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Jornada EESG das operadoras de saúde exige aprofundar o S sem abandonar o G

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Roberto Gonzalez (*)

Como se não bastasse a dificuldade de atuar em um setor considerado sagrado usando as regras frias do mundo dos negócios, as operadoras de saúde ganharam mais recentemente um upgrade neste desafio que é o de reduzir os dilemas deste aparente antagonismo incorporando no dia a dia da operação os comportamentos de conformidade com o famoso padrão EESG. Na prática, isto se resume em ganhar o dinheiro suficiente para agradar às expectativas dos acionistas, mas ao mesmo tempo, oferecer atendimento médico a baixos custos e ainda respeitando elevados critérios de responsabilidade socioambiental e de gestão.

Fazendo uma analogia com os icebergs, é como se toda essa complexidade estivesse escondida nas profundezas do mar, deixando à vista apenas a ponta mais elevada resultante de todo este processo que é o alto custo das mensalidades.
Para falar apenas a respeito das questões relacionadas à jornada EESG deste setor, é inegável que após a pandemia e, até mesmo por causa dela, a dimensão Social (S) experimentou um inequívoco avanço nos últimos anos.

Só para ter uma ideia, segundo a Associação Brasileira de Empresas de Telemedicina e Saúde Digital, entre os 2020 e 2021 foram realizados mais de 7,5 milhões de atendimentos remotos no Brasil, feitos por 52,2 mil médicos, psicólogos e terapeutas que alcançaram um índice de resolutividade de 91% dos casos.

Isto é resultado direto do uso intensivo da telemedicina e de outras tecnologias que conseguiram reduzir os custos e democratizar o acesso à saúde, permitindo que um número maior de brasileiros pudesse passar a usufruir dos benefícios oferecidos pelos chamados convênios médicos.

Por outro lado, esta possibilidade de expansão da cobertura ampliou as alternativas para a fuga de recursos dessas empresas pela prática mais constante de fraudes e abusos.
Não por acaso, a Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde) trabalha com a estimativa de que em 2022 as operadoras de planos médico-hospitalares tiveram prejuízo operacional de R$ 10,7 bilhões, o que seria o recorde de prejuízo em 25 anos.

Neste sentido, claramente se observa uma dificuldade maior em avançar na dimensão da governança (G) e impacta também no outro componente do EESG que é a sustentabilidade. Esta expressão não deve ser confundida apenas com questões relacionadas aos cuidados com o planeta, mas também com a sustentação da própria empresa e do mercado como um todo.

Afinal, como disse recentemente a diretora-executiva da FenaSaúde, Vera Valente, a “inviabilização da saúde suplementar não vai afetar apenas as operadoras. Vai prejudicar seus 50,3 milhões de usuários, que podem se ver sem cobertura, em caso de insolvência”.
Tal situação, segundo ela poderia levar ao colapso todo o sistema de saúde nacional, uma vez que os planos respondem por 83% das receitas dos hospitais privados e mais de 50% das receitas dos laboratórios.

A palavra sustentabilidade não é empregada à toa. Sustentar significa se manter. Uma empresa não sustentável tem vida curta. Quando uma companhia se preocupa em criar formas de produzir mais e melhor com menos desperdício de matéria prima, ela está garantindo a manutenção desse recurso para ela própria ao mesmo tempo que o dinheiro investido nas inovações necessárias, resultam em produtos mais competitivos. É um ciclo. Empresas aderentes a padrões EESG valem mais.

Portanto, para que um modelo de governança corporativa seja implantado com base no padrão EESG é preciso total engajamento dos acionistas e dos executivos que lideram esse processo.

Um caminho viável talvez seja o de aprofundar ainda mais o uso de tecnologia, não só para baratear custos, mas também e principalmente como forma de melhorar a governança. As chamadas healthtechs já demonstraram que podem contribuir decisivamente neste processo.

Elas têm desenvolvido soluções inovadoras em vários segmentos da saúde como a medicina preventiva, que evita ou minimiza efeitos das doenças e a medicina preditiva, cuja finalidade é identificar a predisposição a alguns males como câncer, hipertensão etc. Vale ressaltar também o bom trabalho de algumas dessas startups em medicina proativa, que estreita e prolonga a relação entre médico e paciente de forma suportada pela tecnologia e a medicina personalizada que, como o próprio nome diz, permite que tratamentos sejam aplicados conforme a característica de cada indivíduo.

