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Evento em São Paulo debate a escravidão moderna e os direitos dos trabalhadores do mar

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Encontro reúne especialistas internacionais para apresentar uma visão geral do setor marítimo e as perspectivas para a próxima década

Entre 19 e 22 de novembro, São Paulo vai sediar o “Encontro da Rede Scalabriniana Stella Maris – SMSN”, um evento internacional que traz ao centro do debate questões de grande relevância para o desenvolvimento da sociedade e a construção de políticas públicas, além de propor soluções efetivas para temas urgentes e complexos como a escravidão contemporânea, tráfico humano e os direitos de pescadores e trabalhadores do mar.

Hoje, cerca de 90% do comércio internacional é realizado por navios de carga E apesar de haver no mundo cerca de 1,8 milhão de trabalhadores do mar, empregados em embarcações cargueiras, petroleiros, navio de turismo e outros, segundo o Internacional Chamber of Shipping, aspectos como falta de proteção legal e social, períodos prolongados a bordo, baixos salários, falta de pagamento e até mesmo escravidão em navios são largamente ignorados.

O encontro promovido pela Congregação dos Missionários de São Carlos, comumente conhecidos como scalabrinianos, também discute o alcance da cooperação internacional no apoio aos marítimos e populações migrantes, tratando de temas como cooperação internacional, apoio de entidades e da sociedade civil na resolução dos problemas e apoio à aquicultura.

São convidados do encontro, Audun Lem, diretor-adjunto da Divisão de Pesca e Aquicultura, da FAO, organismo da ONU que trata de alimentação e agricultura, Chris Williams, especialista em pesca da ITF (Federação Internacional de Trabalhadores em Transportes, Carlos Müller, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores dos Transportes Aquaviários e Aéreos, da Pesca e dos Portos (CONTTMAF) e membro do Comitê Regional da ITF para a América Latina e o Caribe, e Kevin Hyland, representante do Grupo Santa Marta, uma aliança global da sociedade civil para o combate ao tráfico humano e à escravidão moderna, entre outros.

Também estarão presentes representantes de 13 países da Rede Scalabriniana Stella Maris (SMSN), incluindo o padre brasileiro Leonir Chiarello, Superior Geral da Congregação e seu representante na ONU.

Como representante do Vaticano, participa o padre italiano Fabio Baggio, sub secretário do Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral. O especialista em escravidão em navios padre Bruno Ciceri, responsável por desenvolver um novo projeto do SMSN no Golfo Pérsico, também virá ao Brasil. Ele é coautor do livro “Fishers and Plunderers: Theft, Slavery and Violence at Sea” (Pescadores e Saqueadores: Roubo, Escravidão e Violência no Mar, em tradução livre).

Os trabalhadores do mar na economia mundial

Dentro do comércio mundial de proteína animal, os pescados são responsáveis por 49% de todo o business global, seguidos pela proteína bovina com 19%, suína com 18%, e de frango com 11% dos valores comercializados, segundo dados da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO). Os dados da FAO também apontam que a produção global de pesca e aquicultura atingiu um recorde de 214 milhões de toneladas em 2020.

No Brasil, as exportações de pescado atingiram, em 2022, US$ 349,6 milhões, uma fatia de 0,24% do total global exportado em produtos de pesca, ainda com muito potencial de crescimento.

Entre os destaques do evento serão abordados pontos como:

– Escravidão contemporânea: especialistas internacionais irão tratar das diferentes formas de escravidão, especialmente en navios, que persistem nos dias de hoje, analisando as raízes do problema e propondo estratégias para combatê-lo.

– Tráfico humano: com foco na conscientização e na prevenção, os participantes devem explorar o tema, discutindo como os países e organizações como a Igreja podem unir forças para erradicar esse crime hediondo. Além de compartilhar estratégias bem-sucedidas e os desafios enfrentados no combate ao tráfico de seres humanos em escala global.

– Direitos trabalhistas de pescadores e trabalhadores do mar: dentro desse tema haverá um olhar aprofundado sobre as condições de trabalho desses profissionais, analisando os desafios enfrentados e propondo medidas para garantir os direitos fundamentais.

– Aquicultura: neste tópico os especialistas irão examinar iniciativas capazes de impulsionar práticas mais sustentáveis para a indústria pesqueira, que também possam proteger pescadores e suas comunidades.

Também estão entre os destaques do encontro os painéis em que será analisado como os países estão se mobilizando sobre esses temas, as ações inovadoras e o papel crucial da ONU na promoção de esforços internacionais.

