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O Brasil e o desafio da eletro mobilidade

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Por Ricardo David, sócio-fundador da Elev

A eletromobilidade nas ruas é uma realidade no exterior há alguns anos. América do Norte, Europa e a Ásia já concentram 90% das vendas dos carros elétricos. De acordo com a Agência Internacional de Energia (IEA), a China registrou 3,4 milhões de vendas de carros elétricos em 2021, o que a tornou número um em eletromobilidade. Infelizmente, por aqui, os brasileiros ainda vêem os carros elétricos como um sonho distante.

Eletromobilidade significa mais do que apenas avanço tecnológico. Os países que investem neste segmento se preocupam com a redução da emissão de gases na atmosfera, com o uso de energias renováveis e com a não dependência das nações produtoras de petróleo e a volatilidade do combustível do mercado internacional, que em maio elevou a R$7,26 o preço médio do litro da gasolina no Brasil.

Por aqui existem sim carros elétricos. Porém, eles são mais caros quando comparados aos preços praticados no restante do mundo, e inacessíveis ao bolso da maioria da nossa população. Por consequência, os elétricos ainda estão muito atrás na concorrência com os carros movidos a combustíveis fósseis no Brasil, por mais que representam uma economia no bolso de motoristas e empresas.

Um dos fatores que nos diferenciam dos países que já possuem um mercado de carros elétricos consolidado é o fato de não contarmos com incentivos fiscais para os consumidores que optam por esse tipo de tecnologia. Segundo a Associação Europeia de Fabricantes de Automóveis (ACEA), a Romênia oferece um bônus de 10 mil euros e a Alemanha isenta taxas na compra de um veículo elétrico.

O Brasil começa a dar os primeiros passos nessa direção. Um projeto de lei propõe isentar a cobrança do imposto sobre a importação para elétricos e híbridos. Já São Paulo aderiu ao compromisso firmado na COP26 de eletrificar toda a sua frota até 2035.

Com o mercado aberto, incentivos fiscais, o caminho para a mudança se torna mais fácil. É preciso difundir as informações e trazer os benefícios à tona. Em Londres e na Noruega carros elétricos podem circular nas faixas de ônibus e não pagam pedágios intermunicipais.

Sozinha, São Paulo concentra mais de 800 mil motoristas de aplicativo, e propor a redução dessas taxas, isenção do alvará e dos pedágios pode inspirá-los a trocarem seus veículos, gerando uma boa economia e agilidade no trânsito, além de diminuir o impacto dos automóveis no meio ambiente.

Mas o Brasil tem estrutura para o abastecimento desses veículos? Para a Associação Brasileira de Veículos Elétricos (ABVE) existem 1.250 carregadores no Brasil, e 60% deles estão concentrados no Sudeste. Enquanto isso, a China com o apoio do Estado, implantou mais de 800 mil estações de recargas, todas públicas.

A indústria automobilística no Brasil está em crise. Montadoras estão saindo do país. Mudar toda a estrutura e o histórico desse mercado não acontecerá de uma hora para outra, mas é preciso dar o primeiro passo. A estrada da sustentabilidade é longa, é verdade, mas o investimento em tecnologia, a disseminação dos benefícios e o apoio do poder público podem cortar o caminho.

Ricardo da Silva David é engenheiro eletricista e pós-graduado pela Universidade Federal da Bahia. Foi Gerente da área de energia da Petrobras por 10 anos e sócio-fundador de diversas empresas ligadas a sustentabilidade, a exemplo da ECOLUZ, da EBL (joint-venture entre a ECOLUZ, Br Distribuidora e Light), Citeluz (joint-Venture com a EDF – Electricité de France), Gerhlicher Ecoluz Solar do Brasil (Joint-venture com Gehrlicher, da Alemanha). Foi Presidente da ABESCO — Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Conservação de Energia no período de 2001 a 2005.

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Decisão judicial coloca Funk Explode em posição favorável em disputa sigilosa com a ONErpm

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Uma decisão recente da Justiça brasileira, sob segredo de justiça, trouxe um avanço importante para a Funk Explode em uma disputa contratual envolvendo a ONErpm. A liminar concedida reconhece, de forma preliminar, os principais pontos apresentados pelo advogado José Estevam Macedo Lima, que lidera a estratégia jurídica do caso.

Reconhecido por sua atuação no Direito do Entretenimento, José Estevam coordena a defesa que busca garantir a proteção do catálogo do grupo que inclui o sucesso global “Parado no Bailão” e obras que somam mais de 15 bilhões de streams.

“O Direito do Entretenimento exige preparo, estratégia e responsabilidade. Esta liminar representa um avanço importante, reafirmando a autonomia dos nossos clientes sobre suas obras. Seguimos atuando com técnica e visão, sempre respeitando os limites impostos pelo processo e pela Justiça”, afirma José Estevam.

Por se tratar de um caso sob sigilo, os detalhes do processo não podem ser divulgados.
O que se sabe é que a decisão judicial reforça a posição da Funk Explode enquanto a disputa segue em andamento.