Prevenir custa menos ao sistema de saúde e gera maior bem-estar ao paciente do que tratar uma doença em estágio avançado. Bem implantada, a tecnologia reduz a quantidade de consultas presenciais sem prejuízo para o tratamento e para a relação médico/paciente e ainda contribui para redução de filas em clínicas e hospitais e também do número de vezes que o paciente tem de se locomover de casa ao consultório apenas para mostrar um exame que poderia ter chegado ao médico por meios digitais.

Tudo isso é ganho de tempo, de eficiência, de qualidade de vida para quem precisa e, na outra ponta diminuição de custos, redução da emissão de carbono, já que exige menos locomoção, e do uso de papel por meio da digitalização.

Enfim, apesar de parecer um problema a mais para as operadoras de saúde, a busca por padrões EESG com apoio da tecnologia, pode ser uma luz no fim do túnel com potencial de derreter o iceberg para que a ponta que fica para fora da água seja cada vez menor e não assuste tanto aos navegantes.

Roberto Gonzalez é consultor de governança corporativa e EESG (*).

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Negócios

Esporte e Negócios: A Jornada de Paola Doldán do Tênis Profissional ao Mundo Empresarial

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A ex-tenista profissional que agora dedica sua paixão ao desenvolvimento econômico do Paraguai

Antes de se tornar uma consultora de sucesso, Paola Doldán era uma tenista profissional, representando seu país com orgulho em competições internacionais. O esporte moldou grande parte de sua vida, e os valores que ela desenvolveu como atleta continuam a guiá-la em sua carreira empresarial. Hoje, como consultora especializada em comércio de fronteira, Paola utiliza sua disciplina e determinação para transformar o mercado da tríplice fronteira.

Paola acredita que o esporte foi um grande professor de vida. A perseverança, o foco e a capacidade de superar obstáculos são qualidades que ela carrega até hoje em seus negócios. Após sua carreira como atleta, ela decidiu se dedicar ao mundo empresarial, onde rapidamente se destacou como uma estrategista talentosa e visionária.

No centro de sua atuação está o desenvolvimento econômico e digital do Paraguai. Paola se especializou em ajudar empresas a se posicionarem de maneira competitiva no mercado nacional, com foco em estratégias de branding e marketing. Sua abordagem inovadora permitiu que diversas empresas da tríplice fronteira atingissem novos patamares de sucesso.

Para Paola, o esporte e os negócios compartilham muitos princípios. Assim como no esporte, o sucesso empresarial exige planejamento, execução e, acima de tudo, paixão. Ela acredita que sua trajetória como atleta foi fundamental para desenvolver a mentalidade de sucesso que hoje aplica em seus projetos empresariais.

Com uma abordagem focada no crescimento sustentável, Paola continua a influenciar positivamente o mercado paraguaio. Sua capacidade de unir valores esportivos com estratégias de negócios a tornou uma referência não só em consultoria, mas também em liderança empresarial.

Ao combinar sua paixão pelo esporte com sua visão de negócios, Paola Doldán está transformando o Paraguai em um centro de inovação e desenvolvimento, deixando um legado duradouro tanto no esporte quanto no mundo dos negócios.

Agência: SEO NOTÍCIAS @googlenoticias

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Negócios

Aline Cintra, palestrante e mentora especialista em estratégias de vendas e neurociência para o sucesso empresarial

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No Brasil, o empreendedorismo feminino tem mostrado crescimento significativo, mas as mulheres ainda enfrentam desafios expressivos no setor. Nesse contexto, Aline Cintra, especialista em vendas, neurociência aplicada ao comportamento de compra e hipnoterapia, transformou suas experiências pessoais em uma iniciativa voltada ao fortalecimento de outras empreendedoras.

O Movimento Mulheres Desbravadoras nasceu com a missão de apoiar e capacitar mulheres que enfrentam desafios no empreendedorismo. A iniciativa oferece suporte técnico e emocional para empresárias em diversos segmentos, promovendo ações informativas, eventos, livros, publicações e mentorias.

Acesse mais informações: https://www.instagram.com/alinecintraoficial

Com um time de 40 voluntárias, o movimento impacta quase 2 mil mulheres, fornecendo ferramentas para aprimorar estratégias comerciais, fortalecer o posicionamento de marca e impulsionar resultados no mercado. Além disso, o projeto aborda técnicas avançadas de vendas e comportamento de compra, permitindo que as participantes desenvolvam habilidades essenciais para negociações mais eficazes.

A proposta do Mulheres Desbravadoras é transformar a realidade de empreendedoras, garantindo que tenham acesso a conhecimento prático e aplicável para crescer de forma sustentável.

