesas médicas sem a devida comprovação. Caso contrário, será indicado à malha fina, o que pode ser muito pior do que qualquer paredão.

 

Esta referência de BBB e o trabalho da Receita Federal, está presente em um dos capítulos do livro “Negócios de Nerd”, lançado este ano pelo contador e empresário André Charone. O livro pode ser adquirido nas principais lojas digitais do país.

Sobre André Charone:

Contador, professor universitário, Mestrando em International Business pela Must University (Flórida-EUA), possui MBA em Gestão Financeira, Controladoria e Auditoria pela FGV (São Paulo – Brasil) e certificação internacional pela Universidade de Harvard (Massachusetts-EUA) e Disney Institute (Flórida-EUA). É sócio do escritório Belconta – Belém Contabilidade e do Portal Neo Ensino, autor de livros e dezenas de artigos na área contábil, empresarial e educacional.

Fotos: reprodução instagram/AndréCharone

Contabilidade

Dia do Contador celebra trajetória histórica e relevância contemporânea da profissão

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O Dia do Contador, celebrado em 22 de setembro, é uma data para reconhecer a importância de uma das profissões mais antigas e fundamentais da humanidade. Desde a Mesopotâmia, há mais de seis mil anos, a contabilidade já era utilizada para controlar colheitas, comércio e tributos. Com o passar dos séculos, ganhou estrutura científica a partir dos estudos de Luca Pacioli, um frei franciscano italiano considerado o pai da contabilidade, que no século XV sistematizou o método das partidas dobradas e revolucionou a forma como as operações financeiras passaram a ser registradas.

No Brasil, a escolha da data faz referência à criação do primeiro curso de Ciências Contábeis no país, em 1945, na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Desde então, o contador passou a ocupar um papel estratégico não apenas no registro das movimentações financeiras, mas também na análise de dados, na prevenção de riscos, na mediação de conflitos e na contribuição para a justiça e transparência econômica.

Para o contador, escritor e empresário André Charone, mestre em Negócios Internacionais e referência na área, a profissão está em constante evolução:

“O contador do século XXI não pode se limitar à escrituração. Ele é um parceiro estratégico, capaz de orientar empresas em planejamento, inovação e competitividade. Hoje, com a transformação digital e o uso de inteligência artificial, o papel do contador se torna ainda mais essencial para que os negócios avancem com segurança e visão de futuro.”

Neste Dia do Contador, a homenagem vai a todos esses profissionais que, com conhecimento técnico e visão estratégica, fazem a economia girar, ajudam empresas a crescer e contribuem para o desenvolvimento do país.

 

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Contabilidade

A Verdade Sobre o Dinheiro: Livro ensina Finanças Pessoais Sem Promessas Milagrosas e Sem Papo de Coach

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O contador, professor universitário e mestre em negócios internacionais André Charone lança seu mais novo livro ‘A Verdade Sobre o Dinheiro: Lições de Finanças para o Seu Dia a Dia’, um guia prático e acessível para quem deseja alcançar a estabilidade financeira sem fórmulas mágicas ou promessas de enriquecimento fácil. Com uma abordagem direta, o autor compartilha estratégias realistas e dicas que podem ser aplicadas no cotidiano, longe do habitual “papo de coach”.

O livro busca ser uma leitura indispensável para quem deseja organizar suas finanças e ter uma relação saudável com o dinheiro, evitando armadilhas como esquemas de pirâmide, falsas promessas de retorno financeiro rápido e conselhos genéricos que muitas vezes não se aplicam à realidade. “A estabilidade financeira não é alcançada com truques ou atalhos, mas com consistência e paciência”, destaca Charone.

O Que Esperar do Livro?

  • Capítulos abrangentes e práticos: Desde entender a diferença entre necessidades e desejos até planejar a aposentadoria e investir com segurança, cada capítulo traz uma abordagem prática e personalizada.
  • Discussões sobre armadilhas financeiras: O autor detalha como identificar e evitar esquemas de enriquecimento rápido, dívidas de cartão de crédito e práticas enganosas promovidas por “gurus financeiros”.
  • O poder dos pequenos hábitos: Explicações claras sobre como pequenas mudanças no dia a dia podem gerar grandes resultados ao longo do tempo.