O desfecho do caso é acompanhado por profissionais do mercado fonográfico, especialmente por envolver:

• um catálogo de grande relevância no digital
• um dos grupos mais representativos do funk nacional
• uma das principais distribuidoras do mercado global

A liminar marca um momento significativo para a Funk Explode, que segue respaldada juridicamente enquanto o processo avança.

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Obesidade além da balança: o trabalho da nutricionista Kathleen Moreno em hospitais, academias e clínicas de recuperação

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Com experiência que vai do hospital à nutrição esportiva e à recuperação de dependentes químicos, a nutricionista une ciência, acolhimento e planos personalizados para transformar a relação das pessoas com a comida e com o próprio corpo.

Obesidade além da balança
Em um cenário em que a obesidade cresce como um dos maiores desafios de saúde pública, a atuação de profissionais que enxergam o paciente para além da balança se torna indispensável. É nesse contexto que a trajetória da nutricionista Kathleen Coelho Vieira Moreno, graduada em Nutrição pela Faculdade Anhanguera e atualmente se especializando em Obesidade e Emagrecimento, ganha relevância. Sua prática combina técnica, escuta ativa e um olhar humano para quem busca saúde, performance e qualidade de vida por meio da alimentação.

Da UTI ao cuidado integral
Ao longo da carreira, Kathleen passou por diferentes frentes da nutrição — hospitalar, clínica, esportiva e em contextos de alta vulnerabilidade. Na UTI adulta do Hospital Nardini, vivenciou o cuidado de pacientes graves, realizando avaliação nutricional, diagnóstico e prescrição de terapias enterais, parenterais e orais. Ali, a alimentação era parte decisiva da recuperação, ajudando a reduzir tempo de internação e a devolver qualidade de vida após momentos críticos. Esse contato diário com casos complexos consolidou uma visão muito clara: comida, em muitos contextos, é tão terapêutica quanto um medicamento.

Do hospital ao emagrecimento consciente
A partir dessa base clínica sólida, Kathleen se aproximou da realidade de quem busca emagrecimento, ganho de massa muscular e reeducação alimentar. Em sua experiência em nutrição esportiva em clínicas e academias especializadas, elabora planos alimentares personalizados, adequados ao cotidiano real de cada pessoa — do aluno que quer perder peso ao atleta que busca melhor performance. A obesidade deixa de ser apenas um diagnóstico e passa a ser entendida como um desafio ligado à rotina intensa, ao estresse, ao consumo de ultraprocessados e ao sedentarismo.

Educação nutricional e protagonismo do paciente
Kathleen aposta na educação nutricional como eixo central do tratamento. Em vez de focar apenas em proibições, orienta leitura de rótulos, organização de refeições, equilíbrio entre nutrientes e uso consciente dos alimentos. Com o apoio de avaliações de composição corporal, o foco sai da obsessão pelo número na balança e passa a considerar massa magra, gordura e líquidos. Assim, o paciente entende o próprio processo, reconhece avanços que não aparecem apenas no peso e ganha mais motivação para manter as mudanças.

Dependência química, autocuidado e saúde global
Outro ponto marcante de sua atuação é o trabalho em clínica para tratamento de dependentes químicos e alcoólicos, onde acompanha pacientes internados de forma remota. Por meio de anamneses detalhadas, exames e planos individualizados, ela atua tanto na correção de deficiências nutricionais quanto na reconstrução de uma rotina mínima de autocuidado. Nesses casos, o emagrecimento é tratado como parte da recuperação global da saúde física e mental, e não como prioridade apenas estética. A alimentação aparece como ferramenta de estabilidade, acolhimento e retomada de vínculos saudáveis com o próprio corpo.

Emagrecer com saúde é processo, não promessa
Em uma era marcada por dietas da moda e promessas fáceis, a jornada de Kathleen Moreno lembra que emagrecer com saúde é um processo: exige acompanhamento, conhecimento técnico, acolhimento e respeito ao ritmo de cada corpo. Sua contribuição vai além da prescrição de cardápios: é um convite para reconstruir, com ciência e empatia, a forma como as pessoas se relacionam com a comida e consigo mesmas.
No fim das contas, a trajetória de Kathleen mostra que sua abordagem integrativa, que une a precisão da ciência nutricional ao acolhimento das questões emocionais do paciente, tem se mostrado um caminho eficaz e sustentável para a saúde.

(*) Kathleen Coelho Vieira Moreno é nutricionista formada pela Faculdade Anhanguera e pós-graduanda em Obesidade e Emagrecimento, com experiência em UTI adulta, nutrição esportiva, clínica e acompanhamento de pacientes em tratamento para dependência química.

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Mayara Costa e o novo idioma da governança: quando ética, impacto e capital trabalham juntos

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Integração entre ética financeira e impacto social ajuda a reduzir riscos e fortalecer valor de longo prazo.