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Capital Concreto abre as portas para o Preview do livro “50 Tons de Luxo” em manhã que uniu literatura, negócios e inspiração

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Na manhã de hoje, a Capital Concreto, em Alphaville, abriu suas portas para receber o Preview exclusivo do livro “50 Tons de Luxo”, de Sophia Martins — empresária, autora e também sócia da Capital. O encontro marcou não apenas a antecipação de uma obra que já nasce como referência no universo do mercado imobiliário, luxo e empreendedorismo feminino, mas também um movimento de conexões e novas oportunidades.

“50 Tons de Luxo”: uma obra que já inspira

No seu terceiro livro, Sophia Martins consolida-se como uma das principais vozes femininas do empreendedorismo no Brasil. A obra não fala apenas de luxo como estética ou consumo, mas como mentalidade, comportamento e visão de futuro para empreender em alto padrão com propósito.

“Este é um livro que não apenas fala de luxo, mas de mentalidade, de comportamento, de como empreender com visão de futuro. É sobre construir caminhos para que outras mulheres também possam brilhar”, destacou Sophia durante a apresentação.

Talks sobre imagem, empreendedorismo e protagonismo

O Preview contou com um talk especial que reuniu Mari Menezes e Robson Jassa.

Mari trouxe reflexões sobre empreendedorismo e independência feminina, destacando a importância de criar espaços que conectem mulheres a oportunidades reais.
“O empreendedorismo feminino precisa de ambientes como este, que abrem portas e ampliam possibilidades”, afirmou.
Robson Jassa, referência em imagem pessoal, reforçou a ideia de que a imagem que vendemos é luxo — porque é posicionamento, credibilidade e a forma como o mercado nos enxerga.
“A imagem não é apenas estética, é posicionamento. É sobre a mensagem que transmitimos e como o mercado nos enxerga.”

Anúncio de parceria com a Leroy Merlin

Um dos pontos altos da manhã foi o anúncio da parceria entre a Leroy Merlin e a Capital Concreto, um movimento que une inovação, construção e design de interiores ao mercado de alto padrão.

Mais do que um anúncio corporativo, a parceria simboliza o que Sophia chamou de novo luxo: parcerias inteligentes que constroem futuro, abrem caminhos e criam impacto real no ecossistema de negócios.

Capital Concreto como hub de experiências

Com a presença de imprensa, convidados estratégicos e líderes do setor, a manhã mostrou que a Capital Concreto vai além de um espaço físico: é um hub de experiências que integra arquitetura, design, literatura e empreendedorismo.

Abrir as portas da Capital para esse Preview foi um marco importante de um movimento maior — um convite para pensar o luxo não apenas como estética, mas como propósito, independência financeira através do investimento imobiliário.

(Fotos : Divulgação Sophia Martins)

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Por que a jurimetria deve crescer no mercado financeiro

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Por Alexandre Pegoraro (*)

Nos últimos anos, a jurimetria deixou de ser um recurso restrito a departamentos jurídicos inovadores e começou a ocupar espaço nas mesas de decisão de bancos, fundos de investimento, seguradoras e áreas de M&A. Com mais de 83 milhões de processos em tramitação no Brasil (CNJ, 2024), a capacidade de medir, prever e comparar riscos jurídicos passou a ser um diferencial competitivo para players do mercado financeiro.

A lógica é simples: se finanças e investimentos já se apoiam em modelos estatísticos e séries históricas para projetar cenários, por que não aplicar a mesma racionalidade à análise jurídica? A jurimetria oferece justamente isso: uma base empírica robusta para reduzir incertezas e embasar decisões que envolvem litígios, contratos e passivos.

Enquanto a jurisprudência oferece interpretações consolidadas do Judiciário, a jurimetria mede, com precisão, como os tribunais realmente decidem, identificando padrões regionais, perfis de magistrados, tempos médios de tramitação e taxas de sucesso em determinadas teses. Essa granularidade permite que instituições financeiras calculem o risco jurídico com a mesma objetividade com que avaliam risco de crédito.

Como exemplo, podemos citar um banco que pretende conceder financiamento a uma empresa envolvida em disputas tributárias. Com base em dados históricos, ele pode estimar a probabilidade de vitória do contribuinte naquele tribunal específico. Isso afeta diretamente o valor do crédito, as garantias exigidas e o custo do capital.