O Propósito da Obra

O livro foi escrito para quem deseja tomar controle das finanças sem depender de soluções mágicas. “A Verdade Sobre o Dinheiro” foca na importância de disciplina financeira e oferece um caminho sólido e bem embasado para alcançar a estabilidade financeira sem sacrifícios extremos. A proposta é desmistificar conceitos financeiros, mostrando que a educação financeira é acessível a todos e não deve estar atrelada a promessas de enriquecimento ilusório.

Onde Adquirir?

O livro está disponível tanto em formato físico quanto digital, garantindo acessibilidade para diferentes públicos. Os interessados podem adquirir a obra nos seguintes links:

Sobre o Autor

André Charone é contador, professor universitário e autor de diversos artigos sobre finanças e economia. Com vasta experiência na área contábil e em planejamento financeiro, Charone é referência em análises que buscam simplificar a educação financeira e torná-la acessível para todos. Em seu novo livro, ele reúne ensinamentos práticos e histórias de superação financeira que buscam inspirar o leitor a tomar decisões conscientes e sustentáveis.

Para mais informações sobre o livro e contato com o autor, visite o perfil de André Charone no LinkedIn, ou acesse seu instagram: @andrecharone

Imagens: Divulgação

 

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Contabilidade

Um terço das pequenas empresas opera sem conta jurídica

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Métodos alternativos de pagamento ganham relevância no segmento responsável por 30% do PIB brasileiro

O Dia Internacional das Micro, Pequenas e Médias Empresas, comemorado em 27 de junho, destaca a relevância do segmento para a economia. De acordo com o Sebrae, os pequenos negócios – somados aos microempreendedores individuais (MEIs) – movimentam cerca de R$ 420 bilhões ao ano. O montante corresponde a 30% do PIB brasileiro.  

Outro dado do Sebrae, com base no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ), estima que o Brasil tenha pelo menos 2.300 novas MPEs abertas a cada dia. Entretanto, um número significativo opera sem conta bancária para Pessoa Jurídica (PJ), enfrentando desafios para manter operações financeiras em funcionamento.

Segundo a pesquisa Indicador Nacional de Atividade da Micro e Pequena Indústria, do Datafolha, 28% das empresas funcionam sem conta bancária de Pessoa Jurídica (PJ); entre microindústrias a porcentagem atinge 33%. O levantamento aponta São Paulo como o município com a maior taxa de empresas informais: um terço opera sem conta PJ.

Para Cristiano Maschio, CEO da fintech Qesh, a desbancarização reflete dificuldades econômicas e questões burocráticas enfrentadas por esses empreendimentos: “Muitas PMEs têm dificuldade para abrir contas devido a requisitos de documentação e histórico financeiro. Além disso, taxas elevadas associadas às contas bancárias podem ser um fardo significativo para empresas de menor porte”.

Conforme levantamento do Datafolha, 69% das empresas desbancarizadas faturam até R$ 15 mil por mês. Outra preocupação é a probabilidade de fechamento no curto prazo: 72% apresentam maior risco de fechamento em comparação com as que possuem contas de pessoas jurídicas.

“A falta de uma conta bancária formal pode impactar negativamente a capacidade das empresas de acessar crédito, realizar transações comerciais e expandir operações de forma estruturada”, ressalta Maschio.

Alternativas

Em meio aos desafios, métodos alternativos de pagamento despontam entre empresas desbancarizadas. Ainda de acordo com o Datafolha, 87% utilizam contas pessoais – pessoa física – para movimentar recursos da empresa, embora a prática possa gerar confusão entre finanças particulares e empresariais.

Soluções como contas digitais e cartões pré-pagos, oferecidos por fintechs, também são uma opção viável para PMEs. Conforme relatório compilado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e pela Finnovista, o número de fintechs quadruplicou nos últimos seis anos na América Latina. A maioria, 57%, tem como alvo a população desbancarizada.

“Enquanto muitas pequenas e médias empresas no Brasil enfrentam desafios ao operar sem uma conta bancária de pessoa jurídica, o cenário está mudando com a introdução de soluções digitais. A busca por maior inclusão financeira e a simplificação dos processos burocráticos são essenciais para apoiar o crescimento sustentável desses empreendimentos no país”, afirma o CEO da Qesh.

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