Com expertise em vendas, neurociência aplicada ao comportamento de compra e hipnoterapia, o foco está na aplicação de conhecimento científico e práticas de alto desempenho para potencializar resultados no setor comercial. A abordagem envolve técnicas baseadas no funcionamento do cérebro para influenciar decisões de compra, aprimorar a comunicação persuasiva e fortalecer o posicionamento estratégico de marcas e profissionais.

Por meio de palestras, publicações e treinamentos, são compartilhadas estratégias voltadas ao desenvolvimento profissional e comportamental, aliando inteligência emocional e técnicas avançadas de vendas para impulsionar o crescimento sustentável no mercado.

O movimento é gratuito e voluntário, para participar acesse o link no Instagram.

Para saber mais, acesse: https://www.instagram.com/mulheresdesbravadorasof

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Mulheres de resultados que transforma o crescimento do empreendedorismo feminino no Brasil

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Nos últimos anos, o Brasil tem testemunhado um aumento significativo no número de mulheres que deixam carreiras tradicionais para empreender e causar impacto social. Essas mulheres estão redefinindo o cenário empresarial e inspirando uma nova geração de líderes femininas.

Iniciativas como a Rede Mulher Empreendedora (RME), fundada em 2010 por Ana Lúcia Fontes, têm desempenhado um papel crucial no apoio ao empreendedorismo feminino no país. A RME oferece conteúdo relevante, eventos de networking, cursos e mentorias para mais de 500 mil empreendedoras cadastradas, promovendo a independência financeira e o protagonismo feminino.

Além disso, o Fundo Social ELAS, criado em 2001, investe exclusivamente nos direitos e no protagonismo das mulheres na sociedade, doando recursos para fortalecer diversas iniciativas femininas.

Uma das novas vozes desse movimento é Maria Júlia, administradora de 26 anos, que deixou sua carreira no setor financeiro para seguir um chamado no digital, ela ajudar mulheres a se desenvolverem no digital e resgatarem seus sonhos. No início de 2024, após três anos trabalhando em algumas instituição financeira no Brasil, começou a sentir um forte desejo de impactar vidas.

Comecei a enxergar o mundo de maneira diferente e investi em mentorias que abriram meus olhos para muitas questões da vida. Com o tempo, percebi que muitas mulheres me procuravam para se desenvolver nas redes sociais ou até mesmo para redescobrirem seus sonhos e sua essência, conta Maria Júlia.

Dessa percepção nasceu o MDR Mulher de Resultado, um método criado para ajudar mulheres a conquistarem independência, se posicionarem no digital e retomarem o controle de suas jornadas pessoais e profissionais.

O crescimento rápido do MDR mostra que há uma grande demanda por esse tipo de transformação. Para Maria Júlia, o digital é uma ferramenta poderosa, mas a verdadeira mudança começa de dentro para fora. “Não é só sobre vender ou crescer nas redes. É sobre lembrar quem você é e usar isso a seu favor.”

A educação e a inovação têm sido pilares fundamentais para o avanço do empreendedorismo feminino no Brasil. Segundo o especialista em marketing estratégico Levi Bastos, “o digital é o caminho mais acessível para quem deseja construir uma marca forte e vender com consistência. Mas o diferencial está em quem entende que não é só sobre vender, e sim sobre conectar-se com o público certo”.

Iniciativas como o MDR de Maria Júlia reforça a importância de unir estratégia digital com desenvolvimento pessoal. As mulheres que me procuram não estão apenas em busca de crescimento profissional, mas também de um resgate da própria identidade e propósito, explica Maria Júlia.

Maria Júlia acredita que o maior desafio é dar o primeiro passo e confiar no processo. “Se eu tivesse esperado ter tudo pronto, talvez ainda estivesse parada no mesmo lugar. Às vezes, é preciso colocar o pé para que Deus coloque o chão”, reflete.

Seu método, MDR – Mulher de Resultado, já tem impactado diversas mulheres e promete crescer ainda mais nos próximos meses. “Meu objetivo é criar uma comunidade onde cada mulher se sinta capaz de transformar sua própria história”, conclui.

O Brasil está vivendo um novo momento para o empreendedorismo feminino, e histórias como a de Maria Júlia mostram que coragem, inovação e propósito são os principais ingredientes para essa revolução.

Saiba mais no link!

https://www.instagram.com/mariajuliahaag?igsh=MWZnajg3MW4yY3pmbA==

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