A jurimetria já começa a influenciar cinco frentes estratégicas do setor. A primeira é a concessão de crédito, pois é possível avaliar o risco jurídico associado ao cliente, incorporando probabilidades de êxito em execuções ou defesas. Outra aplicação relevante está na due diligence e M&A. A jurimetria permite o mapeamento estatístico de litígios da empresa-alvo, evitando surpresas pós-aquisição. Além disso, na gestão de carteiras, sua aplicação leva a instituição a priorizar casos com maior chance de recuperação ou menor exposição, maximizando retorno. A análise estatística permite ainda realizar um cálculo mais preciso do valor do prêmio de seguros judiciais com base em padrões de decisão e aprimorar o planejamento tributário, a partir da identificação de teses com maior probabilidade de êxito, reduzindo passivos futuros.

Além de servir como ferramenta de análise, a jurimetria contribui para o fortalecimento das práticas de governança. Com métricas claras e replicáveis, conselhos de administração e comitês de risco podem tomar decisões mais transparentes e auditáveis. Isso se traduz em maior confiança de investidores e reguladores, além de alinhamento entre as áreas jurídica, financeira e de compliance.

No mercado financeiro, o custo da incerteza é alto. Um litígio que se arrasta mais que o previsto pode consumir caixa, reduzir margens e até inviabilizar transações. Ao fornecer estimativas de prazo, custo e probabilidade de êxito, a jurimetria reduz essa assimetria de informação.

A adoção de jurimetria no mercado financeiro segue a mesma curva que, no passado, impulsionou o uso de analytics no marketing e na gestão de risco de crédito. Com a crescente digitalização de dados judiciais e a evolução das ferramentas de análise, o custo de implementação tende a cair, enquanto os ganhos em precisão e velocidade aumentam.

Se no passado decisões jurídicas eram tomadas majoritariamente por experiência e intuição, o futuro aponta para um modelo híbrido: interpretação jurídica somada à inteligência de dados. No mercado financeiro, onde cada ponto percentual de risco importa, essa mudança tende a ser não apenas bem-vinda, mas inevitável.

(*) Alexandre Pegoraro é CEO da plataforma de compliance Kronoos

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Datarisk acelera estratégia de crescimento e anuncia Valéria Nery como nova CRO

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Ex-executiva da NTT Data tem como meta expandir a presença da empresa no mercado e consolidar o posicionamento de referência em inteligência de dados

A Datarisk, empresa especializada no uso de inteligência artificial para gerar valor no conceito decision as a service, acaba de anunciar a nomeação da especialista em inovação Valéria Nery como Chief Revenue Officer (CRO) da companhia. Com mais de 25 anos de experiência no desenvolvimento de projetos, que vão desde a concepção de estratégias comerciais e modelos de negócio até a orquestração da entrega, a executiva assume o posto com a missão de liderar o plano de crescimento da empresa, expandindo sua presença no mercado e consolidando seu posicionamento como referência em inteligência de dados, IA aplicada e soluções para gestão de riscos.

Antes de chegar à Datarisk, Nery ocupou posições de destaque em multinacionais como NTT Data e Globant, onde liderou operações e projetos complexos em múltiplos setores, incluindo serviços financeiros, saúde, varejo, logística e indústria. Ela é formada em Computação, com MBA em Gestão Empresarial pela FIA Business School e especialização em Inovação pela Harvard University.

“Acredito na força das pessoas, na importância da comunicação integrada e no papel estratégico da tecnologia como motor de competitividade e transformação nos negócios. Com base nestes princípios, vamos trabalhar juntos para alinhar a atuação dos times comerciais, marketing, produto e operações em torno de objetivos comuns, acelerando a geração de receita e assegurando que a empresa continue a entregar soluções de alto impacto para seus clientes”, afirma.

Com uma tese de negócios baseada na criação de soluções proprietárias que automatizam o desenvolvimento de modelos preditivos a partir de técnicas de inteligência artificial, a Datarisk trabalha com a perspectiva de quintuplicar o volume de receitas recorrentes até o final de 2025. A empresa é pioneira no Brasil na oferta de soluções focadas no conceito MLOps (Machine Learning Operations) e oferece cinco scores dedicados a estudar as condições do tomador de crédito referente à sua estimativa de renda, à probabilidade de ele se tornar apostador em uma janela de tempo, além da avaliação de risco de crédito PF e PJ e da estabilidade empregatícia.

A 9ª Edição do Ranking 100 Open Startups, que reconhece as open startups e scaleups que mais inovam no país, elegeu a Datarisk como uma das 10 melhores na categoria Scaleups. “Nossa missão de tornar mais rápida e assertiva a tomada de decisão para empresas se consolida a cada dia como solução a uma das maiores dores do ambiente corporativo. Neste sentido, temos certeza de que a Valéria Nery com sua experiência e conhecimento, vão nos ajudar a potencializar ainda mais o ritmo de crescimento da companhia”, afirma o CEO da Datarisk, Jhonata Emerick.

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