Em um ambiente em que quase toda grande empresa fala de propósito, ESG e impacto, mas poucas conseguem provar o que realmente entregam, uma pergunta passou a incomodar conselhos, investidores e reguladores: como separar narrativa de marketing de compromisso verdadeiro? É exatamente nessa fronteira que a pesquisadora Mayara Costa, da Florida Atlantic University (FAU), vem se consolidando como uma referência em governança corporativa, inovação social e finanças sustentáveis.

Especializada em traduzir ética financeira e impacto socioambiental para a linguagem das decisões de capital, Mayara parte de um princípio direto: se valores importam, eles precisam aparecer nos números, nas políticas e nos fluxos de decisão. Seu trabalho não se limita a reforçar o discurso sobre responsabilidade corporativa; ele organiza um modo de decisão que conecta governança, materialidade e métricas de impacto àquilo que realmente move o mercado – risco, custo de capital e valor de longo prazo.

A partir de pesquisas desenvolvidas na FAU e de estudos com empresas tradicionais, startups e organizações híbridas, Mayara estruturou um modelo integrado de governança de impacto. Não é um manual genérico, mas uma arquitetura prática para que conselhos de administração e diretorias financeiras consigam alinhar estratégia, ética e desempenho.

O ponto de partida desse modelo é reposicionar a integridade como infraestrutura do capital. Códigos anticorrupção, regras claras sobre conflitos de interesse e políticas de conduta deixam de ser anexos jurídicos para se tornar filtros efetivos: entram na análise de novos projetos, influenciam a aprovação de investimentos, moldam a remuneração variável de executivos e orientam a forma como o lucro é distribuído. Na visão de Mayara, uma governança séria começa quando integridade deixa de ser ornamento e passa a ser critério de elegibilidade para qualquer decisão relevante.

Em seguida, ela redefine o papel da materialidade. Em muitas empresas, a análise de temas materiais ainda é tratada como um exercício pontual, feito para cumprir exigências de relatório. Na proposta de Mayara, a materialidade passa a ser dinâmica e diretamente ligada aos modelos de risco. Questões como clima, direitos humanos, relações trabalhistas, impacto comunitário e qualidade da gestão deixam de ocupar um capítulo isolado de responsabilidade social e passam a ser incorporadas aos cenários que projetam fluxo de caixa, avaliam resiliência e estimam a volatilidade do negócio. O que antes era “extra financeiro” passa a integrar o coração da análise financeira.

Outra marca do trabalho de Mayara é a insistência em métricas robustas. Compromissos de descarbonização, diversidade ou impacto social só têm valor, em seu modelo, quando traduzidos em metas claras e indicadores verificáveis que possam dialogar com métricas tradicionais, como retorno sobre capital, geração de caixa e margem. Essa abordagem permite que a empresa mostre, com dados, em que medida decisões orientadas por impacto contribuem para proteger o valor em ciclos de crise, reduzir assimetrias de informação e fortalecer a confiança de investidores de longo prazo.

 

 

Tudo converge para um tema central na pesquisa de Mayara: enfrentar o greenwashing e o social washing com rigor técnico, não com boas intenções. Para a pesquisadora, falar de propósito só tem valor quando a empresa abre números, aceita verificação independente e constrói uma prestação de contas que resiste ao escrutínio externo. Relatórios integrados, auditorias de impacto e transparência avançada deixam de ser adereços reputacionais e passam a ser peças centrais para transformar promessas em resultados verificáveis. Sem métricas e validação séria, lembra a pesquisadora, propósito é retórica; com governança e dados consistentes, torna-se vantagem competitiva.

Decisão em ambientes de alta pressão
Na prática, o modelo de decisão que Mayara estruturou funciona como fio condutor para conselhos, CFOs e comitês de risco em ambientes de alta pressão. Ao integrar ética, materialidade e impacto em um mesmo raciocínio, sua abordagem reduz ruídos entre áreas, impede que sustentabilidade seja tratada como “departamento paralelo” e oferece às empresas um roteiro convincente de como organizar o capital para permanecerem relevantes nos próximos anos. Em organizações híbridas – nas quais empresas atuam lado a lado com fundações, institutos e entidades sem fins lucrativos – essa lógica ganha ainda mais peso, ao fornecer critérios objetivos para decidir onde investir, quais projetos priorizar, como medir impacto e como comunicar resultados sem inflar expectativas. Em vez de opor disciplina de capital e missão social, sua pesquisa demonstra que é possível combinar as duas dimensões de forma mensurável, alinhando retorno econômico e benefício para a sociedade.

No cenário global de ESG e finanças sustentáveis, essa contribuição se destaca pela originalidade e pela aplicação direta. Em vez de repetir fórmulas genéricas, Mayara organiza um modo diferente de estruturar a tomada de decisão, no qual ética, risco, materialidade e impacto fazem parte da mesma equação. Sua trajetória a posiciona como muito mais do que observadora: ela se afirma como uma das arquitetas dessa nova fase da governança, em que falar de propósito sem mostrar números deixou de ser opção. Com base em pesquisa rigorosa e experiência com diferentes tipos de organização, seu modelo mostra como ética financeira e inovação social podem, de fato, se converter em alavancas centrais de competitividade, resiliência e confiança de longo prazo.

 

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